Revista Veja troca Guerra e Paz por Walt Disney

Jornal GGN – Na última sexta-feira, 3 de outubro, a Revista Veja deu em seu site uma nota dizendo que o candidato à presidência, Eduardo Jorge, nunca fumou maconha. “Prefere Toy Story”, dizia o título.

Na verdade, o que o candidato disse foi “Nunca precisei desse tipo de emoções, prefiro ler Tolstói, Romain Rolland, brincar com meu neto, jogar futebol, tenha paciência”.

Leon Tolstói foi um escritor russo, um dos mais importantes da literatura mundial, autor de obras como a referenciada Guerra e Paz, Anna Karenina, Napoleão, entre outras.

O áudio é claríssimo, indiscutível, mas a audição seletiva da revista Veja preferiu infantilizar o candidato, que tem história na política e merece respeito.

Não foi também a primeira vez. No final do mês de setembro, a publicação da Abril deu um vídeo criticando uma fala de Lula, em comício, de que política não é questão de amor e que Dilma teria sido escolhida como sua sucessora graças à competência. 

A apresentadora Joice Hasselmann não segurou o tom e criticou muito a suposta declaração de que Lula ama Marina Silva. Nesse caso, o ponto de partida da crítica já começava errado. O que o ex-presidente disse foi “Se fosse questão de amor, seria Marisa [esposa dele] minha candidata”.

É de se pensar se os ouvidos seletivos da revista Veja não são uma tentativa dissimulada de desconstruir posições contrárias à sua linha editorial. A folclórica revista, ainda chamou de “folclórico” o candidato do PV.

Em nome do furo e da piada pronta, a revista segue confundindo 5 de outubro com 1º de abril. Vai um boimate aí?

Redação

15 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Não é nada disso

    Apenas o réporter da revista, o editor e revisor não conhecem Leon Tolstói, e muito menos sabem que ele é russo.

  2. Essa revista é tão ruim que

    Essa revista é tão ruim que nem um pouco de humor consegue fazer. É a revista do “Tudo é mal feito”. Nas faculdades de jornalismo ela deve ser atentamente estudada como a revista do desaprendizado e que jamais deve servir de parâmetro, pois é o exemplo clássico de uma grande porcaria. Afinal, os alunos precisam aprender o que não é jornalismo. Pedagogicamente, ela serve para isso. Após estudada, os alunos deveriam colocar os exemplares em latões e tocarem fogo. Mas não devem ficar perto porque a fumaça saída do fogo é tóxica.

  3. É o mesmo caso da Míriam Leitão

    Lula passou 8 anos no governo falando em educação, e continuou por mais quatro falando e repetindo tudo o que já sabemos. Em todas as oportunidades, seja comício, entrevista, o que for, Lula repete de forma incessante tudo o que fez pela educação. Todos nós já estamos sabendo disso. Menos a jornalista Míriam Leitão. Em 13.06.2014, Lula fala uma coisa, Míriam vai na direção completamente contrária e publica sua coluna deturpando a fala do ex-presidente. Daí precisa do Instituto Lula vir a público para “esclarecer” o que a jornalista se recusou a entender. 

    Nesta terça-feira (17), a jornalista Míriam Leitão da TV Globo, do jornal O Globo, da Globonews, da CBN e do portal G1 escreveu em sua coluna que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria, em sua fala de sexta-feira (13), reduzido a importância da educação e do estudo. É importante esclarecer que isso não é verdade e que a jornalista deturpou a fala do ex-presidente com uma interpretação incorreta. A frase de Lula foi: “comeram demais, estudaram demais e perderam a educação”, claramente dizendo que anos de estudo não significam, necessariamente, bons modos e respeito, visto que muitas pessoas com recursos se comportaram de forma desrespeitosa e mal-educada ao xingarem a presidenta na abertura da Copa.

    O governo Lula investiu mais em educação do que qualquer gestão anterior. O orçamento do Ministério mais que triplicou: passou de 33 bilhões de reais em 2002 para 104 bilhões de reais em 2013. Lula e seu vice, José Alencar, os dois sem diploma universitário, foram o presidente e o vice-presidente que mais criaram universidades no Brasil: 14 novas universidades. Nos últimos 11 anos, o número de estudantes universitários no Brasil dobrou, subindo de 3,5 milhões em 2003, para mais de 7 milhões em 2013. E o programa Prouni permitiu que 1,5 milhão de jovens sem condições financeiras pudessem estudar e obter um diploma.

    Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

  4. Mais uma ?

    Mais uma barriga deste lamentável amontoado de invenções, erros, mentiras, agressões e grosserias ? Não me surpreende. Uma pena, pois foi no passado um ponto de referência da imprensa no Brasil. Quem sabe um dia tem volta ?

  5. Papel de embrulhar peixe

    Nassif,

    “…brincar com meu neto, jogar futebol, tenha paciência”.

    O ponto de de Eduardo Jorge é corretíssimo, honesto, daí o fato daquela revista que derrama baldes de cretinice semanalmente, na cabeça de seus leitores.

    Quem compra ou assina esta porcaria ( existe muito retardado, não posso negar) não tem motivos para reclamar, está sempre bem servido de notícia mentirosa e /ou tergiversada  em todos os âmbitos, nacional e internacional.   

    1. Como diria o seu barriga fidelix:

      O que o aparelho excretor tem a ver com as calças? A questão do post é a barbaridade escrita pelo panfleto da abril.

  6. os provocadores como esses

    os provocadores como esses falsos jornalistas da veja são assim mesmo:

    a mente deles está tão impregnada de

    ódio e ressentimento contra os movimentos sociais

    e o governo  trabalhista, que ouvem só

    o que lhes interessa, menos o factual.

    dái semeiam o ódio pela sociedade, um perigo para  democracia.

    e uma parte do judiciário

    ainda dá força para esses absurdos contra as instituições. 

  7. coisa nenhuma!

    infantilizar coisa nenhuma: foi o que o/a jornalista de veja entendeu porque nenhum deles ouviu falar em tolstói.

    esse é o nível do semanário e de seus leitores. nem poderia ser diferente: “toy story”, disneylandia e similares.

  8. Que tal lançarmos aqui neste sítio

    algumas frases deturpadoras de fatos para servirem de sugestões aos comunicólogos da Óia ? 

    Por exemplo: o papa segurando um cajado com o escrito latino “In hoc signo vinces”, e a tal Óia:

    “Papa obriga católicos a comprarem um macarrão específico, e ameaça com um porrete, no qual consta a marca do produto: nhoque signovince”

     

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador