
Jornal GGN – O jornal Clarín publicou uma reportagem sobre a trajetória de Alan García – ex-presidente do Peru que cometeu suicídio nesta quarta (17), após ter sua prisão decretada – afirmando que, em quase 4 décadas de vida pública, “foi a primeira vez que ele enfrentou dificuldades judiciais”.
Garcia deu um tiro na própria cabeça quando a polícia bateu na porta de sua casa com um mandado de prisão decorrente de investigações alimentadas por delações da Odebrecht. Desde o final do ano passado, o peruano estava proibido de deixar o País e chegou a pedir asilo político ao Uruguai, sem sucesso.
Nos últimos meses de vida, pesquisas mostraram que García se tornara o político mais impopular do Peru, com uma rejeição de 80%.
Em declarações mais recentes, ele reclamou que as investigações da Lava Jato peruana já haviam lhe tirado a liberdade.
Segundo o Clarín, seu primeiro mandato como presidente, entre 1985 a 1990, de caráter nacionalista, deixou a Nação “em uma profunda crise econômica e moral”.
Seu sucessor no governo, Alberto Fujimori, que ficou 10 anos no poder, impingiu à gestão de García uma série de delitos, mas as acusações “não deram em nada”, anotou o Clarín.
Sob o governo autoritário de Fujimori, García viveu no exílio e quando retornou ao Peru, as acusações levantadas pelo opositor já haviam prescrito.
Em 2006, García se reinventou como defensor do liberalismo e conseguiu vencer a eleição como “mal menor” para o povo peruano, tendo como principal concorrente no segundo turno o nacionalista militar Ollanta Humala, rejeitado pelo establishment por ser “identificado com o então presidente venezuelano Hugo Chavez.”
Apesar de encerrar a carreira política em baixa, García havia conseguido recuperar sua popularidade no segundo mandato, quando “adaptou-se à atual economia neoliberal, a qual renegara em seu primeiro governo, e conseguiu apagar as más lembranças que deixou”, afirmou o Clarín.
Mas de lá para cá, a Lava Jato peruana colocou a “sombra da corrupção” a “persegui-lo”, acrescentou o jornal.
García teve principalmente suas palestras e conferências ao redor do mundo criminalizadas pelos investigadores, que usaram uma delação da Odebrecht para transformar em fraudulento o recebimento de 100 mil dólares por um evento que ocorreu em São Paulo, em 2012.
Posteriormente, a acusação sustentou que García recebeu os recursos como contrapartida a contratos da Odebrecht por uma obra de trem na capital peruana.
O ex-presidente negava todas as acusações.
Leia o artigo completo do Clarín aqui.
Leia mais: A delação que levou o ex-presidente do Peru ao suicídio
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A mesma fórmula ridícula de assassinato de reputações e prisões sem provas foi exportada.
O poder judiciário na AL, historicamente foi conivente ou omisso com tudo o que houve e agora, podremente corrompido e em suas vestes negras da morte vai matando a justiça.
“Summum ius, summa iniuria” – o máximo do direito, o máximo da injustiça
Se matou por :
Ser inocente e teve vergonha da prisão ou , ser culpado e teve vergonha da prisão.
O fato , o cara se matou e tinha vergonha.