A mocinha, negra, atende à velha senhora em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais. É carinhosa, o emprego lhe conferiu auto-estima, veste-se como se fosse uma adolescente de classe média, com roupas simples, mas de bom gosto.
O irmão e o namorado foram presos por porte de droga. Havia um PM na cidade, com histórico de violência, que era remanejado de cidade para outra, espalhando violência sem ser incomodado pela corregedoria. E implicou com os dois rapazes. Invadiu a casa deles, sem autorização judicial e, na geladeira, encontrou algumas gramas de maconha congelada.
O juiz decretou prisão preventiva. O namorado está em prisão preventiva há um ano, acusado de tráfico, organização criminosa e outros enquadramentos próprios para chefes de quadrilha. Considerou-se que a maconha na geladeira era sinal de industrialização do produto.
Sua única esperança de libertação seria o dispositivo da lei que obriga o juiz a rever a preventiva a cada 90 dias. Só há uma justificativa para a preventiva: não atrapalhar o inquérito em curso. Bastaria considerar o inquérito encerrado para haver a libertação. Ou bastaria pedir explicações para a autoridade policial, sobre a necessidade ou não de manter as pessoas presas.
Mas todos eles são negros ou quase negros, pobres e sempre pobres. Assim, o juiz esqueceu o réu, a Defensoria local não se movimentou, porque até a brava Defensoria está contaminada por defensores bolsonaristas, o promotor nem se incomodou. À noite, em casa, o juiz deve ter reclamado do excesso de trabalho, eventualmente do ar condicionado que não funcionou, do funcionário que ofereceu café frio. E da encheção de saco de ter que renovar, a cada 90 dias, a prisão preventiva.
A moça acompanha diariamente o caso e jamais recebeu nenhuma explicação da polícia, do juiz, da Defensoria. Seu caso jamais chegará ao Supremo, como o de André do Rapp. Mesmo chegando, não encontrará olhares benevolentes como o de Marco Aurélio de Mello. Diariamente, chegam no STJ e no STF pedidos de HCs contra prisões preventivas, em crimes sem violência, muitas vezes em casos insignificantes, mas de jovens negros ou quase negros, pobres æe sempre pobres, e não são atendidos pelos Ministros. Chegam HCs pedindo a libertação de idosos em faixa de risco e o ínclito Sub-Procurador Geral alega que não se pode libertar presos quando a população está detida pelo Covid.
Associações de juízes e procuradores reclamam que o dispositivo aumentará o trabalho dos juízes, que já enfrentam altas cargas de trabalho. Bastaria um assessor montando uma agenda de prisões preventivas e, a cada vencimento, conferir em que pé está o inquérito. 15 minutos de trabalho a mais = uma vida: não é uma boa troca? Claro que não. A vida de um preso, quase sempre negro, sempre pobre, não vale 15 minutos de trabalho a mais. Em geral, os únicos juízes que renovam a preventiva recorrem ao copy-paste. Dizem que estão mantidas as condições originais que motivaram a prisão, e não se fala mais nisso.
A libertação de André do Rapp por um Ministro extravagante dificultará ainda mais a vida do namorado da mocinha trabalhadora. Terminado o trabalho, lá pelas montanhas de Minas, ela cumprirá sua rotina de visitar o namorado e indagar quando sairá. E receberá, como resposta, olhares de enfado e a explicação de que o tal dispositivo, tal como comprovado pelo ato do Ministro extravagante, foi feito para libertar criminosos perigosos.
Afinal, o Haiti é aqui.
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Por essas e outras, “pobres e SEMPRE pobres” como enfatiza corretamente o texto, é que já conclui que o BRASIL não vai NUNCA tomar jeito enquanto essa turma do Estado Permanente não for forçosamente levada ao “constrangimento” (Forças Policiais e Armadas, Judiciais e burocratas principalmente) por se permitirem, em imensa maioria, a se SERVIREM dos demais brasileiros, normalmente dedicando a estes pouco caso, qdo não desprezo.
“Só há uma justificativa para a prisão preventiva: não atrapalhar o inquérito em curso.”
Deve ser para essa prisão preventiva específica que há apenas uma justificativa. Como regra, as prisões preventivas podem ser decretadas a fim de garantir a ordem pública, a ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
Bom dia! Uma dessas “extravagâncias” é colecionar rolls royces… confiram…!
O andar de cima não vê o andar de baixo como um ser humano. Pra eles tanto faz que boa parte dos presos em nossas masmorras estejam lá ilegalmente. Quem liga. A relação da nossa elite com o povo é a mesma da Bélgica com a sua colônia, o Congo Belga – com a diferença que estão todos no mesmo território. Não há como mudar isso sem algo drástico, no modelo de uma revolução francesa ou russa. Lula foi a última tentativa de mudar esse quadro dantesco sem apelar pra violência. E olha só o que aconteceu com ele.
Companheiro,até que enfim o encontro.Não sei se leu minhas explicações sobre o imbróglio do Joel Briguilino.O dito cujo vivia aqui,dia sim,outro também a encher o saco de Nassif,até se descobrir que caricatura que o mangano trouxe para o Blog,em verdade era um disfarce desses que André Rapp deve tá usando mundo afora.Como vc sabe das qualificações de Nassifão para descobrir malfeitos,foi um tapa chegar no http://www.joelbrigulino.com.br,isto é,o sacripanta criou uma espécie de filial do Blog.sem o dono da Matriz saber.Dai eu,equivocadamente pensei tratar-se do senhor.Dito isso,o senhor me desculpe pelo.engano.Apesar do que fez Nassif gostava muito dele.Eram unha e cutícula.
Disse tudo. A Justiça, com jota maiúscula, que cumpre a letra da lei em favor dos réus, sejam quais forem as consequências, sempre existiu para os que têm mais poder de contratar grandes escritórios de advocacia. Desde que, nos dias de hoje, não se atrapalhem os desígnios políticos do “poder permanente’ que paira como um deus oculto sobre as Instituições. Para os pobres e desvalidos, como sempre, têm-se a justiça, com jota minúscula. Alheia, insensível, prepotente, que também segue a letra da lei. Mas contra.
Juiz reclamando pq trabalha demais. Sei … é só entrevistar os funcionários dos gabinetes e estagiários pra saber quem toca a Justiça no Brasil. Eu mesmo conheço um desses funcionário que trabalha feito louco pro juiz assinar e vai ser agora penalizado com a reforma do funcionalismo. O juiz vai continuar ganhando o mesmo e para aumentar seus rendimentos, que na minha cidade de 45 mil habitantes chega a 70 mil reais, assume comarcas vizinhas sem cuidar seriamente de nenhuma delas.
Dona Vera,não posso sequer duvidar do carinho que a Senhora sente por mim,eu pela Senhora.
Daí eu me atrever abrir um pouco seus olhos,para não cair na arapuca de Damares.
Posso lhe afirmar peremptoriamente que quem toca a justiça no Brasil não são os funcionários,estagiários,muito menos o bandolim de Nassifão.
Como é do seu conhecimento,já disponibilizei livros das minhas humildes estantes,para ajudar-te no que for preciso.Vou fazer mais.Aceite meu convite para vir até Salvador,e dar uma olhada,só olhada de como funciona a justiça bahiana.A Senhora vai tomar um susto,mas não se avexe que estarei ao seu lado.Se a Senhora inadvertidamente for até a cantina do Tribunal de Justiça da Bahia e solicitar uma água mineral para saciar a sede,e cair na asneira de pagar em real,pode até receber voz de prisão.É que nas dependências do Tribunal só circula euro ou doĺar.
Na porta do Tribunal fica um senhor que vive da caridade alheia.Se sua bondade fizer com que coloque alguma nota de real no chapéu dele,ele vai lhe dizer na lata que a Senhora não é daqui.
O Haiti é aqui.
Não demora e o Monstro do Haiti, se cerca de seus amigos subalternos e invadem alguma favela brasileira.
Clap, clap, clap! De pé.
Como diria o saudoso Paulo Nogueira.
Parabéns, Nassif.
O Haiti é aqui e ninguém se indigna com “Haiti”, só com Cuba e Venezuela. Os baixos índices de mortalidade infantil e analfabetismo de um e a soberania de ambos, deve incomadar muitas almas, sem alma e muitos capachos do Tio Sam.
Há uma história atribuída a Luis Carlos Prestes, em que ele contava que na Coluna Prestes, quando eles percorreram milhares de quilômetros pelo interior do Brasil e passaram por centenas de pequenas cidades, eles notaram que em raras delas havia escola e em nenhuma havia hospital, mas em todas havia uma cadeia com instrumentos de torturas.
Poxa vida, que revelador! Consegues a fonte desta informação?
Lamento, Fabiana, não tenho a fonte. Mas há muita bibliografia sobre a Coluna Prestes e há entrevistas do Luís Carlos Prestes até no YouTube.
Se eu descobrir alguma coisa, te aviso.
Não sei se Nassif lembra,visto que,esteve presente na Ceia de Cristo,de um comentarista esportivo de tempos de priscas eras chamado Geraldo Bretas.Pertencia a Rádio Bandeirantes,não tinha a intelectualidade de João Saldanha,mas era brabo talquei Saldanha. Para mandar um tomar no monossílabo,não tirava nem os óculos.Pois bem,vou encarna-lo.
Sinto dizer e constatar,não existe hoje na República Federativa da Roubolândia duas raças mais vagabundas,corruptas e sem vergonhas de que Médicos e Profissionais do Direito.Predonima nos togados,a maior roubalheira jamais vista em tempo algum.Começa na primeira Instância e vai tomar assento no STF.Nas dos médicos,não há diferença alguma no assunto gatunagem em todos os sentidos.Acresenta-se a esses últimos a prática de atos libidinosos sem consentimento,conhecido na marginalidade da vida como estupro.Disse ontem um comentarista que o Brasil é uma carniça.Tá parecendo mesmo.Só vejo gente andando pelas ruas com máscara no rosto.
Hipocrisia à flor da pele!!!! Primeiro, a classe média fez passeata dizendo que queria voltar para a Disney. Depois apareceu o aplaudido Guedes dizendo que era uma farra danada TODO MUNDO, inclusive nós, querendo viajar para a Disney, e complementou dizendo que até emprega doméstica queria ir para a Disney e foi muito aplaudido por isso, em plena FGV Agora estão fazendo um circo com a libertação de um traficante, como se o consumo de drogas não fosse cada vez maior e mais aberto em todas as classes sociais.(existem vídeos no Youtube, mostrando artistas, sobretudo os tais sertanejos, exibindo-se completamene embriagados e dopados) Imagina se um pobre pode comprar cocaína, que segundo se diz, é um preço absurdo.Segundo pesquisas realizadas, 40% do RJ é de alguma forma, dependente do tráfico de drogas.FODA-SE CLASSE MÉDIA
Pois é seu Nassif, é isto aí. Consumidores e pequenos distribuidores viraram os perigosos bandidos que as forças que protegem o cidadão de bem usam para se promover. Daí a pouco se lançam candidatos.
Os verdadeiros bandidos a muito já mudaram da favela. O crime organizado a muito já se instalou, os chefes moram em condomínios fechados. A máfia napolitana vende segurança a comerciantes, praticam extorsão, assassinatos sob encomenda, controlam o trafico de drogas e armas e chatageam os consumidores. No Brasil são chamadas, carinhosamente, de milícia.
A ação do PCC para controlar o tráfico na região sul matando o chefão paraguaio, foi uma ação com planejamento e execução militar. Seleção de armamento, dados de inteligência, recrutamento de mercenários e execução da ação sem deixar muitos vestígios mesmo com a ação sendo executada por centenas de pessoas. Coisa profissional. E a falta de repercussão de uma ação militar executada por criminosos na mídia e em algumas instituições, usualmente muito alarmadas com a violência, mostrou o nível de envolvimento real de instituições públicas na luta contra o crime. Aquele crime que faz drogas e armas aparecerem milagrosamente na favela.
Mas bandido é negro, favelado e vende 2 a 60 gramas de maconha, este sim dá audiência e elege os capitães do mato modernos. Nenhum deles deu um pio sobre a ação do pcc.
Antes de terminar o ano já temos destino certo para o Troféu Cagada do Ano.Por óbvio, pertence a Anarco Aurélio que sem querer querendo,imaginando que até a sua aposentadoria seria o engraçadinho da Corte,cometeu o maior erro de sua conturbada passagem pela aquela vespa de descarados,canalhas e corruptos.O Intercept Brasil até deu uma mãozinha a ele,em mais um capítulo da cachorrada lavajatista que envolve os Moros,os Dallaganois,as Globos,o Supremo com tudo,visto que,deu gás ao Caça ao Lula.O estrago de Anarco Aurélio foi grande e ainda vai render.Como estamos lidando com fogo,amanhã no Plenário da Suprema Vergonha,poderemos ter mais um show de cinismo ou a situação pode sair do controle.Tai seu Nassif e os menos afalbetizados políticos daqui,o que chamo de motivo de força maior.Se Anarco Aurélio sacar uma . 40,não sobra ninguém,mas não acredito,ele também tem contas a acertar com Deus.
Nassif, Nassif, os “cidadãos de bem” são a favor da tortura e do assassinato; são CONTRA a Lei, querem é castigo: ponto.
O preto, o pobre, o favelado, o periférico estão ferrados de qualquer jeito, com ou sem Lei. Pode escrever o que quiser e como quiser, aqui tem Lei que “pega” e Lei que “nao pega”, depende da cara do freguês.
Aí, adoram viajar para a Europa, pros EEUU; adoram contar historinhas de como lá são “organizados”, como tudo “funciona”…Chegam aqui de volta, viram “cidadãos de bem” de novo…
De que serviu o passeio?
Estranho, muito estranho. Que eu saiba, o ministro cumpriu a lei. Quem a descumpriu foi o juiz e o Ministério Público.
Justiça para rico e Justiça para pobre? Temos que acabar com essas analogias falsas. A Justiça é tão somente uma só, e a diferença de tratamento é prova de seu caráter fundacional: Justiça Racista, Classista e Obtusa. A Justiça que trata mal o pobre é a mesma que trata bem o rico.
Esse mesmo argumento, essa mesma lógica falsa, de que existem duas Justiças, uma que ataca pobres e outra que protege ricos – como o “bandido traficante” André do Rap e o “bandido ladrão” Luís Inácio Lula da Silva – ricos bandidos que devem ser encarcerados sem dó nem piedade, da mesma maneira que o pobre e preto sempre o são – independente dos erros da Justiça e do Ministério Público – servem apenas para “salvar o país dos comunistas, dos esquerdistas corruptos” e permitir a instauração de um regime de força.
Não à toa, o ataque à lei que embasou a decisão do ministro do STF, e o ataque ao próprio Marco Aurélio, permitiram retomar o debate da proposta de prisão em segunda instancia, usada unicamente para prender o Lula e milhares de outros pobres e pretos. Uma lei criada para a perseguição política ao Lula, ao PT e aos demais progressitas: PSOL, MTST, MST etc. Uma lei criada para permitir que o Temer, o Bolsonaro e suas turmas mandassem no país.
Não importam os erros do MP e do juízo de primeira instância. Não importam os erros processuais, a justiça deve ser feita, de preferência com as próprias mãos. Prendam os bandidos, cortem as cabeças!
E alguém aqui acredita que o Lula é o homem mais corrupto do Brasil (do mundo)? Alguém acha que o André do Rap é o maior traficante do Brasil (do mundo, diriam os bolsonaristas)? Se é assim, quem são os Perrella, quem é o Aécio Neves? Eles que nunca foram incomodados, mesmo depois de gravados admitindo “que sãos apenas traficantes”, aos risos? Traficantes que fazem leis, humhum…
Além das roupas e dos salões que frequentam, quais as diferenças entre eles, os pobres e os “ricos” André do Rap e Lula? Ah, sim, a diferença: talvez o fato de que, mesmo pegos em flagrante, nunca foram incomodados pela Justiça, tal como o foram, os pretos, os pobres, as putas e os petistas. Talvez só por isso. E qual a opinião deles, agora?
No fundo, tanto encarceramento preventivo interminável de pobres, principalmente pretos, é a maior hipocrisia da nossa parte que nos constrangemos cada vez mais com tanta gente mendigando nos semáforos da vida. No fundo, como sabemos não poder ajudar a tantos, melhor então que a PM o faça por nós….e daí, o que os olhos não veem o coração não sente né….. Falando sério: venha logo asteróide gigante fdp…..acaba com essa fábrica de desalento que se construiu em torno de nós.
É tudo uma grande enganação para tentar reavivar o camisa preta do Paraná.
É só ver a filial dita jornalística da emissora golpista para perceber isso. São 24 horas martelando esse assunto.
Agora será que esse sujeito era mesmo um chefão do PCC.? Dei uma busca na internet e não consegui nenhuma notícia relevante da captura desse sujeito,somente da soltura.
Evidentemente que se chegou a casa superior dos urubus togados não deve ser nenhum pé rapado.
Também,ao contrário do que possa parecer,ao estabelecer um padrão, pode sim vir a facilitar a vida dos menos favorecidos e,juízes não se atreverão a copiar e colar simplesmente, por mais ordinária que essa gente tenha se tornado.
De qualquer forma,vale a máxima brizolista e estou do lado contrário da emissora golpista.
Grama, com o sentido de peso é substantivo masculino. Grama, no sentido de mato rasteiro de jardim é substantivo feminino. Falou o revisor.