Os erros do jornalismo e o extrato falso de Romário na Veja

Da Folha de S. Paulo

O extrato falso de Romário

Por Vera Guimarães Martins

“Veja” pediu desculpas e revisa a apuração do caso; o jornalismo só tem a ganhar se o resultado vier a público

Resumo para quem esteve em coma ou em Marte nos últimos dias: há pouco mais de duas semanas, “Veja” publicou cópia de um suposto extrato do banco suíço BSI que atribuía ao ex-jogador e hoje senador Romário Faria (PSB-RJ) uma conta com saldo de R$ 7,5 milhões. Ter dinheiro no exterior não é problema, desde que montante seja declarado à Receita Federal e, se o dono for político, à Justiça Eleitoral. A conta em questão não cumpria nenhuma dessas exigências.

Quem acompanha os discursos do Congresso sabe que no plenário só há inocentes. Como todo “homo brasiliensis”, o ex-atacante também negou, mas partiu ativamente para a defesa: pegou um voo para a Suíça e de lá voltou com um documento atestando que o extrato era falso e que aquela conta não era dele. O próprio BSI solicitou ao Ministério Público de Genebra que apure a autoria do crime de falsificação.

Em nota na quarta (5), “Veja” pediu desculpas a Romário e aos leitores e anunciou que está revisando passo a passo o processo de apuração. Torço muito para que a revista torne público o resultado. Refazer o caminho percorrido, desnudar o ponto do tropeço e, onde houve dano, pedir desculpas são passos imprescindíveis de um processo penoso, mas profundamente didático: fortalece os controles profissionais, obriga o jornalista a aparar sua arrogância e, creio, é um roteiro mais eficiente para manter a confiança do leitor do que tentar disfarçar o erro ou menosprezar sua importância.

Tenho a convicção (ingênua?) de que discutir erros e procedimentos às claras ajuda a combater um certo pensamento simplório de que a grande imprensa dá informação errada de propósito, para atender interesses escusos –como se ela mesma não pagasse por isso, em perda de credibilidade e de dinheiro. Nenhum veículo está livre de episódios de jornalismo ruim, mas é a forma como lida com isso que traça a diferença entre quem serve ao leitor e quem serve a outros interesses.

Romário, que anuncia pedido de R$ 75 milhões de indenização à “Veja”, diz que não ficou totalmente surpreso. “Eu sabia que isso viria. Assumi a presidência da CPI do Futebol, e as pesquisas mostram meu nome à frente na disputa pela Prefeitura do Rio.” São razões suficientes para ser catapultado ao mundo pantanoso dos falsos dossiês.

Neófito na política, o senador diz não ter ideia de onde pode ter surgido o falso extrato. “Quem passou a ficha foi alguém que, em princípio, deve ser da confiança deles [os repórteres da “Veja”]. São eles que têm que dar o nome, mas não sei se vão fazer isso”, afirmou à coluna. Eu também não, mas aplaudiria se o fizessem. A revelação do trapaceiro escancararia de quem foi o blefe.

O caso guarda similaridade com um erro que desabou sobre a Folha em 2009, quando o jornal publicou, atribuindo ao Dops, uma ficha criminal que relacionava a então ministra e pré-candidata Dilma Rousseff ao planejamento de ações armadas (leia reconstituição emhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u556855.shtml). O papel também era fraudado.

“O que acho que ficou mais claro ainda para mim: documento não é solução; é a coisa mais falsificável e falsificada de todos os tempos”, afirmou à ombudsman Eurípedes Alcântara, diretor de Redação da “Veja”. “Por maior que seja a certeza do repórter sobre a origem e a autenticidade, o documento é só o começo de um processo bem mais complexo de apuração. Pode ocorrer –e não estou sequer cogitando ser esse o caso do extrato– que a verdadeira história esteja em como o documento saiu de um HD ou de um arquivo na nuvem, ganhou pernas e chegou ao jornalista.”

Alcântara diz que, de certa maneira, o jornalismo funciona como as montadoras de veículos. “Elas dependem de fornecedores. Nós dependemos de fontes. Quando um fornecedor, por alguma razão, entrega um lote de peças defeituosas, a montadora faz imediatamente um ‘recall’. Não adianta limitar-se a culpar o fornecedor. O reconhecimento rápido, público e sem rodeios do erro equivale no jornalismo ao ‘recall’ das montadoras. O leitor confia em nós, não nas nossas fontes.” Então, é por essa confiança que ele merece conhecer todo o enredo.

Ombudsman tem mandato de 1 ano, renovável por mais 3, para criticar o jornal, ouvir os leitores e comentar, aos domingos, o noticiário da mídia

46 Comentários

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  1. A Ombudsman da Folha esteve em coma ou em Marte?

     

    A quem a Ombudsman da Folha acha que convence (ou engana) com essa postura “Oh que bom que Veja está apurando onde foi que o  processo de apuração falhou, isso melhora o jornalismo e atende o leitor”?. Ou ela acha mesmo que Veja ainda tem algum cacife para se colocar na posição de “estamos apurando onde foi que erramos”?

    Basta citar três episódios onde o “processo de apuração de Veja falhou”: 1) a longa parceria Veja/Carlinhos Cachoeira, onde o bandido criava factóides para derrubar inimigos/concorrentes e Veja dava em manchete 2) a invasão do quarto de hotel de José Dirceu 3) a capa de Veja na véspera da eleição de 2014 pela qual a revista foi condenada a dar direito de Resposta.

    Vera Guimarâes é quem deve ter estado de coma ou em Marte nos últimos anos para escrever como se a revista ainda tivesse alguma credibilidade ou achar que, nós leitores, somos todos adolescentes aprendendo a ler notícias.

    1. E é cínica a comparação com o episódio da ficha falsa da Folha.

      A Folha nunca admitiu o erro. Depois de dois laudos técnicos comprovando a fraude, o jornal afirmou em editorial que não podia sustentar nem negar a falsidade da ficha. Saiu pela tangente e não reconheceu a barrigada.

    2. ombudsman de meleca…

      esta tal Vera Guimarães. A que melhor representa a face ditabranda da FSP desde a criação do cargo.

       

      Patética! 

       

      1. Realmente é péssima. Havia lá

        Realmente é péssima. Havia lá um ombudsman que era bom. Marcelo Leite. Mandei-lhe vários e-mails quando assinava a folha e ainda  tinha a ilusão de que poderia se tornar um jornal decente, e ele me respondeu a todos de verdade, não com aquelas mensagens automáticas. Não durou, pois era duro com o jornal, e a folha prefere ombudsman de enfeite como essa senhora vera.

  2. Céus! quanto cinismo.

    Por que classificar seu texto de igenuo seria uma ofensa a jornalista. Assim, é mais autentico e honesto qualificar sua autora de cínica. Que tempos…

     

  3. Outro…

    Outro que está processando a Veja pelo mesmo motivo é Máximo Kirchner, filho da presidente argentina e candidato a deputado nas eleições que estão ocorrendo hoje no país vizinho.

    Em março a Veja e o Clarin – grupo editorial inimigo explícito dos Kirchner – publicaram que Máximo tinha uma conta no exterior. Quando questionados Veja diz que a fonte foi o Clarin e vice-versa !!! O editor argentino disse que “não teve tempo de ouvir o outro lado antes de publicar a denúncia, pois era hora do fechamento”. Tóooim…irmãos siameses Veja e El Clarin!

  4. Quem falsificou?

    O documento era falso. QUEM falsificou?

     

     “Elas dependem de fornecedores. Nós dependemos de fontes. Quando um fornecedor, por alguma razão, entrega um lote de peças defeituosas, a montadora faz imediatamente um ‘recall’. 

     

    O cara está dizendo que o documento com “defeito” veio do “fornecedor”.

    Que se não me engano foi o MP.

     

    Com a palavra agora, o MP.

  5. Parafraseando o Tim Maia,

    Parafraseando o Tim Maia, isso só existe no Brasil:

    Prostituta se apaixona, cafetão tem ciumes, traficante se vicia e pobre é de direita.

    Completaria com “Ombudsman de jornal picareta cobra honestidade e rigor de revista picareta.”

    É o fim!! 

     

  6. Vera e Veja

    Vera tem a mesma raíz que Vero, Verdade.

    Porém, essa análise da Vera é uma desavergonhada Falácia.

    Somente  a Vera ainda não compreendeu que a Veja serva a outros interesses e NÃO ao leitor.

    Vera e Veja – uma pequena diferença…

  7. Antes de publicar que tal checar?

    A ombudsman da Folha é uma “inocente”!

    Falou, falou e não disse o óbvio: A VEJA não checou com o Banco se o extrato era verdadeiro!

    A comparação com as montadoras é ridícula, pois 99% dos erros são de projeto.

    Enfim. 

    Pra que serve um ombudsman?

  8. Cinismo ao quadrado

    A articulista funda a sua análise em uma premissa notoriamente equivocada: Quem disse que a Veja está interessada em fazer jornalismo?

    E como ela fala do alto de um órgão de midia que compartilha a mesmíssima perspectiva da Veja, então, essa verborréia toda sobre “jornalismo” só pode ser uma coisa: exercício de cinismo.

  9. É impressão minha ou opost

    É impressão minha ou opost está defendendo a incompetência da Veja?

    Nesta caso foi cometido um crime. vai ficar por isto mesmo?

    É por isto que o Brasil virou uma escilhambação.

  10. Os erros do jornalismo e o extrato falso de Romário na Veja

    Tá de brincadeira né dona Vera? Me recuso a crer que a senhora quer dar um clima de seriadade  a essa porcaria chamada Veja!

  11. Onde estavam os justiceiros

    Onde estavam os justiceiros do MP e do Judicário que não impediram mais um crime da imprensa? Minha teoria é a seguinte: se a Folha tivesse sido condenada pela ficha falsa de Dilma, a Veja poderia não ter feito a mesma coisa com Romário e tantas outras pessoas. Da mesma forma, se o MP e o Judiciário tivessem investigado as denúncias envolvendo a empreiteiras e a Petrobras em 1996, o país teria evitado a perda de tantos milhões. O crime no Brasil compensa e continuará compensando porque a justiça continua sendo seletiva.

  12. Estragos em reputações

    O artigo da ombudsman da Folha passa bem distante de um fato incontestável: uma reportagem ou manchete mentirosa estraga reputações. Nem sempre o  leitor que leu a mentira toma conhecimento da correção ou pedido de desculpas muito tempo depois (as vezes, anos como no caso de um famoso ator de TV no Brasil). Resultado: a mentira fez o seu estrago. No caso de Romário, o estrago pode ter sido menor porque ele foi rápido, botou a boca no trombone e viajou até Genebra. Caso não existissem essas atitudes, muita gente estaria pensando que Romário realmente enganou o fisco, como disse a Veja. Mas nem a Veja, nem a Folha, nenhum orgão da imprensa está preocujado com reputações destruídas. Caso contrário, estariam brigando por uma justiça mais ágil , mais rápida nas suas respostas nesses casos principalmente. Em vez disso, fica elogiando o jogo de cena de uma ministra do STF quando disse que “cala a boca já morreu”, ao apoiar as biografias não autorizadas. Ela poderia ter se empenhado em criar mecanismos do Judiciário para respostas rápidas também nesses casos. Em tempo: segundo pesquisas de faculdades públicas de Direito, a média do tempo de uma ação nosso Judiciário, desde a primeira apresentação até a sentença final é de sete anos. Triste Brasil com essa Justiça dispendiosa e lerda.

  13. Ha, ha, ha, ha,ha, ha!!!

    Ha, ha, ha, ha,ha, ha!!! Parece piada uma ouvidora – que em tese deveria representar o olhar atento, observador e crítico do público leitor – se esforçar por defender o indefensável, a desonestidade, a mentira criminosa praticada semanalmente pela revista da editora abril (em minúsculas, que é mais do que essa editora merece). O espírito de corpo é tal que ainda coloca sob suspeição o Senador Romário Faria. Quanta cara de pau e desonestidade intelectual da ouvidora Vera Guimarães Martins! Não sabe a jornalista que qualquer cidadão, inclusive  parlamentar, é, segundo a Constituição Federal, inocente até que se prove o contrário e que a decisão condenatória tenha transitado em julgado na última instância, o STF? E a ouvidora da FSP ainda vem contemporizar com o editor da “óia”. Francamente! A ouvidora deveria fazer como aquele jogador perna de pau: dizer que está com dor de barriga e pedir para ser substituída no intervalo. Vai procurar tua turma, Vera!

  14. Essa Vera, com esse cinismo

    Essa Vera, com esse cinismo tosco, não poderia trabalhar em outro orgão do PIG; ah, ia esquecendo, a veja também daria emprego a ela.

  15. Pra que serve

    Sério mesmo?

    Pra que serve a ombudsman da Folha? 

    Só se for pra gente dar boas gargalhadas.

    É piada pronta na certa.

    Prefiro Zé Simão como ombudsman. Tenho certeza que seria muito honesto.

  16. A Veja vai corrigir seu erro?

    Sim, na hora que pagar os 75 milhões de indenização ao Romário. Aí vão descobrir o erro. E abrir a porteira para novos processos contra a imprensa. Jurisprudência. A não ser que a justiça for novamente canalha. Como sempre foi.

  17. Desculpe Nassif e

    Desculpe Nassif e leitores.

    Sei que aqui tem a democracia e a pluralidade de pensamentos.

    Mas essa matéria é uma imbecilidade sem fim.

    Todos nós sabemos como VEJA faz “jornalismo”… 

    Uma montadora não aceita as peças do fornecedor sem conferir as especificações solicitadas e sem os teste rigorosos por amostragem.

    Até o último segundo VEJA acusou e condenou.

    Será que os Civitas não sabem o que passa em VEJA?

    Será que Nassif ainda acredita nisso?

    VEJA e Falha… Juntas no famoso ABRAÇO DOS AFOGADOS. 

    Uma mente e a outra confirma.

  18. Verdade verdadeira

    Nassif: nossa ingenuidade não pode descer tão baixo a ponto de imaginar que isto vá dar em alguma coisa. A Veja, mesmo nos seus momentos de glória, sempre foi safada, parcial e sensacionalista. Mesmo com a ausência do “Capo” Civita, continuou ela alcoviteira e alarmista, vendendo ilusão de imparcialidade e de jornalismo puro e idealista. Só visava (e assim continua) o lucro. Tanto que, com a crise, esta prestes à bancarrota. Por outro lado, não podemos esquecer a figura pitoresca do senador Romário, dizendo-se “indignado”. É matreiro o suficiente para fazer da atual situação um palanque para qualquer coisa que lhe garanta vantagem eleitoral. Idealismos, nem pelo futebol. Evidentemente, isto não seria motivo para a Veja despejar sobre ele, ou quem quer que seja, as costumeiras inverdades. Mas não vou estranhar se a Empresa, garantindo-lhe cobertura total e irrestrita na campanha para prefeito do Rio, não consiga um acordo amigável, ficando apenas no pedido de desculpas. Promete, como o doleiro Youssef, regenerar-se, despachar os 2 repórteres, mais um ou outro funcionário envolvido, e as coisas ficam “como dantes no quartel d’Abrantes”. Até essa de “investigar a fonte do documento” é piada de mau gosto. Possivelmente criem um laranja, a ser remunerado por caixa 2, e as coisas imitarão a “Transamazônica”, que sai do nada e segue até coisa nenhuma. Na verdade, este é o retrato de corpo inteiro, sem retoques, da grande mídia brasileira.

  19. Recall??? Lensei estar tratando de seres humanos
    Igual um recall? Amigo estamos falando de pessoas aqui. Essa visão mecanicista do ser humano é ultrajante. Saiba que jornalismo trata de pessoas, e essas nem de longe são parecidas com veículos. Quando uma fonte difama erroneamente um inocente, este pode ter sua vida arruinada, e não há Recall ou peça que reponha isso. Deveríamos discutir como impedir que o jornalismo tendencioso e arrogante, que não representa toda a sociedade cívil, exerça sua função sem ética, sem escrúpulos, e sem compromisso com a verdade.

  20. Deveria haver algum tipo de

    Deveria haver algum tipo de pena para quem tenta manipular opiniões, situações ou deduções que inflijam pessoas –  è isso que esta “jornalista” pensa que está fazendo. Mas, se houvesse pena para isso no Brasil, teria de ser aplicada pela Justiça e acontece que  – mesmo com o jornalismo que o País tem – o maior mal do Brasil é, disparado, a Justiça.

    O que essa pessoa, a “ombudsman (sic!)” da Folha, tenta fazer é um crime. É querer fazer de idiota a pessoa comum, sã, diferente dela. É procurar com isso diminuir ou desfazer totalmente as chahces de Romário aplicar um prejuízo bastante significativo àquela escória da Veja.

    Acontece que só quem poderia julgar e condenar a revista (que, a rigor, foi quem espalhou a calúnia) seria a Justiça e, como se sabe, isto é impossível – ela não vale o que-o-gato-enterra.

  21. Cinismo
    Cinismo barato dessa mulher querendo explicar o inexplicável ! Corja de miseráveis , gente sem pudor , imorais ! Todo apoio a Romario no seu processo milionário contra essa corja !

  22. Ora e a Folha e sua seletividade? E a lista do HSBC

    Não divulgar de maneira séria e devida é tão pesado como o que Veja faz. Pouco a pouco caminham para a degradação, para o esquecimento. 

  23. Veja precisa ser punida financeiramente
    Montadoras gastam milhões de reais para fazer recall e manter a credibilidade perna seus consumidores.
    Enquanto a Veja não for punida ela vai continuar sendo esse lixo de revista.
    O problema é que o Eurípedes recorre e o Gilmar Mendes engavetamento as punições. Triste realidade da justiça brasileira.

  24. Pobre Zé Simão
    Assim, a ombudsman da folha acaba tomando o emprego do José Simão. Ela trabalha no mesmo jornal que, após ter sido desmascarado no episódio da publicação da ficha flagrantemente falsa da Dilma, “retratou-se” com um “autenticidade da ficha não foi provada.” Agora, espera que a veja dê lição de jornalismo. Faz-me rir, sra. ombudsman, faz-me rir.
    .

  25. O mercado das notícias

    Vale lembrar o filme “O mercado das noticias” de Jorge Furtado que relembra o falso quadro de Picasso que foi parar 3 vezes na capa da FSP. Alguns leitores, entendidos em artes, avisaram que o quadro, que a Falha dava como verdadeiro, era uma simples reprodução em forma de pôster (sequer tinha as mesmas dimensões).

    O jornalão só foi admitir o erro depois do filme, e bem timidamente, bem escondidinho lá pelo meio do jornal.

    Dona Vera, não é ingenuidade de reporter não. É má-fé misturada com arrogância.

  26. Aliás…

    alguém já disse que nenhum jornal faliu por apostar na falta de inteligência dos leitores. A  Veja conta com isso, mas toda regra tem sua exceção.

  27. Muito simples: a retratação

    Muito simples: a retratação do esgoto Veja não foi para restabelecer a verdade, mas para se ver livre de entregar ao Baixinho Corajoso R$ 75.000.000,00. Simples assim.

  28. Será que alguém acha mesmo

    Será que alguém acha mesmo que a direção daquela editora não sabe a origem do extrato falsificado? Me engana que eu gosto. A porcaria da revista só apareceu com este ridículo pedido de desculpas porque Romário reagiu prontamente e a desmascarou, caso contrário o assassinato de reputação seguiria adiante até atingir seu objetivo.

  29. Ayres Brito que ajudou a

    Ayres Brito que ajudou a derrubar a lei de impreensa estava ontem no seu lero-lero intragável e na sua “sapiência” de fundo de quintal, desfiando seu poetismo de quinta categoria, pregando abertamente o golpe contra Dilma. 

  30. Nassif tá querendo fazer propaganda na inveja…

    Só isto mesmo para publicar este post dos cordeiros de plantão.

    E o baixinho dando exemplo aos políticos mais experientes.

  31. Falsa mea-culpa

    Esse panfleto – termo aqui usado na falta de outra definição mais apropriada – está fazendo o óbvio: se retratando.

    Mas não pensem os senhores que tal demonstração de “mea culpa” por parte do editor é uma prova do comportamento liso e hobesto com relação à acuidade factual ou do esmero em noticiar.fatos (ou indícios) que possam ter alguma comprovação empírica.

    É, na verdade, uma arrogante e pretensiosa falsa modéstia, postura sórdida de quem finge assumir o erro, mas continua acreditando nele. De quem posa de humilde para obter a condescendência dos seus leitores manipulados e recuperar a suposta – porém inexistente – “credibilidade”. Como se a Abril agora tivesse algum cuidado com o que ela publica.

    O Jornalismo passa ao largo desse panfleto de esgoto.

  32. Conversinha

    Algo me diz que Veja e Folha combinaram esse artigo para limpar a barra do detrito sólido, irmanadas xifopagamente como são. Não me surpreenderia.

    É essa promiscuidade entre os comparsas da mídia que é duro aguentar. Tá tudo em casa.

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