Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, usaram suas redes sociais para criticar a Argentina, que legalizou o aborto até a 14ª semana de gestão.
As manifestações foram feitas via Twitter. Araújo compartilhou a reprodução de uma notícia do jornal El País, e afirmou que o Brasil “permanecerá na vanguarda do direito à vida e na defesa dos indefesos”
O Brasil ?? permanecerá na vanguarda do direito à vida e na defesa dos indefesos, não importa quantos países legalizem a barbárie do aborto indiscriminado, disfarçado de “saúde reprodutiva” ou “direitos sociais” ou como quer que seja. pic.twitter.com/Y2UgvvviXl
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) December 30, 2020
Bolsonaro disse lamentar pelas vidas das crianças argentinas, “agora sujeitas a serem ceifadas no ventre de suas mães com anuência do Estado”.
“No que depender de mim e do meu governo, o aborto jamais será aprovado em nosso solo”, disse.
– Lamento profundamente pelas vidas das crianças argentinas, agora sujeitas a serem ceifadas no ventre de suas mães com anuência do Estado. No que depender de mim e do meu governo, o aborto jamais será aprovado em nosso solo. Lutaremos sempre para proteger a vida dos inocentes!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 30, 2020
A sessão que aprovou a autorização do aborto na Argentina durou 12 horas e terminou em 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção. Com isso, a Argentina se torna o primeiro grande país da região a permitir a prática, antes só possível em Cuba, no Uruguai, na Guiana e em partes do México.
No Brasil, o artigo 128 do Código Penal autoriza o aborto “se não há outro meio de salvar a vida da gestante” e no caso de gestação resultante de estupro, desde que com o consentimento da vítima.