
Comentário do leitor Marcio Cotrim em referência ao artigo “Alencar Mesquita, o falsário, professor da FGV e consultor do Estadão”
Bom dia, Nassif.
Lendo seu texto sobre os erros de gestão de Abílio Diniz, não me furtei em relembrar diversos casos parecidos que presenciei em minha vida profissional, primeiro em grandes multinacionais, e de 1993 a 2018 como consultor em Gestão de Projetos e Manutenção Industrial em empresas nacionais e multinacionais de grande porte também.
A quantidade de Diretores e Gerentes despreparados cometendo erros gravíssimos para se manter no “PODER” em cargos nas empresas é impressionante e só quem conhece a nossa Gestão Industrial entenderia as histórias de indicadores manipulados, promoções equivocadas, demissões mais equivocadas ainda, decisões sem nenhum sentido e diversas aberrações…
Com isso, nossa indústria é improdutiva, com índice de eficiência global – OEE 85% e o GOVERNO ainda subvenciona a folha de pagamento desses incompetentes e irresponsáveis…
Só uma historinha: Estava implantando um Projeto de Gestão em uma empresa grande de Manaus e o dono me chamou e disse que teria que demitir algumas pessoas para reduzir as despesas. Ponderei com ele que seria um erro no meio do projeto ele demitir pessoas que estavam se empenhando e que poderia contaminar os outros, mas ele foi irredutível, e demitiu uns 20 funcionários de diversas áreas.
Na semana seguinte apareceu na fábrica com um carro BMW que eu nunca tinha visto em nenhum lugar e que em Manaus nem tinha mecânico especializado para as revisões. TOP de linha e uma fortuna. Chamou todos os gerentes para conhecer sua “JÓIA” e acabada a sessão de puxa-saquismo, eu o convidei para uma reunião e lhe disse em alto e bom som que ele estava cometendo um SUICÍDIO EMPRESARIAL porque o valor daquele carro era mais de duas vezes a redução de custo que ele queria com as demissões, e que os funcionários não eram idiotas e ele teria que enfrentar um período de boicote e aumento das perdas…
NÃO DEU OUTRA. Menos de 6 meses, ele teve que vender a empresa porque não teve como mantê-la… eu não estava mais desenvolvendo o projeto porque me recusei a ser cúmplice de tamanha ignorância empresarial.
Um abraço,
Marcio Cotrim
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