Deputados do PSOL protocolam pedido de impeachment; partido critica

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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David Miranda, Sâmia Bonfim e Fernanda Melchionna assinam documento – e sigla diz que iniciativa “atropela o debate interno”

Da esq. p/dir: os deputados David Miranda (PSOL-RJ), Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS)

Jornal GGN – Os deputados David Miranda (PSOL-RJ), Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS) protocolaram na noite desta quarta-feira um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

A iniciativa foi divulgada nas redes sociais, e contou com o apoio de diversos intelectuais – como a socióloga Adriana Erthal Abdenur, a advogada e professora de Direito da UnB Débora Diniz, o professor da UFBA Daniel Peres, o professor Silvio Almeida (FGV, Mackenzie e CEO do Instituto Luiz Gama), e a antropóloga Rosana Pinheiro-Machado.

Contudo, a executiva nacional do partido divulgou uma nota onde não reconhecem a iniciativa, considerada “unilateral”.

“O partido está, nas suas instâncias e bancada, debatendo a melhor tática para enfrentar a irresponsabilidade do governo Bolsonaro. Por essa razão, a iniciativa causa indignação porque atropela o debate interno do PSOL e do conjunto da oposição”, diz a sigla.

“O presidente Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade. Há, portanto, base jurídica para o impeachment”, diz o PSOL. “No entanto, o impeachment é também um processo político que precisa ganhar os corações e mentes do povo brasileiro. Além disso, não pode ser construído de forma individual”.

Ao mesmo tempo, o partido diz que o momento é “gravíssimo” e que a prioridade deve ser a defesa de medidas que salvem vidas, como aquelas que a bancada apresentou nesta quarta-feira.

“Se queremos derrubar Bolsonaro, essa deve ser uma proposta construída coletivamente. Nesse momento, portanto, a tarefa da oposição é ampliar o crescente repúdio ao governo Bolsonaro e mobilizando amplas forças sociais para assegurar a proteção dos mais vulneráveis ao coronavírus”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

10 Comentários

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  1. A cassação da chapa ainda nesse ano não seria muito melhor? Já existem provas do caixa 2 na campanha do Bozo. Imagine então se o material que o Bebianno disse ter contra ele for divulgado pela imprensa.

  2. Se isto for para a frente este ano está perdido , se não for também.
    Um processo de impeachment em meio à esta crise mundial do Corona.
    Em um cenário otimista será o caos …

  3. Parabéns aos deputados e deputadas pela iniciativa. É necessário criar fatos políticos. Em 1983, um obscuro deputado do Mato Grosso do Sul apresentou uma proposta de emenda constitucional propondo as eleições diretas para presidente em 1984. Emenda Dante de Oliveira. Deu no que deu. Não será esperando o momento correto e devido para fazer ações que a História irá avançar.

  4. Correta a atitude dos deputados. Esperar? Agir quando? ” esperando, esperando o trem…” Criar fatos políticos é ação, não omissão. Parem de brigar entre si e movam-se!

  5. A cassação da chapa poderia vir ano que vem com assunção de RODRIGO MAIA na presidência. Chamar novas eleições o “painho” das FFAA não deixa.
    E digo mais ..a aprovação sem limitações nem restrições do ESTADO DE CALAMIDADE dará uma sobrevida ao governo de BOZO que agora encontrará as torneiras abertas pra agradar todo tipo de demanda popular

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