Confiança do empresário do comércio sobe 2,2% em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Comparação anual reflete queda do comércio e piora do mercado de trabalho

Jornal GGN – O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 2,2% na passagem de janeiro para fevereiro. É a segunda alta consecutiva do indicador ajustado sazonalmente, isto é, que leva em consideração as variações características de cada mês do ano. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Icec chegou a 80,2 pontos.

Apesar da alta na comparação mensal, o indicador continua em queda ao apresentar um recuo de 19,9% em relação a janeiro de 2015. A avaliação de empresários é feita em uma escala de zero a 200 pontos, onde a pontuação abaixo de 100 pontos é considerada de pessimismo. “Esse resultado anual reflete a retração do comércio provocada especialmente pela deterioração do mercado de trabalho, ambas observadas ao longo de todo o ano passado”, avalia a economista da CNC, Izis Ferreira, em comunicado.

A pesquisa mostra que o subíndice que mede as condições atuais subiu na comparação com o mês anterior, sua primeira melhora no período de seis meses. Com um aumento de 16,3%, o indicador chegou a 43,5 pontos, ainda abaixo da zona de indiferença, de 100 pontos. A percepção dos varejistas melhorou tanto no que diz respeito à avaliação sobre a economia (+35,7%), quanto sobre o setor (+20,3%) e o desempenho da própria empresa (+9,5%). Contudo, 93,3% dos seis mil empresários entrevistados acredita que a economia piorou no segundo mês de 2016. Em janeiro, esse percentual foi de 94,4%, e em dezembro 95,7%.

Já o subíndice que mede as expectativas futuras dos empresários do comércio alcançou 119,9 pontos em fevereiro, mantendo-se acima do nível de indiferença (100 pontos). Na comparação mensal, após dois meses seguidos de crescimento, houve redução de 0,7%. Em relação a fevereiro de 2015, as expectativas dos varejistas acumulam queda de 9,8%, com perspectivas piores tanto para economia (-11,2%), quanto para o setor (-9,7%) e o próprio negócio (-9%).

Para o futuro, a perspectiva de queda no volume de vendas do setor, associada ao elevado custo de captação de recursos no mercado de crédito, tem influenciado os empresários a reduzirem seus planos de investimento. Em fevereiro, o subíndice que mede as condições de investimentos registrou 78,3 pontos, uma queda anual de 19,9%. As intenções de contratação de funcionários diminuíram de janeiro para fevereiro (-3,8%). Na comparação com 2015, essa retração é ainda maior, de 20,9%. No que diz respeito ao investimento no próprio negócio, há uma queda de 30,6% em relação ao planejado há um ano.

A avaliação dos estoques diante da programação de vendas aumentou 2,1% em relação a janeiro, o que indica uma percepção mais negativa dos comerciantes em relação ao aumento no nível dos estoques. Para 30,3% dos empresários consultados, os estoques estão acima do adequado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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