BNDES desembolsa R$ 33,3 bilhões no trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou o desembolso de R$ 33,3 bilhões nos primeiros três meses deste ano, com queda de 24% na comparação com igual período do ano passado. As aprovações, no valor de R$ 21 bilhões, e as consultas, no total de R$ 25 bilhões, caíram, respectivamente, 46% e 47% na comparação com os três primeiros meses de 2014.

As micro, pequenas e médias empresas continuam com importante participação nos financiamentos, respondendo por 31% (R$ 10,2 bilhões) do total dos desembolsos do BNDES nos três primeiros meses de 2015. O desempenho foi impulsionado pelo Cartão BNDES, cujos desembolsos, no período, cresceram 16%, atingindo R$ 2,8 bilhões. Nos três primeiros meses do ano, das 222 mil operações realizadas com MPMEs, 182 mil operações foram feitas por meio desse produto, que é exclusivo para empresas desse porte.

Do total liberado pelo BNDES entre janeiro e março deste ano, o setor de infraestrutura absorveu R$ 11,7 bilhões (35% de participação), seguido pela indústria, com R$ 10,4 bilhões (31%), comércio e serviços, com R$ 7,6 bilhões (23%), e agropecuária, com R$ 3,5 bilhões (11%). Um dos destaques no trimestre foram as liberações para inovação, que aumentaram 9% em relação ao mesmo período do ano passado, e chegaram a R$ 1 bilhão.

Em relação às aprovações, a maior participação foi a da indústria (40% do total aprovado), com R$ 8,4 bilhões. À Infraestrutura, o BNDES aprovou R$ 5,8 bilhões (28% do total). Em seguida, comércio e serviços, com R$ 4,3 bilhões (participação de 20,6%) e agropecuária, com R$ 2,3 bilhões (11%).

De acordo com levantamento elaborado pela instituição, os resultados refletem (em parte) os ajustes da nova política operacional (PO) adotada pelo BNDES – o banco vem reduzindo os níveis de participação máxima em TJLP (taxa de juros de longo prazo) nos seus financiamentos, e abrindo mais espaço para a presença do mercado de capitais no financiamento de longo prazo. O último ajuste neste sentido foi feito em dezembro de 2014.

Outro fator foi a revisão das condições do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), que financia bens de capital com taxa fixa. O aumento das taxas e a diminuição do nível máximo de participação do BNDES nos financiamentos afetou o desempenho do programa, conforme esperado. Com isso, o resultado do primeiro trimestre de 2015 ficou dentro das expectativas do BNDES.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador