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O governo britânico assinou nesta sexta-feira (17/06) a ordem que autoriza a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, sob o argumento de que os tribunais do Reino Unido não entenderam que a medida seria injusta ou incompatível com os direitos humanos.
Os Estados Unidos querem julgar Assange por vazar documentos obtidos com a ex-oficial de Inteligência Chelsea Manning, que mostravam irregularidades das forças americanas no Iraque e no Afeganistão.
Tais documentos, que foram publicados no site WikiLeaks e reproduzidos pela mídia internacional, levaram Assange a responder por 17 acusações sob a Lei de Espionagem e uma acusação sob a Lei de Fraude e Abuso de Computadores, que combinadas podem levá-lo à prisão por até 175 anos.
Em nota oficial, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) somam-se às Federações Europeia (EFJ) e Internacional de Jornalistas (IFJ) e classificam a decisão como um duro golpe contra a liberdade de imprensa.
Para as entidades, “a decisão pode estabelecer um precedente perigoso a ser aplicado a qualquer jornalista, meio de comunicação ou fonte, em qualquer lugar do mundo, que publique notícias baseadas no vazamento de informações de interesse público”.
Além de instar os governos da Austrália e do Reino Unido, as entidades “conclamam todos/as os/as jornalistas a apoiarem Julian Assange e a defesa intransigente do exercício profissional. O jornalismo e os/as jornalistas não podem ser criminalizados!”
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E a “valente” mídia porcorativa brasileira, nem um pio. Cadê a ANJ, ABERT e outros clubes de chá semelhantes que adoravam se vitimizar face a hipotéticos ataques “lulopetistas” à “liberdade DA imprensa”? E a SIP que se esgoelava contra a tal “propaganda chavista”? Devem estar ocupados penteando macacos, procurando “contadores ligados a Lula” ou quiçá até tirando chatos do Biden da boca.