
Jornal GGN – Membros da ala política do governo Bolsonaro cogitam estender o pagamento do auxílio-emergencial criado em virtude da pandemia de Covid-19 até o final de 2022, na tentativa de criar “fôlego eleitoral” para o presidente da República. A informação foi divulgada nesta segunda pelo site R7.
De acordo com pesquisas de opinião divulgadas um ano antes da corrida presidencial, Bolsonaro perderia a disputa para Lula (PT), que lidera as sondagens, ou qualquer outro adversário no segundo turno.
Amargando alta taxa de rejeição, Bolsonaro estuda uma maneira de aumentar o valor do Bolsa Família para atender a população carente que depende do programa de transferência de renda criado em 2003, primeiro ano do governo Lula.
A questão é que o Bolsa Família tem uma cobertura menor do que o auxílio-emergencial – chega a 17 milhões de pessoas, contra 35 milhões de beneficiários da pandemia. O valor do Bolsa Família também é mais baixo, em média 190 reais, contra os 375 reais que podem ser recebidos do auxílio-emergencial no segundo ano da pandemia.
A ideia de apostar na prorrogação do auxílio-emergencial e aumentar o valor para algo em torno de R$ 400 a R$ 500 divide opiniões até dentro do governo.
Um setor menos vulnerável às questões eleitorais considera a medida irresponsável e alerta que vai fazer a inflação já elevada saltar para 2 dígitos. Quem pegar o Brasil a partir de 2023 terá um desafio enorme para arrumar a casa, disse uma fonte ao site R7.
Por outro lado, o aumento do Bolsa Família depende também do Congresso aprovar a reforma tributária e prever o aumento no orçamento de 2022 e da resolução do problema dos precatórios.
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