Luciano Hortencio
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A Lenda Praieira, na voz de Mônica Salmaso

Por Luciano Hortencio

A incansável garimpadora Vânia Félix, ao participar do post sobre Jessier Quirino, aqui publicado ontem, terminou por encontrar a letra da composição de Mário Gil e Paulo César Pinheiro LENDA PRAIEIRA, gravada por Mônica Salmaso, em seu disco TRAMPOLIM, de 1998.

Coincidentemente havia eu copiado várias ilustrações em bico de pena, da lavra de meu primo José Hortencio de Medeiros Sobrinho, publicadas em seu livro PROCISSÃO DOS FLAGELADOS, de 1953, inclusive essa com motivos praieiros.

Assim, apresento Mônica Salmaso interpretando LENDA PRAIEIRA, de Mário Gil e Paulo César Pinheiro, com ilustração de José Hortencio de Medeiros Sobrinho, agradecendo à boa amiga Vânia Félix pela feliz lembrança.

Nasceu num barco pesqueiro
Pescava desde menino
Mestre das águas proeiro
Do litoral nordestino

Em roda de jangadeiro
Deixou seu nome Quirino
Quem vive em chão de saveiro
É o chão do mar seu destino

Foi isso que deu-se um dia
Cação virou seu veleiro
Foi luta de valentia
Do peixe contra o barqueiro
Sangue, suor, maresia
O ar ficou com esse cheiro
Subia água e batia
Tudo sumiu no aguaceiro

Houve arrastão na baía
Do quebra-mar à costeira
Do fundo nada surgia
Só da jangada a madeira

As moças em romaria
Puxava reza praieira
No fim do sétimo dia
Fez-se a oração derradeira

A sua história foi bela
Virou cordel seu destino
Tem nome em pano de vela
Verso em chegança e divino
Mas uma moça donzela
Teve depois um menino
A cara do filho dela
Era de novo Quirino

 

 

 

Luciano Hortencio

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