
Em passagem por Pelotas (RS) nesta terça-feira (11), o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) escalou mais um pouco o tom golpista contra as eleições e, desta vez, incitou a formação de cerco de apoiadores de extrema-direita às seções eleitorais no segundo turno.
“No próximo dia 30, de verde e amarelo, vamos votar. E mais do que isso: vamos permanecer na região da seção eleitoral até a apuração do resultado”, disparou Bolsonaro à sua militância.
A ideia de Bolsonaro é uma afronta à legislação e pode configurar crime eleitoral. No dia da votação, o Tribunal Superior Eleitoral NÃO proíbe que eleitores manifestem sua preferência por quem quer que seja usando adesivos, camisetas ou outros adereços. Porém, está vedada a aglomeração de eleitores com vestes padronizadas antes da votação se encerrar, às 17 horas de Brasília.
“É permitido usar camiseta de candidatas e candidatos, desde que a eleitora ou o eleitor não distribua a vestimenta a outros, bem como não participe de aglomerações de pessoas com vestes padronizadas, nem de manifestações coletivas e/ou ruidosas. Quem estiver usando blusas com referência a alguma candidatura também não pode abordar, aliciar e usar qualquer método para tentar persuadir ou convencer outros eleitores“, informa o site oficial do TSE.
O discurso de Bolsonaro converge com a estratégia de sua campanha no segundo turno, de provocar intimidação no eleitorado de Lula. Além disso, coloca em xeque, mais uma vez, a lisura do processo eleitoral e a segurança das urnas, ao insinuar que Lula não tem votação expressiva porque não ostenta apoiadores nas ruas.
“Como pode aquele cara [Lula] ter tantos votos se o povo não está ao lado do mesmo?”, questionou Bolsonaro em Pelotas.

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