Dissecando a criação da personagem Sininho pela imprensa

Enviado por Leo V

De Sergio Martins, professor da PUC-Rio, dissecando a criação da personagem Sininho pela imprensa:

O caso de Sininho é particularmente instrutivo, por seu destaque, para reconstituir o funcionamento da imprensa na condução de verdadeiros linchamentos públicos. Sua primeira aparição nas páginas de um jornal, salvo engano, foi na famigerada página dos “70 vândalos”, em 17 de outubro, a mesma que rendeu do editor-executivo Pedro Dória elogios à equipe por “revelar personagens”; lá ela era “Sininho do barulho”. Nas matérias relacionadas a essa prisão, as evidências contra Sininho são o fato dela ter declarado que “vive na rua” e ter em sua página de Facebook um símbolo anarquista (ou seja, o crime aqui é a simpatia anarquista). Apesar disso, um depoimento de outra ativista refuta a ideia de que Sininho seja líder do que quer que seja, reiterando que “o movimento não tem líderes.”

Daí em diante o Globo começa a seguir seu personagem, construindo-o ao longo da trajetória. Em 25 de outubro, fotografa ela falando para professores em greve. Sua aparição seguinte é já em fevereiro de 2014, novamente como um personagem, agora no conto de terceiros: é a história do advogado Jonas Tadeu, que diz ter ouvido de Sininho sobre as “ligações” entre Fábio Raposo e Marcelo Freixo. Em declaração ao jornal, no dia 10, Sininho nega ter sido fonte das declarações e diz inclusive que sempre repudiou a violência mesmo como tática de protesto. Nas matérias seguintes, o nome dela segue flutuando, embora fique claro para o leitor que a acusação real contra ela é, no máximo, a de intermediar apoio jurídico a presos em protestos.

Com a morte de Santiago, o tom das matérias se acirra. No dia 13 aparece num box de “perfis”, dentro de uma matéria intitulada “Ataque à Liberdade de Expressão”, na companhia do advogado Jonas Tadeu e de Fábio Raposo. O “perfil”, escrito por Elelnice Bottari, vem com o título: “Com nome de fada, mas fama de encrenqueira”. Uma reedição do “Sininho do barulho”. Apesar de reconhecer que pouco se sabe da vida dela antes das manifestações, a autora afirma que seu discurso mudou e a retrata como alguém que inicialmente “pedia calma” aos black blocs com quem “caminhava junto”, mas que conquistou liderança no Ocupa Câmara e gritava palavras de ordem e segura ovos para atirar em Chiquinho Brazão (PMDB), aquele que foi empurrado goela abaixo como presidente da CPI dos Ônibus. Diz ainda que Sininho foi presa por desacato por supostamente ter chamado de “macaco” um policial e que ela teria chamado jornalistas de “carniceiros”. Esse último ponto vem junto de uma frase sobre a morte de Santiago, como que para insinuar alguma espécie de simpatia ou concordância com o ocorrido. Logo em seguida, Bottari escreve que Sininho “arrumou mais confusão” ao ser acusada por Jonas Tadeu de ter falado da tal ligação com Freixo. Repito: ela foi acusada, desmentiu a acusação dias antes, mas aparece na matéria como o sujeito da frase: “arrumou mais confusão”.

No dia seguinte, 14 de fevereiro, entra em cena o factóide das doações de vereadores e do delegado Orlando Zaccone, sob o título “Manifestações Violentas em Xeque”. A matéria de Luiz Ernesto Magalhães abre comentando que mesmo após sua prisão (com os “70 vândalos”), Sininho continuou “circulando com desenvoltura” nos salões da Câmara de Vereadores. A própria matéria reconhece que a finalidade das doações era uma festa de Natal para a população de rua da Cinelândia, mas o título e o destaque não deixam mentir: o tom da matéria é o da insinuação de que algo impróprio teria ocorrido. “Dar dinheiro a manifestantes” é algo retratado praticamente como um financiamento ao crime.

No dia 17 de fevereiro, página 2. Na coluna de Ricardo Noblat, a foto de Sininho é contraposta a da jovem guerrilheira Dilma Roussef. A justaposição já diz tudo: embora o governo engrosse o discurso de criminalização das manifestações (há inclusive uma fala de José Eduardo Cardozo a esse respeito na coluna), a oposição manifesta do Globo faz o jogo do leitor e representa Dilma como uma radical simpática a uma versão deturpada do que seria a agenda das manifestações: a apologia da violência e o ataque à democracia. Mas vejamos o que o colunista tem a dizer sobre Sininho: 1) ela é uma black bloc (o que nesse momento já era sinônimo de criminoso); 2) ela “usa a a violência para derrubar… nem ela mesma sabe direito o quê.” – o personagem aqui já se tornou ele próprio violento, ainda que literalmente nenhuma evidência nesse sentido tenha aparecido; 3) “Suponho que Sininho e sua turma desejam ferir gravemente o regime democrático sob o qual vivemos.” – aqui, o colunista distingue Dilma de Sininho, pois esta – acusada de ser parte ativa de uma turma violenta – estaria na verdade lutando contra a democracia pela qual lutaram e sofreram Dilma e tantos outros (o fato do Globo ter na época defendido a ditadura e tratado os seus opositores também como uma “turma violenta” e antidemocrática não vem ao caso, claro).

A moda da justaposição de imagens pega: no final da coluna de Ancelmo Góis, no dia 20, há uma foto de Sininho ao lado de uma de Débora Falabella, com a seguinte legenda: “Tem gente achando que Sininho, a espevitada ativista, lembra um pouco Débora Falabella. Nada contra… a talentosa atriz!”. Não é nada, não é nada, é um indício de que o foco no personagem passa pelo casting; o fato de ser mulher, jovem, bonita e aparentemente doce serve tanto para justificar todo tipo de jogo de palavras barato com sua suposta periculosidade quanto para incitar juízos misóginos.

Sininho aparece novamente numa matéria de 16 de abril sobre – mais uma vez – um protesto que terminou em “baderna”. Mais precisamente: “O protesto, que começou pacífico e contro com a presença de ativistas como Elisa Quadros, a Sininho, virou uma verdadeira baderna à tarde”. Qual teria sido o papel de Sininho disso? O Globo não diz, e nem precisa, já que ela já é, nessa altura do campeonato, uma “vândala” que “usa a violência” para “ferir gravemente a democracia”. Sua mera presença já é caso de página policial.

Na notícia de 14 de junho, Sininho já está indiciada por incitar a violência. Na mesma notícia, é mencionado que ela também é testemunha de acusação do processo contra os PMs que plantaram rojões na mochila de um adolescente na Lapa (momento capturado num vídeo, diga-se de passagem, gravado pelo próprio Globo). Mas esse não é o ponto de destaque: o que importa é que o personagem finalmente colou na pessoa a ponto de produzir consequências legais graves. Daí em diante, todos conhecem a história.

Tirem suas conclusões. Para mim, o caso da construção do personagem Sininho é exemplo de como a “jurisprudência muda” de que falou o Safatle em uma coluna recente não é restrita aos trâmites da justiça. De notícia em notícia, de página em página, disparates sem fundamento viraram suspeitas que viraram condenação pública que viraram alvo de inquérito. Os ingredientes são tóxicos: criminalização, má-fé e misoginia. Isso porque eu nem precisei entrar no mérito dos editoriais do jornal para reconstituir essa narrativa. Em suma, o que está correndo em sigilo de justiça é só uma parte do inquérito. Uma outra, talvez a mais importante, vem correndo a olhos vistos na página dos jornais desde junho do ano passado.

Redação

93 Comentários

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  1. a perseguição a Sininho nao é

    a perseguição a Sininho nao é coisa da impressa, ela tambem pois como sempre adora algo desse tipo.

    o fato é que essa força ” comovente ” da policia carioca para prender e manter presa ela e os demais tem nitido incentivo politico e apesar da galera daqui alegar que não, há sim o dedo do governo federal que percebeu não deter mais nenhum controle sobre esses tais grupos ” idealistas ” com roupagem ” social “

    a policia carioca ( como todas no pais ) é de uma incopetencia e omissao/corrupção abissal.

    sou a favor da repressao ao vandalismo com pulso forte mas dentro da lei, e onde ela deve ocorrer ou seja no momento em que durante as passeatas os tais vandalos passem a açoes criminosas.

    o resto para mim é puro autoritarismo, onde um orgao de segurança é usado para fins politicos … 

    1. sininho

      Mais um com a histórica culpa do PT, o desaparecimento das manchas solares, atualmente, deve-se, também ao governo federal! Só faltava essa!!!

      1. O PT desta vez, e só desta, não é o culpado…

        …a culpa é da queima dos combustíveis fósseis devido a ganância capitalista… a ânsia desenfreada pelo lucro causa desequilíbrio em todo o universo. A terra governanda pela democracia popular e socialista distribuiria manchas solares para todos. Caso ocorresse a diminuição seria lançada a bolsa solar para corrigir a concentração dos flares de alguns poucos exploradores privilegiados… Nenhum camarada seria despojado do direito coronal.

    2. Me desculpe amigo,mas essa

      Me desculpe amigo,mas essa moça não é nem um pouco Santa,eu já vi essa turma em Ação e há claramente uma organização de guerrilha,uma hierarquia e alguém financiando isso,justamente para desestabilizar os governos,em todas as esferas independente de partidos,isso tem que ser investigado a fundo,pois se for vai achar muita gente envolvida,se manifestar é uma coisa quebrar ,depedrar e querer realmente incendiar a Assemblia do RJ é outra,eu vi com os meus próprios olhos,estava voltando do Trabalho,quando a turma começou a atirar coqueteis molotov,vi alguns deles levando os coqueteis e distrubuindo aos demais,havia toda uma ,logistica por trás,eu acho que os governos foram até moles,em todas as esferas,agora que a uma presceptiva de punição todos eles estão com carinha de cachorrinho abandonado,esse pessoal é tão radical e louco que até a mídia ficou com medo deles.  

       Posso te afirmar essas coisas,pois eu vi com os meus próprios olhos.

    3.   Órgão de segurança usado

        Órgão de segurança usado para fins políticos é coisa do PSDB. Vide a polícia paulista que quase acabou com o programa do prefeito Haddad para os viciados em crack, a polícia (e o judiciário, e o mp, etc) mineira que prendeu um repórter (Carone) que até hoje está incomunicável, a goiana que cansou de bater em estudantes que protestavam contra a influência do Cachoeira naquele Estado…

        … mas pra você tem sempre um dedo do PT. Cara, você precisa se tratar.

      1. Em São Paulo existem dois programas da Prefeitura…

        …o pró-crack e o bolsa crack, nada menos do que isto. Quantos usuários deixaram de queimar as pedras após a administração Haddad começar a distribuir o dinheiro do contribuinte para o fornecedor do produto, o tráfico de drogas? O negócio para os traficantes está tão bom que inflacionou o setor…

          1. Em seis meses…

            …quantos usuários do crack atendidos de “braços abertos” livraram-se da dependência? A prefeitura municipal petista do Haddad deveria apresentar os resultados obtidos até o momento… algum petista do MAV poderia informar…

        1. Caiu 70% o consumo de Crack

          Caiu 70% o consumo de Crack na cracolândia, dado apresentado logo depois dos primeiros sucessos do programa.

          Os corruptos no DENARC é que estão apreensivos, pois precisam do suborno dos traficantes que faturam menos com a “Kriptonita” no local.

          Os integrantes do Braços Abertos continuam usando (porém menos), isso se chama “Redução de danos”, ninguem para de beber, fumar, drogar de uma única vez, pois o organismo acostuma.

          Não existe bolsa crack, os até outro dia “noiados” trabalham para receber o dinheiro, a melhor maneira de deixar de ser viciado é ter uma ocupação.

    4. “o fato é que essa força “

      “o fato é que essa força ” comovente ” da policia carioca para prender e manter presa ela e os demais tem nitido incentivo politico e apesar da galera daqui alegar que não, há sim o dedo do governo federal”:

      Da POLICIA FEDERAL, isso sim.

      Do tom geral coletivo nos itens sobre o assunto, eh pra acreditar que a policia mandou prender e processar 30 pessoas, e todas as identificacoes que a policia fez sao falsas:  ninguem eh Black Bloc!  Que artistas eles sao de errar todo mundo assim, ne?

    5. “sou a favor da repressao ao

      “sou a favor da repressao ao vandalismo com pulso forte” 

      Certo Leonidas, desde que a prisão de “moças frágeis e de família” vá para a conta da Dilma. Que gracinha o Leo, não, gente?

      1. desde que a prisão de “moças

        desde que a prisão de “moças frágeis e de família” vá para a conta da Dilma.

         

        Tocou justamente na impressão que tenho desse caso…

        Isto é, se estivesse o “Serra” no poder, será que muitos dos que estão do lado da Dilma concordariam com a demonização da Sininho? Ou será que eles estariam histéricos em denunciar isso como evidente perseguição política?

  2. Na verdade você está equivocado

    Ações criminosas não se restringem ao crime principal de dano ao patrimônio.

    Pode -e frequentemente há- existir a ocorrência de crimes anteriores ao crime principal.

    Como você faz parte de “torcida”, gostaria de lhe informar também que certamente há a participação do PT na derrubada do avião na Ucrânia.

  3. Alguem sabe o que aconteceu

    Alguem sabe o que aconteceu com os manifestantes que mataram o cinegrafista da Band, estão presos, já foram julgados, a propria Band não fala uma virgula sobre o assunto.

    1. Não entendi. Você quer dizer

      Não entendi. Você quer dizer que é por falta de namorado / marido que a Elisa participa das manifestações? É isso? Se tivesse arranjado um homem iria para casa e ficava bem quietinha? 

      Não sei se foi isso que vc quiz dizer, mas é o que pareceu. E se foi soou um pouquinho só machista.

      1. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

        !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

        Por causa de uma historia, livro, varios filmes, e varias pecas de teatro, todos chamados “Peter Pan”!!!!!!!!!!!!!!!!!!

          1. Ah, bom.
            Eh porque o Luis

            Ah, bom.

            Eh porque o Luis Mattos eh porco charvinista machista misogino.  Esqueci alguma coisa?

          2. Esqueceu de não ser bobo

            Esqueceu de não ser bobo, talvez.

             

            Por que sim eles está sendo machista e reduzindo a pessoa em questão só por ser mulher.

             

            Mesmo que ele ou você não percebam isso.

          3. “Esqueceu de não ser bobo,

            “Esqueceu de não ser bobo, talvez”:

            Ele nao falou em “mulheres”, “maridos”, “namorados”, “necessidade de homem”, e muito menos em “Elisa”.  Quem falou foi voce.

            Quem eh bobo?

            Voce nao consegue entender nem um comentario desses?!

            Traduzindo em inglezinho bem simples:  “faltou um heroi”.

            http://en.wikipedia.org/wiki/Archetype

  4. Nada de novo. A imprensa,

    Nada de novo. A imprensa, assim como a literatura cria personagens há seculos. Algum fundo de realidade sempre existe, não se inventam personagens a partir do nada. Cabe ao historiador com calma e a distancia dos tempos ir reconfigurando o personagem inventado, dando sua real dimensão ou até mostrando uma quimera.

    Parece claro que Sininho tem liderança, não há grupos sem liderança, nem em um jardim de infancia. Alguem é mais articulado, fala melhor, convence os outros, parece ser o caso dessa moça. No fundo da alma ela deve até gostar do personagem, foi capa da Veja, não é para qualquer uma.  Alguns personagens historicos são notoriamente exagerados pela midia ou pelo imaginario popular, por multiplas razões. Viram simbolos de uma causa ou de uma ideia, sendo as vezes seu papel real muito menor do que se pensava na onda dos eventos. Outros, ao contrario, tem dimensão real muito maior do que se pensava no momento dos fatos.

    No primeiro caso, Che Guevara, no segundo caso Gertude Bell, a funcionaria do Foreing Office que criou o Iraque ou Alexander Helphand, o articulador politico-financeiro que teve papel importante na Revolução Sovietica ao viabilizar a viagem de Lenin de Zurich à Russia atavessando a Alemanha com grande somas de dinheiro,  sem o que a Revolução

    não teria como ser executada e mudado o curso da Historia.

    O personagem Sininho está ainda em processo criativo, não dá para saber sua real dimensão.

    1. O que é isso companheiro ?

      A literatura não só pode como deve inventar personagens, a imprensa não.

      A imprensa deve se ater à verdade factual ou, então, deixa de ser imprensa.

      1. Caro Jorge, dessa vez fecho

        Caro Jorge, dessa vez fecho 100% com o AA. Embora ache que deveria desenvolver melhor a parte sobre o Che (fica para depois). A imprensa só na teoria lida com fatos. Ou melhor, fatos, a verdade factual, como diz o Mino Carta, servem de base para daí se criar uma narratvia. E olha que nem sempre tem fatos lá.

        Ainda mais uma imprensa tão “criativa” quanto a nossa. Não atoa, o Merval entrou para a Academia de Letras, embora não escreva muito bem

        1. Eh.

           E fica a impressão de que a Elisa Quadros embarcou nessa personagem Sininho, que ela criou e eles redimensionaram, o que a levou a uma esquizofrênica relação entre a doce Sininho e a black bloc Elisa. 

        2. Espera aí, Juliano

          Alto lá, Juliano. O Motta Araújo está equivocado.

          A opinião do dono do jornal vai no editorial ou em colunistas que expressem a opinião  do empresário de mídia.

          Também colunistas independentes colocam sua própria opinião sobre os fatos.

          Entretanto, as reportagens devem se ater aos fatos. O máximo que se pode admitir é que um reporter observe e perceba os fatos de forma diferente de um outro reporter.

          Mas, ele tem que se ater ao que ele percebeu e não inventar falsos fatos, ou seja fatos  que não ocorreram. 

      2. às vezes nossa imprensa é como literatura mesmo…

        já tendo sido usada até para condenar inocentes…………………………

        esqueceu do “a imprensa me permite condenar”?

      3. Nada a ver. A raiz do

        Nada a ver. A raiz do conceito de liberdade de imprensa não tem como objetivo informar FATOS e sim dar a opinião do dono do jornal sobre esses fatos. Imprensa não é press release para registrar, como um Diario Oficial. A razão de ser da imprensa é MANIFESTAR UMA VISÃO  dos fatos a partir da observação deles pelo jornalista. A imprensa do passado no Brasil, nos anos do começo do século XX até 1950, era MUITO MAIS PANFLETARIA do que é hoje.

        A Sininho não foi inventada pegando um pedestre na rua, o personagem foi montado em cima de uma realidade, a partir dai pode haver aumento ou exagero mas ele não é uma ficção, está ai um processo de 2.000 paginas, que passou por dois juizes diferentes, o da vara Criminal e o do Habeas Corpus, que acreditam que Sininho é o que diz o processo, uma lider dos balc blocks. Se é mais ou menos lider pode-se discutir,, mas ele existe, não é um ectoplasma.

    2. perfeito…

      foi partindo daí é que fui levado a concluir que ela nunca deixou de ser ela mesma, nada………………

      peguem o histórico daqueles dois que estão em cana pela morte do Santiago e vejam que realmente nunca fizeram nada de bom, em termos de ser alguém diferente na multidão

    3. ” O personagem Sininho está

      ” O personagem Sininho está ainda em processo criativo, não dá para saber sua real dimensão.”

      É isso! Mandou bem…

  5. A cegueria de alguns poucos,

    A cegueria de alguns poucos, chega a dar vergonha alheia! Tudo no mundo é culpa do governo federal!!!! Se esses cegos de amores pelos traidores fossem fazer isso no USA, a democracia que eles se subjugam, estariam na fila da pena de morte, aguardando execução. Democracias assim, com pena de morte, para eles é a perfeitta, mas desde que a morte seja de outro ser, não de seus seguidores amestrados..

  6. criação de personagens?

    desde o surgimento, alguma vez ela deixou de ser ela mesma?

    eu acho que agora deu para entender qual é a desses jovens…………………………………..

    como não aprenderam a fazer nada de bom na vida, vivem de sonhar com pessoas que os desafiem

     

    é o que se pode concluir quando o desejo é vencer sempre, mesmo quando tudo dá errado

    1. Viva a santíssima esquerda.

      Violência é coisa da direita.

      As pessoas podem mudar de lado, mas sua essência não muda. Assim, os “Serras”  de esquerda que hoje você aplaude, amanhã podem se revelar quem realmente são.

      Violência é coisa de nós humanos.

       

  7. Tirei as conclusões sugeridas: besteirol

    Tinha de ser de um “professor da PUC”, que é um dos núcleos de agitação. Eu sei porque tenho parente que estuda lá. Não resta dúvidas de que há por trás disto um primoroso trabalho de pesquisa, ao qual provavelmente se dedicaram várias pessoas. O grupo está realmente ativo, resta saber a mando de quem estão trabalhando. De ninguém que seja favorável à democracia e a um Brasil independente, isto é certo.

  8. mais um FACTOIDE !!!!!

     e extremamente divertido ver como as pessoas estao lidando com esse momento de mudanca, se nao existem lideres,  eles fazem um, nao conseguem ver algo sem chefe e nasceu a Sininho, uma garotada engajada, que sabe o que esta fazendo, que domina a internet e que esta ligada de forma horizontal pelas redes sociais, tremei coxinhas porque apenas esta comecando a brincadeira.

    1. Concordo em parte. Mas não

      Concordo em parte. Mas não vejo porque os coxinhas deveriam tremer. Toda esta história vai acabar jogando o governo federal no colo deles, sem esforço.

  9. pô……………………..eu quero sair daqui e não consigo

    já rolaram 5 paginas e no mínimo 15 cliquepliques e eu ainda aqui………………….

     

    vou tentar fechando tudo

  10. A culpa é da Disney!

    Várias gerações de brasileiros acostumaram-se àquela criaturinha luminosa, alada e de coxas grossas. A apaixonada companheira daquele moleque que tem medo de crescer. A fada Sininho embalou muitas fantasias da garotada, nem sempre castas. De repente o imperialismo cultural decretou que para aumentar o lucro dos socialistas fabianos da ratolândia em todo o mundo ela seria a Tinker Bell. Isto deixou um vácuo no imaginário dos pré-adolescentes. Para ocupar esse espaço o movimento revolucionário entrou em ação. Como estes novos radicais são incapazes de ler textos maçantes e tediosos, não vão além dos cento e quarenta caracteres, desconheciam que a repetição no contexto histórico em geral torna-se uma farsa.

    Portanto desprovidos dos fundamentos dialéticos e materialistas do furunculoso profeta, das análises dos seus seguidores e intérpretes, abandonados por um neo-anarquismo de resultados, mantendo apenas o desejo de sangue dos seus primos ideológicos, os black bostas brasileiros criaram um personagem. Porém desta vez a criaturinha se meteu em camisa de onze varas, deu com os burros n’água e está vendo o sol nascer quadrado. Criando o primeiro mito facebuquiano do movimento democrático e popular: a safada Sininho.

    1. Betty Boop

      “A apaixonada companheira daquele moleque que tem medo de crescer”.

      Maledicências, Rebolla, maledicências.

      Decididamente, Sininho não é a namoradinha de Aécio Claudio.

  11. Pra mim é mais um movimento

    Pra mim é mais um movimento grosseiro da imprensa. A insistência com sininho tem como objetivo claro dizer que é a esquerda que é perigosa. Sobretudo depois do sucesso da organização da copa a imprensa quer se distanciar do papel que desempenhou botando a culpa na imprensa estrangeira, em primeiro lugar, e agora em grupos de esquerda. Já está arrolando até sindicatos (fist, sindipetro e sindiprev) nessa chacrinha.

    “Ah, mas foi um inquerito policial que “apurou” isso”, vão dizer. Com a escola base foi a mesma coisa.

    Que fique claro, não sou nem um pouco fã desses black blocks que ficam parasitando as manifestações dos outros. Pra mim são inocentes úteis. Até mesmo manifestações sem propostas – “contra tudo que aí está” – não despertam minha simpatia. Nunca levei muito a sério a esquerda revolucionária. No fiinal do século XIX ou começo do século XX vá lá. Mas hoje temos mal ou bem liberdade de associação, competição eleitoral, etc. Enfim, vivemos em uma democracia. Se organizem, concorram com suas ideias na praça e disputem no voto. Essa instituição “burguesa” do voto foi criada exatamente pra isso, pra organizar a gritaria da praça. Não sabem, certo tipo de esquerda, que esse arranjo proporcionou um avanço nas condições de vida dos trabalhadores, direitos sociais, etc. Muita “luta” aconteceu pra chegarmos a isso; e esse pessoal despreza os direito civis, os direitos políticos e os direitos sociais como instituições burguesas…

    Dito isso, pra mim eles devem ser julgados pelos crimes (tipificados no código penal) que cometeram, e não pelo que não cometeram. Tentativas de enquadrar como crime político ou, pior, terrorismo, só alimentam a chacrinha.

  12. O ponto que se quer chegar é

    O ponto que se quer chegar é a criminalização dos movimentos sociais, das manifestações de jovens da esquerda (que fique claro) e o interesse nessas prisões chama-se: eleição.

    Não tem nenhum manifestante da extrema-direita preso, pelo que sei. 

    Que venha um Governo conservador e um parlamento mais conservador, ainda.

    Este o sonho de nossas Elites e do Judiciário aliado dela. 

    Não nos iludamos, galera!

    Não temos que colocar o passado em revista, o Mensalão e a “Sininho” fazem parte do mesmo pacote da Direita brasileira, sua Justiça e sua mídia hegemônica. 

    Se a Eleição já tivesse sido realizada se teria mais possibilidade desses manifestantes já estarem livres. 

    Nós das esquerdas precisamos ficar espertos e ir para além das desavenças, como disse, não tem diferença de PT, PSOL ou PSTU para a elite brasileira e sua mídia; eles querem que a extrema-esquerda nunca chegue ao poder ou com força nos parlamentos e que o PT saia do Governo Federal o mais rápido possível e eleja poucos representantes nos parlamentos. 

    Lembremos PMDB no Rio de Janeiro é a tábua de salvação da Rede Globo. Sobrou do outro lado PSOL, PT e dois candidatos evangélicos. 

    1. Avisa isso para a turma do

      Avisa isso para a turma do PSOL e PSTU, pois faz tempo que a turma do PT vem cantando essa bola, mas a galera, ao que parece, prefere surfar, quando podem, nas ondas da extrema direita.

        1. Perfeito!

          Sergio, você conseguiu definir com a maior precisão possível o que ocorre com as esquerdas, realmente só se unem, escreveu eu, se reunem na cadeai.

    2. E que tal se perguntassemos

      E que tal se perguntassemos para a tal Sininho em quem ela votara na proxima eleição para a presidencia? 

      Saberiamos enfim  de que lado ela realmente esta.

      Dependendo da resposta poderemos chegar ate a conclusão de estarmos perdendo tempo numa discussão para descobrir se a jovem é mesmo de “esquerda” ou de direita.

      Pode se tratar simplesmente  uma pessoa mal resolvida em sua vida privada.

      Apenas isso.

      Mesmo assim, não lhe caberia o direito de incendiar o predio da Camara ou sair jogando bombas pelas ruas.

      1. Patético querir medir o mundo

        Patético querir medir o mundo pela régua eleitoral. A que ponto chegamos!!!

        Será se se ela não for eleitora do PT ela merece ter seus direitos civis cassados?

        Filha de petistas, como os próprios pais dela dizem, é uma militante como os pais dela.

        O que a cúpula do PT (quem manda efetivamente) faz hoje é criminalizar seu passado.

        1. Patético é seu comentário ! A

          Patético é seu comentário ! A turma do PT é quem manda efetivamente. Onde acontece isto? No Rio ? em SP ? ou em MG ?

  13. Essas pessoas não protestaram

    Essas pessoas não protestaram contra as prisões de José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares. Portanto, consideram que vivemos em um estado de direito onde a justiça funciona. Se é assim, não há problema que se submetam a processo e julgamento.

    1. Não…

      Mas, Leo V está em todos os blogs ditos “sujos”, defendendo a atuação dos black blocs desde o momento em que este movimento (ou tática, como queiram) passou a ser contestado por todos.

      1. Eu só acompnahndo dois blogs

        Eu só acompnahndo dois blogs ditos sujos.

        E os frequento talvez bem antes de vc, já faz uns 6 anos pelo menos.

        E sobre black bloc, antes de vc ter ouvido falar disso, isto éuns 14 anos atrás, eu já discutia o tema.

        E quem não tem argumento coloca coisa na boca dos outros.

        Eu não criminalizo ações de autodefesa em manifestações ou, por mais idiota que seja, quebrar vidraça de bancos. Posso condenar do ponto de vista político, mas não do ponto de vista criminal.

        Com tanto pobre e trabalhador assassinado pela polícia todos os anos, só um grande conservador ou capitalista para ficar preocupado com viadraça de banco.

        1.   Meu querido, o problema não

            Meu querido, o problema não é a vidraça em si: é demonstrar que vocês propõem… propõem… bom, não propõem nada, só ficam na quebradeira.  E ainda dão má fama a manifestações em geral.

        2. E daí?

          Eu frequento o Cidadania desde 2005 (não vou procurar agora, mas acho que você já postou comentário lá também). Tenho cadastro lá, no Movimento dos Sem Mídia.

          Frequento o do Nassif desde 2009.

          Frequento o Viomundo (onde você também está constantemente defendendo os ativistas) desde que ele era do portal globo.

          Sua foto no face é da Sininho (comentário seu no Viomundo, na parte dos comentaristas do face)

          E fica a pergunta: e daí? O que o tempo tem a ver com os comentários? Quem chegou hoje pode muito bem postar um comentário excelente. O tempo de atividade nos blogs não comprova nada.

          Não te acusei de nada. Disse que você defende os ativistas e a tática black bloc (conforme outro comentário seu aqui mesmo, nesta discussão, defendendo quebrar vidraça de banco).

          Que legal que há 14 anos atrás você já discutia o tema black bloc. Eu não. Nunca me interessei por qualquer tática que utilize a violência. Na minha idade (mais de 50 anos), procuro resolver as coisas de forma totalmente pacífica. Fiz greve quando ainda jovem, sempre pacificamente. Fiz greve atualmente e nem fechar a pista principal da minha cidade, fechamos: respeitamos a decisão do juiz, que ordenou que ocupássemos somente meia pista. 

          Sou a favor de manifestações pacíficas, discordo totalmente da tática black bloc, independente dos resultados que ela tenha conseguido em outros países. 

      2. E a propósito… “black bloc”

        E a propósito… “black bloc” mesmo não tem entre os perseguidos.

        Os alvos das prisões são evidentemente militantes até notórios.

        Bem unido à Globo vc fica na tarefa de desinformar e assassinar reputação de inimigos.

    2. Te incomoda informação

      Te incomoda informação né?

      Pelo jeito vc prefere a versão da Veja do que a desconstrução da Veja/Globo feita pelo Sergio Martins, certo?

  14. 20 anos depois, imprensa ainda é braço da ditadura

    Cátia Guimarães: 20 anos depois, imprensa ainda é braço da ditadura

    publicado em 21 de julho de 2014 às 21:32

    carla

    Lembram-se do caso de Carla Hirt? Esta foto, onde ela não aparece — nem o marido — saiu em O Globo. Leiam a legenda. O casal, segundo o jornal, participou de quebra-quebra no Leblon, do qual Carla e o marido não participaram. Ela foi denunciada por “formação de quadrilha” com desconhecidos. Depois de O Globo fazer escândalo, o caso foi arquivado.

    PRISÕES NO RIO DE JANEIRO

    Imprensa renova instrumentos da ditadura

    Por Cátia Guimarães*  em 15/07/2014 na edição 807, Observatório da Imprensa

    Passaram-se mais de 20 anos, mas a grande imprensa brasileira não desaprendeu o seu papel como braço da ditadura. Os personagens são outros, mas aqueles velhos instrumentos que ajudam a explicar por que se fere a democracia em nome da própria democracia estiveram sempre guardados e continuam afiados, exatamente como em 1964. Não há maior evidência disso do que a cobertura que os grandes jornais fizeram das prisões de manifestantes efetuadas no último dia 12/7, véspera da final da Copa do Mundo no Brasil.

    Numa ação orquestrada entre executivo e judiciário, foram expedidos 26 mandados de prisão temporária preventiva contra cidadãos que não cometeram nenhum crime, além de, em algum momento, uns mais, outros menos, terem participado de manifestações nas ruas.

    Sustentando a acusação de formação de quadrilha, a polícia civil não teve nenhuma vergonha em declarar que o motivo das prisões foi evitar que eles cometessem crimes que se supunha que cometeriam. Mas o que é pior: veículos de comunicação e profissionais que julgam fazer jornalismo também não tiveram a mínima vergonha de repetir, de forma naturalizada, não só esse argumento como coisa muito pior.

    O principal artifício ressuscitado dos tempos da ditadura escancarada foi a criação de um inimigo público, aquele cujo perigo justifica toda e qualquer violência e arbitrariedade. Houve muitos durante o regime empresarial-militar. Mas o mais novo inimigo público inventado pelo regime empresarial-falsamente democrático chama-se Elisa Quadros e atende pelo apelido de Sininho.

    Não por acaso, a chamada de quase todos os grandes jornais não informava a prisão de dezenas de manifestantes, destacando apenas a situação dessa personagem renascida dos porões da ditadura. “Sininho é presa por formação de quadrilha”, diz a capa do Globo de domingo, 13/7. O “resto” aparece embaixo, em letras menores, como uma rápida referência a “outras 18 pessoas”.

    E isso basta, principalmente porque, também como na ditadura explícita, a imagem do inimigo público está sempre acompanhada da vítima a ele atribuída, direta ou indiretamente. Nesse caso, a vítima (real, mas de outros algozes, e não me refiro aos que foram presos por este crime), instrumentalizada como carniça de urubu, é Santiago Andrade, o cinegrafista da Rede Bandeirantes que foi morto por um morteiro em uma manifestação.

    Aos fatos

    Não importa que nem a inimiga pública de agora nem nenhum dos outros presos tenha relação com a morte: no imaginário cuidadosamente construído, os estereótipos dão conta das relações que a realidade insiste em negar. Foi por isso que o Globo, além do nome e da foto da inimiga pública da vez, tratou de providenciar uma coluna de “memória” intitulada “Onda de violência acabou em morte”, que lembra exatamente o caso do cinegrafista.

    Com isso, todo o resto – toda a falta de informação, todas as falsas evidências, todos os argumentos absurdos, toda a vergonha alheia que a entrevista coletiva da cúpula da polícia civil no Rio provocou – pode ser jogado para debaixo do tapete.

    Trata-se de uma postura consciente por parte do jornal, passiva e conivente por parte dos jornalistas que aceitam ser seus cúmplices, e muito eficaz no papel ideológico que desempenha junto à massa de leitores ou telespectadores. Junto com o inimigo público, vão-se outras dezenas de vidas, vai-se o respeito às leis, vai-se a máscara do Estado de direito.

    Se estivesse vivo, talvez Roberto Marinho repetisse os termos do seu editorial de 1984, deixando “clara a sua crença de que a intervenção fora imprescindível para a manutenção da democracia e, depois, para conter a irrupção da guerrilha urbana”, nome genérico usado, naquele tempo e ainda hoje, para designar o estranho fenômeno do povo ocupando as ruas.

    Sejamos claros: um jornalista que não só aceita como passa adiante a informação de que a polícia encontrou provas “robustas e consistentes” de que os prisioneiros cometeriam ações violentas na final da Copa, sem confrontar os adjetivos com as evidências materiais, não vale o diploma nem o crachá que exibe, seja ele qual for.

    Seria cômico, se não se estivesse falando de vidas privadas de liberdade, ver um jornal como O Dia reproduzir, no melhor estilo de narrativa policial, que “os investigadores apreenderammáscaras de proteção contra gás, joelheiras, um pouco de gasolina dentro de uma garrafa plástica, maconha, jornais e uma bandeira do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR)”.

    Seria incompetência, se não fosse desonestidade, ver um jornal como o Globo escolher, dessa lista no mínimo constrangedora, os itens que, por exporem um pouco menos o ridículo da situação, mereceriam destaque nas suas páginas.

    Assim, sobraram as “máscaras de gás e explosivos, além de computadores e celulares”. Computadores e celulares, como todo mundo sabe, são armas perigosíssimas. Máscaras que protegem os olhos dos efeitos do gás lacrimogêneo para uso em manifestações acompanhadas por uma polícia como a do Rio de Janeiro também são uma descoberta típica das séries de detetives norte-americanas.

    Sobre o explosivo, esse foi o nome genérico oportunamente encontrado para descrever uma garrafa com gasolina, encontrada não numa mochila no meio da rua ou de uma manifestação, mas dentro de uma residência. Nenhum jornal esqueceu de mencionar que as prisões em flagrante foram por “arma” (ou revólver, dependendo do gosto do jornalista) e “drogas”.

    Pois bem: como foi amplamente divulgado por veículos que se disseminam nas redes sociais – aqueles que os jornalistas da grande imprensa costumam tratar como não-jornalísticos –, a arma foi encontrada em uma das casas e era do pai do menor em nome de quem estava expedido um dos mandados.

    Sua licença – porte de arma – estava vencida, o que pode gerar outro processo e outra matéria, mas não tem nenhuma relação com a prisão que os policiais foram fazer naquela casa. Por fim, as “drogas” encontradas foram um cigarro de maconha que, como se sabe, pelas propriedades cientificamente conhecidas, deve tornar os manifestantes ainda muito mais violentos. Curiosamente, os jornais esqueceram essa parte da história.

    A imprensa alternativa que ocupa as redes sociais denunciou desde muito cedo, advogados e políticos se pronunciaram, instituições importantes e reconhecidas da tão aclamada democracia, como a OAB, emitiram notas que ganharam espaço no pé das matérias, apresentadas como manifestação de “repúdio” às prisões, num mero registro protocolar do “outro lado” jornalístico.

    A referência ao objetivo evidente de desmobilizar os protestos do dia seguinte – cujo grau insano de repressão e violência só chegou às páginas da grande imprensa porque alguns de seus jornalistas foram atingidos – foi citada de escanteio, como a “opinião” de alguns, nunca como insumo para se questionarem as fontes oficiais.

    Nenhum jornalista ousou fazer (ou nenhum jornal ousou publicar) o mínimo que se espera de um profissional da informação, que é usar os conhecimentos jurídicos dessas instituições e seus atores para questionar a legalidade e o fundamento da operação policial e os mandados de prisão.

    Ninguém investigou e explicou a real funcionalidade e pertinência jurídica de uma prisão temporária de caráter preventivo; ninguém comparou a precaução da polícia e da justiça nessa situação com a oposta complacência mostrada, dias antes, quando um alvará de soltura expedido no meio da madrugada fez do executivo da empresa ligada à Fifa – cidadão inglês, sem domicílio fixo no país e preso com provas muito mais “robustas e consistentes” de formação de uma quadrilha de cambistas – um foragido.

    Um consenso em torno da coerção necessária

    É cada vez mais concreto o quanto essa noção abstrata de democracia e o seu correspondente Estado de direito são dois elementos circulares de uma farsa produzida para manter ou estabilizar as relações de dominação.

    Em nome da democracia e do Estado de direito, vale tudo, até ferir a democracia e o Estado de direito, desde que se faça isso através de instituições como a polícia, o judiciário e a imprensa, que compõem o Estado de direito garantidor da democracia.

    Há muito que a tradição marxista sabe que a forma assumida pelo Estado – democracia, ditadura, monarquia… – representa variações coerentes com a correlação de forças e o grau de hegemonia vigente em cada local, em cada contexto histórico, mas que, em todas essas situações, a função do Estado é garantir, com as armas que estiverem disponíveis, os interesses da classe dominante.

    Por isso, no capitalismo, a combinação de mecanismos de cooptação e consenso nos regimes ditatoriais com mecanismos de violência e coerção nos contextos democráticos é e sempre será parte do jogo.

    Isso se expressa de forma muito direta na grande imprensa que é, também, instrumento da democracia burguesa. Por isso, ela pode pluralizar seus públicos, diversificar os colunistas, usar de vez em quando uma imagem produzida por midiativistas, denunciar um senhor aqui, ajudar a prender um policial violento acolá.

    Pode até escrever e ler em voz alta um belo editorial de mea culpa, lamentando seu apoio à ditadura encerrada. Mas sempre que for preciso, ela vai afiar as ferramentas, espalhar a poeira, tirar a ferrugem e usar todas as armas de que dispuser para, em nome da democracia, legitimar um consenso em torno da coerção necessária. Está no seu DNA.

    *Cátia Guimarães é jornalista

    1. É verdade. Mas é sinal de que

      É verdade. Mas é sinal de que a humanidde pode regredir.

      O tal do PIG e governistas de braços dados na criminalização.

      E pior, ainda tem gente que diz que manifestante vai pras ruas para desestabilizar o governo do PT, a mando de tucanos, da mídia golpista etc. Imagina.. como a Veja e a Globo adoram esses manifestantes de esquerda, só faltam colocar o chifre de demônio.

      Na verdade o que há é um bloco de poder com suas fricções internas, que juntam os grandes partidos, Judiciários, polícias, grande imprensa. É o Capital que manda, e os cães ladram.

      1. O que não conseguirei

        O que não conseguirei entender nunca, é como todos esses que foram os BB, Anonymous, vândalos, etc, só falam mal do  Governo Federal. Jamais fizeram qualquer manifestação s/ os roubos do Metrô, s/ os roubos ocorridos na Prefeitura no governo Kassab , s/ os desmandos do JB, etc. Talvez  vc possa me explicar, já que defende essas pessoas.

         

  15. Azenha tem razão sobre a “síndrome Sininho” da blogosfera

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/antonio-david-dilma-tem-chance-de-vencer-primeiro-turno-corre-risco-segundo-e-sofre-entre-jovens-e-nas-grandes-cidades.html

    PS do Viomundo: Faz tempo que insisto que o PT, em vez de falar aos jovens das regiões metropolitanas, resolveu cair na esparrela de que as manifestações de 2013 foram coisa apenas de “coxinhas”, uma tese desmiolada que ganhou grande alcance graças à própria blogosfera. Em vez de pensar sobre o problema, foca na ínfima minoria dos que adotam a tática black bloc. Abraça a fulanização da política: Sininho, que não tem importância alguma, é usada para mascarar o problema real da falta de canais para o engajamento dos jovens na política. Os discursos raivosos contra os black blocs e a Sininho geram muitos cliques e audiência para a blogosfera. Mas os problemas reais dos quais eles derivam ficam intocados. É como se não tivessemos uma crise urbana, que atinge da qualidade do transporte público à falta de opções de lazer para os jovens. Infelizmente para o PT e felizmente para Aécio, os avestruzes ganharam o debate.

     

  16. essa técnica da

    essa técnica da criminalização dos movimentos sociais é quase cópia da ancestral página policial dos jornais brasileiros….qualquer um que seja detido pela polícia é já qualificado a priori como bandido, seja o que tnha feito…

    essa criminalização a priori é entul]ho aurtoritário – lembram do tempo em que o cara era detido para “maiores averiguações” e acabava  torturado e morto?

    bem fez o pt ao lançar uma nota dia desses criticando esse processo que cheira a autoritário  no rio de janeiro…

    1. O item, infelizmente, eh

      O item, infelizmente, eh somente a respeito da coisa errada aa hora errada.  Ja vimos tudo isso antes.

      Ja passou da hora de analizar a construcao da “Monstruosa Sininho do Barulho”, e isso ja foi feito no blog pelos comentaristas, e muitissimo bem feito, analizado, e minuciosamente criticado.

      Tambem ja passou da hora de “denunciar” PT, governo federal, governo do Rio (merecidamente, alias), policia (idem), e entulhos autoritarios.

      A hora agora eh do processo em si…  e a agua nao ta pra peixe.  Nem pra BB’s!

  17. Papo furado

    O autor do texto, um tal Sérgio Martins, faz o mesmo que acusa nos outros: ao invés de dizer o que realmente faz a “desamparada” e “injustiçada” Sininho, que precisa de textos ineptos como esse para se defender, se limita a narrar o que os outros dizem dela, o que, claro, são falsas acusações, misoginia, má-fé, mentira, distorção e etc.

    Não rebate diretamente nenhuma acusação. Puro papo furado. E ainda tem gente que leva isso a sério. Deve ser por causa do costume adquirido depois de tanto ler aqueles textos que citam a sigla “PIG” a cada três palavras como principal “argumento” (sic).

     

    1. Calúnia é difícil de

      Calúnia é difícil de rebater.

      Quem acusa é que deve provar ou estou errado?

      O autor mostra muito bem que os textos ds jornalões e revistas não tem pé nem cabeça, criam um personagem baseado no nada.

      Incrível o conservadorismo de gente que esperneia o ano inteiro contra o tal PIG mas no fundo morre de paixão por ele e seus métodos.

      1. Ao contrário, calúnia é facílima de se rebater

        Basta mostrar qu a acusação é falsa. Aliás, se defender é isso, negar, mostrar os erros, a impertinência da acusação. É para isso que o direito fala em defesa ampla.

        De todo modo, como eu sou calejado, essa conversa não me impressiona. Não estou falando aqui de ônus da prova. Se os jornais não provam o que dizem de Sininho, hoje em dia algo insustentável, diante do que se divulgou sobre as escutas telefônicas, o fato é que o autor do post usa a estratégia de acusar os acusadores para se defender, esquecendo de rebater as acusações quanto a serem verdadeiras ou não.

        É simples: Sininho incentivou ou não os manifestantes a tocarem fogo na Câmara Municipal de Vereadores do RJ, como se fosse uma Robespierre de saias rsrs? Sininho gosta ou não de planejar com os manifestantes o uso de artefatos explosivos nas manifestações, como aquele que matou Santiago Andrade? Sininho gosta ou não de participar ativamente, inclusive no comndo, dando ordens, de manifestações que praticam depredação do patrimônios público e privado? Sininho defende a quebradeira, os atos de vandalismo, como forma de lutar contra o capitalismo? Sininho acha que é assim que se deve defender suas obscuras posições políticas? Qual o compromisso de Sininho com o cumprimento das leis brasileiras, com o Estado Democrático de Direito brasileiro? Sininho é uma “comuna” que acha que vai fazer a revolução e libertar os “fracos” e “oprimidos”? Sininho tem a megalomania de se achar a “fada madrinha” da classe trabalhadora? Enfim, o que ou quem exatamente é Sininho? Uma pseudo-revolucionária que usa de métodos criminosos, nos termos das leis vigentes, para defender seus obscuros ideais?

        É isso que as pessoas querem saber. Quem não tem como se posicionar claramente fica com esse papo furado aí. Isso é papo furado. Os comunistas russos pelo menos diziam abertamente que achavam a democracia liberal-burguesa uma porcaria e queriam destruí-la. Sinnho não tem coragem de dizer isso abertamente e com todas as letras. Sininho é uma pseudo-comunista revolucionária (nem sei se é mesmo, parece não ser educada sobre o marxismo, enfim) dos tempos de Internet. Quem criou a personagem Sininho foram as pessoas vacilonas que convivem com ela.

        1. respondendo aas acusacoes

          Nao sou advogado da tal, nem a conheco. mas suas respostas pessoais nao encontram espaco nos jornais, vamos tentar responder as tais acusacoes pelo que sai nos jornais:

          É simples: Sininho incentivou ou não os manifestantes a tocarem fogo na Câmara Municipal de Vereadores do RJ, como se fosse uma Robespierre de saias rsrs?

          aparentemente ha uma unica testemunha dessa intencao, que pode ateh ser P2, cujo nome nao foi divulgado. o fato que o tal fato NAO ocorreu. ninguem pos fogo na camara. se vc disser que quer matar o juiz que apontou um penalti que vc acha que nao aconteceu e ninguem matar esse juiz vc pode ser acusado de mandante de assassinato?

          Sininho gosta ou não de planejar com os manifestantes o uso de artefatos explosivos nas manifestações, como aquele que matou Santiago Andrade?

          Ateh aqui nao apareceu uma UNICA gravacao dela planejando o uso de artefatos explosivos. se houvesse alguma evidencia forte no processo, vc acha que a Globo nao teria mostrado?

          Sininho gosta ou não de participar ativamente, inclusive no comndo, dando ordens, de manifestações que praticam depredação do patrimônios público e privado?

          Ateh onde eu sei, participar ativamente, inclusive no comando, de manifestacoes ainda eh um direito constitucional do brasileiro. Se vc organiza uma festa no salao do seu predio e um convidado briga com outro na rua em frente a responsabilidade eh sua? Se um matar o outro vc eh cumplice? quem estah sendo acusada de ordenar quebradeira (novmaente por supostas testemunhas anonimas) eh a advogada e nao a elisa.

          Sininho defende a quebradeira, os atos de vandalismo, como forma de lutar contra o capitalismo?

          voce jah ouviu isso da boca dela? tem alguma gravacao nesse sentido nos autos?

          Sininho acha que é assim que se deve defender suas obscuras posições políticas?

          voce jah ouviu isso da boca dela? tem alguma gravacao nesse sentido nos autos?

          Qual o compromisso de Sininho com o cumprimento das leis brasileiras, com o Estado Democrático de Direito brasileiro?

          nao sei, qual o seu? de qq forma, ela pode nao ter um compromisso pessoal com isso. mas isso tb nao eh crime SE ela nao quebrar alguma lei. Que lei ela quebrou?

          Sininho é uma “comuna” que acha que vai fazer a revolução e libertar os “fracos” e “oprimidos”? Sininho tem a megalomania de se achar a “fada madrinha” da classe trabalhadora? Enfim, o que ou quem exatamente é Sininho? Uma pseudo-revolucionária que usa de métodos criminosos, nos termos das leis vigentes, para defender seus obscuros ideais?

          nao sei, mas desde quando eh crime ter uma utopia?

           

          a questao de fundo eh que ateh agora NINGUEM (nem o advogado ou o desembargador) sabe realmente de que ato que realmente tenha ocorrido ela eh acusada…

          a nao ser, claro, ter torcido contra a selecao brasileira na Copa. peco ajuda aos juristas do site para acharem no codigo penal a tipificacao desse crime e as penas cabiveis.

           

        2.   Pô, Alessandre, você

            Pô, Alessandre, você simplesmente pediu imparcialidade e atiçou o Leo V, que entendeu mal sua postura. Essa sua continuidade na imparcialidade fez o cara sumir… e de fininho.

      2. Será? É muita “coincidência”

        Será? É muita “coincidência” sobre uma pessoa só. Ela está sempre nas fotos dos protestos. É como aquele velho ditado: “diga-me com quem andas e te direi quem és”. Se sou visto o tempo todo na boca de fumo, ou sou viciado, ou traficante. É o mesmo; sempre que tem bagunça, ela está no meio. Ou vai me dizer que isso não te intriga?

  18. Sininho não é Che Guevara, é a Sheherazade esquerdóide. E a dire

    http://tijolaco.com.br/blog/

    22 de julho de 2014 | 13:36 Autor: Fernando Brito

    “Num país que ostenta incríveis níveis de pobreza, onde os direitos da população são frequentemente esquecidos e que sofre de uma politicagem endêmica, a atitude dos depredadores é até compreensível”.

    A frase acima, há de concordar o estimado leitor e a arguta leitora, é absolutamente compatível com o que diria qualquer “blackbloquista”, destes que admitem como legítimo o exercício da violência em manifestações, antes ditas populares e agora restritas a quantidades dignas de seitas.

    Esta frase, no entanto, é apenas uma versão que fiz da declaração da apresentadora Rachel Sheherazade, ao defender o bárbaro espancamento de um rapaz negro por um grupo dejovens  imbecis no Flamengo, tempos atrás.

    Disse ela, ipsis literis:

    “Num país que ostenta incríveis 26 assassinatos a cada 100 mil habitantes, arquiva mais de 80% de inquéritos de homicídio e sofre de violência endêmica, a atitude dos ‘vingadores’ é até compreensível”.

    Assim como não defendo o vandalismo, nem o linchamento de ninguém, muito menos de Sininho ou Sheherazade, porque não sou um imbecil justiceiro, também não concordo com o movimento de “vitimização” de pessoas sobre as quais há fortes indícios que tenha planejado atos que vão além de qualquer “tática de autofesa”, como preparar coquetéis molotov ou levar galões de gasolina para pretender incendiar próprios públicos.

    Elisa Quadros e Sheherazade, uma em cada hemisfério, são adeptas do exercício arbitrário das próprias razões, que acreditam legítimas.

    Já levei algumas borrachadas de PM e funguei com gás lacrimogênio, o suficiente para não gostar absolutamente nada dos que, em minha juventude, chamávamos de “samangos”. A princípio, claro, na militância já os despersonalizamos para um genérico “repressão”.

    E, perdoem-se as senhoras da sala, polícia é foda, desde que o mundo é mundo.

    A diferença é que hoje, a regra é poder  se manifestar-se . Os abusos, brutalidades e selvageria policiais, diante de manifestações pacíficas seriam, agora, o que estaríamos discutindo se e como punir.

    Mas, não.

    Estamos discutindo os “musos e musas” de manifestações que, por interesses políticos – e por conta, também, de tal selvageria policial – foram, a princípio, glamourizados pela mídia.

    Caetano ganhou capa de jornal com máscara preta.

    Boechat defendeu os quebra-quebras.

    Jabor os saudou como mais que os “carapintadas”.

    Agora, os garotos e nem tão garotos, abandonados pelo sistema conservador que os viu como ferramenta de desestabilização do governo -muito mais como porta-vozes de anseios por educação, saúde, dignidade que não deram ao povo em seu secular domínio do Brasil – estão aí, largados ao chão como laranja espremida, da qual não pode ser tirado mais caldo algum e que, portanto, merecem ser lixo.

    Pessoas não são lixo, não importa o que tenham feito.

    Seja o garoto que roubou um cordão ou a mocinha que planejou um pueril e irresponsável incêndio.

    Como também não são heróis, nem ele da distribuição da riqueza, nem ela com a fogueira “revolucionária”.

    Houve uma confusão imensa entre direito de manifestação e direito de provocação e quem saiu cambeta disso foi a liberdade de as pessoas se expressarem.

    Hoje, para o bem e para o mal, manifestação tem de ser feita em meio a cordões policiais.

    O que, ainda que fossem todos frades capuchinhos – e estão a léguas disso – já é um constrangimento e um elemento de afastamento das pessoas.

    Mas têm de estar ali, porque já se adotou como norma que, numa manifestação qualquer, meia-dúzia tem o direito de quebrar, vandalizar, incendiar.

    Como escreveu um amigo: “os caras fazem bombas, quebram lojas, bancos, orelhões, pontos de ônibus – que são usados por trabalhadores para ir e voltar do trabalho todo dia! – e aí quando a força policial vai contra eles isso é perseguição política?”

    A esquerda não é isso.

    Sobretudo porque, divergindo de um governo social-democrata “manso e silente”, como tantas vezes nos irrita que este seja, jamais serve de combustível à máquina de propaganda de uma direita que os insuflou e que, agora, ainda tenta tratá-los como criminosos de alta periculosidade, o que não são.

    São brotos tortos e deformados do lodo político a que vem sendo levado este país, lama formada por uma política que apodreceu.

    O conservadorismo reage como fera às mudanças que isso precisa sofrer, numa reforma que não é possível acontecer dentro das estruturas parlamentares convencionais, parte da podridão.

    Só um movimento extraordinário – mas dentro da regra suprema da democracia, o voto – pode fazê-la.

    Mas não há nada que deixe mais histérica a direita do que a ideia de uma constituinte exclusiva para reforma política e de um plebiscito para legitimá-la.

    Porque isso, ao contrário das vidraças quebradas e dos “ativistas queimados” é que muda a vida brasileira.

    Quanto aos meninos, meninas e aos nem tanto assim, não precisam de solidariedade política, porque esta não merecem, pelo mal que fizeram ao direito político de livre manifestação.

    Precisam de um julgamento justo, sem manipulações ou situações forjadas e, se culpados, de penas que não os brutalizem.

    Porque, do contrário, seremos como a Sininho ou a Sheherazade, donos absolutos e intransigentes de verdades inquestionáveis e mais preocupados em linchar os divergentes  do que em consertar e avançar coletivamente.

    Quando um país deixa de olhar o futuro e de discutir como chegar a ele e passa a viver exclusivamente da manchete do jornal de hoje, perde o rumo como quem anda de bicicleta olhando para o chão apenas.

    E quando um país perde o rumo, é parte de sua juventude, que ainda não conhece tanto as pedras do caminho, a primeira a bater com a cabeça.

  19. Já entendi a ligaçao, Safatle

    Já entendi a ligaçao, Safatle é do PSOL, asim como Marcelo Freixo no RJ. Sininho é a articuladora do Marcelo Freixo.

    Se for perseguição política mesmo comemorem, isso é o socialismo prático.

  20. Sininho é empresária. Ela

    Sininho é empresária. Ela oferecia o serviço “baderna”, o quebra-quebra gratuito, a quem tivesse interesse. Descobriram esse filão do submundo da política. Não há nada de protesto político no que ela organizava. É uma vergonha q alguém tente corroborar essa explicação torta que desmoraliza e desqualifica os movimentos sociais e o ato de protestar.

  21. Veja só.. o autor do texto

    Veja só.. o autor do texto faz uma pesquisa minuciosa, cheia de argumentos e fundamentação. A resposta dos seus críticos, nos comentários abaixo, é uma meia dúzia de chavões acusatórios, bem em sintonia com a onda cega da criminalização. Este processo de criminalização das lutas sociais atinge todos os que lutam. Este processo é uma farsa, faz parte de um processo fictício contruído com apoio da grande mídia. Não apresentou uma prova concreta, omitiu o inquérito dos advogados, impedindo o amplo direito de defesa. Diferente da Globo, que teve acesso com exclusividade, para apenas um lado ser ouvido. Lembrando que o inquério de duas mil páginas foi lido em duas horas e aceito quase que automaticamente.

    Lamento que muita gente que se diz de esquerda esteja apoiando este arbítrio. Gostaria de saber qual será a posição de alguns petistas que insistem na criminalização (que não representam a posição oficial do partido, mas estão em sintonia com a posição do PSDB), agora que foi descoberto que uma das presas é filiada ao PT. Desejaria firmemente que todos condenassem este absurdo. Pode acontecer com qualquer um. Basta ser construída uma narrativa qualquer, aceita através de todos os tipos de arbitrariedades.

    1. Lamentações

      De tudo que foi escrito e demostrado, devemos intender que não se realiza nada de dentro de casa, creio que nossa personagem forjada na fornalha global ou não, creio é de orgulho dela mesmo, e digo istó sem quere direcionar rotulos nem, classificar a sininho como istó ou aquilo, mais vejo que qualquer ideia ou atitude que não e amadurecida demodo responsavel e que seja coerente com seu proposito, tem por caracteristica se matéria prima para este tipo de manipulação, tendo visto que quando se compromete com todas as causas que moveram estas manifestações sininho e todos os outros personagens engachados neste processo, assumem o risco de ter seu perfil manipulado, já que uma frente sem um perfil definido denota a falta completa de perfil ou de premissas, logo torna-se facil de se identificar com qualquer objetivo ou coisa, no meu intender e para os que me conhecem que sabem o que penso sobre as manifestações e de como foram iniciadas este comportamento das mídias e dos proprios personagens não é casual, da mesma forma que sem princípio se pode ir da direita para a esquerda, com falsos principios tambêm pode se fazer o mesmo, por istó a adoção do anarquismo como “como placida ideologia” para identificar estas manifestações, eu observo que a anarquia surgil primariamente em um movimento passíifico e foi transformado em movimento violento não pelo seus adptos mais sim pelo ESTADO que era violentamente contra está ideologia e foi esta imagem que os manifestantes foram buscar, logo o compromisso que eles queriam não era com a vitoria de seu supostos  ideais ou de sua revidicações mais sim e apenas sim de um objetivo de pelo que intendo não tem haver nem com reinvidicações justas nem com melhoria da sociedade e sim com dinheiro,poder e oportunidades politicas futuras, se iniciou uma jornada para obter-se dividendos politicos futuros e se perdeu a noção do que real e do que quimera, as personagens sininho e os outro são culpados sim “culposos” talves dolosos que vai dizer é a História, mais imagino que o objetivo destes seja este e dinheira para campanhas futuras afinal – quando vc fala de ROBIN o que tevem a mente o passaro, o personagem da literatura inglesa ou o personagem da Historia Inglesa ou ainda o parceiro juvenil do de um cavaleiro das TREVAS.

  22. Direita, esquerda, direita, esquerda
    Este jogo de direita e esquerda continua deixando todos juntos e aglomerados no mesmo labirinto de merda da sociedade brasileira, você pode correr para qualquer lado e vai se perder como louco entre tantas decisões a serem tomadas e não vai se mexer, é isso, garanto que ao acordar e sair para o trabalho ou para as faculdades da vida brazuca disfarçados de pessoas normais ou “personagens” bem elaborados tampam os buracos do nariz ao cruzarem com os mendigos imundos (“pedreiros”, viciados, vagabundos, loucos, doentes, escória, chamem como quiserem, eu prefiro o termo pessoas) embaixo dos viadutos, ou abrir a cortina da fachada da loja em que trabalha e se deparar com o “desajustado” ali na sua calçada limpa, o que fazer ? jogar agua nele? acorda-lo com um café bem quente e pão na chapa? melhor que isso! chamar a polícia, pois estes, pode-se se prender sob qualquer acusação.
    é fato, aqueles que sofrem, um dia se revoltam e é interessante perceber que mesmo com tanta desigualdade social as pessoas ainda sim defendem teorias e utopias que só faíscam interferindo muito pouco no que se faz necessário, faça você mesmo sua revolução, talvez quando começarmos a nos concentrar no tratamento melhor do próximo que está a nossa frente, no dia a dia, em toda pessoa que cruze seu caminho, seja ajudando de alguma forma, compreendendo, olhar para elas sem baixar a cabeça e esconder os olhos, aceitar a diferença e com visão generalista tentar enxergar melhor esse nosso mundo de bosta.

    exercite agora:

    comece tentando compreender desde o autor do texto em sua total complexidade de idéias até a quantidade de informação despejada nos comentários, cheias de embasamentos históricos, teóricos , critique mais respeite a opinião que difere da sua e ao invés de ficarem brigando post a post, unam-se com toda essa inteligência para propor alguma melhoria, todos juntos, sem batalhas.

  23. Luiz, não entendi se o autor

    Luiz, não entendi se o autor Sérgio está defendendo a Sininho, ou se apenas atacando a construção de um personagem pela mídia, ou se mostrando uma trajetória infeliz dessa “ativista”… 

  24. Nessa eu não caio …

    Ja to farta dessa conversa de “criminalização dos movimentos sociais”. Movimento social é uma coisa. Baderna é outra. Qual é o movimento social que essa moça dirige? Tem um nome? Qual a principal reivindicação?O que querem? A quem se dirigem? Quem são seus socios e filiados? Com quem negociam? Sou de uma época em que movimento social era sinomino de organização com pauta de negociação. Essa moça e seus amiguinhos dirigem a baderna, não tem pauta alguma, não negociam com ninguem, não se dirigem a ninguem. Atiram, literalmente, pra todo lado… isso é lá movimento social?  Coisas do tipo “não vai ter Copa” é lá movimento social?  Se não queriam a Copa por que não disseram isso antes? Por que não criaram um forum de debates? E esses merdas sabem lá o que é debate …

  25. Em 64, no Brasil e na

    Em 64, no Brasil e na Primavera Árabe pipocaram de Sininhos para todo lado, muitos eram jóvens idealistas brigando contra o Estado que consideravam opressor, a maioria morreu, foi preso e torturado. No meio deles estava infestado de outros Sininhos doidos para, encendiar o circo, cair fora e levar o seu pelo trabalho desenpenhado.

    Observar com cuidado o movimento de nossa Midia, nos dirá, qual eh a desse Sininho.

    O Batman do nosso Supremo foi sendo desnudado ha muito tempo. Nao viu, logo no inicio, quem nao quis.

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