Um Tratado de Alquimia Musical

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Por JNS

Um Tratado de Alquimia Musical

A música é sagrada para o universo e a razão, segundo os mais brilhantes filósofos, é que a sua origem vem das almas, que vivem desde a criação do universo, muito antes dos homens.

“Os verdadeiros anjos estão cantando (conforme as Sagradas Escrituras); os céus estão cantando, como Pitágoras confirma; e eles procuram a glória de Deus, como reporta o salmista, as musas e Apolo estão cantando; os pássaros, os carneiros e os gansos estão cantando em seus instrumentos musicais do mesmo modo que nós, também, cantamos e tocamos música, e não fazemos sem razão” – Michael Majer.

Ao falar, os homens nada mais fazem do que continuar a viagem do pensamento, que é externo, para fora do corpo novamente.

Quando cantam, apenas ordenam o pensamento como uma orquestra, uma banda, o que faz com que as almas desordenadas, que brincam como crianças num parque de diversão, passem a esquecer as brincadeiras e se ordenem seguindo a música, assim como garotos que seguem uma banda militar, marchando ao seu lado, tentando acompanhar a ordem.

Para entendermos o que acontece, basta imaginar que, quando cantamos, somos como uma banda e que as almas passam a seguir o nosso canto, marchando rumo a sua direção para o infinito, deixando que nossos pensamentos cheguem até nós sem interferências exteriores.

Gilmour é o autor da letra de “High Hopes” junto com a sua esposa, Polly Samson. Na essência, a canção aborda as dificuldades de Gilmour deixar a sua terra natal, das perdas e ganhos na vida e de renovar a esperança. Além disso, denuncia o egoísmo, o arrependimento e as mazelas oriundas da divisão e do individualismo dos dias de hoje.

Apesar de ser uma composição cheia de palavras difíceis e frases extremamente subjetivas, “High Hopes” é direta, simples e linda ao valorizar os sentimentos fraternais quando diz:

“A grama era mais verde, as luzes eram mais brilhantes, o gosto era melhor, as noites eram maravilhosas, com amigos por perto”.

“Nos braços de um anjo, voe para longe daqui, deste escuro e frio quarto de hotel e da infinitude que você teme”

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. ao corpo do universo
    Quando vou dormi muita luzes, o espaco eter sem referencia da ciencia e ai rezo na minha musica e abrem as asas da leveza , voo entre voos da constante mutacoes dos estados fisicos e do espirito.
    Soh consigo o solfejo musical e espero nao morre antes de deixar este legado para os meus filhos e netos. Existe uma musica em mim.Tal qual quando minha mae deixou a sua valsa. Da Emilia foi do filho.
    Alquimia da musica eh a indentificacao de um grao de areia na praia do universo.
    Alguns acertam, outros tentam e muitos eram.

  2. Há uma frase, se não estou

    Há uma frase, se não estou enganado, de origem indiana, que diz que “Deus é uma música.” Quem gosta realmente de música, deseja sempre ouvir uma música melhor e melhor. É como se houvesse uma necessidade de adentrar mais e mais nas nossas emoções e na nossa alma através dela e despertar algo que está latente, pulsando em algum lugar que não sabemos ao certo. É como se tivéssemos um outro coração que está próximo, porém, além de nós, desejando ser também tocado por ela. 

  3. Caros Parceiros

     

    Cafezá e ao João

    Tenho enfrentado problemas com o encaminhamento de comentários ao LNO.

    São freqüentes – muito frequentes –  os avisos ESTAMOS EM MANUTENÇÃO

    além de outros alertas recorrentes, como DOCUMENTO FORA DA VALIDADE.

    Encaminhei, hoje, vários comentários ao post do Luciano Hortencio, de quem sou um puxa-saco declarado, e nenhum deles foi publicado.

    Quando eles forem exibidos – se forem -, acredito que vão perder um pouco do frescor que poderia ser ter sido atingido antes, nesta arena virtual onde a interatividade deveria ser o Santo Graal para todos os seus frequentadores.

    Pela interação bacana de vocês, deixo um som também bacana do ‘Sinatra da Europa’, que deixava a mulherada molhadinha, sobretudo na Inglaterra, desde o início da década de 60 até o surgimento da Beatlemania.

    [video:http://youtu.be/kZ6Tp-nna9I width:600 height:450]

    Espero que gostem.

    Abraços!

  4. The Endless River

     

    O novo álbum do Pink Floyd é um tributo ao tecladista Richard Wright

    O Pink Floyd anunciou um novo álbum, Endless River, como uma homenagem ao antigo tecladista Richard Wright (1943-2008), retornando ao seu estilo inicial.

    PINK-FLOYD.jpg

    A última vez em que David Gilmour, Roger Waters, Nick Mason e Richard Wright tocaram juntos ao vivo foi em 2005.

    “Endless River tem, como ponto de partida, as canções gravadas durante as sessões do álbum The Division Bell, de 1993”, explica David Gilmour. “Ouvimos mais de 20 horas das nossas gravações e selecionamos as músicas que queríamos trabalhar no novo álbum.”

    “Durante o último ano adicionamos novas melodias entre outras regravadas com a tecnologia de estúdio aproveitada para fazer um álbum do Pink Floyd no século 21. Com a partida de Rick, foi-se, com ele, a chance de nunca fazê-lo novamente. Ele se sentiria bem com as canções revisitadas e reformuladas nas faixas que devem ser disponibilizados como parte do repertório do álbum”.

    “Eu vejo o homem remando um velho barco em um rio de nuvens sem fim”

    Aqui está a introdução do álbum, cuja tracklist é a seguinte: Things Left Unsaid – Its What We Do – Ebb and Flow – Sum – Skins – Unsung – Anisina – The Lost Art of Conversation – On Noodle Street – Night Light – Allons-y (1) – Autumn68 – Allons-y (2) – Talkin Hawkin – Calling – Eyes to Pearls – Surfacing – Louder Than Words.

    [video:http://youtu.be/RFXBlS0KsHU width:600 height:450]

    O mais recente álbum de estúdio do Pink Floyd foi batizado de The Big Spliff, nas sessões de gravação de música instrumental do line-up executado por David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright durante as gravações do álbum The Division Bell.

    [video:http://youtu.be/den8ofw1qFg width:600 height:450]

    O baterista Nick Mason, em seu livro Inside Out,comentou: “Nós finalizamos bastante material e consideramos lançá-lo em um segundo álbum”. Mason comparou as músicas de Endless River às do álbum Orb, gravado por David Gilmour no seu álbum de 2010, que estava inserido no projeto Metallic Spheres.

    A antiga backing vocal do Pink Floyd, Durga McBroom-Hudson, revelou, recentemente, que acrescentou vocais nas canções, junto com Gilmour. 

    No seu perfil pessoal no Facebook, Durga postou:

    “A gravação foi iniciada durante as sessões  do álbum The Division Bell  – foi um projeto paralelo, originalmente intitulado de The Big Spliff, como falou Nick Mason – é por isso que existem faixas gravadas por Richard Wright. Era para ser, originalmente, uma gravação completamente instrumental, mas, em dezembro do ano passado, eu cantei em algumas das faixas.”

    Andy Jackson, o engenheiro de gravação do Pink Floyd, também comentou o seu trabalho com o mencionado álbum: “É a extrapolação do Big Spliff, derivada [do The Bell Divisão] com novos overdubs feitos no último ano ou antes.”

    Durante a turnê The Division Bell, o Pink Floyd iria abrir os seus shows com uma execução instrumental longa. Não se sabe se essa gravação (a do vídeo abaixo) é algo que poderia ser uma parte de Endless River. O título do álbum novo foi retirado da música High Hopes, de encerramento do álbum The Division Bell.

    [video:http://youtu.be/KwNYq-c0lBw width:600 height:450]

    Segundo a banda, Endless River representa um retorno aos princípios criativos que formaram a base do processo que resultou no lançamento dos álbuns Echoes, Shine On You Crazy Diamond e Animals.

    Endless River, com lançamento previsto para 10 de novembro de 2014, está disponível para pré-encomenda pela Internet.

    Créditos: Todas informações, imagens e vídeos foram garimpadas na Internet.

  5. IMPECÁVEL

     

    Cuspindo Sangue e Marimbondos Assassinos

    A REDENÇÃO DA CERIMÔNIA DO ROCK AND ROLL HALL OF FAME

    29th Annual Rock And Roll Hall Of Fame Induction Ceremony at Barclays Center of Brooklyn on April 10, 2014 in New York City

    “O som da alegria, raiva, crise, calma, amor e vitalidade é a razão pela qual amo o Rock And Roll”

    Assim que a luz apagou, uma enorme pluma de fogo disparou na tela: era o Kiss dos anos setenta com a maquiagem completa, agachados como lagartos e Gene Simmons, deliciosamente obsoleto, cuspindo sangue falso no palco.

    “Eles são quatro dos rostos mais conhecidos do planeta. Não era fácil ser um fã do Kiss que, assim como a banda, foram implacavelmente perseguidos pelos críticos e árbitros de gosto musical autonomeados em escolas de ensino médio e escolas secundárias em toda a América” – sentenciou Tom Morello, do Rage Against the Machine.

    “Porque eles chupam o homem”, bradou um sujeito na plateia e o povo rugiu!

    O Kiss deixou o palco e a galera agitada silenciou para ouvir quando Art Garfunkel apareceu no púlpito. “Somos roqueiros!”, disse ele, de si mesmo e Cat Stevens, batizado, agora, Yusuf Islam.  Garfunkel cantou trechos de “Here Comes My Baby”, “Morning Has Broken” e disse, sorrindo: “Esse cara é melhor do que Paul Simon”, acrescentando: “Todas as meninas com quem transei eram fãs de Cat” e concluiu com uma homenagem à consciência política do seu amigo: “O que está realmente acontecendo com esta bola girando no espaço? Síria, Congo…”

    Cat Stevens, ao microfone, confessou: “Jamais imaginei que estaria no mesmo palco do KISS!”.

    Ele está com 65 anos, mas, desde que sumiu da área, deixou as turnês e viveu uma vida saudável, retornou absolutamente incrível: Cat ganhou a multidão quando pegou um violão e entregou “Father and Son”.

    [video:http://youtu.be/CnI8f-LSo2o width:600 height:450]

    Paul Shaffer e sua banda contribuíram para “Wild World” e a empolgante “Peace Train”, que contou com a participação de um extraordinário coral. A apresentação serviu como uma agradável prévia para a turnê norte-americana que Yusuf está supostamente conspirando realizar em algum momento no futuro próximo.

    [video:http://youtu.be/CnI8f-LSo2o width:600 height:450]

    Nada mais rock que introduzir, no Rock And Roll Hall Of Fame, um cara que não joga a TV pela janela dos apartamento dos hotéis, não bebe, não fuma e não transa, há mais de 40 anos, com as filiais – salve Lupicínio!

    Yusuf Islam elogiou “o Onisciente, que nos fez a todos” e despediu-se desejando que “Deus os abençoe! Paz!”

    Alimentado Pela Fúria e Uivando Vulnerabilidade

    Kurt Cobain e foto de arquivo em Seattle, Washington, em 13 de dezembro de 1993

    O mistério persistente ao longo dos meses anteriores e de todo o evento, bem como naquela noite, girava em torno da nomeação do Nirvana. Introduzido em seu primeiro ano de elegibilidade, o Nirvana não tinha sido objeto de controvérsia sobre a sua relevância artística porque não há dúvida de que o Nirvana pertence ao Hall da Fama do Rock and Roll. 

    A nossa geração fala sobre ouvir “Nevermind” pela primeira vez e ver “Smells Like Teen Spirit” na MTV, da mesma forma como os nossos pais falam sobre ver os Beatles no “The Ed Sullivan Show”: as pessoas se lembram de onde estavam, quando e como se sentiram. 

    O Nirvana mudou a paisagem cultural e, em seguida, terminou abruptamente, com o suicídio de Kurt Cobain, em 1994.

    O mistério a ser desvendado seria como ouvir Dave Grohl e Krist Novoselic tocar a música do Nirvana, depois de vinte anos sem Kurt.

    Michael Stipe, vocalista do extinta banda R.E.M, falou sobre como a música do Nirvana explodiu no final dos anos oitenta, “descontente e hostil com uma cristalina raiva nuclear”, mostrando-se “doce e bela, mas alimentada pela fúria e  uivando vulnerabilidade”.

    Ele disse que “o Nirvana definiu um movimento para a afirmação (…) dos nerds tímidos, das crianças goth do Tennessee e do Kentucky, para os roqueiros desajeitados, para o fed-up e, também, para os jovens inteligentes e intimidados. “

    Grohl e Novoselic subiram ao palco quando “Drain You” era tocada. Na sua forma grata e gentil, Grohl agradeceu os quatro bateristas do Nirvana que tinham vindo antes dele. Novoselic disse:” Eu quero agradecer a Kurt Cobain e gostaria que Kurt estivesse aqui esta noite, OK?”. A mãe de Cobain, Wendy Cobain, disse: “Ele ficaria muito orgulhoso. Ele dizia que não, mas ele ficaria… Eu só sinto muita falta dele. Ele era um anjo”, enquanto Courtney Love abraçava Grohl e Novoselic.

    “Algumas moças vão se juntar a nós esta noite”, disse Novoselic, quando Joan Jett subia ao palco e o riff de guitarra solo começou com “Smells Like Teen Spirit”, acompanhado pela furiosa bateria de Grohl. Jett, cantando em frente a uma projeção de Cobain, soou poderosa, sexy e assustadora.

    Grohl, destroçando a sua bateria, curvado para frente, com os cabelos longos esvoaçantes, trazia  referências da década de noventa. Jett cantava “A mosquito! My libido!” e aconteceu a catarse.

    St. Vincent no palco com os remanecentes do Nirvana no ‘29th Annual Rock And Roll Hall Of Fame Induction Ceremony at Barclays Center of Brooklyn on April 10, 2014 in New York City’

    Pat Smear, Lorde, St. Vincent e Kim Gordon no palco com o Nirvana

    Quando a música acabou, todos queriam ouvir “In Bloom”, incluindo a bateria do Chade e o resto do álbum. Kim Gordon, cantou uma versão screamy de “Aneurysm”; Annie Clark cantou “Lithium”; Lorde fez a  lúgubre “All Apologies”, com Gordon no baixo.

    [video:http://youtu.be/o43yTvg2xWI width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/mOHvCIPPKH0 width:600 height:450]

    “A cerimônia de posse durou cinco horas e meia e, no final da noite, o Nirvana, que tinha sofrido mais que qualquer outro homenageado, trouxe todo mundo do nada para um plano superior. Ao ouvir o Nirvana, há o sentimento da mesma forma quando foi ouvido pela primeira vez nos álbuns “Bleach” e ” Nevermind.”

    [video:http://youtu.be/6K2DBD9TLyY width:600 height:450]

    Nirvana-Grohl-Novoselic & Amigos soaram definitivos como sempre.

    “Era o som da alegria, raiva, crise, calma, amor e vitalidade: a razão pela qual amo o Rock And Roll” – Sarah Larson do The New Yorker

    Créditos: As informações são do The New Yorker e as imagens são do Naples Daily News e Fuse TV, entre outros sites da Internet.

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