Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
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Por que agora a Globo apoia movimentos identitários? Brizola explica

Por Wilson Ferreira

Por que agora a Globo apoia movimentos identitários? Brizola explica.

Em toda sua história, a Rede Globo foi acusada de sexismo e racismo: uma teledramaturgia com um cast de atores que mais parecia ter saído de algum país nórdico, enquanto os poucos negros ocupavam papéis subalternos; as mulheres eram objetificadas em programas de entretenimento e o machismo sempre figurado como uma prova do verdadeiro amor. Ao mesmo tempo, o seu diretor de Jornalismo dizia que o Brasil nunca foi racista e que isso não passava de uma invenção da esquerda para dividir o País. Mas de repente, a emissora começou a apoiar e dar visibilidade a movimentos identitários e culturais (movimentos de gênero, étnico-raciais, geracionais que postulam a diversidade, alteridade e reivindicação de direitos sociais) como nunca antes. Política de “controle de danos” para tentar descolar a sua imagem do Golpe de 2016 e dar alguma credibilidade ao telejornalismo? Ou há algo além? De natureza estratégica em um ano eleitoral decisivo. “Se a Globo é a favor, somos contra!”, alertava o velho Brizola. E se nesse momento a emissora estiver pondo em prática outra velha máxima: “dividir para conquistar”? A Globo estaria desempenhando o seu derradeiro papel? Ser o para-raio do ódio tanto da esquerda quanto da direita? 

“Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem: se a Rede Globo for a favor somos contra. Se for contra, somos a favor” 
(Leonel Brizola)

 

“Leva-lo a dividir suas tropas, e será mais fácil dominá-los”
(Sun Tzu)

Durante os anos de guerra midiática que culminaram no impeachment de 2016, a Rede Globo deu visibilidade a pequenos escroques, acadêmicos e intelectuais obscuros, músicos que fizeram sucesso no passado e foram esquecidos, ex-anônimos que confundiam militância profissional com fundamentalismo religioso e oportunistas de toda sorte para engrossar o caldo de oposição ao Governo.

Como, por exemplo, um manifestante pró-impeachment que organizava acampamentos em frente à Fiesp na Avenida Paulista que vivia de recrutar mulheres para feiras e acusado de estelionato e de assédio sexual a modelos; ou o procurador do Ministério Público Federal, de controversa militância religiosa, acusado de agredir a esposa e mantê-la em cárcere privado – clique aqui

Esses, e muitos outros, exemplares do Brasil Profundo costumavam ganhar visibilidade no dia-a-dia dos telejornais da emissora para atiçar ainda mais a extrema-direita a embarcar na cavalgada do Golpe. 

Enquanto isso, crescentes atentados racistas e homofóbicos na ruas de São Paulo eram reportados de forma anódina pelo telejornalismo. Apenas como notícias da pauta policial. Como fossem eventos análogos a acidentes de carros ou roubos de celulares a mão armada.

Meros casos isolados, já que para a linha editorial da Globo, comandada pelo diretor de Jornalismo Ali Kamel e autor do livro “Não Somos Racistas”, as críticas contra o racismo não passavam de manobra da esquerda e do lulopetismo para “construir uma separação entre cores que nunca existiu, de fato, no Brasil”.

Talvez, o ponto de inflexão tenha sido em 2015 quando a ascensão profissional da jornalista negra Maria Júlia Coutinho (a “Maju”) na emissora despertou o ódio de grupos racistas nas redes sociais – clique aqui

Naquele momento o roteiro para o impeachment já estava traçado e a massa de manobra nas ruas já organizada. A Globo teve que, então, tirar o pé do acelerador e iniciar o trabalho de rescaldo pós-golpe: uma política de “controle de danos” para tentar tirar das mãos a lama psíquica que teve que remexer por anos para dar o tranco subliminar nas massas e tornar o golpe político verossímil. E salvar a credibilidade comercial e jornalística da emissora.

Caso Maju: o ponto de inflexão da Globo

Diante do sentimento de traição, a direita começou a acusá-la de “petista” quando viu perplexa a Globo colocar em ação um rolo compressor do politicamente correto na programação da emissora: a agenda da igualdade racial e de gênero, cidadania, tolerância etc. tomou conta não só do Jornalismo, mas também dos programas de entretenimento e teledramaturgia.

Os movimentos identitários e culturais (movimentos de gênero, afro-brasileiro, indígena, movimentos de jovens e idosos) passaram a merecer o apoio do jornalismo da Organização Globo, numa escalada até subliminar – não importa sobre do que se trata a pauta: repórteres nas ruas fazem enquetes procurando preferencialmente mulheres, negros e jovens (tanto melhor se o entrevistado reunir essas três características). Enquanto isso, o veterano William Waack era demitido por ser pego fazendo galhofas racistas diante das câmeras e o jornalista negro Heraldo Pereira ganhava protagonismo com o programa “Jornal da Dez” na Globonews no lugar do “Painel” apresentado pelo afastado Waack.

Muito além do “controle de danos”

Fica a questão: por que depois de décadas de ínfima participação de protagonistas negros no jornalismo e teledramaturgia, e de relegar causas de gênero a alguns programas femininos matinais, de repente a Globo tornou-se promotora de movimentos identitários?

Há algo mais além da política de “controle de danos” de uma empresa preocupada em se descolar da imagem de “TV golpista” – que aliás, se confunde com a própria história da emissora desde o golpe militar de 1964. Será que devemos levar em conta o alerta do falecido Leonel Brizola – se a Globo for a favor, então somos contra?

 

Talvez a direita seja intelectualmente tão primitiva que não perceba o que está por trás desse repentino alinhamento da Globo: o chamado “neoliberalismo progressista” que levou Obama ao poder nos EUA e que anima a atual agenda cultural da Globalização. 

O aparente oximoro dessa expressão esconde um alinhamento perverso entre correntes dos movimentos sociais (feminismo, LGBT, antirracismo, multiculturalismo, entre outros), o setor de negócios baseados em serviços simbólicos e tecnológicos (Vale do Silício e Hollywood) e o capitalismo cognitivo representado por Wall Street e a financeirização. 

Segundo a professora de Filosofia e Política da New School for Social Research de Nova York, Nancy Fraser, esse movimento dos “Novos Democratas” ficou bem distante da tradicional coalizão entre trabalhadores sindicalizados, indústrias, setores afro-americanos e classe média. Mas agora uma aliança entre empresários, classe média dos subúrbios e novos movimentos sociais. Todos emprestando um carisma jovem com a boa fé moderna e progressista – a aceitação da diversidade, empoderamento, multiculturalismo e os direitos das mulheres – Leia FRASER, Nancy. “The End of Progressive Neoliberalism” IN: Dissent Magazine, 2/1/2017 – tradução aqui

Quando a pauta identitária é assumida, nos EUA, pelos Democratas e todo o setor tecnológico e de negócios que impulsiona a Globalização e, aqui no Brasil, pela TV Globo, começamos a desconfiar de uma estratégia ideológica: retirar a pauta do paradigma “materialista” das esquerdas para ser incorporada à agenda das reivindicações liberais pelos “direitos humanos”. 

Nancy Fraser: “Neoliberalismo progressista” é a cilada para os movimentos sociais

O discurso dos “direitos humanos”

Para o pensador francês Jean Baudrillard o discurso dos direitos humanos é um “valor piedoso, fraco, inútil e hipócrita” porque “se baseia numa crença iluminista na atração natural do Bem, numa idealidade das relações humanas” – leia BAUDRILLARD, Jean. A Transparência do Mal, Campinas, Papirus, 1990, p. 93.

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Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

15 Comentários

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  1. Tenho dito

    O brasileiro “comum” não está nem aí para a lacração. Desconfio que a pauta identitária é um cavalo de tróia jogado dentro da esquerda, para dividir e dominar mesmo.

    Enquanto as musas da lacração ficam caçando macho, expondo macho, problematizando jogo de futebol e se dedicando ao linchamento virtual de  youtubers e celebridades bucéfalas, o “mito” vem aí, na tosqueira, mas dialogando com os medos do brasileiro “comum.”

    A gente fala que o “mito” é burro. Será mesmo? Burra é a esquerda lacradora que é incapaz de perceber que o brasileiro “comum” não está nem aí para as pautas identitárias.

    Esperar o que de uma esquerda que tem a Anita como mentora intelectual.

  2. CONSTRUIMOS O CAMINHO PARA O ABISMO. 88 DE COMPETÊNCIA

    Mas este não é Leonel Brizola? Que juntamente com João Goulart fazia parte da Familia de Caudilho Fascista Golpista de Ditadura de Quartéis Militares? Que até o último dia de vida jurou lealdade ao Ditador Fascista? Família da qual fazem parte também Tancredo e Aécio Neves, juntamente com Francsico Dornelles, líder do PP de Paulo Maluf? Eclética esta Capitania Hereditária, não é mesmo? Quer dizer então, que Fascismo e Golpe Militar muito interessavam? Não?! Mas tais Políticas de Ditadura Fascista foram mantidas por décadas até os dias de hoje !! Mantidas, protegidas e perpetuadas pela Elite que comandou este país nestes anos todos como Leonel Brizola, por exemplo. Ou Sindicatos Pelegos que se sustentaram de Contribuições Sindicais Obrigatórias. Como aquele de onde surgiu Lula. Obrigatórias e Ditatoriais, como foi o Governo Fascista que as implantaram. Então chegou Copa do Mundo e Olimpiadas. E RGT e CBF. E Famílias Globais em seus Feudos como Sarney’s e Lobão’s. E constatamos que sempre foram uma grande parceria. Farinha do mesmo saco. E olha que de ‘farinha’ a Esquerdopatia entende muito bem. País de fácil explicação.    

  3. Lá vem esse blablablá de novo

    NAO HÁ CONTRADIÇAO ENTRE POLÍTICA IDENTITÁRIA E POLÍTICA NACIONALISTA E POPULAR. O fato de alguém defender o movimento negro, o feminismo, combater a homofobia nao o impede de ser tb a favor dos trabalhadores e da economia brasileira, até porque sobretudo negros e mulheres sao trabalhadores especialmente explorados, enquanto trabalhadores E enquanto negros ou mulheres (ou negros e mulheres). Apenas eles têm tb que defender suas causas específicas ou nao se dará atençao a elas. Lutas identitárias sao muitas vezes lutas pela vida, o aborto mata, a polícia mata preferencialmente negros, homossexuais sao mortos por serem homossexuais, mulheres sao submetidas à violência doméstica e a assédios sexuais, isso sem falar de que negros e mulheres ganham menos, etc.  Claro que têm que lutar por suas causas, nao podem deixá-las nas maos de quem nao sofre os seus problemas, Nao quer dizer que lutem só por elas. A contradiçao só existe na cabeça de conservadores que, embora se digam de esquerda, querem conservar o status quo de etnia e gênero. E nao sao realmente de esquerda, ser de esquerda é ser contra a OPRESSAO, nao só contra a desigualdade de renda.

    1. A teoria é bonita no papel,

      A teoria é bonita no papel, mas não funciona na prática.

      As causas identitárias não possuem o número, a visibilidade  e a união necessária para causar um impacto na sociedade. Só os trabalhadores de todas as classes, credos, sexos, etc, unidos tem esse poder. No contexto social que vivemos, as causas identitárias funcionam como a velha estratégia de “dividir e conquistar” a esquerda.

      A esquerda deve pensar primeiramente no trabalhador. No momento que os direitos dos trabalhadores e a democracia sejam garantidas no país, as causas identitárias seguirão como consequência.

       

      1. Isso simplesmente nao é verdade

        Basta pensar na conduta de muitos homens “de esquerda” para com suas mulheres e companheiras… Sem falar em comportamentos homofóbicos e racistas.

  4. A riqueza das fábulas
    1 – Li apenas o trecho neste GGN.
    2 – Sobre este trecho, acho que algumas idéias e pressupostos do autor sobre a apropriação indevida pela Globélica das pautas identitárias são coerentes mas discordo de outras estratégias de crítica, que acabam por morder a isca do “dividir para conquistar”.
    Primeiro, não é recente essa captura Globélica dos discursos ” novos e inovadores”, basta lembrar do que a emissora fez durante o processo de redemocratização com o programa TV Mulher, a série de sucesso Malu Mulher, pioneiros em tratar das questões femininas na TV – essa esperteza de disputar o discurso com o campo adversário foi reaprendida pelos atuais diretores de conteúdo da emissora com o velho Marinho. Trata-se apenas de marketing, um aprofundamento de uma experiência que a emissora começou a fazer em seus produtos de dramaturgia, o chamado merchandising social – ironicamente, a rainha da sucata e dos coxinhas protagonizou alguns deles.
    Também é um erro achar que a Globélica aderiu às causas, ela apenas as explora comercialmente e como imagem política e publicitária – as questões identitárias desvinculadas de outros contextos políticos e econômicos já foram tomadas pela publicidade e por Hollywood e nisso não há novidade, é o modo “enganandi e bajulandi” costumeiro dessas medusas da indústria cultural -, ela não dá um passo além daquilo que a sociedade já conquistou, o que ela monitora com a frieza de grandes vilões, observando onde há frestas que possam ser meticulosamente capitalizadas, para tentar tirar o máximo proveito com alto benefício pelo baixo-custo (baixo pra ela, mas às custas das vidas de anônim@s que continuam sofrendo a “causa identitária na própria pele”, fora da fantasia de redes eletrônicas de TV ou internet) – ou seja, técnica empresarial manjada levada a sério demais porque disfarçada de “jornalismo e dramaturgia”.
    Os próprios movimentos identitários devem parte de sua acelerada aceitação social ao viés classista-consumista de algumas discussões e formas de abordar os temas, naquela ideia de que o dinheiro tudo resolve. (Eu fiquei chocada e surpresa ao descobrir que uma das (ou a) fundadora/s do Geledés – núcleo de ativismo negro – é parceira da tal Neca do banco laranja, talvez por eu ainda sofrer da ingenuidade de que as causas identitárias estariam necessariamente atreladas às sociais, econômicas e ambientais, esta última a única que deveria unir a todos mas também virou nicho de mercado ideológico-discursivo-estilizado).
    Nessa seara surgem alguns problemas com os quais a esquerda tem que lidar: I – por que não podem existir negr@s, indígenas, mulheres e LGBT+s de direita e conservadores? Aqui entra a necessidade de separar as coisas para esvaziar exatamente a apropriação indébita da Globélica, baseada na imagem social de humanismo (ver item abaixo) e progressismo dessas lutas identitárias quando associadas ao debate socio-político-econômico de combate às desigualdades. A orientação sexual e de gênero, por exemplo, não é de esquerda ou de direita, e discutir isso esvazia também os discursos de ódio da direita conservadora, e principalmente, é um dado da realidade a ser considerado de modo a discutir cada coisa no seu terreno específico (a questão do debate da desigualdade sócio-econômica parece ser uma “ameaça” maior ao “sistema” porque é o único que de fato lhe é contraditório, o resto, e as causas identitárias singulares ou conjugadas, em especial, podem ser absorvidos e assimilados). Para mim, não é problema que essa divergência exista, e sim que não seja reconhecida sua legitimidade e discutidas francamente as diferenças entre uma e outra condição oprimida, por identidades ou classe social. Acho até que a Globélica só se aproveita disso porque a esquerda se recusa a discutir com menos intransigência esse dado objetivo da realidade de que algumas pautas identitárias reivindicam exatamente que seus sujeitos sejam tratados sem discriminação de nenhuma natureza, ou seja, que possam ser livres em suas escolhas, o que, se levado ao pé da letra e da idéia, por coerência fundamental, lhes reconhece também o direito de serem conservadores, de direita, alienados e alinhados a quem aprendeu, se não a respeitá-los, a tolerá-los como “normais”, e para quem almeja a medalha da normalidade (normose), ser conservador e de direita é o melhor caminho…
    II – E um dos erros estratégicos da esquerda é esse: se a Globélica, como representante do pensamento neoliberal, se apropriou do discurso, e não da causa, dos direitos humanos como gênero das causas identitárias, então se deve cuspir na(s) causa(s) pra atingir o adversário. Nada mais ingênuo e desinformado, afinal está exatamente fazendo o jogo do inimigo ao lhe entregar as “uvas verdes” quando deveria na verdade desmontar a hipocrisia e incoerência fundamental entre a estrutura de suas práticas e seus discursos: que eu saiba, pois não assisto a Globélica, a jornalista Maju – que já era destaque como apresentadora e repórter na TV cultura de SP muito antes de ir pra Globélica – foi apenas usada pela emissora como poster girl mas não foi até hoje reconhecida profissionalmente independente de sua condição racial-étnica. E a culpa ou responsabilidade disso não é da “causa dos direitos humanos” ou das “pautas identitárias”, mas da hipocrisia generalizada e aversão intrínseca do brasileiro a discutir diretamente os problemas, preferindo tangenciar os debates necessários porque dar nome aos bois e às idéias pode ser polêmico demais… que o digam as panelinhas das redes-Zuckerberg.
    Se a Globélica e os neoliberais realmente se importassem com direitos humanos – essa expressão é poderosa demais pra ser gasta por oportunistas ou desavisados – renunciariam ao exercício de suas desumanas e tortuosas ideologias. Enquanto a esquerda continuar levando a sério a hipocrisia dos adversários e se pautando por eles pra de posicionar no debate público e na vida social, continuará mordendo a isca e fazendo exatamente o que eles esperam e do que necessitam pra se manter um passo à frente na disputa pela hegemonia simbólica no espaço público de formação de consciências.
    A simplificação rasteira e binomial falsa dos dilemas contemporâneos é tarefa e objetivo da direita (é o ar que a Globélica respira e a atmosfera social que ela inspira) mas parece que a esquerda tem gostado de dar a sua contribuição luxuosa em complicar e confundir alhos, bugalhos e antolhos.

    Sampa/SP, 19:22 (alterado às 19:27 e 19:36).

    1. Parabéns!

      Excelente contraponto.

      Gostei do tema proposto por Wilson Ferreira e da sua abordagem.  No entanto, Cristiane mostrou aspectos importantes que devem ser considerados pelo autor.

      A questão não é simples e deve ser analisada de forma adequada, sem simplificações indevidas.  O contraponto aperfeiçoou a compreensão do tema; os dois pontos de vista me ajudaram a compreender melhor a estratégia do cartel midiático.

  5. “Abri os olhos,percebi que
    “Abri os olhos,percebi que estava vivo,dei um bocejo maior que de costume,pensei na vida,olhei ternamente a inocência da minha cachorrinha AMORA dormindo ao meu lado,e por um instante desejei ser igual a ela”.Aos poucos vou acordando de um longo pesadelo.Abraço meus amigos Luis,Maria Inês e dona Lourdes Nassif,que por algum momento pensaram o pior sobre o acima assinado.Seria mais ou menos por aí.Leio no Blog do meu amigo PHA,ora em situação coercitiva:A Quem Interessa a Dependência Química de Casagrande?Ora,a própria GLOBO.Impossivel trabalhar nela em condições de sobriedade.

  6. O que sustenta …

    O que sustenta o grupo com a queda da mídia tradicional é a fábrica de biscoitos.

    Não dando muita praia no próximo verão …

  7. citar autores artifício de quem não pensa com os próprios botões

    eu tb caio nessa pra ilustrar ou porque a tchurma só leva a sério com o pedantismo de citar filósofo tal ou qual.Acho q em parte são modismos pra aparecer bem na foto a caça a bruxas sobre assédios (vide a postura de Catherine Deneuve e um grupo de francesas não fundamentalistas contra o puritanismo norte-americano e a mania brasileira de copiar o que vem dos States). V. o incidente da moça negra q admoestou moça branca acho q no Rio (q só tem fama de mais liberal) qdo a última cantava Clementina de Jesus:”Você não pode cantar isso,você é branca”!(coluna de jornal impresso reproduzida noutros jornais).Fica bem se dizer de credo X ou Y e no dia-a-dia ser o inverso.Fica bem formar grupos de quase uanimidade. Uma pobreza triste.

  8. A turminha de Junho de 2013 foi financiada pela CIA.

    Os Nacionalistas estao abrindo os olhos para estes Amorais das Pautas Indentidarias, quando Serra colocou o aborto e Malafaia no centro do debate Nacional ele estava apenas antecipando que os Gringos estavam preparando pra gente, uma falsa esquerda pra servir de cenoura pras mulas das extremas direita, capturar o debate publicos nas manipuladas e nos alienar da Realidade numa complexa jogada de Guerra Hibrida. 

    Quando os Bolsominions denunciava o alinhamento dessa suposta esquerda com Ongs estrangeiras, como a Open Society de George Soros, jamais perceberiam que eles estavam certos por linhas tortas, a falsa esquerda é financiada pelos Gringos para enfrequecer a verdadeira esquerda e tumultuar o ambiente social de paises que tentam caminhar com as proprias pernas, tudo com grana de Ongs, Think Thanks e organismos para-estatais americanos. Numa estrategia chamada de dulpla tesoura, os donos do mundo nao só manobram “a direita” como o faz com esquerda.

    Casa fora do Eixo, Marcha das Vadias, Midia Ninja, MPL, Black Blocks  e outros que surgiram do nada, se tornaram em pouco tempo a cara da Esquerda, alinhados com OTPOR/Canvas, e engajaram milhares de Jovens que seriam manobrados nas Jornadas de Junho, com a mesma velecidade que ascenderam… Sumiram…

    Quem nao lembra do tal de Capilé infiltrado no palanque da vitoria da Dilma em 2014, como alguem que se tornou tao influente a ponto de estar no camarote da vitoria da Presidente sumiu do Nada…

    As pautas identitarias sao um cancer que nao representam os anseios de nem 5% da populacao e nem de 10 % das minorias que juram defender..

    É tudo diversionismo.

  9. A CENSURA NADA ESCONDE

    88 Anos de Estado Absolutista e Fascista. Entendemos o porque de nossa Elite Esquerdopata reverenciar tanto um Ditador Fascista de Golpe de Quartéis Militares, juntamente com seus Familiares. Este Eterno Morde-Assopra. A CENSURA apenas revela a verdade. E a Verdade Vos Libertará. 

  10. O problema é o conservadorismo
    Somos o país do embuste e da hipocrisia…deveria ser consensual que cada um(a) pudesse fazer do seu corpo o que quisesse…..a Globo apoia as politicas regressistas e desigualitárias mas quer posar de progressista só por se mostrar avançada na área comportamental, tipo FHC, golpista de plantão, defendendo a liberação da maconha…,.o problema é o conservadorismo na politica e na economia: é daqui que nasce a ruina…

  11. Para desmobilizar a ação

    Para desmobilizar a ação política pela exposição, primeiro ignoram, depois fingem que apoiam, mas não as ações efetivas como a representação no congresso nacional. A pergunta real é porque a Globo não defende a Constituição?

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