As críticas de Miriam Leitão a Rodrigo Constantino e Reinaldo Azevedo

Sugerido por Gunter Zibell – SP

Do Brasil 247

Miriam: Rodrigo Constantino e Reinaldo Azevedo emburrecem o país

“Pensamentos rasteiros, argumentos desqualificadores, ofensas pessoais, de nada servem. São lixo, mas muito rentável para quem o produz”, afirmou a jornalista

A jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, publicou um importante artigo neste domingo sobre a “miséria do debate” brasileiro.

No texto, ela bate duro em dois representantes da “direita hidrófoba” brasileira: o colunista Reinaldo Azevedo, de Veja e Folha, e o economista Rodrigo Constantino, que tem colunas em Veja e no próprio Globo.

“Os epítetos ‘petralha’ e ‘privataria’ se igualam na estupidez reducionista. São ofensas desqualificadoras que nada acrescentam ao debate”, diz a jornalista.

Dizendo-se alvo dos dois lados, de quem a critica pela esquerda e pela direita, Miriam passou a tratar então de Reinaldo Azevedo. “Recentemente, Suzana Singer foi muito feliz ao definir como um ‘rottweiler’ o recém-contratado pela Folha de S. Paulo (…) ele já rosnou para mim várias vezes, depois se cansou como fazem os que ladram atrás das caravanas”.

Miriam resgatou ainda um texto revelador, em que Reinaldo cobrava dela um pedido de desculpas ao senador Demóstenes Torres (leia aqui).

Depois de tratar de Reinaldo, Miriam saltou para Rodrigo Constantino, o mais caricato personagem da nova direita brasileira, que, segundo a jornalista do Globo, produz “indigências mentais”. Miriam se refere à resposta agressiva que recebeu quando defendeu a nomeação de Janet Yellen para o Federal Reserve, o banco central americano. “O que importa o que a liderança do Fed tem entre as pernas?”, perguntou Constantino em Veja (leia aqui).

Miriam conclui seu texto afirmando que tais tipos de desqualificação são apenas “lixo”. Nada mais.

Leia, abaixo, seu artigo:

Miséria do debate – MIRIAM LEITÃO

O Brasil não está ficando burro. Mas parece, pela indigência de certos debatedores que transformaram a ofensa e as agressões espetaculosas em argumentos. Por falta de argumentos. Esses seres surgem na suposta esquerda, muito bem patrocinada pelos anúncios de estatais, ou na direita hidrófoba que ganha cada vez mais espaço nos grandes jornais.

É tão falso achar que todo o mal está no PT quanto o pensamento que demoniza o PSDB. O PT tem defeitos que ficaram mais evidentes depois de dez anos de poder, mas adotou políticas sociais que ajudam o país a atenuar velhas perversidades. O PSDB não é neoliberal, basta entender o que a expressão significa para concluir isso.

A ele, o Brasil deve a estabilização e conquistas institucionais inegáveis. A privatização teve defeitos pontuais, mas, no geral, permitiu progressos consideráveis no país e é uma política vencedora, tanto que continuou sendo usada pelo governo petista. O PT não se resume ao mensalão, ainda que as tramas de alguns de seus dirigentes tenham que ser punidas para haver alguma chance na luta contra a corrupção. Um dos grandes ganhos do governo do Partido dos Trabalhadores foi mirar no ataque à pobreza e à pobreza extrema.

Os epítetos “petralhas” e “privataria” se igualam na estupidez reducionista. São ofensas desqualificadoras que nada acrescentam ao debate. São maniqueísmos que não veem nuances e complexidades. São emburrecedores, mas rendem aos seus inventores a notoriedade que buscam. Ou algo bem mais sonante. Tenho sido alvo dos dois lados e, em geral, eu os ignoro por dois motivos: o que dizem não é instigante o suficiente para merecer resposta e acho que jornalismo é aquilo que a gente faz para os leitores, ouvintes, telespectadores e não para o outro jornalista. Ou protojornalista. Desta vez, abrirei uma exceção, apenas para ilustrar nossa conversa.

Recentemente, Suzana Singer foi muito feliz ao definir como “rottweiller” um recém-contratado pela “Folha de S.Paulo” para escrever uma coluna semanal. A ombudsman usou essa expressão forte porque o jornalista em questão escolheu esse estilo. Ele já rosnou para mim várias vezes, depois se cansou, como fazem os que ladram atrás das caravanas.

Certa vez, escreveu uma coluna em que concluía: “Desculpe-se com o senador, Miriam”. O senador ao qual eu devia um pedido de desculpas, na opinião dele, era Demóstenes Torres. Não costumo ler indigências mentais, porque há sempre muita leitura relevante para escolher, mas outro dia uma amiga me enviou o texto de um desses articulistas que buscam a fama. Ele escreveu contra uma coluna em que eu comemorava o fato de que, um século depois de criado, o Fed terá uma mulher no comando.

Além de exibir um constrangedor desconhecimento do pensamento econômico contemporâneo, ele escreveu uma grosseria: “O que importa o que a liderança do Fed tem entre as pernas?” Mostrou que nada tem na cabeça. Não acho que sou importante a ponto de ser tema de artigos. Cito esses casos apenas para ilustrar o que me incomoda: o debate tem emburrecido no Brasil. Bom é quando os jornalistas divergem e ficam no campo das ideias: com dados, fatos e argumentos.

Isso ajuda o leitor a pensar, escolher, refutar, acrescentar, formar seu próprio pensamento, que pode ser equidistante dos dois lados. O que tem feito falta no Brasil é a contundência culta e a ironia fina. Uma boa polêmica sempre enriquece o debate. Mas pensamentos rasteiros, argumentos desqualificadores, ofensas pessoais, de nada servem. São lixo, mas muito rentável para quem o produz.

Redação

50 Comentários

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  1. Rottweiler, Dobermann e o Pit Bull

    A Dobermann falando dos Rottweiler.

    Se “Os epítetos ‘petralha’ e ‘privataria’ se igualam na estupidez reducionista. São ofensas desqualificadoras que nada acrescentam ao debate”, como diz a jornalista.”, igualmente nada acrescenta ao debate a conhecida urubologia da jornalista Miriam Leitão.

    Quem serão os Pit Bull?

    1. Discordo, Assis. Misturar

      Discordo, Assis. Misturar alhos com bugalhos não é correto.

      De há muito sou crítico da Miriam Leitão em função das suas análises – para mim – tendenciosas e direcionadas. Entretanto, em nada ela se compara ao duo em questão. Duo que transforma em trio: Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino  e Olavo de Carvalho. 

      Ademais, a crítica que se faz a eles, penso da minha parte, não é por defenderem pontos de vista da Direita ou até mesmo reacionários. Isso é uma prerrogativa deles. O que se sobreleva é a maneira, o como e o quanto eles extrapolam dela para agridirem, depreciarem, humilharem quem ouse atravessar seus caminhos. 

      Sem falar que os três para mim  são embusteiros em termos intelectuais. 

      1. Por isso ela não é uma

        Por isso ela não é uma Rottweiler. Para você entender, muitos a chamam de urubóloga, e o motivo é conhecido por todos. Prefiro chamá-la de Dobermann já que não é um ser “que avoa” e que tem os pés bem no chão, ainda que jogue, ou tente, descontruir cada uma das medidas econômicas do governo.  Enquanto ela diz que; “Os epítetos ‘petralha’ e ‘privataria’ se igualam na estupidez reducionista. São ofensas desqualificadoras que nada acrescentam ao debate”, o qual concordo, mais acrescentando que o pessimismo dela em relação às ações econômicas do governo são igualmente informações desqualificadoras que nada acrescentam ao debate, ou mais claramente, desinformação.

    2. O debate tem de ser entre idéias e não entre pessoas

      De fato Assis nesta eu acompanho o Costa. Eu também sempre fui crítico à Sra. Mirian Leitão. Mas o que ele fala deve ser caro a todos os democratas: ela é contra a fulanização da crítica, é contra o esgoto ou advejitvação do debate.

      1. Rosan

        As previsão apocalípticas de Miriam Leitão, como por exemplo, a do apagão de energia no ano passado, são muito mais nefastas para o país do que os latidos dos Rottweiler que ela menciona.

      2. Bem Assi, se você olhar

        Bem Assi, se você olhar apenas pelo conteúdo das idéias dela (previsões apocalipticas etc) eu não tenho como te contestar. Na forma eu acompanho o JB Costa. Houve um pergunta de outro comentarista que achei muito inteligente: O que está por tras do aritgo dela? (fazendo ilação de concorrência interna no PIG).

  2.  “Bom é quando os jornalistas

     “Bom é quando os jornalistas divergem e ficam no campo das ideias: com dados, fatos e argumentos”.

     

    No caso dela, dado manipulados, fatos distorcidos e argumentos falaciosos.

     

    Deve ser triste ser piguento…

  3. Miriam piscou pro outro lado,

    Miriam piscou pro outro lado, justamente aquele que mais a agride (o Assis acabou de chamá-la de “doberman”). Patético. Escolha dela.

  4. Não é a Miriam. É a Globo.

    Miriam Leitão recua, pois a Globo está recuando. É preciso agora investigar os MOTIVOS desse recuo da emissora (o da jornalista é consequência). Duas hipóteses que não são excludentes: (i) A Globo percebeu a mudança ocorrida na base da sociedade, que deslocou o espectro ideológico claramente para a esquerda. O lugar ocupado hoje pelos black blocks antes estava vazio. As manifestações “pacíficas” (como eles gostam de dizer) frenquentemente envolvem boa parte da população, e a agenda social do governo Lula está consolidada a ponto de ser encampada (da boca para fora, pelo menos) pela própria campanha de Aécio Neves. (ii) A Globo pode ter entrado num acordo com o governo Dilma no sentido de barrar a contaminação da Ley de Medios, vitoriosa na Argentina, e também no sentido de “domar” as reformas introduzidas pelo Marco Civil da Internet, evitando que elas contaminem aquilo que realmente lhe interessa: a legislação sobre direitos autorais. Duas figuras do PT são fundamentais nesse arreglo todo: Paulo Bernardo e o deputado Alessandro Molon, do Rio de Janeiro. Para maiores detalhes sobre este último, consultar meu post de ontem sobre o Marco Civil.

    1. A Globo sempre sentou no colo

      A Globo sempre sentou no colo dos governos de turno, desde os tempos do regime militar, só se levantando (no caso do governo Collor) pouco antes da cadeira quebrar, para que não caíssem os dois. Não pôde se sentar confortavelmente no colo do governo Lula por razões óbvias: Lula mal disfarçadamente odeia a Globo. Há tempos vem sondando a Dilma, pra saber se o colinho dela é confortável. E parece que pode ser.

      A Globo depende de concessões públicas para tocar seu negócio, não sabe por quanto tempo mais o PT vai ficar no poder (por mais cinco anos, parece quase certo), então tem que investir na distensão com o partido que, ao que parece, vai dominar boa parte da política nacional pelas próximas décadas. A Globo sabe — e só é a Globo porque sabe — que o poder real é o poder político.

    2. Não consigo detectar qualquer

      Não consigo detectar qualquer recuo da Globo. No programa Fatos e Versões deste sabado, foi tanta paulada no governo que chegou a saturar. Overdose de pancada. Até a falencia de Eike Batista entrou na conta do governo. E a cara de pau é tanta, que chagam a criticar o governo por não ter ajudado mais as empresas do Eike.Se ajudar criticam, se não ajudar tambem criticam. Foi um terror. O Brasill esta abeira do caos e da insolvencia … Por fim, para coroar tudo, colocaram o Bolsa Familia da conta do PSDB//FHC. Ai o telespectador quase cai da cadeira …

      1. lerdeza

        Nesse episódio do Eike Batista o que fica patente é a lerdeza do BNDES e do governo em expor as razões dos empréstimos. Não digo nem justificar, defender; mas ao menos expor. Apanham por semanas persistenemente e depois, muito depois de boa parte dos interessados na questão já estarem com opiniões consolidadas é que publicam um artigozinho aqui outro lá, Ah!

  5. No caso da Miriam Leitão, não

    No caso da Miriam Leitão, não ha nada de muito novo no front. Continua defendendo o PSDB de seus atos e o PT tem que pagar por seu mensalão. Ainda que fale em complexidades e nuances. 

    Ok, o debate esta abaixo da cintura com RA e alguns outros ? Sempre foi assim, essa meia-duzia tem agido de forma truculenta ha tempo contra o PT, contra jornalistas que se opõem à esse tipo de imprensa e à esquerda em geral. Mas é bom que se manifestem. Antes tarde que nunca. 

    1. O Inimigo agora é outro

      A Miriam atira no Reinaldo Azevedo, mas seu alvo é o Rodrigo Constantino que ganhou coluna no globo.

      Ela quer delimitar o espaço dela e impedir o avanço do novato…

      1. É uma possibilidade que não

        É uma possibilidade que não dá para descartar. Considerando que ela já tem uma imagem desgastada, enquanto ele é o “novo”, poderia com o tempo tomar o espaço dela na área econômica num processo de renovação da Globo.

      2. Faz sentido

        Magnoli, Olavo de Carvalho, Vila faziam a mesmíssima coisa, só que com a mfantasia de “acadêmicos”. RA é “jornalist”a e Constantino e “economista”. O mesmo campo que ela busca ocupar.

  6. “Como vocês podem ver neste

    “Como vocês podem ver neste gráfico, o nível dos argumentos do Reinaldo Azevedo vem baixando desde 2003, atingindo neste mês de novembro o nível mais baixo desde o início da série. Por outro lado, o dolar, assim como a inflação, que apresentaram ligeira queda no último trimestre, mostram tendência de aumento preocupante em 2014”.

  7. Demorou.

    Tá todo mundo tirando o corpo fora. Demoraram tanto pra perceber que a maior e MELHOR parte da população não está “nem aí” pra esses tormantos de guerra fria. Esses extrotskistas que continuam combatendo o Stalin cada vez mais vão ficar falando sozinhos.

    A Miriam Leitão já deve ter percebido – tarde – que ficar fazendo apologia do neoliberalismo encanta cada vez menos. Os demais, que são movidos básicamente por seus acerto de contas com a “esquerda” não tem mais volta. Estão até ganhando promoção (ainda!).

  8. tentando entender movimeto da

    tentando entender movimeto da folha

    acho que pergunta a se fazer é, o que leva a folha a contratar varios articulista reconhecidamente de direita?

    ao que parece, vendo o seu fim logo ali na frente, optou em se agarrar ao um setor social definido, o anti petista o direitao reaca, se agarrando ao toco pobre do afogado, a internet diminui a importancia do jornal impresso mundo a fora, no caso da folha especificamente, alem disso, no pos lula principalmente pos 2005 no mensalao, alem problema concorrencia com on line, sofre um desgate quase irreparavel em sua credibilidade, alem de nao perceber que houve um deslocamento social mais a esquerda com sucessivas vitorias petista, com sua oposicaao sistematica ao pt e suas politicas sociais, com apoio partidario ao tucano, entrou na contramao da “massa”, seria como se fosse uma montadora de carros, vendo o deslocamentos de carros grandes com grandes consumo para menores, mais baratos e economicos, manter apenas sua linha de carros grandes e centrar em monstrar os pontos negativos dos carros menores, alem de perder mercado efetivamente, ainda tem a ira dos proprietarios dos carros menores.

    em tempo; na juventude, epoca de facu, tanto mirian, demetrio e reinaldo, participaram da libelu, junto com gushiken e o argentino ex marido da marta

  9. Jogo empatado

    Gostei do desabafo da Miriam Leitão. Os nomes arrolados certamente são os emblemas, à direita(ou mesmo extrema-direita), dessa nefasta e estéril fase do debate político no Brasil. E a menção que ela faz ao “outro lado” também é pertinente.

    Temos pitbulls(talvez apenas um pouco mais mansos) também pelo lado da esquerda e do progressismo(ou do pseudo progressimo). As vilanias são aparentadas. As baixarias quase no mesmo patamar. 

    Nas redes, por exemplo, o pau rola solto. Não escapa ninguém. 

    Mais preocupado estou não com os “latidos” dessa matilha, e sim, pelo imenso valor que damos a qualquer grunhido deles. O que certamente só faz mesmo é encher ainda mais a bola deles. 

    Respeite o texto entremeados de caracteres vermelhos no qual ele vai dar o troco.

    Tremei Miriam Leitão.

  10. O mensalão não existiu

    Errou ao se referir ao mensalão. Miriam o mensalão não existiu, não há qualquer prova nesse sentido, houve sim caixa 2 eleitoral e arrecadação de dinheiro, por exemplo através de empréstimos devidamente pagos, não houve desvio de recursos publicos como ocorreu no mensalão tucano.

  11. Os ratos…

    Os ratos estão ABANDONANDO O NAVIO. Agora é salve-se quem puder.

    Vivi para ler este texto. 🙂

    Demorô, mas não altera em nada a minha visão do Globo/Miriam/Folha e seu pit.

  12. Os morfologia dos movimentos…ou S.O.S.

    Nenhum movimento político ou social, de classe ou de grupo de interesse é homogêneo ou monolítico…embora, à primeira vista, os movimentos e esferas da atuação humana sejam comunicados de forma a se parecerem como tais (uniformes), há, por certo, múltiplas faces dentro de cada instância, que não raro parecem paradoxais…

    A nítida movimentação de determinados setores da mídia, ainda que tímidos, na direção da construção de um debate mais civilizado não deve ser festejado, nem atacado, deve ser antes, entendido.

    Há vários pontos futuros na pauta da grande mídia empresarial: Marco civil da internet, a possbilidade de convergência de plataformas, com a permissão da atuação das teles e das gigantes ponto.com na produção de conteúdo, aumento do limite mínimo da participação de estrangeiros na propriedade de empresas de mídia sob concessão, e claro, a bem sucedida implementação da Ley de Medios argentina, que paira como uma espada de Dâmocles sobre a cabeça dos (tu)barões midiáticos nacionais.

    Temos ainda problemas pontuais, como a questão dos impostos não pagos (“mostra o DARF”), e outros menores, mas que juntos se transformam em grandes problemas.

    De outro lado, começa a ganhar corpo dentre os que ainda conseguem comer com os talheres e andar de pé nas empresas de mídia, a noção do limite e do desgaste das fórmulas conhecidas de manipulação da realidade, tanto pelo advento da internet, mas principalmente porque a manipulação da realidade não tem dado resultado, ao menos do jeito que esperam: juntas, a grandes rede de TV não conseguem eleger um governador de Alagoas, ou um vereador de SP, que quantitativamente dá quase o mesmo…

    Suas investidas e ataques diários não desestabilizam presidentes, não fomentam mais golpes, não conseguem controlar a horda de bárbaros que saiu às ruas em junho…

    Não há mais série que promova caras-pintadas…

    Desde 2002 até hoje, a mídia gastou toneladas de munição, e o campo político do governo, onde o PT é maioria, cresceu tanto que até a melhor(?) chance de oposição vem dos seus quadros e dos (ex)aliados…

    Crucial estratégia (embora tivesse sido sempre entendido como leniência ou medo da mídia pelo governo) é que não foi promulgada nenhuma LEI sequer que alterasse o estamento de mídia brasileiro, ou seja, não poderão SEQUER reivindicar o papel de vítimas censuradas ou inviabilizadas pelo direcionamento de verbas de publicidade para órgãos dóceis ao governo, ao contrário, a maior parte vai para a globo!!!!

    Como se viu, o governo não gastou munição à toa!!! E nem foi necessário.

    Empresarialmente falando, as receitas vêm morro abaixo, porque os extremistas (de esquerda, ou no caso da mídia, de direita) não são um público que repliquem audiência, ao contrário, eles agem para um nicho específico e cada vez menor…

    E isto afasta a publicidade, porque o dinheiro, embora tenha dono, “não tem cheiro, nem leva desaforo para casa”, ele quer vender, vender e vender…para os de esquerda e os de direita!

    Nenhum empresário-anunciante, do tipo Samuel Klein, ou qualquer outro que atue na faixa C de consumo fica à vontade em veicular seus produtos em redes de TV , que no seu noticiário ataquem as conquistas do governo que criou esta classe C, e os integrantes destas, chamados de compradores de quiquilharias, ou de devedores endêmicos, como se fossem os responsáveis pelos solavancos internacionais da economia que nos atingem…

    Estes anunciantes devem (ou deveriam) ter urticária das redes de TV que celebram o consumo tipo “crônicas de Nova York”, enquanto menosprezam o tipo de consumo que nos é possível, hierarquizando gostos, classificando pessoas…”in”, “out”, “brega”, “erudito”, etc, etc, etc…

    Claro que esta percepção (movimento) de anunciantes não se dá em bloco, e de uma vez, mas o fato é que as pressões sobre o discurso da mídia aumentam dia-a-dia…

    Estes fatos não vão trazer nenhum alento, ao menos por enquanto, ou seja, míriam leitão é a idiota de sempre, fazendo o papel de sempre, ainda que com um pouco mais de savoir-faire…

    O aceno de míriam é algo mais como um socorro, um aceno de rendição que começa a ser ensaiado…

     

  13. Imprensa x imprensa,

    Já estamos acostumados a ver figuras de esquerda desqualificando pessoas de esquerda ou mesmo grupos com pen samentos pontuais divergentes. O caso mais recente foi a discussão do leilão de Libra onde opiniões apaixonadas mostraram grandes rachaduras nas hostes de equerda. Os recentes episódios envolvendo Susana Singer, Mirian Leitão, magnoli e reinaldo azevedo nos mostram mais que uma natural cisão das forças conservadoras, mostra que já não existe mais a opinião única tolerada pelos donos da mídia Pig. Civita e Kamel estão em baixa.

  14. É meio problemático tratar a

    É meio problemático tratar a manifestação da Leitão como uma decisão ou mudança de postura da Globo, como alguns comentaristas apontaram, ainda mais quando um dos alvos dela é “colega de trabalho”.

    Se não tivesse tal colega, até daria pra pensar numa “ruptura” da aliança da GAFE, quem sabe. O cenário para a velha mídia não é dos melhores, com circulação de publicações impressas caindo, audiência minguando e a internet crescendo, etc. Diante disso daria pra pensar numa postura de “cada um por si”. Lembrando que 2 dos grupos citados perderam seus líderes recentemente, então poderiam estar fragilizados e sem rumo, permitando um avanço da Globo sobre território “aliado”.

    Creio que é mais uma manifestação pessoal de alguém com certos princípios e visões (por mais que discorde de muitas). O que parece evidente quando ela cita o “colega” que teria ignorado de forma grosseira a questão, ainda atual, do espaço da mulher na sociedade.

    1. Miriam tem o DNA de esquerda

      Miriam tem o DNA de esquerda radical,  tipo, atitude, carranca, mau humor, tem certas posturas reveladoras, como no caso da Lei das Domesticas, Miriam fez um discurso de cortadora de cana em Cuba, disse que no futuro não haverá domesticas e que é o marido que tem que lavar a louça. Ao tempo do Governo militar Miriam foi perseguida e teve problemas. Fez um “”retrofit” para o neoliberalismo mas essas conversões não apagam os carimbos do passado.

      1. André nos Estados Unidos

        André nos Estados Unidos somente as famílias muito ricas tem empregadas domésticas, é famoso o fato de roubarem as babás brasileiras que levam as crianças ao parque ou as praças, são assediadas (no bom sentido, claro) pelos patrões americanos que pagam muito, para tê-las como domésticas ou babás em sua residências.

        Agora, quanto aos maridos lavarem a louça, isso já acontece faz tempo, pelo menos, no que tange a divisão dos trabalhos domésticos.

        Concordo com  Miriam, abaixo a escravização das domésticas em solo tupiniquim, se querem ter doméstica que façam como os ricaços americanos paguem muito bem para dispor desse privilégio.

      2. Meu caro André:
        Não é bem

        Meu caro André:

        Não é bem assim que se conta a história.

        Estudamos e militamos juntos na mesma Universidade

        e já naqueles tempos aprendi também a não confiar em

        ex-comunistas. São como ex-cornos. A Mirian é um retrato na parede.

  15. Então some aoque ta ai, essa pérola da semana na Folha.

    Esse artigo do Antonio Prata mostra que a Folha mudou, e bastante, o editorial. A guinada da Folha foi para a ultra-direita. Com artigos como esse a Folha presta um desserviço ao Brasil.

    Folha.

    Antonio Prata.

    Guinada à direita

    DE SÃO PAULO

    Há uma década, escrevi um texto em que me definia como “meio intelectual, meio de esquerda”. Não me arrependo. Era jovem e ignorante, vivia ainda enclausurado na primeira parte da célebre frase atribuída a Clemenceau, a Shaw e a Churchill, mas na verdade cunhada pelo próprio Senhor: “Um homem que não seja socialista aos 20 anos não tem coração; um homem que permaneça socialista aos 40 não tem cabeça”. Agora que me aproximo dos 40, os cabelos rareiam e arejam-se as ideias, percebo que é chegado o momento de trocar as sístoles pelas sinapses.

    Como todos sabem, vivemos num totalitarismo de esquerda. A rubra súcia domina o governo, as universidades, a mídia, a cúpula da CBF e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na Câmara. O pensamento que se queira libertário não pode ser outra coisa, portanto, senão reacionário. E quem há de negar que é preciso reagir? Quando terroristas, gays, índios, quilombolas, vândalos, maconheiros e aborteiros tentam levar a nação para o abismo, ou os cidadãos de bem se unem, como na saudosa Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que nos salvou do comunismo e nos garantiu 20 anos de paz, ou nos preparemos para a barbárie.

    Se é que a barbárie já não começou… Veja as cotas, por exemplo. Após anos dessa boquinha descolada pelos negros nas universidades, o que aconteceu? O branco encontra-se escanteado. Para todo lado que se olhe, da direção das empresas aos volantes dos SUVs, das mesas do Fasano à primeira classe dos aviões, o que encontramos? Negros ricos e despreparados caçoando da meritocracia que reinava por estes costados desde a chegada de Cabral.

    Antes que me acusem de racista, digo que meu problema não é com os negros, mas com os privilégios das “minorias”. Vejam os índios, por exemplo. Não fosse por eles, seríamos uma potência agrícola. O Centro-Oeste produziria soja suficiente para a China fazer tofus do tamanho da Groenlândia, encheríamos nossos cofres e financiaríamos inúmeros estádios padrão Fifa, mas, como você sabe, esses ágrafos, apoiados pelo poderosíssimo lobby dos antropólogos, transformaram toda nossa área cultivável numa enorme taba. Lá estão, agora, improdutivos e nus, catando piolho e tomando 51.

    Contra o poder desmesurado dado a negros, índios, gays e mulheres (as feias, inclusive), sem falar nos ex-pobres, que agora possuem dinheiro para avacalhar, com sua ignorância, a cultura reconhecidamente letrada de nossas elites, nós, da direita, temos uma arma: o humor. A esquerda, contudo, sabe do poder libertário de uma piada de preto, de gorda, de baiano, por isso tenta nos calar com o cabresto do politicamente correto. Só não jogo a toalha e mudo de vez pro Texas por acreditar que neste espaço, pelo menos, eu ainda posso lutar contra esses absurdos.

    Peço perdão aos antigos leitores, desde já, se minha nova persona não lhes agradar, mas no pé que as coisas estão é preciso não apenas ser reacionário, mas sê-lo de modo grosseiro, raivoso e estridente. Do contrário, seguiremos dominados pelo crioléu, pelas bichas, pelas feministas rançosas e por velhos intelectuais da USP, essa gentalha que, finalmente compreendi, é a culpada por sermos um dos países mais desiguais, mais injustos e violentos sobre a Terra. Me aguardem.

    1. O texto foi uma ironia do autor e poucos perceberam.

      Murdok, o texto do Antonio Prata foi totalmente irônico. Ele pegou pesado para mostrar as incoerências dos que criticam as conquistas sociais que procuram diminuir o enorme abismo social. O próprio autor escreveu depois que o objetivo era realmente mostrar os abusos desta virada direitista que está acontecendo em parte da imprensa, em especial os dois novos “colunistas” contratados pela Folha. Ele próprio falou que ficou horrorizado com a quantidade de comentários que recebeu de apoio pela tal “mudança”, o que comprova a quantidade de pessoas que acham que o “prende-e-arrebendo” é a solução para o país. 

      Quanto ao texto da Miriam Leitão, foi bom saber que ela reconheceu o absurdo de ter “colegas” que são financiados para criticar pessoas pelo simples fato de não terem argumentos e usarem ataques pessoais. Baixaria pura que infelizmente está ganhando espaço na imprensa.

  16. Estaria a senhora Leitão

    Estaria a senhora Leitão antevendo o segundo mandato do governo ao qual ela tanto desqualifica, ou estaria ela enviando algum recado ou pedido de arrego?

    Ou quem sabe todas as possibilidades apontadas acima?

    Não é de hoje que os “colunistas” citados por dona Miriam, fazem uso de linguajar inapropriado e ultrajante para desqualificar seus oponentes.  Por que só agora dona Miriam resolver se insurgir contra o modus operandis dos mesmos?

    A meu ver o globo torna-se ainda mais pequeno ao contratar a figura abjeta do sr. Constantino.  Já foi postado aqui no blogue a surra que esse senhor levou, ao não saber sequer dialogar em alto nível em um debate com Ciro Gomes.  Ciro o desconstruiu, deixando-o sem fala, falta-lhe conhecimento de causa para tanto, desprezíveis são seus argumentos e descabíveis são suas argumentações, enfim figura patética para não dizer ridiculamente tola. 

     

  17. Atenho-me ao escrito

    Concordo em genero, número e grau com o artigo.

    O debate deve ser amplo, geral e irrestrito, não existe assunto interdito ou tabu. A censura só favorece aos conspiradores e golpistas.

    Apesar de não debater sobre pessoas, no caso da Miriam, como me referi a ela em uma mensagem próxima passada, volto a dizer o que penso, ela é assalariada e deve obedecer as normas e regulamentos de sua empresa, logo não pode dizer 100% do que pensa e ir frontalmente contra os interesses do patrão faz mal ao emprego, mas pode, de maneira inteligente e sutil colocar o seu pensamento a debate, como faz aqui no seu artigo. 

    Quanto aos colunistas a que se refere, não os leio.

     

  18. Em última análise , não é

    Em última análise , não é culpa dos indigentes Reinaldo e Rodrigo o estardalhaço que provocam , mas sim de quem os colocou sob os holofotes.

    Além da própria VEJA ,  uma parte dessa culpa cabe também aos patrões de Miriam. REinaldo e Rodrigo são presenças constante em programas de debates e entrevistas da GLOBO e seus canais a cabo.

    Jabuti não sobe em árvore. Deixados por si mesmos , essa dupla não chamaria a atenção de ninguém pelas suas qualificações intelectuais . São como balões. Chamam a atenção porque alguém , por trás , os estão inflando de vento. Deixados por si mesmos , vertem ao chão , murchos ! 

  19. O PATO REI

    Concordo com que Míriam reclame das expressões petralha e privataria, mas em parte. Petralha é generalização indevida que leva a um partido inteiro acusações feitas a alguns de seus componentes, muitas das quais não provadas, dando ao partido como um todo conotação criminosa. Trata-se de putaria da pior espécie (pois nem toda a putaria é necessariamente má) que, mais do que aviltar o debate político, interdita a discussão das questões que são verdadeiramente de interesse nacional.

    A expressão “petralha” revela, além disso, o seu autor. É derivada da expressão “Irmãos Metralha”. Os Irmãos Metralha, como se sabe, eram personagens de revistinhas da Disney, especialmente a do Pato Donald. Tais revistinhas eram leitura de crianças de nove a dez anos de idade, e a idade mental de crianças nessa faixa etária assemelha-se a de adultos que sofrem de idiotia. Pois não é que o inventor da expressão “petralha” foi buscar inspiração na revistinha do Pato Donald? O sujeito, já adulto, ainda se impressiona com tal tipo de “literatura”, leitura que faz parte de seu cotidiano ainda hoje. “Petralha”, pela origem inspiradora, revela a indigência intelectual do criador da expressão, seu (his) atraso mental, sua (his) idiotia. Os Irmãos Metralha praticavam bullying, comportamento com o qual o autor da expressão claramente se identifica. Portanto, o leitor contumaz de Pato Donald não passa de um bully com retardamento mental cujo comportamento molestador está assentado no comportamento dos Irmãos Metralha (e um idiota desses é promovido a colunista da Folha, pobre imprensa).

    Já a expressão “privataria” não é generalização que atribui a inocentes culpas assentadas em acusações muitas vezes não provadas, como é o caso de “petralha”. Tampouco é rótulo de acusação vazia, como também é o caso de “petralha”: por que petralha? Em que se fundamenta a acusação a todo o partido? Qual o fundamento da acusação? “Petralha” é acusação sem fundamento, por isto vazia. Já no caso da expressão “privataria”, há livros sobre os malfeitos cometidos nas privatizações que apontam para provas dos crimes, muitas delas documentos postos em processos judiciais. Além disto, “privataria” é nome síntese das constatações dos crimes, e não acusação generalizada a partidos, apesar de haver indícios de que os crimes foram cometidos por tucanos de alta plumagem. A expressão privataria além de restringir-se a atos criminosos em tese, não sendo uma generalização, portanto, não ofende inocentes. Há muitas diferenças entre “privataria” e “petralha”. diferentemente do que Míriam quer fazer crer.

    Apesar de, no geral, não concordar com essa história de epítetos pejorativos, no caso do Metralha leitor de revistinha do Pato Donald e colunista de revista e jornal, faço uma exceção: para ele, o epíteto pato cai como uma luva, e, socorro-me do texto de Paulo Nogueira para explicar o porquê. Diz Paulo Nogueira: “… numa mesma semana você é chamado de pato – por voar mal, andar mal e nadar mal – e de rottweiler, …” [gm], ou seja, a figura É UM PATO. Além disto, acrescento eu, escreve mal, pensa mal e conspurca a necessária reflexão política nos meios de comunicação. Trata-se de um Rei Duck, atrapalhado como o Donald Duck, e com a maldade dos Irmãos Metralha; ou melhor dizendo e aportuguesando, trata-se de um Pato Rei destrambelhando outros patos.

  20. A Miriam Leitão faz o jogo

    A Miriam Leitão faz o jogo dos patròes dela. Só por ser um pouco mais educada do que o Reinaldo nada soma a um jornalismo imparcial e com conteúdo informativo equilibrado. Nunca a vi criticar governos do PSDB mesmo diante de descalabros de corrupção. As coisas na Globo estão mudando e certamente é por medo do marco regulatório que, mais dia menos dia, virá.quem viver verá…

  21. Uma idiota útil dando tiro no

    Uma idiota útil dando tiro no próprio pé.

    A esquerda é mais homogênea que a direita é assim a natureza da luta politica.

    A esquerda se une sempre no ódio de classe, não importa a que corrente pertença (morte a burguesia).

    Já a direita é mais heterogênea e tem dificuldades em unir se em um projeto político comum, falta articulação política.

    Nosso país talvez seja um dos poucos países democráticos órfã de um partido legitimo de direita, apesar de grande parte de a população cultuar valores conservadores de direita, ou seja, estão sem representação politica.

    Apesar do proselitismo da esquerda, a mídia não é de “direita” ela é pragmática serve ao rei e aos seus interesses não tem posição ideológica definida, muito pelo contrário a direita tem muito do que reclamar da mídia e os valores que cultuam e propagam.

    Do ponto de vista da direita a midia esta dominada pela esquerda, pode ser exagero, mas comprova se pelo estrago que faz o Reinaldo no lado dos conservadores e o Rodrigo Constantino  na mídia.

    Rotular, como radicais de extrema direta Reinaldo e Constantino nada mais é que o truque da rotulagem negativa, extremista  radicais são aqueles que aceitam impor seus ideais pelo uso da força pela violência e pelo que me consta tanto Reinaldo como Constantino são contra o uso da força. 

    Sem o partido da liberdade (direita) ou sem o partido contra a desigualdade (esquerda) um país fica como uma carroça (carreta, carro de boi) sem uma roda sem sair do lugar ficando em um circulo infinito sem andar para frente (desenvolver se).

    1. Meu Deus,

      Onde você “aprendeu” essas coisas?! De onde vem tanto ressentimento?

      Tá parecendo coisa de ex-esquerdista, héim!

      Tá sim! Tá sim! Tá sim!

  22. Cuma?

    “surgem na suposta esquerda, muito bem patrocinada pelos anúncios de estatais”

    Hehe

    Alguém viu por aí o rabo(ão) do macaco?!

    E o “BV” que paga o ótimo salário dela (fora o por fora?)

    Concordo com a defesa do foco no conteúdo, argumento, opinião temática ao invés da (des)qualificação pessoal ou coletiva (ex: petralha).

    Pena que o conteúdo dela não seja isento, para não dizer ruim, mal fundamentado, quase sempre micado. Se é por força do ofício empresarial ou não, é um problema dela escolher.

     

    PS: Privataria é um termo de autoria de um colega de visão e de jornal dela (Gaspari). Diferentemente de petralha (pessoa ou grupo, relacionado a metralha e canalha), privataria (privatização pirata) é a qualificação de um processo político-econômico-social, portanto sujeito obrigatoriamente à avaliação. E existem amplas razões para este apelido.

  23. Um bem-vindo desabafo. Mas enganar, ela não me engana não

    Também não sei se essa manifestação da urubóloga tem a ver com algum recuo da Globo. Fazer acordo com a Globo é como fazer aliança com a Marina. Será que o Dudu já não se arrependeu?

    Mas diante da indigencia da equipe política da Dilma, é possível que tenham feito sim. Alias não custa nada a Globo pegar leve agora. Chega próximo das eleições e tudo farão para eleger Aécio, Serra, Marina ou Dudu. Aguma dúvida?

    Acho que a Leitão está deixando claro que não concorda que o píg saia do armário. Que deixe claro que é “a favor de todas as privatarias e que se prendam os petralhas”. A entrada desses hidrófabos vai tornar quase impossível manter a balela da imparcialidade do pig. A Mirian é elegantemente dissimulada e adepta das boas maneiras quando se mente com grande convicção.

    Mas é só uma questã de estilo. Todos os interesses que os rotewellers defendem ela também defendem. E falar em “debate” é a mesma coisa que discutir futebol na torcida do corinthians. Só tem um lado, não há troca de ideías no pig.

    Mas claro que ela tem razão. É sempre bom lamentar que jornais que se querem sérios contratem figuras de nível tão baixo. E espertamente coloca os blogs sujos no bolo, principalmente o PHA, que foi um dos alvos do texto também.

    Ela quer pairar como a voz da razão entre “blogueiros sujos patrocinados por estatais e os roteweilers padrão Veja”. Só que o PHA solta os freios em seu blog, não nas autodenominadas maior revista e maior jornal do país.

     

  24. Vamos cobrar a promessa do Reinaldo

    O cara está babando. Escreveu três posts enormes sobre o assunto.

     

    04/11/2013

     às 15:07

     

    Chega! Vou parar de escrever para o bem do Brasil

     

    Vou parar de escrever. Eles me convenceram de que sou o mal do Brasil.

    Vou parar de escrever porque, assim, a imprensa será mais plural e tolerante. Vou parar de escrever porque, assim, se eleva a qualidade do debate. Vou parar de escrever porque, assim, ninguém mais será chamado de cachorro no colunismo pátrio. Vou parar de escrever para ninguém mais ser obrigado a me chamar de cachorro. Vou parar de escrever para que os mansos e doces continuem mansos e doces. Não é bom que eles se tornem ferozes porque, afinal de contas, eu tenho um blog hospedado na VEJA e uma coluna na Folha. Vou parar de escrever para não mais açular a paixão sanguinolenta dos cordeiros.

    Se eu parar de escrever, os que me odeiam poderão cuidar, em suas respectivas colunas, da alta política. Então será possível perceber o seu diálogo com Maquiavel, com Tocqueville, com Rawls, com Burke, essa gente toda que ignoro em meus textos e que os levo a ignorar nos seus porque, infelizmente, são obrigados a me odiar — aprendi com Miriam Leitão que sou eu que os obrigo a isso.

    Vou parar de escrever porque, se o fizer, é certo que o Brasil sairá ganhando. Se eu parar de escrever, a escola pública melhora. Na verdade, vai ser possível perceber que ela, como disse aquele sobre a saúde, já está “perto da perfeição”. Eu é que me nego a ver. Se eu não produzir mais nenhuma linha, os brasileiros, finalmente, serão tratados como gente nos hospitais e nos aeroportos. Haverá mais igualdade.

    Não escrevendo mais nada, haverá mais investimentos púbicos e privados. O país poderá, finalmente, ser mais rigoroso com as despesas. Quando eu pendurar as chuteiras, a oposição, finalmente, encontrará o seu caminho. Quem a impede de organizar um discurso para enfrentar o PT, como é visível, sou eu. No dia em que eu não produzir mais nenhuma linha, os petralhas deixarão de existir. Nunca mais haverá um político justificando a roubalheira em nome de amanhãs sorridentes.

    Quando eu não mais escrever, vai aumentar a qualidade dos empregos no Brasil, e crescerá também a renda média do trabalho. Quando os leitores não mais forem torturados pelos meus textos, haverá, então, um debate de qualidade, que é aquele, como se sabe, que se deve fazer entre pessoas que concordam.

    Por Reinaldo Azevedo

  25. Não caio nessa. Tudo

    Não caio nessa. Tudo combinado: faz parte desta maior visibilidade dada ao Rei, agora na Folha. Miriam não irá JAMAIS contra ao PIG. É muito melhor para eles que o “debate” fique assim, tipo Miriam X Reinaldo, pois escanteiam a esquerda e ainda posam de pluralistas. Comentar sobre eles é cair no jogo deles. Vamos mudar de assunto, em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher!.

  26. leitão x rottweiler

    A adversativa Miriam Leitão adora o deus mercado, mas não é uma reaça de quatro costados, e nem se dedica ao assassínio da reputação de colegas e críticos.

  27. Reducionismos (rótulos)

    O método dar rótulos aos adversários é um modo de escapar do debate e denegrir a imagem de quem expõe uma idéia. É uma técnica de argumentação falaciosa. 

    Achei a réplica da Miriam Leitão aos jornalistas que produziram artigos com críticas às suas opiniões muito, muito pobre. Ela critica exatamente o uso que seus opositores faz dos “reducionismmos”, evitando desse modo o debate franco e claro sobre idéias. Ora, ela faz isso por todo o seu artigo e também nos artigos dela comentados pelos jornalistas, p.ex., deixando de atuar no campo das idéias, prefere rotular (reducionismo) que seu oponente é “famoso sem noção”, “pobre de espírito”, “rottweiler”, “indigências mentais”, “lixo”. Não quero comentar  o mérito das idéias de nenhum dos lados, mas expor com este comentário, a desonestidade intelectual que observo diversas vezes quando alguém está comprometido com uma causa: nestes casos a pessoa argumenta sem pensar.

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