Datena participa de negociação de sequestro

Por hugo

“A criminalidade não está nem aí para os agentes responsáveis pela segurança pública. Mas se curvam ao poder midiático da televisão e do Datena.”

Do Comunique-se

Sequestrador liberta família após conversar com Datena

Anderson Scardoelli

Durante o ‘Brasil Urgente’, da Band, desta quarta-feira, 28, o apresentador José Luiz Datena conversou por telefone com o rapaz que mantinha como refém a própria família dentro de casa, em Diadema (SP). Depois de conversar com o jornalista, o criminoso identificado como Joel, libertou a mãe e a irmã – e se entregou à polícia.

Após manter contato durante minutos com o sequestrador, Datena disse que estava emocionado e sem condições de continuar à frente da edição do ‘Brasil Urgente’. Com a decisão do comunicador, Márcio Campos assumiu o comando do noticiário. “Não estranhe, estou aqui porque o Datena está muito emocionado e pediu para eu dar continuidade ao programa”, disse Campos assim que o jornalístico voltou de um dos intervalos.

A atitude de Datena, de telefonar para o rapaz que mantinha a família como refém, impedindo a polícia de manter contato com o criminoso, dividiu opiniões entre profissionais da imprensa. Pelo final feliz, com mãe e irmã de Joel sem nenhum ferimento, a negociação comandada pelo profissional da Band foi tida até como exemplo a ser seguido pela Secretaria de Segurança de São Paulo.

“A criminalidade não está nem aí para os agentes responsáveis pela segurança pública. Mas se curvam ao poder midiático da televisão e do Datena. O apresentador negocia com sequestrador e as reféns são liberadas. Aprendeu secretário? Lamentável essa situação. Creio que as peças estão atuando em local errado”, avaliou Leandro Amaral, editor-chefe do jornal Bom Dia ABC, em post publicado no Facebook.

Editor do site Papo de Bola, Edu Cesar, custou a acreditar na postura de Datena, que informou no ar que ligou para o criminoso a pedido da própria polícia. O jornalista esportivo definiu a situação policial como “surreal”. “Já acompanhei pelo rádio e pela TV um sem-número de coberturas de sequestros, mas sempre com os jornalistas reportando os fatos e não tentando convencer os sequestradores a se renderem. Parece coisa de filme, é maluco demais para parecer verdade. Mas é a vida real, incrivelmente”.

Luis Nassif

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