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Redação

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  1. O MAIOR ASSALTO À MÃO DESARMADA DO MUNDO

    Discutindo com um grupo de amigos a entrevista dada pela Dra. Maria Lucia Fattorelli ao DCM (Diário do Centro do Mundo), publicada ontem nesta coluna, ficamos pasmos com as colocações daquela pesquisadora:

    Comecemos pelo começo, ou seja, pela primeira pergunta feita pelo DCM:

    DCM – QUAL O OBJETIVO DA REFORMA?

    MLF- Qual é o objetivo da reforma?

    DCM – “O principal objetivo dessa reforma é introduzir um sistema de capitalização numa modalidade muito específica em que só o trabalhador contribui para uma conta individual e que não exige que as empresas participem. A participação patronal é colocada na PEC como uma ‘possibilidade’. É claro que essa possibilidade não vai acontecer porque se uma empresa contratar só pela capitalização o custo dela vai ser mais baixo. Até por uma questão concorrencial nenhuma empresa vai ser boazinha, pois o produto fica mais caro. O projeto ainda proíbe a participação governamental. Ou seja, é uma conta individual. CONSIDERANDO A VANTAGEM QUE TRARÁ PARA AS EMPRESAS, TODAS AS VAGAS QUE FOREM ABERTAS COLOCARÃO ESSA CONDIÇÃO DE CONTRATAÇÃO. Diante dessa crise fabricada pelo Banco Central, o trabalhador vai aceitar a proposta da vaga com opção pela capitalização. A partir daí não tem volta, terá que se aposentar na modalidade capitalização.

    DCM – A senhora tem dito que a reforma poderá quebrar o país caso seja aprovada. Por quê?

    MLF: “Vamos pegar um exemplo de um trabalhador desempregado que já teve carteira assinada e tenha contribuído durante 15 anos para o INSS. Ela não pode entrar zerada numa continha, pois ela já pagou, o INSS recebeu 15 anos de contribuição. É evidente que o Estado terá que fazer um aporte a essa conta individual.

    DCM – E é um universo grande…

    MLF – Enorme, estamos falando de cerca de 60 milhões de brasileiros que estão na informalidade ou desemprego. No Chile, que implantou esse modelo e que tem um contingente de trabalhadores muito menor que o Brasil, o custo dessa transição foi de 136% do PIB. Esse parâmetro aqui – e arrisco que será mais – estamos falando de mais de R$ 9 trilhões. Quem vai pagar isso? É impagável. Por isso falo que ao contrário do que o governo diz, se aprovar a PEC 6/2019 o Brasil quebra.”

    DCM – Além do Chile, outros 29 países já testaram a capitalização e quase todos se arrependeram. Quanto tempo demora para sentir o impacto da mudança?

    MLF – “Há um estudo da Organização Internacional do Trabalho que analisou os 30 países que enveredaram por essa modalidade de capitalização e ali compreende-se que 18 já voltaram atrás e os 12 restantes estão entrando em colapso, estudando formas de sair. O Chile, que na época recebeu muitos elogios do FMI e do Banco Mundial por ter adotado o sistema, reimplantou a previdência única para dar algum amparo a seu povo já que 80% dos idosos recebem menos de meio salário mínimo. Ouvimos um representante chileno aqui na Frente Parlamentar da Previdência no Congresso Nacional e seu depoimento foi dramático. Aposentados chilenos estão precisando optar entre morar, ou comer, ou comprar remédios. O Chile tornou-se campeão de idosos indigentes pelas ruas, gente que era de classe média e que contribuiu a vida inteira. O número de suicídios entre eles é alto.”

    MLF – “Há um estudo da Organização Internacional do Trabalho que analisou os 30 países que enveredaram por essa modalidade de capitalização e ali compreende-se que 18 já voltaram atrás e os 12 restantes estão entrando em colapso, estudando formas de sair. O Chile, que na época recebeu muitos elogios do FMI e do Banco Mundial por ter adotado o sistema, reimplantou a previdência única para dar algum amparo a seu povo já que 80% dos idosos recebem menos de meio salário mínimo. Ouvimos um representante chileno aqui na Frente Parlamentar da Previdência no Congresso Nacional e seu depoimento foi dramático. Aposentados chilenos estão precisando optar entre morar, ou comer, ou comprar remédios. O Chile tornou-se campeão de idosos indigentes pelas ruas, gente que era de classe média e que contribuiu a vida inteira. O número de suicídios entre eles é alto.”

    DCM – O economista Eduardo Moreira fez uma conta e, segundo ele, nos próximos 20 anos a carga ficará somente para os mais pobres, aprofundando ainda mais a desigualdade.

    MLF – “Isso. Na própria PEC há um documento chamado ‘Exposição de Motivos’. Isso é obrigatório, está lá, assinado pelo Paulo Guedes. Nesse anexo tem uma tabela que mostra de onde vai sair o R$ 1,2 trilhão que ele quer economizar. R$ 715 bi sairão do Regime Geral de Previdência que é onde estão as pessoas que recebem até 2 salários mínimos. Imensa maioria. Outros R$ 182,2 bi sairão do BPC que é pago a idosos miseráveis e deficientes físicos. Mesmo abatendo a redução da alíquota, isso representa mais de R$ 800 bi dos mais pobres. Mais de 70%. Então é mentira de que essa PEC será para combater privilégios.”

    DCM – Por que é preciso essa economia?

    MLF – “Esse pessoal que mente muito tem hora que deixa escapar uma verdade. Na posse do presidente do Banco Central ele disse com todas as letras que esse trilhão é para impulsionar a transição para o esquema de capitalização. Afirmou: ‘É pra isso que a gente precisa de um trilhão’. Então não vamos nos iludir, a proposta dessa PEC é implantar o sistema de capitalização. Mas é uma transição cara e, portanto, eles precisam de um trilhão logo de saída.”

    DCM – Mas existe um déficit ou não?

    MLF – “Quem fala em déficit nunca leu o artigo 195 da Constituição Federal. O modelo que temos não é de uma previdência isolada. É um sistema integrado que junta previdência, assistência e saúde. É uma seguridade social. Para se trabalhar é preciso ter acesso à saúde. Nossa previdência é para garantir uma assistência àqueles que estão à margem e para garantir uma aposentaria digna para aqueles que já cumpriram sua idade laboral. Além dos benefícios para todas as situações de vulnerabilidade: doença, invalidez, maternidade, desemprego, na orfandade. Nosso modelo é maravilhoso. A reforma que precisamos seria para melhorar isso.”

    DCM – Não tem déficit?

    MLF – “Desde 1988, promulgação da Constituição, até 2015 o conjunto de contribuições sociais que está previsto no artigo 195 foi mais do que suficiente para pagar as despesas com previdência. E o governo nem precisou participar com orçamento fiscal. A partir de 2016 o governo precisou pagar, mas isso está previsto na Constituição Federal! Então a história do déficit tem vários erros. O primeiro, abusivo, é quando se pega somente a contribuição da classe trabalhadora e da folha paga pelo empregador e esse total contribui com toda a despesa da previdência. Que conta é essa? Essa conta não tem amparo na CF. O segundo erro é afirmar que existe déficit na seguridade, ignorando que a CF prevê a participação do orçamento público.”

    DCM – Se está previsto que deve completar, não pode ser considerado déficit. Entendi. E sempre teve sobras?

    MLF – “Até 2015, sim. Durante vários anos sobraram mais de R$ 80 bi.”

    E onde foi parar isso?

    “É desviado por meio da DRU (Desvinculação da Receitas da União) e vários outros mecanismos para cumprir a meta de superávit primário e pagar juros da dívida pública que nunca passou por uma auditoria integral. Esse é o rombo que amarra o Brasil. Durante 20 anos, de 1995 a 2015, produzimos mais de R$ 1 trilhão de superávit primário. E NESSE MESMO PERÍODO A DÍVIDA INTERNA SALTOU DE R$ 86 BI (bilhões) PARA R$ 4 TRI (trilhões).

    DCM – O que fez a dívida explodir?

    “Não foi gastança com servidor público, nem com a previdência, como diz o governo apoiado pela grande mídia que se locupleta desse sistema da dívida. O QUE FAZ EXPLODIR SÃO OS MECANISMOS QUE GERAM DÍVIDA
    E CRISE, assim o estoque da dívida aumenta, mas o dinheiro não chega no orçamento para que sejam feitos os investimentos necessários ao desenvolvimento socioeconômico. É um esquema que paga os maiores juros do planeta e evita que o dinheiro chegue ao crédito.”

    DCM – Como se muda isso?

    MLF – “Precisamos ter em mente que todo ano que alcançávamos superávit primário produzíamos um déficit nominal graças aos juros da dívida, ao custo financeiro, COMO A REMUNERAÇÃO DA SOBRA DE CAIXAS DOS BANCOS, O QUE É UM ABSURDO. A principal causa da quebra de empresas dos últimos anos foi a falta de acesso a crédito e isso levou milhões de brasileiros ao desemprego. Daí, empresa quebrada e trabalhador desempregado não pagam impostos. Quem ganha com isso? Só a cúpula dos mercados financeiros. Precisamos sair da caverna de Platão.”

    https://www.diariodocentrodomundo.com.br/se-fizer-a-reforma-o-pais-quebra-diz-maria-lucia-fattorelli-sobre-a-pec-da-previdencia/

    Em vídeo postado anteriormente nesta coluna, Maria Lucia Fattorelli mostra quais são os mecanismos de transferência dos impostos dos contribuintes brasileiros para o bolso dos BANQUEIROS. Mas o principal deles é sem dúvida A REMUNERAÇÃO DA SOBRA DE CAIXAS DOS BANCOS, MAIOR ASSALTO A MÃO DESARMADA DE TODOS OS TEMPOS AO CONTRIBUINTE BRASILEIRO. Nesse caso, quem remunera os bancos é o Banco Central, com dinheiro dos nossos impostos. Ou seja, emprestando ou não dinheiro, os banqueiros enchem o rabo da mesma forma, pois a escassez de crédito permite a cobrança de juros escorchantes sobre aquela pequena parcela do crédito emprestada diretamente aos consumidores. E as sobras de caixa são remuneradas pelo Banco Central pela taxa selic em vigência, com o dinheiro que nós, brasileiros trouxas, pagamos de impostos.

    E eu volto a velha frase de Bertholt Brecht : “O que é o crime de assaltar um banco comparado com o crime de fundar um banco?” Brecht já está morto, mas se vivesse hoje no Brasil ele optaria pelo assalto. Mas ele precisaria considerar que a polícia de todos os países do mundo é 100% a favor dos banqueiros.

    SOCORRO!!!

  2. Para a Lava Jato, o problema não é a sintonia fina, feita não de moda institucional mas pessoal, entre judiciário e o Ministério Público. O pobrema é a descontextualização das trocas de mensagens.

  3. O eventual arrombador do apartamento em que a Najila Mora é profissional: não deixou impressões digitais. Nada que uma luvinha básica não resolva.

  4. OS COMERCIANTES NÃO QUEREM MAIS VENDER OS SEUS PRODUTOS À VISTA COM DESCONTO. POR QUÊ?

    Você quer comprar um refrigerador e pergunta pelo preço ao vendedor.

    Suponhamos que ele fale R$ 2.000,00 (dois mil reais)

    – E a vista? – você pergunta
    -Tanto faz à vista como em 10 prestações. O preço é o mesmo – ele responde.

    E o comprador raciocina: como à vista é o mesmo preço de a prazo, eu vou comprar a prazo.

    Como pode ser isto?

    Isso é uma imposição do BANCO que financia a compra por aquela loja. Porque nesse preço (R$ 2.000,00) está embutida um taxa elevadíssima de juros.

    No final, o consumidor é quem se lasca.

    Mas sai da loja morrendo de feliz por achar que está comprando o refrigerador a prazo pelo preço de à vista.

    E o Banco Central, a boca de fumo dos banqueiros, não está nem aí para este tipo de transação inescrupulosa.

    Acorda, Brasil!

  5. Brasil é “governado” por canalhas
    Xavier: abaixo Bolsonaro, Moro e a quadrilha que assalta o país

    Publicado em 10/06/2019 no Conversa Afiada

    O Conversa Afiada publica sereno (mais do que nunca!) artigo de seu colUnista exclusivo Joaquim Xavier:

    Não há mais dúvidas. A extensa documentação do The Intercept, reproduzida pelo Conversa Afiada, mostra que o Brasil foi tomado de assalto.

    Sérgio Criminoso Moro não passa disso. Um criminoso. O procurador tal dal alguma coisa é outro. Ambos, com a ajuda de todos que conhecemos, montaram uma operação para pilhar dezenas de milhões de brasileiros.

    Gente que morre à míngua nas esquinas de fome, frio, miséria.

    O Brasil, espero, não é uma republiqueta de bananas como esta gang desejaria. Embora a “elite” nativa lute como nunca para sempre se fantasiar de aristocrata pronta a beijar a mão de um Eisenhower, Kennedy, Trump.

    Já há algum tempo ignoro solenemente qualquer envio dos chamados órgãos oficiais, bancos graúdos e cia. Rasgo sem ler. Desde o golpe de 2016 não reconheço governo de fato e de direito neste país. Muito menos “Justiça”. O STF, ressalvadas as exceções de praxe, virou uma cesta de lixo institucional.

    Nem todo brasileiro considera que pode agir do modo como atuo. Sei disso e entendo. A pressão de redes Globo e coadjuvantes é sufocante. Mas conheço o suficiente deste mundo para identificar a latrina em que seus chefes se acostumaram a operar. Que fiquem nela e deixem o povo brasileiro fora disto.

    Joaquim Xavier

    https://www.conversaafiada.com.br/politica/brasil-e-governado-por-canalhas

    E bota canalhas nisso. Vamos chegar a uma greve por tempo indeterminado. E durante essa greve temos que estabelecer uma pauta mínima de reivindicações. Antecipo-me fazendo uma sugestão em termos de pauta:
    1 – Não à reforma da previdência do banqueiro Paulo Guedes (envolvido em escândalo de corrupção)
    2 -Lula livre
    3- Cassação imediata do governo corrupto de Jair Bolsonaro
    4 – Eleições diretas para todos os cargos eletivos.

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