Ataques de Israel já mataram quase 100 jornalistas palestinos na Faixa de Gaza

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

No total, pelo menos 19.453 palestinos, a maioria crianças e mulheres, foram mortos e 52.286 feridos na ofensiva israelense

A última vítima foi o jornalista Adel Zorob, morto em ataques aéreos israelenses noturnos na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Foto: WAFA

Nesta terça-feira (19), autoridades palestinas divulgaram que o número de jornalistas palestinos mortos pelos militares israelenses desde o início da incursão sionista, em 7 de outubro, na Faixa de Gaza, aumentou para 97.

O gabinete de comunicação social do governo, com sede em Gaza, informou: “o número de jornalistas martirizados aumentou para 97 desde o início da brutal agressão [israelense] contra Gaza”.

Conforme a agências de notícias WAFA, a última vítima entre os jornalistas foi Adel Zorob, morto em ataques aéreos israelenses noturnos na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

“O jornalista que se dedica a transmitir as notícias tornou-se ele próprio a notícia”, disse Fuad al Lada para a WAFA, sobrevivente dos atentados em Rafah, que se dirigia precisamente para a casa de Zorub quando ocorreu o ataque.

Lada está em Rafah hospedado com familiares há 72 dias, quando o Exército Sionista o forçou a evacuar a sua casa em Hawa, no sudoeste da Faixa de Gaza, para esta área que deveria ser segura. “Somos civis indefesos, nenhum de nós é soldado”, lamenta sobre este ataque, no qual morreram os seus tios.

“Você acorda de madrugada e se vê coberto de escombros. O que você faz? Eu resgato minha mãe, meu irmão ou meu pai? Isso não é normal”, disse Lada. Ele não sabe para onde ir com toda a sua família – mais de 70 membros.

Mortes deliberadas

O gabinete palestino em Gaza acusou as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) de matar deliberadamente jornalistas palestinos com o objetivo de “apagar a verdade”.

Israel bombardeou a Faixa de Gaza por via aérea, impôs um cerco envolvendo interromper o acesso da população à alimentação e água potável e montou uma ofensiva terrestre em retaliação ao ataque perpetrado por uma facção da resistência palestina, o Hamas.

Desde então, um massacre está em curso: pelo menos 19.453 palestinos, a maioria crianças e mulheres, foram mortos e 52.286 acabaram feridos pelos ataques israelenses diários, segundo as autoridades de saúde de Gaza.

Com informações da Agência WAFA e TeleSur

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