Lava Jato não foi apenas a operação que arrebentou com a engenharia brasileira, deixou milhões de desempregados, atuou politicamente, destruindo o sistema político e permitindo a ascensão da ultradireita – da qual sempre foi parte integrante, ajudando a organizar as milícias digitais.
Foi responsável pela consolidação do fascismo no aparelho repressor, do qual o fruto mais ostensivo foi a Operação Ouvidos Moucos, que levou ao suicídio o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier.
Na Folha de hoje, o filho do reitor, Mikael Cancellier, relata a perseguição de que está sendo alvo por parte do procurador André Bertuol e da juiza Janaína Cassol Machado.
Para a Operação, a delegada Erika Melena requisitou mais de uma centenas de policiais de todo o país. Apresentou números altissonantes da suposta corrupção, R$ 84 milhões, dos quais se soube, que era o valor total do programa investigado.
Valeu-se para trás de um funcionário desequilibrado da UFSC, indiciado por violência do transito, que a Controladoria Geral da União colocou como um quase interventor na UFSC. De perfil violento, passou a perseguir alunos que se manifestavam nas redes sociais, delatou o reitor por supostas irregularidades nos programas de educação à distancia.
No fim, a acusação na qual se baseou a Polícia Federal e o MPF foi que o reitor tinha conseguido um empréstimo de R$ 7 mil reais de um colega professor, para ajudar a bancar as despesas do filho, que estudava fora. E o professor ministrou aulas no curso. Foi o que bastou para que se fizessem as correlações, conforme ensinado por Sérgio Moro e Deltan Dallagnol na Lava Jato.
7 mil reais, um valor irrisório que se adequava muito mais à versão de empréstimo entre amigos, mas que foi transformado em lavagem de dinheiro por dois agentes da lei mergulhados na banalidade do mal. Foi o que bastou para que o reitor fosse levado preso, colocado nu, humilhado, deixando cicatrizes que o levaram ao suicídio.
Não apenas isso. Depois, os abusos continuaram na invasão da Universidade Federal de Minas Gerais, conduzida pela PF, ou na invasão pela Polícia Militar de mais de uma dezenas de campus universitário nas vésperas das eleições, em ação concatenada por juizes eleitorais, na Operação Carne Fraca. E todos eles têm a marca de Sérgio Moro, direta ou indiretamente.
Até agora as críticas têm se concentrado mais nos desastres macro conduzidos pelos procuradores, que atingiram políticos. Falta levantar os abusos da Polícia Federal contra seus próprios companheiros, que ousaram questionar a Lava Jato.
Durante algum tempo, a PF primou pelo profissionalismo. Há um corpo de delegados e policiais que prezam as investigações planejadas, a isenção, o profissionalismo, e que não se conformavam com o estilo rombudo da Lava Jato, valendo-se apenas de bancos de dados e de ilações vazias, em vez do trabalho de inteligência.
No Paraná, especificamente, os delegados que ousaram questionar os métodos da Lava Jato foram submetidos a perseguição implacável pelo time que Moro levou para Brasilia. Pressionou-se uma das prisioneiras para que delatasse um delegado crítico, que mostrara as vinculações da PF do Paraná com Aécio Neves. Outro delegado foi perseguido pelo relatório que produziu sobre o grampo na cela de Yousseff.
Eu mesmo depus como testemunha em um inquérito armado para apurar suposta “venda de dossiês”, na verdade reportagens sobre as relações de Rosangela Moro com a APAE do Paraná, que o GGN havia publicado em primeira mão.
Nomes como Erika Melena, Igor Romário de Paula, Maurício Moscardi Grilo, Márcio Anselmo, na verdade, se constituem em risco muito maior para a democracia do que procuradores deslumbrados. Eles investiram implacavelmente contra jornalistas, colegas e, especialmente, contra suspeitos, humilhados, apresentados à opinião pública algemados nas mãos e pés, produzindo autenticas farras com dinheiro público, para convocar centenas de policiais, fantasiados de guerreiros ninjas, para operações sem risco, na qual os suspeitos eram apenas professores universitários ou fiscais sanitários. Enquanto os verdadeiros policiais enfrentam os perigos reais, narcotraficantes, milícias, contrabandistas, sem reconhecimento e sem as facilidades desses heróis sem risco.
E é a eles que Moro conferiu o poder de conduzir a Polícia Federal.
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síntese da prática nefasta desses membros
do tal estado de exceção…
O jogo é tão pesado que até o show da banda engajada Francisco el hombre foi sabotado, o som tava uma merda, não se entendia nada do que se cantava …nesse momento, com a banda de bundas moles o som tá redondinho……da pra se ouvir o repetitivos e irritantes “aí galera” do cidadão perfeitamente….
Meu Deus! Nasiff, esse pessoal deveria estar na cadeia. Como tudo isso veio acontecer?
O Brasil não merecia isso.
Merece porque o Brasileiro é um verdadeiro filho da puta ingrato !!!
Traidor do próprio solo !!!
Não pode ver uma bandeira americana que vai atrás !!!
Wikipedia: Melena refere-se ao sangue já oxidado nas fezes, por ter origem em hemorragias no trato digestivo alto. Com isso, há escurecimento das fezes, além de fetidez.
Realmente basta fazer um jornalismo investigativo para chegarmos em algumas conclusões, ou seja, porque que estas pessoas da lava jato, os advogados, os procuradores, liderados por Sérgio Moro nunca foram investigados pela própria justiça, por exemplo a tal da máfia branca descoberta no Estado do Paraná que envolvia Sérgio Moro sua esposa e amigos, até hoje não foi esclarecido esta ocorrência naquele Estado.
Em fim diante de tudo isso só tem uma saía, o povo brasileiros deveria exigir o fim da lava-jato, retirando o nome desta operação jurídica partidária com fins de poder lucrativo e tomar outro caminho para realmente combater o crime neste país.
Sou de Santa Catarina e considerando um Estado produtivo e com bom nível de qualidade de vida, porém, Santa Catarina é hoje um dos Estados mais fascista da união e isso tira a oportunidade de Santa Catarina de ser o melhor Estado da união, porque, aqui Sérgio Moro ainda é considerado herói e politicamente Santa Catarina está muito mal representada no congresso brasileiro, bastante atrasada no que diz respeito a um governo de inclusão social.
“Há um corpo de delegados e policiais que prezam as investigações planejadas, a isenção, o profissionalismo, e que não se conformavam com o estilo rombudo da Lava Jato, valendo-se apenas de bancos de dados e de ilações vazias, em vez do trabalho de inteligência.”
Mas será que há mesmo, Nassif? Se estes procuradores, juízes, policiais e promotores andam tão inconformados assim, por que até agora se mantiveram em conveniente silêncio? Algo me diz que as ilegalidades cometidas pelos colegas trouxeram benefícios, portanto, o consentimento calado que vem se prolongando há alguns anos…
Ou então, é apenas o caráter covarde do povo brasileiro que os impede de agir.
Corporativismo amigo, não os deixam reagir.
Deve ser um dois ou três…..uma diferença que não faz um degrau, como diriam os antigos…..
E se quiser subir na carreira tem que seguir os ditames lojistas…logo… em boca fechada………sim, propositalmente esquecem-se desse detalhe…..
Algumas maçãs podres num barril estraga todas as outras.
O problema de toda ditadura é o policial da esquina.
Quando a ditadura cai o policial da esquina é o que mais se fode.
Deixe estar, Nassif.
Esses merdas ainda terão que sentar numa mandioca quente.
Corporativismo amigo, não os deixam reagir.
É preciso dizer com todas as letras: o Brasil está tomado pelo fascismo. Bolsonaro é apenas um líder que conseguiu aglutinar a malta fascista que emergiu por volta de 2012-2013, ainda na eleição do segundo governo Dilma. Mas o fascismo é maior que Bolsonaro e Moro, Witzel, Doria, Datena (e outros que ainda não conhecemos) estão pronto para substituí-lo no mesmo processo de destruição pela destruição, típico do fascismo que, como um câncer, se instala no teciso social apenas para destruí-lo, em nome dos valores morais das “pessoas de bem” e do combate à corrupção.
Mas se a emergência do fascismo é recente no país, ovo da serpente fascista já vinha sendo chocado a décadas por dois grupos sociais:
1. a classe média tradicional do sul, sudeste e centro-oeste, branca, de tendência conservadora;
2. os evangélicos neopetencostais, profundamente ignorantes, fanáticos e ressentidos e que se espalham como praga nas periferias, nos bairros de classe média baixa e cidades do interior.
O preconceito racial contra os negros, regional contra os nordestinos e social contra os pobres, é a marca das classes médias conservadoras. A demonização fanática dos LGBTs, das feministas e das religiões afro-indígenas são a contribuição dos evanélicos para a praga fascista.
A classe média tradicionalista constrói sua identidade elitista contra um outro inferior, que ela necessessita para desprezar: o pobre, o negro, o nordestino. O evangélico neopetencostal também constrói sua identidade por meio da demonização do outro: o sodomita/bicha/sapatão, o macumbeiro a feminista raivosa, o católico-pagão etc. Esta construção de um outro desprezível e perigoso é idêntico ao processo fascista de tomar um grupo social minoritário como bode expiatório; é já preparação para o ódio fascista.
Não por acaso, ambos os grupos se uniram para apoiar Bolsosnaro e demonizar o PT, que se tornou o representante da corrupção econômica, mas também moral, ao apoiar as minorias demonizadas.
A lava-jato e seus doutores sulistas, brancos e provincianos é a expressão do fascismo classe média, enquanto figuras santas como Edir Macedo, Waldomiro e Malafaia são a expressão do fascismo neopetencostal.
É preciso que se dê nome aos bois. O fascismo brasileiro é a síntese contraditória de dois grupos sociais: a classe média tradicional conservadora e os evangélicos neopetencostais.
É preciso dizer com todas as letras: o Brasil está tomado pelo fascismo. Bolsonaro é apenas um líder que conseguiu aglutinar a malta fascista que emergiu por volta de 2012-2013, ainda na eleição do segundo governo Dilma. Mas o fascismo é maior que Bolsonaro e Moro, Witzel, Doria, Datena (e outros que ainda não conhecemos) estão pronto para substituí-lo no mesmo processo de destruição pela destruição, típico do fascismo que, como um câncer, se instala no teciso social apenas para destruí-lo, em nome dos valores morais das “pessoas de bem” e do combate à corrupção.
Mas se a emergência do fascismo é recente no país, ovo da serpente fascista já vinha sendo chocado a décadas por dois grupos sociais:
1. a classe média tradicional do sul, sudeste e centro-oeste, branca, de tendência conservadora;
2. os evangélicos neopetencostais, profundamente ignorantes, fanáticos e ressentidos e que se espalham como praga nas periferias, nos bairros de classe média baixa e cidades do interior.
O preconceito racial contra os negros, regional contra os nordestinos e social contra os pobres, é a marca das classes médias conservadoras. A demonização fanática dos LGBTs, das feministas e das religiões afro-indígenas são a contribuição dos evanélicos para a praga fascista.
A classe média tradicionalista constrói sua identidade elitista contra um outro inferior, que ela necessessita para desprezar: o pobre, o negro, o nordestino. O evangélico neopetencostal também constrói sua identidade por meio da demonização do outro: o sodomita/bicha/sapatão, o macumbeiro, a feminista raivosa, o católico-pagão etc. Esta construção de um outro desprezível e perigoso é idêntica ao processo fascista de tomar um grupo social minoritário como bode expiatório (como o judeu na Alemnha e Itália fascistas); é já preparação para o ódio fascista.
Não por acaso, ambos os grupos se uniram para apoiar maciçamente Bolsonaro e demonizar o PT, que se tornou o suposto representante da corrupção econômica e política do país, mas também da degradação moral, ao apoiar as minorias discriminada.
A lava-jato e seus doutores sulistas, brancos e provincianos é a expressão do fascismo classe média, enquanto as igrejas neopetencostais de figuras santas como Edir Macedo, Waldomiro e Malafaia são a expressão do fascismo evangélico.
É preciso que se dê nome aos bois. O fascismo brasileiro é a síntese contraditória de dois grupos sociais: a classe média tradicional conservadora e os evangélicos neopetencostais.
A Polícia Federal preocupa-se em demonstrar que os R$ 7 mil emprestados são fruto de corrupção, fazendo valer a ideia que roubar R$ 1,00 ou R$ 1 mi não tem diferença. Só que não. A senhora Micheque Bolsonaro, teve um depósito na sua conta pessoal, de R$ 24 mil, que não é investigado. E olhe, ela nem tem direito a foro privilegiado. Do ponto de vista legal, é uma cidadã comum. O animus fudendus da PF é só contra aqueles que elegeram como culpados, são dignos herdeiros do DOPS pois estão contaminados ideologicamente pela direita radical. Criminosos, usam de todos os recursos acima da lei para sustentarem suas implicâncias. Agora, flagrados por uma inesperada reação, buscam a todo custo lançar ao mar aqueles que podem expor suas mazelas. Filhos do Brilhante, é alcunha que deveriam usar.
Verdade, o ovo da serpente ja há muito havia sido posto a chocar, e nada foi feito pela mídia e os reporteres investigativos para impedir que ele eclodisse. Agora é tarde e Inês está morta e incinerada rsrsrsrsrs!!!
Os malefícios desta quadrilha irao ser sentidas por uma geraçao, talvez durante os proximos 30 anos.
Uma das sócias disto tudo que está ai, a globo, recebe hoje a “homenagem” de um vídeo do Bob Fernandes que vai ao encontro do que o GGN tem trazido sobre a emissora, seu mercado e provável futuro. O Bob lembrou dos escândalos e de seus vínculos com as famílias coronelistas Brasil afora e seus tantos interesses difusos além de ser a inimiga da serpente que ajudou a alimentar. Vale a pena ver.
https://www.youtube.com/watch?v=Kpaw-6mU1OA