Nesta terça-feira (17), Arthur do Val, mais conhecido como Mamãe Falei, ex-membro do MBL, teve seu mandato como deputado estadual cassado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) e ficou inelegível por 8 anos. Todos os 73 parlamentares presentes no plenário da casa aprovaram a punição.
A cassação ocorre após vazamento de áudios com falas misóginas e machistas de Do Val contra mulheres ucranianas refugiadas do conflito com a Rússia. Em março, ele esteve na fronteira da Ucrânia com a Eslováquia.
“[As mulheres ucranianas] São fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas ‘minas’, em dois grupos de ‘mina’. É inacreditável a facilidade. Essas ‘minas’ em São Paulo, você dá bom dia e ela ia cuspir na sua cara, e aqui são super simpáticas”, disse Mamãe Falei em trechos do conteúdo vazado.
Lideranças feministas no combate ao machismo
Logo após a aprovação da cassação, a também deputada estadual Isa Penna (PCdoB), enalteceu a importância de se combater o machismo. Vítima de assédio pelo deputado Fernando Cury, Isa Penna disse que, desta vez, a ALESP deu um “recado à altura”.
Penna já foi vítima de dois episódios machistas na ALESP. Ela foi apalpada na região dos seios pelo deputado Fernando Cury, que recebeu suspensão como punição. Por causa da repercussão, o colega na Assembleia paulista, Delegado Olim (PP), declarou que “ela teve sorte”, porque “vai se reeleger” por conta do incidente. Após entrar com representação contra Olim, Penna viu o pedido ser negado por seis votos de parlamentares homens.
A ex-deputada federal Manuela D´Ávila, que concorreu à presidência em 2018 na chapa de Fernando Haddad, também se manifestou nas redes sociais. “A política não pode ser espaço para machistas e misóginos”, declarou.
No PSOL, a deputada federal Sâmia Bonfim também comemorou a decisão.
O outro lado
Por meio de nota da assessoria do ex-líder do MBL, Mamãe Falei disse que “a decisão do plenário da Alesp deixa claro que foi promovida uma perseguição contra Arthur do Val e que o motivo principal não era o seu mandato, ao qual já renunciou, mas sim retirá-lo da disputa eleitoral deste ano”.
“A desproporção da sua punição fica evidente já que a mesma Casa foi branda em relação a casos muito mais graves, como o do parlamentar Fernando Cury, que apalpou os seios de uma deputada e foi suspenso por apenas seis meses”, continuou o documento.
Com a cassação do mandato de deputado estadual, Arthur do Val não poderá se eleger para nenhum cargo público nos próximos oito anos.
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A Cleptocraca destes 92 anos é fantástica. Comemora 2 Crimes, na ânsia de seu Projeto Totalitário e Ditador. A CENSURA e a CRIMINALIZAÇÃO da LIBERDADE. Para que Constituição?? Só quando interessa, nos viés e ângulo que interessa?? Enquanto isto tem Deputado que passa a mão numa Mulher e fica impune. Fica impune enquanto o Líder da Câmara o apóia e ainda afirma que a Vítima foi beneficiada pelo Ato, na mais absurda cumplicidade. Ou seja a NecroPolitica, a Cleptocracia não condena o CRIME enquanto AÇÃO, mas condena o Verbo pelo Verbo. Deputadas e Parlamentares comemoram o que? Serem usadas mais de uma vez??? Pobre país rico. Entendemos porque Berta Lutz não fez escola no Brasil. Mas de muito fácil explicação.