Calote ao banco dos BRICs gera críticas de Rodrigo Maia

Presidente da Câmara dos Deputados chama governo Bolsonaro de “incompetente” após divulgação de nota do Ministério da Economia

O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Foto: Reprodução

Jornal GGN – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apontou o governo de Jair Bolsonaro como “incompetente”, após divulgação de nota do Ministério da Economia.

A pasta comandada por Paulo Guedes atribuiu ao Congresso a responsabilidade pelo não pagamento de uma parcela no valor de US$ 292 milhões ao NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado Banco dos Brics).

“Para viabilizar esse atendimento, o Ministério da Economia encaminhou ofício ao Presidente da Comissão Mista de Orçamento, assim como ao Presidente do Congresso Nacional (Ofício SEI nº 589/2020/ME, de 14/12/2020, a fim de alterar o PLN 29 e suplementar as dotações para quitação de obrigações junto a organismos internacionais e integralização de cotas em bancos e agências internacionais de fomento. O PLN 29 era o único PLN de crédito suplementar que ainda estava em apreciação pelo Parlamento”, disse o Ministério, em nota.

“O PLN 29 foi convertido na Lei nº 14.111, de 24 de dezembro de 2020 e, mais uma vez, a solicitação feita não foi acatada pelo Congresso Nacional e os recursos foram remanejados pelo Parlamento para suplementar programações em outros ministérios”, afirma o Ministério.

Em suas redes sociais, Maia afirmou que a decisão tomada “é prática de um governo incompetente”, como é possível ver abaixo:

Ao não efetuar o pagamento, o governo brasileiro se tornou inadimplente com o banco e, conforme as regras em contrato, o NDB terá de comunicar a situação às agências de classificação de risco, aos parceiros internacionais e aos detentores de títulos do banco.

(com informações do portal UOL)

 

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Redação

3 Comentários

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  1. Ainda tem este, mas acabou por ser retirado do ar.

    https://veja.abril.com.br/blog/radar-economico/brasil-ja-deve-mais-de-us-71-bilhoes-a-bancos-de-fomento-em-2021/

    Brasil já deve mais de US$ 71 bilhões a bancos de fomento em 2021

    Membros do Ministério da Economia ficaram possessos com a classificação do não pagamento ao Banco dos Brics como um calote

    Por Victor Irajá, Felipe Mendes
    6 jan 2021, 14h17 – Publicado em 6 jan 2021, 14h33

    O governo federal já começou o ano endividado até o pescoço com bancos de fomento internacional. A União já deve ao menos 71 bilhões de dólares ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Só para o BIRD, são 66,9 bilhões de dólares devidos para a quitação de projetos como os da CPTM, do metrô de São Paulo, de 550 milhões de dólares, e para a recuperação de estradas, avaliado em 326 milhões de dólares. Ao BID, por exemplo, o governo federal deve 450 milhões de dólares pelos recursos empenhados na expansão da Linha 5 do metrô de São Paulo. As primeiras obrigações já deverão ser cumpridas no próximo dia 15 de janeiro.

    Membros do Ministério da Economia ficaram possessos com a classificação do não pagamento ao Banco dos Brics como um calote. Na avaliação de secretários do ministro Paulo Guedes, o atraso no pagamento da penúltima parcela de 292 milhões de dólares, como revelou o jornal O Estado de São Paulo, ao New Development Bank (NDB) se deu por culpa do Congresso Nacional. O Legislativo vetou o repasse para o cumprimento das obrigações, remanejando os recursos para emendas parlamentares. Na avaliação de membros da Economia, o atraso é natural e, apesar do motivo distinto, “acontece toda hora”. Aliás, não foi só para o NDB, presidido por Marcos Troyjo, ex-secretário de Comércio Exterior de Paulo Guedes, que o governo atrasou o pagamento. Dispêndios com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial também atrasaram recentemente.

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