Bolsa perde 14,78%, em maior queda desde 1998

Operações foram marcadas por duas paradas temporárias; cotação do dólar chegou a bater o recorde de R$ 5, mas fechou o dia em R$ 4,78

Bolsa brasileira segue mercado externo e fecha em forte queda, com preocupação sobre coronavírus e cenário doméstico. Foto:: Reprodução

Jornal GGN – O mercado brasileiro encerrou a quinta-feira em forte queda após duas paradas temporárias, em dia marcado pela tensão gerada pela pandemia do coronavírus , somado às incertezas com o cenário doméstico.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou o dia em queda de 14,78%, aos 72.582 pontos e com um volume negociado de R$ 30,307 bilhões. O índice fechou o dia com a maior queda percentual registrada desde setembro de 1998, período marcado pela crise financeira da Rússia.

As negociações no mercado financeiro foram interrompidas duas vezes por conta do circuit breaker, mecanismo automático que interrompe os negócios em dia de grande instabilidade.

A bolsa não tinha suas operações suspensas desde 2008, mas esta foi a primeira vez na história em que as operações foram suspensas em três dias da mesma (hoje, segunda e quarta).

Em linhas gerais, os negócios foram diretamente afetados pelo anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de restringir as viagens da Europa (exceto Reino Unido) para os Estados Unidos pelos próximos 30 dias a partir de amanhã, o que aumentou as preocupações sobre o impacto do coronavírus.

No mercado cambial, a cotação do dólar comercial bateu seu recorde ao superar a marca de R$ 5 pela primeira vez na história logo no começo do dia. Ao final dos negócios, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,38%, a R$ 4,7857 na venda – a nova máxima histórica para um encerramento de operações.

O Banco Central brasileiro chegou a realizar quatro leilões de dólar à vista para conter a volatilidade da moeda. No cenário doméstico, também houve piora na percepção fiscal devido à derrubada do veto de um projeto de lei que aumenta os gastos com programas sociais.

 

(com informações do UOL e Reuters)

Redação

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