Os jogos dos robôs para impor censura política no Facebook, por Luis Nassif

A imensa dificuldade do Facebook em fiscalizar bilhões de posts diários está permitindo um jogo de censura política de grupos organizados, valendo-se dos seus algoritmos. Basta um exército de robôs “denunciando” um post, para ele ser retirado da rede.

Esse estratagema foi abundantemente utilizado na campanha eleitoral. Mas, aparentemente, continua sendo empregada.

O artigo “Xadrez do golpe derradeiro contra o estado de direito” foi suspenso pelo Facebook por supostamente violar os tais Padrões da Comunidade.

Não se trata de uma censura direta do Facebook, mas de jogadas de grupos organizados com ação articulada de denunciar conteúdos.

Outra suspensão foi aplicada em uma reportagem sobre grafeno – em que algum pirado identificou conteúdo sexual. E em um Xadrez denunciando o fundamentalismo do governo Bolsonaro. E até em uma matéria da Agência Xeque denunciando os fakenews na economia.

Talvez seja a hora do STF (Supremo Tribunal Federal) ou do Congresso definirem um documento legal subordinando as redes sociais aos mesmos princípios da Lei de Imprensa: o que for considerado veículo jornalístico ficaria blindado contra essas jogadas de militantes.

 

 

Luis Nassif

7 Comentários

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  1. E o que define jornalismo?

    Se for o criterio isencao, nenhum veiculo do PiG passa. Se for fake news, muitas vezes também nao.

    Que tal ao invés de apagar o post, uma grande tarja vermelha informando a denuncia mas mantendo o conteudo? E remoção definitiva, apenas com ordem judicial? Mais, videos compartilhados e denunciados deviam ganhar esse adendo também, assim mesmo que fossem replicados (após a denúncia) não escapariam como os que ainda estão no ar apesar da determinação do TSE continuam…

  2. Nassif postei uma foto de

    Nassif postei uma foto de médicos cubanos com inúmeras crinaças indígenas e fui denunciado de conteúdo impróprio.

  3. No Brasil de hoje, penso que

    No Brasil de hoje, penso que eles acabarão agindo para proteger apenas a grande mídia………..  Não há boa intenção nessa gente em qualquer coisa que seja voltada para a democracia. São selvagemente a favor dos “amigos” apenas.

  4. Esperar decência, justeza e democratização do atual STF

    O campo atual do terrorismo, onde a lei de Moro não se interessa, é o campo virtual. Eles são o que são graças às mentiras, aos vazamentos seletivos, denuncismo e desmonte de reputações. É disto que se alimentam, onde tem bases suas campanhas e por onde continuarão suas sujeiras.

  5. Esse fenômeno que chamamos de
    Esse fenômeno que chamamos de internet foi, talvez, um dos maiores avanços tecnológicos conquistados pela humanidade. Disponibiliza informações, conecta pessoas, reduz distâncias e democratiza a produção cultural. O problema é que há muito joio virtual a ser separado do trigo. Se um país social e economicamente mais avançado que o Brasil, no caso a Inglaterra, não foi imune aos algoritmos e robôs da internet e caiu na esparrela engendrada pela Cambridge Analytica, causando o Brexit, imaginem aqui no Brasil! Se houve influência até na eleição do Trump, não era de se esperar que o mesmo se desse por aqui?!
    Sim, precisamos urgentemente regularizar o setor, que não deveria ser mais visto como uma terra de ninguém. O problema é que os fascistas que entrarão no poder perceberam o grau de alcance e penetração da nova ferramenta e, queira Deus que eu esteja enganado, continuarão a se utilizar dela para propagar suas idéias estapafúrdias, noticias que lhes favoreçam e perseguir aqueles que consideram como inimigos.
    Francamente, isso também acaba por favorecer o Estado de Exceção que vivenciamos atualmente. Franz Kafka, em sua obra “O Processo”, nunca foi tão contemporâneo.

  6. os robôs estão à toda onde

    os robôs estão à toda onde tiver brasileira, incluíndo a imprensa de outros lugares. Sempre com aquelas mensagens genéricas q servem para mais de uma situação. Bozo tb deve continuar a bater no PT para ocultar aquilo q faz. Ou seja, a coisa toda ainda não acabou

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