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As matérias para serem lidas e comentadas.

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Redação

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  1. LEANDRO KARNAL: CORRUPÇÃO NA DEMOCRACIA X CORRUPÇÃO NA DITADURA

    E para aqueles que ainda acreditam em Papai Noel, perguntem aos militares porque eles não aceitam a reforma da previdência do Paulo Guedes para eles, os militares, mas querem enfia-la goela abaixo da sociedade civil.

    Leandro Karnal em vídeo: https://youtu.be/iGWzsCMMKdc

  2. CORRUPÇÃO: SÓ NÃO APARECE QUANDO OS CORRUPTOS E A REDE GLOBO ESCONDEM

    Em parceria, Folha e Intercept revelam novos crimes de Moro e Dallagnol
    Pacote de mensagens aponta que Sergio Moro e Deltan Dallagnol atuaram em sintonia no episódio do grampo ilegal da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, que foi vazado para o Jornal Nacional e foi determinante para o golpe de 2016, que abriu espaço para a ascensão da extrema-direita no Brasil

    23 de junho de 2019, 05:03 h Atualizado em 23 de junho de 2019, 05:13
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    247 – “Procuradores na linha de frente da Operação Lava Jato se articularam para proteger Sergio Moro e evitar que tensões entre ele e o Supremo Tribunal Federal paralisassem as investigações num momento crítico para a força-tarefa em 2016”, aponta a primeira reportagem decorrente da parceria entre a Folha de S. Paulo e o The Intercept. “O objetivo era evitar que a divulgação de papéis encontrados pela Polícia Federal na casa de um executivo da Odebrecht acirrasse o confronto com o STF ao expor indevidamente dezenas de políticos que tinham direito a foro especial — e que só podiam ser investigados com autorização da corte.”

    Moro e Dallagnol temiam que o ministro Teori Zavascki desmembrasse os inquéritos que estavam sob controle de Moro em Curitiba, uma vez que atingiam políticos com foro privilegiado. “Tremenda bola nas costas da Pf”, disse Moro. “E vai parecer afronta”. Moro também se referiu à palavra ‘lambança’, ao se referir ao erro da PF.

    “Saiba não só que a imensa maioria da sociedade está com Vc, mas que nós faremos tudo o que for necessário para defender Vc de injustas acusações”, respondeu Dallagnol, sobre o fato de Moro ter em seu poder dados sobre pessoas com foro privilegiado.

    Nesta primeira parceria, Folha e Intercept mostram que o juiz deve se manter equidistante entre acusação e defesa – e não atuar como uma das partes. O que as mensagens revelam é que Moro foi chefe da acusação em toda a Operação Lava Jato.

    https://www.brasil247.com/poder/em-parceria-folha-e-intercept-revelam-novos-crimes-de-moro-e-dallagnol

    A propósito, quem terá matado o Teori Zavascki?

  3. PARA QUEM ACREDITA QUE OS MILITARES NÃO SE METEM EM CORRUPÇÃO

    10 escândalos de corrupção da ditadura militar, abafados pelas Forças Armadas

    O general Hamilton Mourão ameaçou uma intervenção militar “caso o Judiciário não limpe a política da corrupção”. Qualquer conhecedor da história brasileira sabe que as Forças Armadas estão tão próximas da corrupção como o pus da ferida.

    10 escândalos de corrupção da ditadura militar, abafados pelas Forças Armadas

    Segunda-feira 25 de setembro de 2017

    O general Hamilton Mourão ameaçou uma intervenção militar “caso o Judiciário não limpe a política da corrupção”. Qualquer conhecedor da história brasileira sabe que as Forças Armadas estão tão próximas da corrupção como o pus da ferida. Se quiséssemos ilustrações recentes, basta olhar para o Pará: neste último 21/9, como mostra o G1, o Superior Tribunal Militar (STM) condenou o coronel do Exército, Carlos Alberto Paccini Barbosa, e mais seis pessoas – um ex-tenente e cinco civis -, por envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro público em obras que estavam sob a responsabilidade do 8º Batalhão de Engenharia de Construção (8º BEC), quartel do Exército sediado em Santarém.

    Em primeiro lugar, deram origem a figuras tão “íntegras” como Paulo Maluf, Antônio Carlos Magalhães e José Sarney, durante a ditadura militar. A ditadura militar no Brasil, ainda, deu o ponta pé inicial para o enriquecimento abrupto das grandes empreiteiras como a Odebrecht, sempre envolvida em esquemas de corrupção (como mostramos aqui). Mas além disso, podem-se enumerar dezenas de conhecidos casos de corrupção na ditadura militar, que desabilita os “cérebros das casernas”, como Mourão, a falar sobre “limpeza de ilícitos” numa instituição impregnada de escândalos.

    1. Hidrelétrica de Itaipu
    A maior produtora de energia elétrica do mundo provavelmente também foi a obra em que mais se desviou verba pública durante o regime militar. Em 1979, o embaixador José Jobim foi encontrado morto com uma corda no pescoço. Sua filha afirma que uma semana antes ele estava na posse de João Figueiredo e havia anunciado que escreveria um livro sobre a corrupção na construção da usina. Jobim participou do empreendimento indo ao Paraguai para negociar as turbinas com a empresa Siemens.

    Sinais de sangue nas roupas e os pés encostados no chão, mas o investigador concluiu que teria sido “suicídio” sem sequer abrir o inquérito. (Leia a fonte aqui.)

    2. Paulipetro

    “Rouba mas faz” foi o slogan de ninguém menos que Paulo Maluf, que teve empresa criada para a perfuração de petróleo enquanto foi governador de São Paulo. Depois de perfurados 69 poços, constatou-se que não havia petróleo algum e que R$ 4 bilhões foram gastos na “empreitada”. Belo presente da ditadura militar, tão aclamada pelos saudosistas dos coturnos e uniformes verde e amarelo, proporcionou à política brasileira.

    3. Ponte “Costa e Silva” (Rio-Niterói)

    O primeiro grande empreendimento faraônico dos militares, a Ponte Rio-Niterói demorou 5 anos para ser entregue e passou por dois consórcios diferentes. O general Costa e Silva, que “humildemente” deu o próprio nome à ponte, licitou a Construtora Ferraz Cavalcanti, a Construtora Brasileira de Estradas, a Empresa de Melhoramentos e Construções S.A. e a Servix Engenharia S.A, que entregariam a obra por 238 milhões de cruzeiros em 1971.

    Com o atraso nas obras e inúmeros acidentes que levaram a morte de muitos operários, o ministro dos Transportes, Mário Andreazza, da alta cúpula das obras faraônicas dos militares, adiou a inauguração e entregou a obra para a Camargo Corrêa, Mendes Júnior e Construtores Rabelo Sérgio Marques de Souza.

    Segundo O Globo, a obra terminou custando US$ 674 milhões de dólares na época. Já segundo a Istoé, o empreendimento teria ficado em R$ 5 bilhões. Difícil saber o número exato quando os militares escondem as informações e censuram a imprensa.

    Médici passeia com Andreazza na ponte no Rolls Royce presidencial, A opulência dos militares daria inveja em muitos políticos de hoje- Fotos Acervo Globo

    4. Delfim Neto e a Camargo Correa
    Delfim Neto foi ministro da Fazenda durante o governo Costa e Silva, Médici, embaixador na França durante o governo Geisel e ministro da Agricultura no governo Figueiredo.

    Sobre ele pesam as suspeitas, também abafadas pela censura e pelo encobrimento de tudo o que ocorreu durante os governos militares, de ter facilitado a Camargo Correa na construção de outras duas hidrelétricas, de Água Vermelha (MG) e de Tucuruí. As denúncias foram publicadas em no livro “Ditadura Acabada” de Élio Gaspari.

    A hidrelétrica de Tucuruí, no projeto US$ 2,5 bilhões, acabou custando US$ 10 bilhões de dólares. (Fonte.)

    5. Newton Cruz e o caso Capemi

    Um caso leva a outro, e o jornalista e colaborador do Serviço Nacional de Inteligência, Alexandre von Baumgarten, teria sido morto por ter contato com as denúncias envolvendo o general Newton Cruz com a Agropecuária Capemi e a exploração da madeira no futuro lago Tucuruí (ver anterior). Pelo menos US$ 10 milhões de dólares teriam sido desviados para beneficiar o SNI. O ex-delegado do Dops, Cláudio Guerra, declarou em 2012 que a ordem para matar veio do próprio SNI.

    6. Transamazônica

    Conhecida por ser a a estrada que liga o nada ao lugar nenhum, a Transamazônica foi uma obra faraônica bilionária e inconclusa por parte dos militares, durante o governo Médici (1969 – 1974). O projeto previa a ligação do Cabedelo, na Paraíba, à cidade de fronteira Benjamin Constant, no Amazonas. A ideia era seguir até o pacífico pelo Peru e o Equador, um roubalheira realmente sem limites, combinado ao desmatamento da mata, expulsão de povos indígenas e seringueiros. No fim, a Transamazônica terminou 687 km antes, em Lábrea, e, claro, sem asfalto. Nem por isso, deixou de custar a bagatela de US$ 1,5 bilhões de dólares na época

    7. Grupo Delfin
    A corrupção rolava tão solta, que os corruptos de casos diferentes se juntavam esporadicamente para roubar. No caso do grupo Delfin, Mario Andreazza (ministro do Interior, ex transportes) e Delfim Netto (Planejamento, ex fazenda) se encontram com Ermano Galvêas (Fazenda), em uma reportagem da Folha de SP em 1982 que apontou que a empresa de crédito imobiliário Grupo Delfin, dos três, recebeu 70 bilhões de Cruzeiros do Bando Nacional de Habitação (governo) para quitar dívidas.

    8. Golpe militar financiado por Caixa 2

    FOTO: João Marques – 14.abr.1964/”Última Hora”

    Em 2014, o coronel reformado Elimá Pinheiro relatou à Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo que os militares receberam financiamento através de caixa 2 de empresas. No caso relatado Raphael de Souza, presidente da Federação das indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), teria pago o equivalente a, nos dias de hoje, R$ 9,5 milhões para comprar o apoio do general Amaury Kruel, que comandava o 2º Exército em São Paulo e havia sido Ministro da Guerra de João Goulart.

    Segundo o depoimento, “Cada um trazia duas maletas, uma em cada braço. No total, seis maletas. (…) Mandei abrir. Começou uma briga, mas olhei e vi que era só dólar, dólar, dólar. Todas elas cheias de dólares. Amarradinhos do banco, aqueles pacotes de depósito bancário. Um milhão e 200 mil dólares.” Kruel jurava lealdade a Jango e rapidamente mudou de lado.

    “Ninguém doava dinheiro de lucro” disse Paulo Egydio Martins, ex-governador de São Paulo e presidente da Associação Comercial de São Paulo na época. Esta fato ilustra que, não só existiu corrupção durante a ditadura militar, mas mais que isso, se não fosse a corrupção dos capitalistas, os militares não teriam força para se manter no poder por si próprios, sem o apoio dos capitalistas que financiaram aquele regime autoritário em troca de multiplicar seus lucros. (Fonte aqui..)

    9. Corrupção do chefão do Dops: Paranhos Fleury

    Um dos nomes mais conhecidos da repressão, atuando na captura, na tortura e no assassinato de presos políticos, o delegado paulista Sérgio Fernandes Paranhos Fleury foi acusado pelo Ministério Público de associação ao tráfico de drogas e extermínios. Apontado como líder do Esquadrão da Morte, um grupo paramilitar que cometia execuções, Fleury também era ligado a criminosos comuns, segundo o MPF, fornecendo serviço de proteção ao traficante José Iglesias, o “Juca”, na guerra de quadrilhas paulistanas. No fim de 1968, ele teria metralhado o traficante rival Domiciano Antunes Filho, o “Luciano”, com outro comparsa, e capturado, na companhia de outros policiais associados ao crime, uma caderneta que detalhava as propinas pagas a detetives, comissários e delegados pelos traficantes.

    Fleury também é acusado de envolvimento em diversos outros episódios de sequestro, tortura e assassinato durante a ditadura militar, entre eles os do militante Carlos Lamarca e do dominicano Frei Tito, caso relatado no filme Batismo de sangue. Também participou da prisão de participantes do Congresso de Ibiúna da União Nacional dos Estudantes (UNE) e é apontado como um dos comandantes da Chacina da Lapa, em São Paulo, e da Chacina da Chácara São Bento, no Recife.

    10. Fraude do Farelo
    Na pequena cidade de Floresta, Pernambuco, a agência do Banco do Brasil fazia empréstimos a pessoas influentes do estado, supostamente para plantar mandioca. Mas elas nunca pagavam: alegavam que a seca destruíra os plantios que nunca foram feitos e os prejuízos eram cobertos pelo seguro agrícola. Em 1981, quando se descobriu a mutreta, calculava-se que o valor total dos “empréstimos” chegara a 700 milhões de dólares. O processo de desvio de dinheiro não foi concluído e, claro, nenhum dinheiro foi devolvido. Em Pernambuco mesmo, no ano seguinte, grandes pecuaristas pediam financiamento para comprar farelo para alimentar o gado e aplicavam o dinheiro na caderneta de poupança. Essa história ficou conhecida como “fraude do farelo”.

    http://www.esquerdadiario.com.br/10-escandalos-de-corrupcao-da-ditadura-militar-abafados-pelas-Forcas-Armadas

    E O PIOR É QUE MUITO DESSA DINHEIRAMA VEIO DE DESVIOS NA PREVIDÊNCIA SOCIAL, COMO O CASO DA CONSTRUÇÃO DA TRASAMAZÔNICA E PONTE RIO-NITERÓI

    A Previdência Social pública foi vítima de todos os governos da República

    Site Aposentados, 22/03/2011

    Maurício Oliveira – Assessor econômico

    Alguns parágrafos da matéria do Maurício Oliveira

    O sistema público de Previdência Social, historicamente, foi vítima de duros golpes financeiros por praticamente todos os governos do país, desde a sua criação. Apesar de tudo o sistema permanece em pé. A dívida histórica da União para com a Previdência, ao longo do século XX e até hoje, é praticamente impossível de ser mensurada.

    Entretanto, sabe-se que são bilhões e bilhões de recursos desviados para outras finalidades. Para se ter uma idéia dessa sangria dos governos, os recursos da Previdência já foram utilizados para financiar políticas industriais, por exemplo, na Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Vale do Rio Doce, Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco, Itaipu Binacional, etc.

    Outro volume estrondoso de recursos foi utilizado para viabilizar o sonho de Brasília, a ilusão da Transamazônica, e até mesmo obras de infra-estrutura tais como a ponte Rio – Niterói e a via rodoviária da Belém-Brasília. Pior do que usar recursos de aposentadorias e pensões para financiar tudo isso é que esses recursos não retornaram aos cofres da Previdência. E ficou por isso mesmo.

    Matéria Completa:
    https://blogs.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/2011/04/795/7/

  4. MAIS NOTÍCIAS (OU SERÁ MÁS) SOBRE A DUPLA MORO-DALLAGNOL

    ‘Melhor não nos metermos nisso’, disse Dallagnol sobre protesto contra Teori

    Em outra mensagem do dia 23 de março de 2016, enviada tarde da noite, Sergio Moro se mostra preocupado com o protesto convocado contra o então ministro do STF, Teori Zavascki, pelo MBL. “Melhor não nos metermos nisso”, diz Deltan Dallagnol

    23 de junho de 2019, 05:32 h
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    Filho de Teori Zavascki pede investigação sobre emails de Moro e Dallagnol

    247 – Em outra mensagem do dia 23 de março de 2016, enviada tarde da noite, Sergio Moro se mostra preocupado com o protesto convocado contra o então ministro do STF, Teori Zavascki, pelo MBL. “Melhor não nos metermos nisso”, diz Deltan Dallagnol.

    Moro (22:36:04) – Nao.sei se vcs tem algum contato mas alguns tontos daquele movimento brasil livre foram fazer protesto na frente do condominio.do ministro. Isso nao ajuda evidentemente

    Deltan (23:28:49) – Se quiser, vou atrás para ver se temos algum contato, mas, não sendo violento ou vandalizar, não acho que seja o caso de nos metermos nisso por um lado ou outro…

    Deltan (23:49:32) – não, com o MBL não. Eles ficaram meio “bravos” com a gente, porque não quisemos apoiar as manifestações contra o governo no ano passado. eles são declaradamente pró-impeachment.

    Moro (23:51:40) – Ok.

    https://www.brasil247.com/brasil/melhor-nao-nos-metermos-nisso-disse-dallagnol-sobre-protesto-contra-teori

    E a pergunta que não quer calar: quem matou Teori Zavascki?

  5. Parceria entre Folha e Intercept levará ao fim da Operação Lava Jato e à prisão de Moro-Dallagnol, se eles continuarem no Brasil. Ambos foram recentemente aos Estados Unidos provavelmente em busca de um Green-Card.

    A MATÉRIA FOLHA-INTERCEPT

    Em parceria, Folha e Intercept revelam novos crimes de Moro e Dallagnol
    Pacote de mensagens aponta que Sergio Moro e Deltan Dallagnol atuaram em sintonia no episódio do grampo ilegal da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, que foi vazado para o Jornal Nacional e foi determinante para o golpe de 2016, que abriu espaço para a ascensão da extrema-direita no Brasil

    23 de junho de 2019, 05:03 h Atualizado em 23 de junho de 2019, 05:13
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    247 – “Procuradores na linha de frente da Operação Lava Jato se articularam para proteger Sergio Moro e evitar que tensões entre ele e o Supremo Tribunal Federal paralisassem as investigações num momento crítico para a força-tarefa em 2016”, aponta a primeira reportagem decorrente da parceria entre a Folha de S. Paulo e o The Intercept. “O objetivo era evitar que a divulgação de papéis encontrados pela Polícia Federal na casa de um executivo da Odebrecht acirrasse o confronto com o STF ao expor indevidamente dezenas de políticos que tinham direito a foro especial — e que só podiam ser investigados com autorização da corte.”

    Moro e Dallagnol temiam que o ministro Teori Zavascki desmembrasse os inquéritos que estavam sob controle de Moro em Curitiba, uma vez que atingiam políticos com foro privilegiado. “Tremenda bola nas costas da Pf”, disse Moro. “E vai parecer afronta”. Moro também se referiu à palavra ‘lambança’, ao se referir ao erro da PF.

    “Saiba não só que a imensa maioria da sociedade está com Vc, mas que nós faremos tudo o que for necessário para defender Vc de injustas acusações”, respondeu Dallagnol, sobre o fato de Moro ter em seu poder dados sobre pessoas com foro privilegiado.

    Nesta primeira parceria, Folha e Intercept mostram que o juiz deve se manter equidistante entre acusação e defesa – e não atuar como uma das partes. O que as mensagens revelam é que Moro foi chefe da acusação em toda a Operação Lava Jato.

    https://www.brasil247.com/poder/em-parceria-folha-e-intercept-revelam-novos-crimes-de-moro-e-dallagnol

  6. Gustavo Conde
    Gustavo Conde é linguista, músico e apresentador da Live do Conde.

    STF tem a chance de honrar a memória de Teori
    Por Gustavo Conde
    23 de junho de 2019

    “Visto como obstáculo pela Lava Jato e morto em circunstâncias até hoje não esclarecidas, Teori Zavascki, incomodava Sergio Moro particularmente por repreendê-lo pela quebra ilegal do sigilo da presidência da República”, diz o colunista Gustavo Conde. “Talvez, nunca antes, na história do poder judiciário, uma Suprema Corte tenha se curvado tanto a um juiz de primeira instância”

    A morte de Teori Zavaski

    Por Gustavo Conde, para os Jornalistas Pela Democracia – Assim como a própria Lava Jato, a reportagem do The Intercept sobre a Lava Jato tem fases. E a fase atual é a da ‘parceria’. Repórteres do site liderado por Glenn Greenwald consideram o lote de troca de mensagens entre procuradores e juiz um ‘bem público’ e, portanto, pertencente ao universo da informação brasileiro.

    Na presente fase, a reportagem traz mais algumas informações sensíveis do submundo judicial brasileiro. Entre falsos filigranas e conluios explícitos, a troca de mensagens entre Moro e Dallagnol continua assombrando pela não cerimônia promíscua entre juízo e Ministério Público.

    O grande escândalo que a reportagem mostrou e continua mostrando é, a rigor, a mesma: a intimidade técnica, política, semântica e conceitual entre duas partes que jamais poderiam ostentar tal casamento em comunhão de delitos.

    No lote compartilhado com o jornal Folha de S. Paulo, no entanto, há um detalhe sórdido a mais: a menção a Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal, responsável pela Lava Jato naquela corte, enseja preocupações adicionais com o nível de conspiração presente na Operação.

    Visto como obstáculo pela Lava Jato e morto em circunstâncias até hoje não esclarecidas, Teori Zavascki, incomodava Sergio Moro particularmente por repreendê-lo pela quebra ilegal do sigilo da presidência da República – o episódio do vazamento para o Jornal Nacional da Rede Globo em que uma ligação, protegida pela Constituição Federal, entre o ex-presidente Lula e a então presidenta Dilma Rousseff, foi oferecida covardemente como “prova” de autofavorecimento a Lula – e que bloqueou a nomeação do ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil.

    Ao se referir a Teori nas mensagens divulgadas pelo The Intercept / Folha de S. Paulo, Moro diz a Dallagnol: “é melhor não nos metermos nisso”.

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    O contexto é a manifestação contra o ministro convocada pelo MBL (Movimento Brasil Livre). Àquele momento, Teori aparecia como um ‘empecilho’ à Lava Jato, justamente porque o ministro do STF era rigoroso e trabalhava para fazer valer a Constituição.

    Dentre tantas coisas que Moro e Dalagnol temiam com relação a Teori Zavascki, a mais relevante para os conspiradores era a possibilidade quase certa – haja vista o protocolo legal acerca do foro privilegiado – de Teori desmembrar a Lava Jato para dar conta das condições específicas de cada um dos acusados.

    Na turbulenta relação entre STF e Lava Jato, não raro o primeiro se submetendo à segunda (sendo o grande foco de acovardamento da corte suprema), fica patente pelas mensagens e, sobretudo, pelo tom das mensagens, que Moro e Dallagnol operavam livremente para acossar Teori Zavascki, omitindo-se de sua defesa institucional e deixando-o sangrar às movimentações bestializadas e patrocinadas do MBL: “é melhor não nos metermos nisso”.

    É muito bem-vinda a conexão destes presentes vazamentos com o “In Fux we trust”. Ou seja: “In Teori, we not trust”.

    Seria escandaloso se não fosse de conhecimento público e notório.

    A fase da reportagem sobre o submundo da Lava Jato, no entanto, tenta, na nova parceria com a Folha de S. Paulo, apimentar a repercussão. Nesse ponto, é interessante destacar que há duas peças fundamentais no quebra-cabeça jornalístico:

    1) a autenticidade das mensagens está confirmada por fontes independentes;

    2) Moro costumava esconder do STF casos de foro, deixando de fora os materiais a poderiam fazer os processos subir.

    Ficou mais uma vez comprovado, portanto, que não existiu respeito às partes. Tratava se de uma única força, com envolvimento de vários atores: Polícia Federal, Ministério Público e Conselho Nacional de Justiça. Vários tentáculos iam sendo armados dentro das instituições para afrontar o STF, deixando impunes seus manipuladores – que tinham a cumplicidade da imprensa corporativa, inclusive da própria Folha de S. Paulo que, hoje, apresenta-se como neófita.

    A reportagem do The Intercept está longe de terminar e as pressões de praxe que grassam nos interstícios do Poder Judiciário viciado brasileiro tampouco.

    O Brasil estar mais uma vez na mão de vazamentos editorializados talvez não seja a excelente notícia que parece ser.

    O que fica patente, no entanto, nesta fase da “Operação The Intercept” é que Teori Zavascki se mexe no túmulo da justiça brasileira.

    Diante de tanta conspiração, violência judicial e conluios múltiplos entre mídia, Juízo e Ministério Público, resta mais uma vez a já conhecida expectativa frustrada de o STF recolocar alguns pingos nos is.

    Cada vez mais, no entanto, fica a impressão de que decorativo mesmo não era Michel Temer, tampouco Bolsonaro, esta força esplendorosa da estupidez aplicada.

    Decorativo de verdade foi o STF, que assistiu inerte a coreografia da Lava Jato.

    Talvez, nunca antes, na história do poder judiciário, uma Suprema Corte tenha se curvado tanto a um juiz de primeira instância.

    A reportagem do The Intercept e da Folha de S. Paulo seria a oportunidade única para que esta corte buscasse se redimir e se reencontrar com a Constituição.

    Resta saber em que nível está o covardômetro ali instalado.

  7. Será que a compradora da Embraer vai sujar o nome dela?

    Mais de 400 pilotos assinaram uma ação judicial coletiva contra a Boeing, exigindo indenizações de milhões de dólares da empresa estadunidense, por esta supostamente ter encoberto “as deficiências de projeção conhecidas” no modelo 737 MAX.
    https://br.sputniknews.com/americas/2019062314101942-mais-de-400-pilotos-assinam-acao-coletiva-contra-boeing-por-ter-ocultado-falhas-de-projecao/

    Em 2014, dava para escolher onde pagavam mais, diz empregado da construção
    https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2019/06/23/em-2014-dava-ate-para-escolher-onde-pagavam-mais-diz-empregado-da-construcao.htm

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