Aragão sugere separar presos de 8 de Janeiro para “impedir doutrinação fascista” nos presídios

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Ex-ministro da Justiça defende que os presos sejam separados e distribuídos entre os presídios federais

Eugênio Aragão, jurista e ex-ministro da Justiça. Foto: Reprodução

O ex-ministro da Justiça Eugenio Aragão sugere que os bolsonaristas presos em 8 de Janeiro pela prática de atos terroristas contra os prédios dos três Poderes, em Brasília, devem ser separados e, se possível, distribuídos pelos presídios do País.

Segundo Aragão, é preciso separar os terroristas dos presos comuns “para impedir a disseminação da doutrinação fascista”.

Além disso, os golpistas também não devem ficar juntos. As autoridades precisam impedir que continuem a tramar contra o Estado Democrático de Direito.

“Vai ser necessário alocá-los em presídios espalhados pelo País, até para impedir que o sistema prisional do Distrito Federal fique sobrecarregado”, apontou.

Presídios federais

Ex-ministro da Justiça, advogado e professor da UNB, Aragão sustenta que há entre os golpistas figuras de “periculosidade tal, que se recomendaria serem confinados em presídios federais sob o regime em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)”, objeto da Lei nº 10.792, que alterou a Lei de Execuções Penais e o Código de Processo Penal no país.

Isso demanda, no entanto, um escrutínio mais detalhado de todos que foram presos em virtude dos atos de 8 de janeiro.

Número de presos

Estão presos por atos terroristas 1.398 pessoas. São 905 homens e 493 mulheres, com idades entre 18 e 74 anos. Homens de 36 a 55 anos são a maioria entre golpistas detidos. As investigações continuam e o número de prisões deve aumentar.

Nesta terça (17), os ministérios públicos e as justiças Federal e Distrital encerraram a realização de 1.410 audiências de custódia.

Entre prisões preventivas, liberdade provisória com cautelares e relaxamento de prisão, os procuradores e promotores encaminharam 1.408 pedidos ao Supremo Tribunal Federal, que dará continuidade aos processos.

Das prisões em flagrante, os procuradores da República fizeram 1.031 pedidos ao STF, sendo 728 de conversão em prisões preventivas, 289 de liberdade provisória com imposição de medidas cautelares diversas e 14 de relaxamento de prisão.

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2 Comentários

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  1. Corretíssimo. Sugiro assistir a distopia turca”Cabeça Quente” – que trata do contágio a outros pelos “disparates”, que são falas sem nexo. A transmissão da insanidade é pelo ar e pela fala…imagine..

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