Luciano Hortencio
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Marlene se foi, ficam os registros de suas interpretações

Jornal GGN – Em fevereiro deste ano, Luciano Hortencio fez uma homenagem a esta grande artista. Não era uma data especial, apenas o reconhecimento de seu brilho e importância para a música brasileira. A homenagem é aqui republicada, para festejar sua vida e sua arte. Marlene se foi, ficam conosco os registros de suas interpretações. 

Te pego pela palavra, Marlene!

Por Luciano Hortencio

Hoje presto homenagem a uma grande artista que, do alto de seus noventa e poucos anos, está vivinha da silva, curtindo a vida e descansando das canseiras da vida artística em seu apartamento em Copacabana. Falo da grande MARLENE, que dispensa qualquer comentário ou resenha biográfica. É Marlene e pronto!

Trago-a aqui produzida por Hermínio Bello de Carvalho, com interpretações fabulosas gravadas ao vivo em seu TE PEGO PELA PALAVRA, show de sucesso absoluto no Rio, no ano de 1974, com apresentação também em São Paulo. Não tecerei mais meras considerações sobre o show nem, muito menos, sobre Marlene. Ouví-la basta!

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

22 Comentários

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  1. Boa lembrança

    Legal, Luciano. A música “Aonde vai Valente” é de Luiz Gonzaga? Deixo a sugestão de postar juntamente com os vídeos, o nome dos autores das músicas, quando possível.

  2. Obrigado, João Bosco!

    Vou tentar seguir sua sugestão. Não venho fazendo assim por achar que as pessoas assistem no próprio youtube e na descrição do vídeo tem todas as informações, ou seja, intérprete, título da música, compositor, data da gravação e até a ficha técnica quando a consigo.

    PRA ONDE VAI VALENTE não é de Luiz Gonzaga e sim de Manezinho Araújo. Vou postá-la aqui com o próprio autor como intérprete.

    Abraço do luciano

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=LoyyNsAvX3s%5D

  3. “Aquela que canta e dança diferente”

    A apresentador César de Alencar, que tinha o hábito de rotular os artistas, disse que Marlene é “Aquela que canta e dança diferente”, no que concordo com ele. Ela é singular até hoje.

    A história da cantora Marlene atravessa várias épocas com sua atuação em cassinos, boates, teatros, discos, cinema e a Rádio Nacional. O balanço da sua carreira é altamente positivo: É uma estrela de primeira grandeza. Não foi a toa que Hermínio Bello de Carvalho e Cartola fizeram, especialmente, pra ela “Catedral do inferno”, penúltima faixa do excelente “Te pego pela palavra”, tão bem escolhido por você, amigo Luciano, em homenagem a grande diva Marlene.

    “Deus me inventou pra desespero do diabo
    Eu fiz do samba Catedral do Inferno
    Louca, muito louca, endoidecida
    Vou fazendo desta vida
    Tudo aquilo que bem quero..”

    Luciano, torço para que a Marlene saiba dessa bela homenagem feita com todo seu carinho…

    Abraços da amiga Laura.

     

     

  4. PRE-8

    ‘A Favorita da Aeronáutica’

    A cantora num traje esportivo, usando e abusando da palha Foto: Divulgação

    Marlene, na época áurea da Rádio Nacional, na década de 1950.

     

    Rádio Nacional do Rio de Janeiro – DF

     

    O edifício Art-Deco, projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire e seu colega brasileiro Elisário Bahiana (que também construiu Viaduto do Chá em São Paulo), foi o primeiro arranha-céu a ser erguido no Rio de Janeiro em 1930.

    O prédio, imediatamente, ocupado pelo jornal vespertino ‘A Noite’ também abrigou, nos três andares superiores, a Rádio Nacional, a partir de 1940.

    O edifício em construção, onde passou a funcionar a icônica Radio Nacional.

    O edifício visto a partir da Avenida Rio Branco.

    O imponente ‘A Noite’

    Original auditório da Rádio Nacional do Rio de Janeiro-DF, ‘No topo do mundo’. A foto abaixo mostra uma tarde típica no auditório da Rádio Nacional, onde pode-se ver, claramente, que era ocupado por uma maioria de mulheres.

    O rádio era extremamente popular em 1940 e 1950 e a chance de conseguir um lugar no auditório da Rádio Nacional para ver os ídolos era algo muito valorizado. Na imagem, algumas mulheres tentaram esconder os seus rostos da câmera – seus maridos ou pais não sabiam, talvez, que elas passavam a tarde assistindo os seus cantores favoritos na Rádio Nacional. 

    Orlando Silva, Wanderléa com 13 anos e Paulo Gracindo.

    MC Paulo Gracindo lê um texto ao microfone da Rádio Nacional, em 1959, enquanto o ator mirim Pablito Calvo, que alcançou a fama mundial com a sua atuação no filme  “Marcelino Pão e Vinho”, faz a sua performance.

    A diva Marlene no auditório da Rádio Nacional em 1956, durante as celebrações dos 20 anos da PRE-8.

     

    Cartola, Marlene e Albin

     

    “Eu já sabia sobre o Cartola das noites do Zicartola Bar. Uma noite, fui até a Estação da Rádio Nacional na cidade do Rio de Janeiro para assistir a um programa em homenagem à cantora Marlene. No caminho, o elevador parou no andar onde o Secretário de Indústria e Comércio ficaria. Você não pode imaginar a minha surpresa quando o vi cumprimentar os convidados: ele era o porteiro. Eu consegui levá-lo para o show, onde ele também era homenageado… ele era o homem mais doce e mais cordial que eu já conheci.” – depoimento do pesquisador Ricardo Albin sobre Cartola

    Ricardo Albin, vestino uma camisa azul clara, no velório de Carmélia Alves, em novembro de 2012.

  5. Merecidíssima homenagem, Luciano.

    Marlene além de não ter parado no bons e velhos tempos da Rádio Nacional, ainda tinha toda uma performance modernamente teatral. Por exemplo, participou da Ópera do Malandro, de Chico Buarque. Seguem alguns registros preciosos, sendo o primeiro ao vivo, e os outros em dueto em disco do Chico.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=AxdI3UZoR5Q%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=5acVFn-3STA%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=oLbxQXHKp8%5D

     

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