Vendas do varejo paulista caem 12,2% em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo permaneceram em ritmo de queda em setembro, com o recuo de 12,2% na comparação com o mesmo mês de 2014,  de acordo com levantamento elaborado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Esta foi a maior retração mensal desde que a pesquisa foi iniciada, em janeiro de 2008.

No mês, o varejo paulista registrou o faturamento real de R$ 42,4 bilhões, o que representou uma perda de quase R$ 6 bilhões ante igual mês do ano passado. No ano, a queda já acumula 5,6%, outro recorde histórico negativo quando se leva em conta essa base de comparação. Segundo a entidade, o ciclo econômico recessivo tem influenciado de forma negativa o comércio varejista desde o ano passado, porém, a crise é cada vez mais profunda, com recuos expressivos nunca antes registrados.

Segundo a FecomercioSP, pelo terceiro mês seguido as 16 regiões do Estado de São Paulo apresentaram queda geral nas vendas, o que indica, mais uma vez, a generalização e o agravamento do ciclo recessivo do comércio paulista.

Oito das nove atividades em setembro apresentaram recuo do faturamento, sendo os mais expressivos vistos em lojas de vestuário, tecidos e calçados (-24,2% e impacto de -2,1 pontos porcentuais); concessionárias de veículos (-22%, com -3 p.p.) e materiais de construção (-22% e -1,8 p.p. de contribuição). Somente o setor de supermercados (4,6%) apresentou crescimento e contribuiu com 1,3 p.p. para amenizar a queda geral do varejo.

Para a Federação, o resultado das vendas do comércio em setembro indicaram a continuidade e o agravamento da conjuntura do varejo. Nem mesmo o consumo de bens essenciais pôde alavancar os números finais do comércio no mês.  Com a deterioração dos principais determinantes do consumo (como emprego, renda e crédito), debilitando a confiança para investir e para comprar, a entidade diz que não há sinais de recuperação do comércio paulista em 2016, com a previsão de possíveis novas e expressivas quedas.

Assim como no resultado estadual, o comércio varejista da capital paulista em setembro registrou queda – de 11,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. As vendas do comércio da cidade de São Paulo atingiram o faturamento de R$ 13,2 bilhões, R$ 1,7 bilhão abaixo da receita registrada em setembro de 2014. No acumulado de 2015, a retração foi de 3,6%.

Das atividades analisadas, oito tiveram redução de vendas, sendo que três delas ultrapassaram os dois dígitos: lojas de vestuário, tecidos e calçados (-26,8%); materiais de construção (-24,5%.); e outras atividades (-20,2%). Somados, os três segmentos pressionaram negativamente o resultado geral em 8,6 pontos porcentuais. O único setor que apresentou desempenho positivo foi o de supermercados, com crescimento de 3,7% e contribuição de 1 ponto porcentual.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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