Setor de serviços paulistano retrai 3,4% no 1º trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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 Retração já era esperada pela entidade, que credita a queda à piora do cenário econômico

Jornal GGN – Em março, o faturamento real do setor de serviços na cidade de São Paulo encolheu 1,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado, não passando de R$ 19,1 bilhões, o que representa uma redução de aproximadamente R$ 338 milhões ante o alcançado no mesmo período de 2015, segundo levantamento elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, em que o recuo foi de 3%, a retração do setor no primeiro trimestre de 2016 se mostra ainda mais acentuada: o encolhimento chegou a 3,4%.

A entidade diz que o desempenho negativo já era esperado, pois muitos dos indicadores econômicos determinantes para o consumo (desemprego em alta, queda do salário médio real, elevado nível de endividamento das famílias, inflação e dólar altos) ainda continuam desfavoráveis. “Além disso, muitos prestadores de serviços (pessoas físicas e jurídicas) estão encerrando as atividades por não encontrarem um ambiente econômico e político propício para sua manutenção”, explica a FecomercioSP. 

Ainda segundo a Federação, diante da retração da atividade econômica e da falta de perspectiva de retomada, muitas empresas cortam ou adiam a contratação de determinados tipos de serviços, o que acaba por afetar negativamente o desempenho do setor.

Das 13 atividades que compõem a pesquisa, nove apresentaram queda de receita em março no comparativo com o mesmo período de 2015. As maiores retrações foram vistas nas atividades de representação (-28,5%); construção civil (-22,9%); técnico científico (-15,4%); mercadologia e comunicação (-9,7%); e jurídicos, econômicos, técnico-administrativos (-5,9%). Todas essas áreas, juntas, impactaram negativamente o resultado geral em 4,4 pontos porcentuais (p.p.). O pior segmento continua sendo construção civil, que contribuiu com -1,1 p.p. para o resultado geral dos serviços.

Em contrapartida, as atividades de saúde (29,8%); turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (21,9%); serviços bancários, financeiros e securitários (2,3%); e educação (0,1%) foram as que mais cresceram em março e totalizaram uma contribuição de 3,1 pontos percentuais (p.p.) para o resultado geral do setor de serviços paulistanos.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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