
Jornal GGN – As negociações da bolsa de valores brasileira continuam a ser influenciadas pelas incertezas geradas pela pandemia de coronavírus, mesmo depois das diversas medidas anunciadas pelo governo federal para tentar amenizar os efeitos sobre a economia.
O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou o dia em alta de 2,15%, aos 68.331 pontos e com um volume negociado de R$ 34,502 bilhões.
Mesmo após as medidas anunciadas pelos Bancos Centrais para combater uma eventual recessão econômica, a preocupação entre os analistas do mercado financeiro passou a ser a queda no número de infectados e a descoberta de uma vacina que seja eficiente.
E a busca por essa cura explica a euforia do presidente norte-americano Donald Trump com relação ao uso de um medicamento já usado no tratamento da malária. Em pronunciamento, ele chegou a pedir à FDA (a agência norte-americana responsável por alimentos e medicamentos) que os processos para o desenvolvimento de tratamentos sejam acelerados.
Outra medida tomada para reduzir o pânico foi o anúncio da abertura de linhas de swap entre o Federal Reserve e outros nove bancos centrais pelo mundo, incluindo o Brasil, como forma de garantir liquidez em dólares.
Os agentes também repercutiram a decisão anunciada pelo Banco Central após o fechamento de ontem, quando decidiu pelo corte da taxa básica de juros em 0,50 ponto, para 3,75% ao ano.
No câmbio, a cotação do dólar comercial operou em queda na maior parte do dia, e encerrou as operações em baixa de 1,80%, chegando a R$ 5.102 na compra e R$ 5.104 na venda. A moeda registrou sua maior queda percentual diária em um período de 17 meses.
As negociações foram marcadas pela atuação do Banco Central no dia – entre operações de dólar à vista e linhas de recompra, o BC injetou US$ 2,635 bilhões no mercado.
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Volto a dúvida e o clima de tensão e desespero, que acontece por conta da pandemia em erupção no planeta, possivelmente faz com que a Bolsa de Valores trabalhe dentro de um clima ansiedade, raciocínio e comportamento totalmente atípico e não compatível com a tensão cotidiana que comumente visita os pregões, em todo mundo. É impossível comparar a absurda diferença entre uma situação, em relação à outra. Ganhar ou perder faz parte de quem quer correr o grande risco que o investimento na Bolsa de Valores oferece ao investidor e ninguém é enganado, visto que a própria unanimidade dos investidores ratifica o conselho tão propagado, de que “investir na Bolsa é coisa para profissionais”. Todavia, não há como perguntar se: é justo e profissional a Bolsa de Valores permitir que investidores e/ou empresas corram o risco de sofrer sérios e até fatais prejuízos, sem que tenham feito ou participado de qualquer operação, em um pregão que foi totalmente invadido por um irreal, irracional e anti-profissional clima de final dos tempos, ainda que se tenha a opção de acionar o circuit breaker? Seria possível simplesmente não realizar pregões enquanto o irreal invasor não fosse exterminado?