Candidatas à Presidência atacam discurso machista de Bolsonaro no 7 de Setembro em Brasília

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Presidente e candidato à reeleição comparou Michelle com Janja e afirmou que homens solteiros devem procurar “uma princesa”

Foto: Alan Santos/PR

O discurso machista do presidente Jair Bolsonaro (PL) não só foi alvo de críticas nas redes sociais como também das candidatas à Presidência Soraya Thronicke (União Brasil) e Simone Tebet (MDB).

“Vamos convencer aqueles que pensam diferente de nós, vamos convencê-los do que é melhor para o nosso Brasil. Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas”, disse Bolsonaro ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“Não há o que discutir: (Michelle) é uma mulher de Deus, família e ativa na minha vida. Não é ao meu lado não. Muitas vezes ela está é na minha frente”, disse o presidente, em um comparativo da atual primeira-dama com Janja, esposa do ex-presidente Lula (PT).

“Eu tenho falado para os homens solteiros: para os solteiros que estão cansados de ser infelizes, procurem uma mulher, uma princesa, se case com ela para serem mais felizes ainda”, ressaltou o presidente, antes de puxar um coro de “imbrochável”.

No Twitter, Simone Tebet afirmou que Bolsonaro “mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil”, ressaltando sentir-se “envergonhada e desrespeitada” como brasileira e mulher.

“Além de pária internacional devido à falta de segurança e estabilidade política, agora o país também vira motivo de chacota pelas falas machistas do seu líder, que deveria dar exemplo”, ressaltou a candidata.

Já Soraya destacou que o presidente mostrou-se “divorciado do respeito à data”, e que um presidente “imbrochável” “não interessa ao povo brasileiro”.

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