Austrália cruza os braços diante da extradição de Assange para os Estados Unidos

Johnny Negreiros
Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.
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Austrália vem sendo pressionada a intervir na extradição de Assange para os EUA

Londres – Protesto contra a extradição de Julian Assange. Foto: Niklas Halle’n/AFP

Nesta segunda-feira (20), o primeiro ministro da Austrália, Anthony Albanese, negou que irá interferir no pedido de extradição de Julian Assange, dono do site Wikileaks, para os Estados Unidos.

Assange, cidadão australiano, estava refugiado na embaixada equatoriana em Londres. Porém, em 2019, o governo sul-americano entrou em acordo com os britânicos e ele foi preso.

Desde então, Reino Unido e Estados Unidos têm negociado a extradição do australiano. Na última semana, seu pedido americado foi aprovado pelo governo da Grã-Bretanha.

Assange é acusado de vazar dados sensíveis ao governo americano para o Wikileaks. Sua defesa tem 14 dias, desde a data da aprovação da extradição, para recorrer da decisão e impedir a viagem.

Para advogados e defensores de Assange, seu trabalho foi jornalístico e ele estava protegido pela constituição estadunidense. Porém, os Estados Unidos querem punir a exposição de dados sigilosos dos militares.

LEIA: Entidades jornalísticas defendem revisão de extradição de Assange

O líder autraliano Albanese vem sendo pressionado a intervir no caso. Porém, isso não vai acontecer.

“Eu quero conduzir um governo que seja diplomático e apropriado com nossos parceiros”, declarou Anthony Albanese.

Os Estados Unidos são o terceiro maior parceiro comercial da Austrália, que exportou mais de 11 bilhões de dólares aos EUA em 2021, segundo o Observatório de Complexidade Econômica.

Para a esposa de Julian, Stella Assange, o dono do Wikileaks está sendo perseguido por divulgar abusos de poder e crimes de guerra.

“O único objetivo aqui é libertar Julian, porque isso está acontecendo desde 2010. Ele está preso há três anos e esse processo é uma piada”, declarou Stella.

Advogados apelarão

Os representantes legais de Julian Assange vão contestar a decisão na justiça americana, o que deve alongar o caso por meses ou até anos.

Com informações da Associated Press

Johnny Negreiros

Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.

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