
O chamado Caso Evandro, que ganhou projeção 31 anos depois graças ao trabalho investigativo do jornalista Ivan Mizanzuk, sofreu uma revisão criminal pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que entendeu que os acusados foram torturados para confessar. As fitas que gravaram as sessões de tortura foram trazidas à tona pelo jornalista, que virou parceiro da GloboPlay em uma série inédita.
Foram anuladas as condenações de Beatriz Abagge, Davi dos Santos Soares, Osvaldo Marcineiro e Vicente de Paula Ferreira. Eles foram acusados de envolvimento na morte do menino Evandro Ramos Caetano no início dos anos 1990. Outros réus tiveram a prescrição de pena. O advogado do caso, Antonio Figueiredo Bastos, afirmou em entrevista ao Conjur que a vitória na Justiça derruba 31 anos de uma fraude processual. Bastos falará sobre o caso, ao vivo, na próxima sexta-feira (17), às 18 horas, no canal TVGGN.
O placar da votação foi 3 votos a 2. Votaram a favor da revisão criminal os desembargadores Adalberto Jorge Xisto Pereira, Gamaliel Seme Scaff e Sérgio Patitucci. Ficaram vencidos os desembargadores Miguel Kfouri Neto e Lidia Maejima, que entenderam que as fitas precisariam ter passado por perícia para ser usadas no processo.
Após a decisão, acusados sob tortura podem pedir indenização por danos morais na esfera cível. Beatriz Abagge, que fez aparições na imprensa nesta semana, cobrou responsabilização dos torturadores.
Em 2020, a TVGGN entrevistou Ivan Mizanzuk sobre o caso das bruxas de Guaratuba. Clique aqui para assistir.
Leia também:

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.