Ano escolar é flexibilizado, mas Bolsonaro veta apoio federal para redes de ensino

Governo segue ausente em ações voltadas à educação; escolas ficam dispensadas de cumprir calendário mínimo de dias letivos

Foto: Carolina Antunes/PR

Jornal GGN – Decreto sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na noite desta terça-feira libera as escolas de cumprirem o calendário mínimo de aulas do ano letivo por conta da pandemia, mas a previsão de apoio federal para as redes de ensino foi vetada pelo presidente.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro também vetou artigo que permitia o uso dos recursos federais de merenda para a distribuição de dinheiro, por meio de cartões, para as famílias carentes. O veto manteve a regra de uso do dinheiro apenas para a compra de alimentos.

O governo argumentou que as despesas superam os critérios orçamentários ou adicionais, e que o Orçamento de guerra não estabeleceu valor específico para a área da educação.

A decisão confirma que o governo Bolsonaro segue ausente em tomar iniciativas que deem algum tipo de suporte à educação, enquanto Estados e municípios seguem sem receber apoio federal financeiro ou técnico.

O Ministério da Educação (MEC) não criou uma linha de financiamento para dar suporte às redes – a MP chegou a sofrer mudanças no Congresso para ter essa previsão, mas Bolsonaro vetou tais trechos. Os vetos foram publicados na edição desta quarta-feira (19/08) no Diário Oficial da União.

 

 

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Redação

1 Comentário

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  1. Espero que esteja errado, mas, com tantas fake news, ataques contra o ensino em todos os níveis, contra pesquisas e pesquisadores, mentiras travestidas de ciência com maior amplitude do que a própria ciência, talvez tenhamos em breve uma geração de “imprestáveis”, para quem a escola não servirá mais pois não poderá acompanhar.
    Quanto mais se ampliam a estratégia de tensão, problemas pessoais, financeiros, de interpretação de mundo, em curto prazo, as pessoas talvez se tornem menos capazes de refletir e planejar o futuro. É uma lavagem cerebral.

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