Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder

A entrevista do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo à revista IstoÉ tem duas explicações simples.

A primeira é que apenas seguiu uma das máximas do político temeroso: as maiores ameaças vêm dos inimigos. Dos amigos, no máximo críticas políticas. Foi por isso que escolheu uma das revistas mais implacáveis contra o governo Dilma Rousseff e o PT para mandar seu recado.

A segunda explicação é que Cardozo jamais foi de tomar decisão. Ele se tornou um especialista em fundamentações jurídicas como álibi para a não ação.

Nenhuma pessoa minimamente informada acredita que Cardozo acredita que esteja imbuído, na falta de ação, de excelsas virtudes republicanas.

Mas Dilma acredita.

Reside aí o busílis, a chave da questão: Dilma não tem a menor noção sobre os jogos do poder, as estratégias e subterfúgios utilizados nas guerras permanentes entre governo e oposição, comuns a qualquer país democrático.

Ela sempre demonstrou enorme acatamento  às normas hierárquicas que regem as estruturas burocráticas, nas quais as regras de comando são simples de assimilar: quem é chefe manda, quem é subordinado obedece. E se queixar de assédio moral é comportamento de frouxos.

A complexidade dos jogos de poder

Nos jogos de poder, no entanto, o cenário é outro.

A presidência da República é o cargo mais poderoso do país. Dentro do sistema de freios e contrapesos da democracia, o Presidente não comanda os demais poderes de forma direta. Tem que comandar negociando e manobrando de forma competente suas prerrogativas.

O Presidente assina demissões e promoções no governo central, elabora, promulga ou veta projetos de lei, define os rumos do orçamento, arbitra os ganhos do mercado financeiro, de setores sociais e econômicos, indica Ministros do Supremo e dos demais tribunais superiores, escolhe o Procurador Geral da República. Através de seus Ministros nomeia o delegado-geral da Polícia Federal e uma infinidade de cargos federais, define o rumo das verbas para estados, municípios.

Em cima dessa miríade de formas de relacionamentos e de comandos indiretos, há uma infinidade de possibilidades para costurar pactos, alianças.

Todo governante tem seus operadores pessoais, pessoas de extrema confiança que os alimentam de feedback, enviam recados, tornam-se extensões de seu poder.

Fernando Henrique Cardoso tinha o genro David Zilberstein, Jovelino Mineiro e Andrea Matarazzo. José Serra tinha Ricardo Sérgio, Valdimir Riolli e a própria filha Verônica, além de procuradores, delegados e jornalistas. Lula tinha Roberto Teixeira, Paulo Okamoto e Luiz Marinho. Itamar Franco tinha José de Castro, Djalma Morais. Assim como Serra, Jose Dirceu tinha um contingente apreciável em todos os escaninhos do poder, muito mais, aliás, do que recomendaria a prudência.

Tratam-se de preceitos básicos para o exercício do poder, mas que não fizeram parte do aprendizado de Dilma.

Sua saída, então, foi proclamar-se republicana e se escudar na falta de atuação de Cardozo.

O poder à deriva

Para Dilma, o conceito de republicanismo tem a mesma profundidade com que é percebido pelo leitor médio de jornal: governo honesto nada tem a esconder e em nada pode interferir. Por esse conceito, toda negociação tem que ser pública, nenhuma delas pode envolver interesses políticos ou pessoais. E, no final, os caçadores acabam matando o lobo e salvando Chapeuzinho.

Há duas evidências nas ações de governo em relação a operações criminais:

1.     Acobertar crimes é crime.

2.     Não administrar repercussões políticas é falta de responsabilidade institucional.

O que se cobra de Cardozo e Dilma não é a interrupção de inquéritos, mas a administração das implicações políticas dessas operações.

Se uma operação fixa exclusivamente em membros de um partido, poupando os de outros partidos, provoca um desequilíbrio político no país.

É o caso da blindagem do senador Aécio Neves. Ao não avançar nas investigações sobre sua conduta – tanto nas mesadas de Furnas como na conta em Liechtenstein – o Procurador Geral da República desequilibrou o jogo político em favor da oposição, contribuindo para a crise de governabilidade.

Quando investe contra a família de Gilberto Carvalho, com base em indícios frágeis de e-mails, a Zelotes atua politicamente.

Quando procura incriminar Lula por sua atuação diplomática na África, em favor de empresas brasileiras, ou por financiamentos à exportação de serviços, o Ministério Público atua politicamente.

Quando vazam seletivamente depoimentos de prisioneiros, delegados e procuradores atuam politicamente.

A posição cômoda de Dilma – “isso não é comigo” – é de uma auto-ilusão comovedora. É evidente que é com ela, na medida em que a soma de factoides amplia a crise política e de governabilidade.

Nem se pense que o PT saiba manejar os carreteis do poder. O único quadro que tinha essa visão de poder sistêmico era José Dirceu, que se perdeu deixando disseminar uma imagem de superpoderoso que o tornou presa fácil no “mensalão”.

No campo político-jurídico, hoje em dia o PT depende do trabalho solitário de poucos deputados: Wadih Damous, Paulo Teixeira e Paulo Pimenta.

Inegavelmente, foi essa incapacidade de entender o poder de forma ampla que acabou sendo o ponto fatal no enfraquecimento do partido e do governo.

Luis Nassif

159 Comentários

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  1. Dilma e falta de conhecimento sobre o Poder

    Nassif,

             Como Promotor de Justiça da Bahia, com experiência em realizar investigaçoes no MP estadual, concordo contigo em gênero, número e grau.

             Dilma, Cardoso, Lula e cia nada entendem de Ministério Público e de Judiciário. Para mudar isso aí, basta demitir o Ministro da Justiça (com isso terá que ser nomeado outro Diretro Geral da Pf, e novos superintendentes).

             Como vai o jogo, Lula entra em 2016 preso.

            Parabéns pela análise.

            Ivan Machado

    1. O poder

      Caro Ivan Carlos,

      Pensando com total liberdade (tudo é possível), pergunto: Será que não é isso que a Dilma quer?

      Será que essa não atuação dela não faz parte de alguma estratégia bem calculada?

      Veja o caso Zelotes. A pressão sobre o filho do Lula foi em duas frentes de dentro do governo. O Levy, que tem a receita federal nas mãos e o Cardoso, que comanda a polícia federal. Fora os dois, a justiça.

      São dois ministros que o PT quer tirar e ela não abre mão.

      Com dois telefonemas, ela poderia ter evitado o que aconteceu. Acho impossível ela não ter tido conhecimento desse movimento.

      Nos acostumamos a ver Dilma, Lula e PT como uma coisa só. Pode ser que não seja bem assim.

      A não ação também pode ser uma ação.

      1. Traição a Lula.

        Você está dizendo que Dilma é uma traidora?

        Para mim, essa hipótese não pode ser descartada.  A atitude dela de manter esse ministro da justiça é incompreensível.

        Venho pensando muito sobre isso nesses dias.

        1. Os dois comentaristas previos

          Os dois comentaristas previos deturparam o comentario do outro Ivan de uma maneira tao completa que da ate pena dele.  Logo de um Ivan.

          TENTEM fazer isso comigo, idiotas.

  2. Nassif, você disse tudo. A

    Nassif, você disse tudo. A Dilma tem atuado como cego em tiroteio: perdida. Não tem comando e é bastante ingênua para os jogos de poder. Está deixando ser destruido todo um legado conquistado e que é pior; com esses desmandos, a saida do armário e crescimento dos nazifascistas.

  3. Desisto

       Nos Estados Unidos existe a figura do “lame duck ” ( pato manco, o presidente não reeleito em final de governo ), no Brasil duas vezes me disseram sobre o “café frio, tanto no Planalto como no Alvorada”, agora mais uma “jabuticaba”, inventamos a “gansa manca”.

        Que os jogos da oposição carecem de unidade, é até mesmo uma vantagem para o governo de Dona Gansa, pois o que se ouve em certos locais – ouvi hoje, as pessoas recordaram até Paulo Brossard, para o qual o “impechement”, seria uma bomba na Democracia, era para existir na legislação, mas nunca ser utilizado, mas foi – é que manter o governo fragilizado, mas até certo ponto, não tangendo a ingovernabilidade – a pesquisa Datafolha em São Paulo, deu uma assustada neste grupo – é mais “negócio”, tanto politicamente como economicamente, do que impichar a Dona Gansa, a desconstrução continua dela e seu governo, por mais um ou dois anos, não desconstrui ela, mas seu mentor, portanto é bem possivel, que os histéricos ( pessoal das Alterosas, que está na fraticida tambem ), se recolham aguardando o próximo movimento, Cunha, se caminhar para o cadafalso, irá atirar em todas as direções – controlar esta crise, pelo jeito, será mais confortavel para a oposição, que tem mais a oferecer.

         Vaca sagrada: Luis, caro bandolinista, ouvi hj. , de novo, sobre as “vacas sagradas”, que como nossas “vacas” estão “baratas”, mesmo possuindo um grande potencial, pouco endividadas (EBIDTA / Alavancagem), com grande possibilidade de “reengenharia” ( vender as vacas no varejo, em partes, a vaca baiana já está neste lote ), já para a “vaca sagrada” seria possivel, é até facil de fazer, vender as partes, desinvestir nos laticinios, um processo que já está se iniciando, vender o transporte e a distribuição de leite ( assim que o mercado reagir ), e só ficar no “leite” que já existe, já as outras fazendas recem exploradas, modificar ( vender ) os contratos de fornecimento.

          Já de Zé Eduardo, nem comento mais, pois alem de ter mente de procurador, não vou com a cara dele desde 1980, desisti dele na PUCSP, acho que Madame Gansa, só o suporta porque ele atura os grasnares dela.

          Fio de esperança: Apenas por fé, Jacques Wagner ( que deveria ter sido da Casa Civil desde o inicio deste “governo” ).

  4. Não é por aí.
    Não é a atuação

    Não é por aí.

    Não é a atuação negociadora de apenas um protagonista do jogo de xadrez da política, por mais importante que seja a sua posição no jogo, que vai alterar significativamente o rumo da história ou melhor dizendo: impedir a queda do rei (no caso, a rainha).

    Diante da situação econômica construída pelo governo ao longo do 1º mandato, mesmo com a melhor das intenções, situação essa conhecida apenas por Mantega e Dilma e apenas revelada após as eleições e diante da nova correlação de forças políticas que surgiu no legislativo após as eleições de 2014, qualquer governante, por mais hábil que fosse, teria o seu fígado comido pela oposição e a banda da base aliada que disputam cada tostão do orçamento, em detrimento das prioridades do PT e a favor de suas demandas  e das demandas de seus financiadores empresariais. Noves fora as demandas que fazem retroceder direitos civis e políticos e direitos sociais.

    Não há como negociar com essa maioria conservadora que se formou em torno das bancadas da bala, do boi e da bíblia. O jogo da política em uma democracia pertence aos vencedores. Dilma perdeu ao perder a maioria no parlamento e não porque não soube negociar. Os participantes da nova correlação de forças políticas querem, o quanto antes, comandar o orçamento da união, a chave do Tesouro Nacional, o acesso às reservas de 400 bilhões de dólares depositados no BC e o poder de decidir o que fazer com as imensar reservas de petróleo do pré-sal. Eles sabem que com a Dilma na Presidência até 2018, eles só tem chance de apoderar-se dessa imensa fortuna  após 2018. Daí porque o alvo não é só a Dilma. É, também, o Lula.

    Essa conversa de republicanismo de Dilma e do Cardoso (não confundir com o outro) é apenas uma forma deles esconderem que perderam o comando sobre a PF e que não têm a mínima condição de influenciar o MPF.

    É mais do que óbvio que há uma conspirata comandada pela oposição em conluio com parte da base aliada do governo, tendo apoio da imprensa tradicional e de parcelas significativas da PF, do MPF e do judiciário, para afastar a Presidenta, por quaisquer meios, exceto, até o momento, por um assalto violento ao Palácio do Planalto.

    A postura rigidamente republicana de Dilma e Cardoso, por outro lado, tem como objetivo, também, mandar um recado à oposição e à opinião pública de que o êxito de qualquer processo de afastamento da Presidenta também tem que ser estritamente republicano, não podendo contrariar nenhum dos dipositivos da Constituição e da legislação em vigor.

    É por aí que eles enxergam uma forma de manter o mandato da Presidenta, contando, então, com a posição garantista (pelo menos de sua maioria) do STF

    Entretanto,seria ingenuidade da Presidenta achar, aí sim, que não precisa do apoio dos movimentos sociais, da militância do PT e dos partidos à esquerda do PT, de parcelas dos demais partidos do centro e à direita, do apoio da sociedade civil e de parcela das FFAA que defendem a manutenção da democracia e do estado de direito.

     

    1. A culpa é de quem?

      Resumindo Jorge, Dilma não governa porque mentiu, e se não mentisse não seria eleita. Foi o estelionato eleitoral levado ao extremo que minou sua credibilidade, sua popularidade e a autenticidade do seu governo. As críticas da mídia e as dificuldades no Congresso são reflexos do sentimento de insatisfação de uma população, que além disso tem uma presidente filiada a um partido envolvido num esquema bilionário de corrupção, e uma economia que passa pela maior retração dos ultimos 25 anos, por erros sucessivos do próprio Governo. O país vai pagar caro por tanta incompetencia, e me desculpe Jorge, a oposição não tem nada com isso…

  5. Fazia tempo…

    Fazia tempo que eu não concordava pra valer com alguma das análises de Nassif. Mas acho que agora ele foi na mosca. O comentarista Jorge Vieira (comentário “Não é por aí. Não é a atuação”) faz um contraponto interessante, dizendo que Dilma e Cardozo não reagem pq não podem e escondem essa impotência atrás do tal “republicanismo”. Até pode ser. Só que quanto mais eles fazem isso, mais fraqueza demonstram e mais fracos ficam. Quer dizer, Dilma demonstra fraqueza e, fazendo isso, se enfraquece mais ainda. Pq esse Cardozo só pode ser um quinta coluna. Entrevista à IstoÉ? Nem é preciso ler o que Nassif escreveu pra saber que essa entrevista é inconcebível, independente do seu conteúdo, que quase me levou ao vômito. Basta ver a ilustração estampando as 12 capas que antecederam a cara de pau do nosso republicano ministro. Dá um desânimo! 

  6. A pior qualidade que um

    A pior qualidade que um presidente da república pode ter é ter alma de burocrata. Dilma a tem a enésima potência, até a medula. E acrescido de mais um problema, na minha opinião = ele não tem aquela inteligência necessária para lhe dar com pessoas em situações complexas, que exigem decisões rápidas. É capaz de deixar uma amiga a um desgaste inútil e desumano como foi o caso de Graça Foster. Exige que os outros ajam e resistam como ela – não consegue se colocar na pele do outro.  Enfim, Dilma é a BurroCrata (rs). E o país vai ter que saber lidar com esse estilo até 31 de dezembro de 2018. Qualquer coisa que interromper isso vai provar que ainda não saímos do estágio de República de Bananas – e dos bananas (rs). 

  7. Análise magistral. Será que Dilma vai ler?

    Nassif,

     

    Sua análise é magistral. A cada dia que passa, mais e mais minha angústia aumenta com a falta de compreensão de Dilma desses “jogos de poder” e do que está sendo jogado fora.

    A atuação de José Eduardo Cardozo à frente do Ministério da Justiça é, na verdade, ANTIREPUBLICANA. Ninguém, em sã consciência, pede a ele que interfira e escolha inquéritos a serem feitos. O problema é o COMO são feitos.

    Rogo a Deus (porque agora só rezando mesmo) que nossa presidente leia este artigo e caia em si sobre tamanha falta de responsabilidade com que tem atuado para com os rumos do país, ao incentivar este “republicanismo de araque” que nos está destruindo!

     

  8.  
    ´´A presidência da

     

    ´´A presidência da República é o cargo mais poderoso do país. Dentro do sistema de freios e contrapesos da democracia, o Presidente não comanda os demais poderes de forma direta. Tem que comandar negociando e manobrando de forma competente suas prerrogativas.

    O Presidente assina demissões e promoções no governo central, elabora, promulga ou veta projetos de lei, define os rumos do orçamento, arbitra os ganhos do mercado financeiro, de setores sociais e econômicos, indica Ministros do Supremo e dos demais tribunais superiores, escolhe o Procurador Geral da República. Através de seus Ministros nomeia o delegado-geral da Polícia Federal e uma infinidade de cargos federais, define o rumo das verbas para estados, municípios.´´

    Alguém precisa enviar uma cópia da constituição federal para Dilma. Quem sabe ela entenda de vez por todas as prerrogativas do cargo de presidente da república.

  9. Chego a conclusão de que até

    Chego a conclusão de que até 2018 0 governo Dilma terá destruído o país e e as esperanças do povo brasileiro.

    Do caldo que sobrar não sairá nada de bom. 

    Parece o nascimento de um  “fascismo tupiniquim”.

  10. Cardozo parece que tem ares de um perfume tucano…

    é dos perfumes, servir a seu objetivo apenas com o movimento e suor

    Dilma apenas permitiu que pefumassem a podridão que encontrou em todo canto

    1. e dos governos também…

      Dilma serviu, mas, pela podridão em todo canto, governo que serve não serve

      é por isso que querem derrubá-la de qualquer jeito

      até alguns do seu próprio partido e base de apoio

      pela literatura de profissionais de verdade, Carta sobre Banestado, nem precisa incluir judiciário

  11. Pimenta nos olhos dos outros é refresco

    Eu estou entre a matéria de Nassif e os comentários do internauta Jorge Vieira.

    E respondendo a uma outro cometarista que pergunta onde está a propalada competência da Dilma, eu diria que ela é uma administradora (sensu strito) competente e, sem sombra de dúvidas, uma mulher honesta. Ela tem uma visão muito boa do que o Brasil precisa em termos de infraestrutura (viária, portuária, energética, etc) para voltar a  crescer depois que a crise passar (vai passar?). Não é à toa que ela conseguiu manter as políticas sociais do governo Lula e, um outro feito extraordinário, conseguiu realizar a Copa do Mundo no Brasil a despeito de todo o terrorismo praticando pela velha mídia contra o evento, ao longo dos meses que o antecederam.

    Perguntará então o internauta sobre o fato dela ter entregue a direção da economia ao Levy e aberto mão, na prática, da autonomia do Banco Central, que determina a taxa selic que está diretamente relacionada à taxa de juros que remunera essa montanha de dinheiro que é a nossa dívida interna. E dela ter cometido um estelionato eleitoral por ter prometido durante a campanha que o Brasil continuaria crescendo, e que não seria necessário um freio de arrumação.

    E eu diria que a popularidade dela está muito baixa principalmente pelos erros cometidos pela própria Dilma, e em segundo lugar, pelo massacre da grande imprensa que vê crise em todas as áreas de atuação do governo, até quando o país consegue superavit na balança comercial (12 bilhões de dólares no mês de outubro passado). 

    Agora, barra pesada mesmo é governar com um Congresso tendo como presidentes da câmara e do senado um Eduardo Cunha e um Renan Calheiros. E fico me perguntando como agiria o Lula,ou mesmo Deus, o criador, caso fosse um deles o presidente da República e tivesse que governar o país com as bancadas BBB (bancadas da Bíblia, do Boi e da Bala) e com um poder judiciário que tem como expoentes, e na Suprema Corte, um Gilmar Mendes, um Fux e um Dias Toffoli. E eu não sei responder, pois eu já fui síndico de um condomínio residencial e não gostaram do meu trabalho. E não foi por ter metido a mão no dinheiro dos condôminos, não. Foi por incompetência, segundo a ata da reunião que me demitiu.

    Portanto, não me chamem para ocupar o lugar da Dilma em caso dos golpistas obterem sucesso em destroná-la. Eu seria a última pessoa no Brasil apta a substituí-la. Mas quem sabe se o Nassif ou o Jorge Vieira não aceitaria esta tarefa, hem? Eles são infinitamente melhores do que o Aécio Neves, claro, além de tão honestos quanto a Dilma.

  12. Não sei…

    Acho que Dilma perdeu dois times:

    1) Quando assumiu o segundo mandato deveria ter substituido o presidente do BC, Min da Justiça, PF etc

    Não fez

    2) na nova reforma dando mais espaço ao PMDB, quando finalmente retirou o Mercadante.

    Não fez

    Então ela não quer.

    Na verdade, no atual estagio do Brasil, tudo que o governo faz é desculpa para golpe.

    Pergunto: Se houver agora mudanças, o que teremos? Nova desculpa para o golpe.

    Por ultimo, acho que a entrevista foi feita para se manter no cargo, ele usa a proteção da impressa.  

  13. Seguir lutando, apesar da desesperança.

    Essa é a grande responsabilidade dos governos LULA/DILMA e do PT. E pelo que se apresenta, dependendo dos medíocres, covardes e achacadores que compõem o governo, há ainda muito espaço para piorar.

    Aqui não reside nenhuma crítica asséptica às alianças necessárias realizadas nessas gestões, mas uma frustração por não terem se apercebido nem empreendido os confrontos políticos nos momentos que esses eram necessários. Desmobilizaram a militância e o combate às forças que hoje dominam a cena política nacional se restringiu às ações individuais e à espaços da chamada mídia alternativa que nao tiveram a contrapartida correspondente do governo.

    Os programas partidários do PT são uma clara demonstração dessa apatia. Enquanto lá fora tudo em chamas o cenário de calmaria e o estoicismo aparente davam o tom da demência dessa turma. Nesse item até o minúsculo (bancada) PCdoB deu grande lição aos utópicos petistas.

  14. Não é apenas a governabilidade

    A responsabilidade de Dilma é bem maior do que ser capaz de governar. Ao não enfrentar o jogo político dos agentes de Estado, enfraquece de forma assustadora nossa incipiente democracia.

  15. Democracia é o governo do

    Democracia é o governo do possível.

    O Ministro da Justiça é quem reveste de jurisdicidade as ações do governo.

    O PT sempre deu pouca importância ao cargo e, por isso, o mensalão contra o PT, o lavajato contra o PT, a libertinagem da grande mídia contra o PT … e tudo o mais que vier contra o PT 

    PF e MP totalmente libertos, igual ingovernabilidade à vista…

    A se ler o artigo de André Araújo (O mito dos pretorianos independentes) neste blog ao qual acrescento o exemplo francês:

    Code de Procédure Pénale – Article 30

    Article 30

    Le ministre de la justice conduit la politique pénale déterminée par le Gouvernement. Il veille à la cohérence de son application sur le territoire de la République.

    A cette fin, il adresse aux magistrats du ministère public des instructions générales.

    Il ne peut leur adresser aucune instruction dans des affaires individuelles.

    Chaque année, il publie un rapport sur l’application de la politique pénale déterminée par le Gouvernement, précisant les conditions de mise en œuvre de cette politique et des instructions générales adressées en application du deuxième alinéa. Ce rapport est transmis au Parlement. Il peut donner lieu à un débat à l’Assemblée nationale et au Sénat.

  16. Lamento, Nassif …

    Mas não me comovo nem um pouco com a ingenuidade de Dilma. Vejo muito mais incompetência e pretensão em achar-se acima do jogo político, além do quebra-pau diário e distante das articulações institucionais. Dilma acredita que, só por ser mulher e ser presidente, mereceria respeito a sua autoridade. Doce ilusão !!! Além disso, a miopia em não perceber que gente como Cardozo é oportunista e inoperante é o calcanhar de Aquiles do próprio governo. Termos que aguentar mais tres anos desta cretinice será, sem dúvidas, ruinoso para o páis … 

    1. São as prerrogativas.

      Concordo com o Nassif, no que concerne à quase inanição do Executivo, e com a caminhada célere da governabilidade, para um vazío de poder, se não houver uma reviravolta administrativa urgente, porém daí até isso ser ruinoso para as instituições, há uma enorme distancia, e na medida em que a sociedade civil perceber a ineficiência dos Poderes, eles entrarão em sintonia, para promoverem a governabilidade.

      Também acho que a “gerentona” Dilma, deixou nas mãos de incompetentes, setores vitais, e… Agora resta-lhe, retomar a administração menos técnica e mais política.

      Na medida em que ela afirmar-se como e Chefe de governo, e chamar para sí, a responsabilidade de governar verdadeiramente, o Poder Legislativo, legislará, e o Judiciário, “somente” ajuizará, e assim sendo, o Executivo, encaminhá as reformas necessárias ao Congresso, e o Brasil retomará seu processo de crescimento.

      O que trava hoje o crescimento e a governabilidade, é a falta de sintonia entre estes poderes. 

      1. “Na medida em que ela

        “Na medida em que ela afirmar-se como e Chefe de governo, e chamar para sí, a responsabilidade de governar verdadeiramente(…)” 

        Ora, cai na real !!! Ela está no poder há quase cinco anos e ainda não fez isso !!! Acha então que ela vai acordar ??? O problema de Dilma, meu caro, não é desonestidade, é falta de visão !!! Ela corre o risco de ser abandonada pelo próprio PT, não se iluda !!!

      2. “Na medida em que ela

        “Na medida em que ela afirmar-se como e Chefe de governo, e chamar para sí, a responsabilidade de governar verdadeiramente(…)” 

        Ora, cai na real !!! Ela está no poder há quase cinco anos e ainda não fez isso !!! Acha então que ela vai acordar ??? O problema de Dilma, meu caro, não é desonestidade, é falta de visão !!! Ela corre o risco de ser abandonada pelo próprio PT, não se iluda !!!

    2. Sempre odeio quando aparece

      Sempre odeio quando aparece outro Ivan comentando pois compromete meu controle f, mas vou ter que dizer que voce sempre foi um comentarista massa, cara!

  17. Nassif, gostaria de ver v.sa.

    Nassif, gostaria de ver v.sa. ir aos detalhes do “fundo do poço” do seu comentário ontem no jornal TV Brasil. acho que isso é que deveria preencher as páginas dos jornais. a tese da paralisia política  – real e fictícia – que cerca o governo deve ser assunto para o pig.

    a presidenta deve viver uma tremenda solidão no poder para não abrir mão de um ministro como o cardoso. claro que é problema, mais do que pessoal (a solidão) de um país (um mionistro inepto), mas em lugar de elucubrações destas, deveríamos abrir uma nova aba, um novo capítulo, uma nova esperança. já deu, essa de nos roubar sonhos. 

  18. Arrependimento

    O  Presidente Lula ,2018, deve ter um arrependimento grande em apostar na  Dilma.No meio em que vivo, todas as pessoas de esquerda que conheço estão decepcionados.A única certeza é que com o psdbosta estaria infinitamente pior

  19. direto no ponto
    Concordo com o que voce escreveu.
    não vou destacar nada pois nesse caso teria que copiar todo o artigo.

    A pergunta que faço é: e que o pt pretende fazer para o futuro?

    a) ser um partido chorão e irrelevante
    b) renovar-se e partir para a luta?
    c) nenhuma das anteriores.

  20. crise

    Todos estão falando sobre a volta da CPMF,  mas ninguém toca no assunto de colocar imposto sobre grandes fortunas que está previsto na Constituição Federal, sendo o Brasil o 12º  com maior fortuna individual, não precisamos de CPMF.

  21. crise

    Todos estão falando sobre a volta da CPMF,  mas ninguém toca no assunto de colocar imposto sobre grandes fortunas que está previsto na Constituição Federal, sendo o Brasil o 12º  com maior fortuna individual, não precisamos de CPMF.

  22. Tenha paciência!!!

    Tenha paciência seu Nassif.

    A oposição NADA FAZ a não ser pegar carona no escândalo protagozinado pelo PT e por seus ALIADOS.

    Cardoso é uma das cabeças que ainda presta no PT. É isento e competente. Não consegue fazer o trabalho dele única e exclusivamente por interferência do sapo barbudo.

    Aliás, esse sapo barbudo é que deveria se recolher a própria insignficância, parar de interferir na governança do país e deixar a criatura terminar, bem ou mal, a sua missão.

    1. Fala pro FHC parar de pedir a renúncia da Dilma, então…

      FHC trabalhou pra uma empresa americana ganhar o SIVAM.  OU seja, atrapalhou até quando era governo.

  23. Parabéns!!!

    Nassif, este é seu melhor texto em mais de 60 dias!!! Perfeito, e espero que Tia Dilma o leia e reflita sobre o que ELA está fazendo com o Brasil, com seu Partido e com os 54 milhões de eleitores que acreditaram nela 12 meses atrás.

  24. Parabéns Nassif pelo belo

    Parabéns Nassif pelo belo artigo.

    É o que já venho dizendo aqui há tempos. O governo e a Dilma não entendem nada do jogo de poder. E parece que não tem ninguem no partido que entenda tambem.

    Os dois principais exemplos foram o governo deixar aprovar a maldita PEC DA BENGALA, obra de gilmar do stf, acredite se quiser,  e o segundo a tosca nomeação do PGR por lista tríplice, coisa que não está na CF e não existe em lugar nenhum do mundo democratico. Nesse caso, vou mais a fundo, acho que a presidenta está descumprindo a CF e seria movito justo e legal para um impeachment.

    Infelizmente Dilma está a deriva, completamente perdida, e vai prejudicar em muito um candidato apoiado por ela. Isso é fato.

  25. Não sei o que é mais assustador

    Se a falta de entendimento de Dilma e de sua patota a respeito de qualquer assunto ou o estupro das instituições sendo tratado como um mero “jogo de poder”.

    Esse tom de “jogos de poder” ou do mais rasteiro” por que esses e não aqueles?” mascara o problema real do país. E o problema é simples: há uma contabilidade macabra no Brasil dessa social-democracia pilantra. São as centenas de milhares de mortos, anualmente, por falta de atendimento, por incompetência (leia-se nomeações políticas), por falta de interesse ou por roubo. Aos bilhões em incompetência e roubalheira corresponde uma montanha de cadáveres de brasileiros.

     O déficit de 50-100 bilhões a ser anunciado deve ser lido da seguinte forma: quem está em déficit é o País; o PT, o PSDB, o PMDB estão em superávit, indo bem à beça. Não há um só político na fila do SUS. Isso é o real. Reduzir isso a “jogo de poder”, como se estivéssemos num livro de Chaderlos de la Clos, com suas intrigas palacianas, isso sim é surreal. O Brasil do século XXI assemelha-se muito à França do século XVIII.

    1. Parabéns

      Sua resposta deveria ser elevada a post, Renato. E colado na testa de muitos cientistas políticos autodidatas aqui que se acham o máximo falando de realpolitik. 

  26. Dilma

    Será que esta turma não tem tempo para ler “O Príncipe” e ver Game Of Trones?

    Tem que baixar o pau na oposição, colocar na PF o Delegado que for melhor e na PGR também. Nada de republiucanismo.

    Dar dinheiro só a quem apoia, o resto é cortar o próprio pescoço.

  27. Gilberto Carvalho

    Uma pessoa até a pouco definidora de rumos e importante ns estratégias de governo é Gilberto Carvalho. E, salvo engano, aparentemente ele padece desta mesma pouca intimidade com o exercício do poder, o que fica evidente em todas as entrevistas que ele concede desde o mensalão: nelas, ele repete como um mantra que o PT (e por extensão o governo) errou (erraram) e tem que pagar por seus erros. Errou sim, todos estamos carecas de saber – e a imprensa repete isto de diversas formas e exageradamente, incluindo até erros inexistentes e improváveis. Tivesse um mínimo de percepção, ele não ficaria repetindo que o governo e o PT erraram (já disse uma vez, chega), pois isto leva fatalmente à corroboração do que se diz absurdamente todos os dias pela imprensa. Um bom começo seria ele – e o governo – mentalizarem que acertaram mais do erraram – e que a Dilma passe a ser republicana de fato; isto é: que passe a exercer seu papel na República e governe.

  28. Um canalha burocrata sempre

    Um canalha burocrata sempre busca camuflar o seu discurso ideológico com um manto de neutralidade, dizendo que age apenas “técnicamente”, e que não aborda pessoas, mas fatos. 

    Como disse aqui uma vez o André Araujo, se nem a Santa Sé é impoluta, quanto mais corporações cheias de interesses obscursos e NADA REPUBLICANOS.

    A atitude da Presidenta Dilma, ao manter esse ministro, é indefensável. Mas só Deus (ou o diabo) sabe os motivos que o mantêm ali.

  29. Dilma é a revelação pura de

    Dilma é a revelação pura de que não basta ser honesta, e ter sido secretária ou ministra de alguma coisa para saber governar o país, ou até mesmo um estado. Se cada pessoa, a partir dela, tomar conhecimento desse fato, incontestável, jamais deixará sentar na cadeira presidencial uma pessoa apenas honesta, que apenas tenha administrado uma secretaria de governo. Um Presidente da República tem que ser honesto, claro, mas não pode ser invisível quando as demandas do governo exigem dessa autoridade o “fazer, e saber fazer política”. Porque sem isso, e considerando o nosso sistema presidencial, que exige dos governantes uma ótima assessoria, toda formada de gente qualificada, confiável, e jogo de cintura para saber lidar com as diferenças e as intrigas de bastidores, entre tantas coisas mais. Sentar-se longe do povo, e dos políticos, como quem vê a banda passar, ou como quem está acorrentada por si, como aquelas figuras platonianas, resulta nesse estrago que estamos assistindo.

    Eduardo Cardoso, como Ministro da Justiça, e um dos quadros do PT, auxiliar da Presidente, talvez, quem sabe, amigo de Lula, jamais poderia se calar ante os últimos acontecimentos envolvendo truculência, abusos, e politicagem da PF, que é subordinada a ele, e à Presidência. Sem precisar contrariar Moro, nem PGR, nem constituição, caberia a ele, com toda a sutoridade que lhe foi delegada, no mínimo questionar esses atos recentes, ora contra Vaccari, ora contra a família de Lula. Como diria Mino Carta, o mundo mineral sabe o que está por trás dessa manobra para convocação dos filhos de Lula, com denúncias sem provas. Mas o que fica engasgado na garganta de muitos é a resposta não dada: por que demitir tantos ministros ao longo dos mandatos, e permanecer justamente com um ministro que seria ontem e hoje, talvez, a voz maior e mais forte para contrariar as forças golpistas de plantão.

    Ciro Gomes, em entrevista, ontem na TV Brasil, elogiou muito Eduardo Cardoso. Embora goste mito desse cearense, vi em suas palavras o sentido político que ele dará nos próximos dias, já como pré-candidato a Presidência. Ciro exalta a honestinada do Ministro, e diz que quem não gosta dele é Lula, o que, talvez, concorra com ele no próximo pleito.

     

  30. Dilma é na politica a pessoa

    Dilma é na politica a pessoa mais seria e honesta que ja atuou entre nos.

    Para “dialogar mais”, como querem, com um Eduardo Cunha, um aecinho, um Dorneles, com a filha do Roberto Jeferson e similares seria necessario ter uma forte dose de hipocrisia.

    Essa “qualidade” ela realmente não tem.

    Dilma é apenas demasiadamente seria para a politica brasileira.

    Seria uma otima presidente da Suecia ou da Alemanha.

    1. Dilma é cúmplice

      Veja só como pode ser interessante olhar as coisas a partir de um outro ponto de vista.

      Eu já penso em Dilma como alguém que tem a consciência pesada. Pode até ser que ela seja honesta, mas o fato é que sabe de muita coisa, e se omite.

      Daí sua imobilidade. Ela é refém daquilo que conhece, daquilo que presenciou nos bastidores do poder.

  31. Está mais do que provado.

    Está mais do que provado. Dilma é uma tecnocrata de esquerda. Ela é ótima como colaboradora operacional de políticos de verdade.

    Foi assim quando era do PDT, e a figura de referência era Brizolla. E depois com Lula quando fizeram uma dupla quase perfeita.

    Essa dupla inverteu-se, o que foi a tragédia. É como pegar o meia-armador e o goleador e inverter as posições. Agora voce tem o Gerson tendo que fazer gol e o Jairzinho fazendo lançamento. Mas como a oposição é time de terceira divisão não vence a partida, que arrasta-se numa prorrogação interminável. 

    Aí, Nassif, que entra sua analise sobre a presidenta e sua crença cartesiana e obtusa de hierarquia em política, como se fosse igualzinho a uma repartição pública. Lula agora não é mais seu chefe é um coloborador. E como o pig maliciosamente afirma o contrário, ela reafirma sua autoridade ignorando os conselhos do seu padrinho, que é simplesmente o mais competente político em ativade, disparado. “Eu o admiro imensamente, mas isso são coisas do Lula, o governo é meu”.

    Aí vai de Cardoso que nunca põe em cheque sua autoridade. Tudo “republicanamente”  

    1. tá errado Lula

      e o  tão comum adjetivo “cartesiano” é tema sobre a vulgar incompreensão e desconheimento de Descarte,vários cientistas sociais em palestra, mesa-redonda, debate na Aliança Francesa, Recife. (Lembra “holísitico”, “fisica quântica” , usados e abusados).

  32. “Cavalheiros”.

    A estrtégia de “sangrar” o PT é explícita – com artigos em jornais e tudo mais – desde 2005.

    Sei que tem muita gente que duvida que qualquer movimento “bolivariano” já não teria precipitado o golpe há muito. Eu, por outro lado, não tenho razões pra duvidar que aquela patetada de Aécio e outros na Venezuela não teve outra motivação a não ser a de uma jogada preventiva contra qualquer movimento de reação do PT e do governo…. Peraí, né? São uns ridículos mas nem tanto, né? Eles pelo menos sabbem com quem e pra quem estão falando…

    O problema desses “cavalheiros” do PT é deixar essas narrativas se generalizarem sem nenhum contraste; repetindo: acharem que podem governar mudos, dando coletivas e discursos de solenidade pra serem intterpretados ou mesmo respondendo às perguntinhas da máquina de propaganda adversária.

    Ou seja, são tão “cavalheiros” quanto aqueles que justificam a desigualdade de tratamento entre o caso da esposa do Eduardo Cunha, com uma conta de milhões dissimulada na Suíça, e o da cunhada do Vaccari, “confundida” com a esposa do mesmo Vaccari que sacava uma merreca em um caixa eletrônico aqui no Brasil.

  33. Republicanismo de araque

    Concordo com análise do Nassif, apenas carregaria um pouco mais nas tintas. Quanto tempo o PT, a Dilma e o Lula levaram para chamar o processo para a derrubada dela de golpe? Vazar informar sigilosas, ainda mais de uma forma seletiva, não é crime? Usar do expediente de um grampo ilegal em uma investigação não é crime, independentemente de quem esteja sendo investigado? Qual o republicanismo que existe no fato da PF fechar os olhos para o “desaparecimento” de um helicóptero com meia tonelada de pasta de cocaína? É republicano deixar de investigar os maiores sonegadores de impostos e passar a invertigar o filho do Lula e o Gilberto de Carvalho a partir de indícios ridículamente frágeis? Agora, sem dúvida alguma, o maior republicanismo da instituições consistiu em não investigar a santa e proba casta dos Homens Bons da República que estão todos no PSDB. Claro que o suposto Ministro da Justiça não tem nada a dizer a esse respeito. Quanto à Dilma, torço fervorosamente para que ela, às duras penas, aprenda que  não é a gerente ou técnica do Brasil, é a nossa presidente e precisa começar a governar. E governar é agir politicamente, no melhor sentido do termo. 

  34. quem será a verdadeira Dilma?

    Achei interessante o comentário do amigo CArlos H. O que pretende Dilma? Será que seu silêncio eloquente não pretende que o PT pague pelas alianças espúrias do tempo de Lula? Sabidamente estamos em um presidencialismo de coalisão. E a coalisão do PT foi o maior exemplo de como tentar misturar água e óleo. Por mais que se diga que a corrupção é do PT, sabemos que os maiores capos das negociatas são dos partidos coligados e não do PT. O PT fez as negociatas de uma maneira partidária , enquanto os outros , assim como fazia o PSDB , de maneira pessoal. Dilma , ao calar-se sobre os casos que atingem seu governo , parece querer fazer entender que Dilma , PT e Lula são coisas diferentes. Que seu governo não é petista. Que ela tem uma história diversa daquela de antes de 2011. Se nos reportarmos a Dilma histórica, teremos uma pessoa forjada na guerrilha, onde a hierarquia e os métodos de ação e de sobrevivência são bem especificados e que o reconhecimento de um governo tradicional ( corrupto, com trocas de favores ( republicanismo , como dizem) ) não acontece. Não existe coalisão em uma guerrilheiro. Você é único e seus companheiros são os únicos confiáveis e serão punidos caso traiam esta confiança. É um convívio de segredos e de ações conjuntas somente para a sobrevivência da causa ou de si mesmo. Dilma, ao que me parece , não abandonou estes conceitos. Logicamente que ela não vai dar tiros no Eduardo Cunha, mas no seu íntimo, os ideais do comunismo conquistado pelas armas ainda existem. A democracia pelas urnas nunca foi o ideal de um guerrilheiro.  Mas, ela então não é uma democrata? Sim, ao seu modo. Para ela, assim como para todos nós que tinhamos o comunismo como ideal , capitalismo e democracia são incompatíveis. Isto talvez explique a sua indiferença ou até a vontade que se puna quem praticou o fisiologismo , a hipocrisia em troca do poder. PS: Eu aprendi técnicas de guerrilha participando de treinamentos dentro dela. PS II : As guerrilhas de campo se extinguiram com o fim das células em 1975 , mas se regruparam em 1978. O MR8 podia ser visto frequentemente em campanhas petistas pós regime militar. PS III: Não estou dizendo ou segerindo um golpe de estado por parte da presidente e nem achando que ela ache correta tal medida. Hoje ela aceita o jogo do poder , só não acha certo participar dele da forma como é. PS IV: Sim, Dilma é comunista.

  35. Fico a me perguntar
    Qual o grande político que se manteria no poder, tal como Dilma, com o terrível bombardeio que ela vem sofrendo
    Por menos, houve suicídio, renúncia, golpe
    As circunstâncias atuais são também frutos dos governos Lula, em suas ações e omissões, como as políticas sociais e a incapacidade para fazer a regulamentação da mídia e as reformas fiscal e política. . As condições para elas eram ideais no período Lula quando a sociedade impôs uma arrasadora derrota à FHC e seu grupo, e o enorme carisma de Lula
    Além dessas circunstâncias internas, as condições externas nunca foram tão desfavoráveis quanto agora
    A desmoralização da política, já amplamente debatida aqui no blog, não pode ser colocada no colo de Dilma

    1. Resp.

      Não se pergunte, confirme que Dilma está sendo o melhor presente que nós brasileiros ganhamos nessas

      ultimas décadas,se prestarmos atenção, vemos que está acontecendo uma verdadeira faxina ética ja mas vista no Brasil,

        se pensarmos o Brasil coletivamente, a crize política amenizará,e seria um passo para o crescimento,para estabilização,

      o que está acontecendo entre nós, é a ganância desenfreada de alguns brasileiros que levou o Brasil a esse estado de

      coisa, contaminando diversos seguimentos da vida pública.caso as envestigaçôes se ampliem eticamente para valer, 

      sem paixão política dos membros dos órgãos envolvidos no processo, à curto ou médio prazo pode se inalgurar

      uma nova ordem política no Brasil.

       

  36. Artigo bastante oportuno do

    Artigo bastante oportuno do Nassif, que busca desvendar um dos pontos mais difíceis de compreender no governo Dilma.

    Não acredito na tese de republicanismo ingênuo, isso é mera desculpa esfarrapada, repetida, diga-se, com um cinismo constrangedor.

    Acredito mais na tese da visão burocrática e rigidamente hierarquizada do exercício do Poder. A presidente é uma autocrata, centralizadora, e, como demonstra a experiência, pessoas desse tipo costumam se cercar de carreiristas bajuladores, gente sem expressão, sem brilho próprio, praticantes de intrigas palacianas, os “yes men”.

    Percebam o empenho de Dilma em eliminar – em alguns casos com grande descortesia, o que denota seu despreparo e insegurança – todos os ministros fortes legados pelo governo Lula, como Celso Amorim e outros, e substituí-los por figuras sem brilho, alguns visivelmente incompetentes.

    Dois ministros da cota de Dilma(os mais notórios), se destacam por sua completa falta de caráter, covardia e despreparo para os cargos que ocupam. Daí surge essa relação suja com a mídia reacionária, são ministros que, para ficar bem com os jornalões, concedem entrevistas e escrevem artigos sacrificando seus colegas de partido, um exemplo de deslealdade digna de figuras das mais indignas.

  37. Um fato chama atenção no

    Um fato chama atenção no republicanismo da presidente. Vimos que vários de seus ministros, muitos deles injustamente, foram sumariamente demitidos por conta de notícias dos jornalões, muitas delas falsas, mas Dilma, com o discurso vazio do republicanismo, os demitia prontamente, alegando não admitir desmandos. Muita gente boa foi injustiçada.

    Porém, onde está o republicanismo dilmista com seu ministro que teve inquérito aberto pelo STF?

     

  38. Paradoxo e consciência de classe

    Verdade, o vulgo, também conhecido por “classe média”, é muito comportado, legalista, “republicano”, contido, auto-censurado… quem viu os jornais enaltecendo a “multidão” que se dirigiu ao “Super Feirão Limpa Nome” que está rolando no Rio de Janeiro? Deixar de pagar dívida de mil dinheiros não pode. Desviar 502 bilhões de dinheiros no Banestado pode.

    O curioso é que Dilma, tendo poderes institucionais de elite, age como pessoa do vulgo. Ou seja, é democrata “no úrtimo” mas para ser chefe numa democracia não pode ser democrata, tem que ser elite. Senão a elite, imprensa inclusa, execra. Esse negócio de que ministro de estado se submete às demandas populares é coisa de islandês e nós somos americanos. Não estadunidenses mas nem por isso menos americanos. E nas Américas, terra de ninguém, de xerifes e justiceiros, quem pode mais chora menos, o forte submete o fraco e pronto. Esse negócio de limpar nome, leis republicanas, é para os fracos.

  39. “QUE QUE É ISSO COMPANHEIRO”

    Caro Nassif, pegou pesado no título embora de certa forma verdadeiro, Toda as vezes que empresários querem assaltar os bolsos nacionais terceirizam a missão de fragilizar o governo para a mídia tradicional e bandida. Não devemos fazer o mesmo, não por falta de merecimento, mas por assim dizer geopolítica, estaríamos fazendo o jogo proposto pelo poderoso deus mercado. Todas as grandes corporações nesse hiato político que estamos passando esta assaltando e esmagando o povo, as vistas da justiça e tudo mais, justiça afinal como sempre cega e alheia a verdade verdadeira. Cito um exemplo: Alardeiam por aí o número cada vez crescente de internautas e dados da internet sobre o Brasil, porém a banda larga só é possível na operadora OI através de venda casada de plano de telefonia celular, é errado e usando palavra da moda, é MEGANHAGEM da tradicional MEGANHADORA OI. Nada é feito, os holofotes da fama se viraram para a política, mas de forma desastrosa e negativa.  Vem questionamentos parecidos como o caso do HELICOCA do SENADOR, porque a PF em ver tantas reclamações na ANATEL contra as telefônicas nunca fizera uma devassa, porque? Isso na verdade ajudaria o povo, mas para a PF “não vem ao caso”. Porque protegem grandes empresários inclusive esse que até já foi preso e solto na madrugada, porque para alguns ministros do STF, “a noite é uma criança” para pulos de HB. Estamos vivenciando no Brasil hoje sem nenhum exercício de inteligência o aflorar verdadeiro do quanto as nossas instituições foram apossadas por assim dizer um bando de come e dorme e fazem o que querem e somente com quem eles querem. Eu apesar que ultimamente tenho tecido severas críticas a Presidenta, cheguei à conclusão que quando se lida com um GOLPE apenas se defenda dele, o resto é resto não tem muito o que fazer, e vou dizer mais, o PT de São Paulo, sabia do GOLPE e ficou quieto. Será que a PRESIDENTA não manda embora o ministro canhestro porque está nas mãos dele? Será? Mas aí vem outro caso, e se ela estiver nas mãos dele? Ai ele não é nada de canhestro ou algo parecido, seria então um espertão na moita. Então é bom a gente parar de implicar com o jeito da Presidenta agir pelo o que ela enfrenta neste momento, e lembramos, que muitos assim idolatrados na história recente e não muito distante não conseguiram, alguns foram mortos, outros ou outro suicidou, alguns pediram para sair e até “impitimado” e assim caminhou a nossa democracia. Acho que devemos continuar cobrando, porém mais devagar com o andor, porque até agora o santo foi de ferro, transforma-lo em barro é no mínimo burrice estratégica.

  40. Dados estarrecedores

    “PIORANDO O QUE ERA RUIM”. Com este título, um editorial de ontem do Estadão, diz o seguinte: 1)- Classificação do Brasil sobre Ambiente P/ Realização de Negócios: 116ª posição numa lista de 189 paises (classificação do Banco Mundial com base no relatório “Doine Business 2016); 2)- Tempo gasto para abertura de empresas no Brasil: 83 dias / 11 procedimentos, 174º lugar entre 189 países,- Nova Zelandia 2º lugar, 01 dia/01 procedimento,- USA 7º lugar, 6,5 dias; 3)- Obtenção de alvará p/ construção civil: 425 dias; 4)- Ambiente de negócios analisado pelo Banco Mundial, entre os países da América Latina e Caribe: 20º lugar entre 33 nações,- até Paraguay e Honduras ocupam melhor posição. Será que o PT em mais de 12 anos de governo e o Congresso (governo e oposição), não têm vergonha daquilo que deixaram de fazer para que o Brasil não se afundasse dessa forma calamitosa ? A sociedade tem que se impôr e exigir a concretização das grandes reformas necessárias para que o Brasil ocupe o lugar que deve e que merece, no Mundo.

  41. Com o devido respeito e amor ao debate!

    Bom dia  Nassif e equipe.

    Bom dia demais debatedores.

     

    A “ideia” que compro é a de que todos ou quase todos, enfim, a maioria  que aqui frequenta   quer o melhor para o país. Votaram na Dilma, no Lula e procuram de uma forma ou de outra com suas opíniões incentivar o desenvolvimento econômico e social do país.

    Mas, lendo o texto do r. jornalista e demais comentários,  tive a impressão de que consciente ou inconscientemente a maioria propõe diagnósticos ruins e respectivos remédios amargos. Em suma, Dilma está errada é ruim e o país está indo para o buraco mesmo, haja vista a absoluta incapacidade política da Dilma.

    Dilma e Crise são sinônimos.

    Senão vejamos.

    Dilma é tecnocrata de esquerda.

    A inversão entre Lula e Dilma foi um tragédia.

    Dilma vive sob terrível bombardeio.

    Dilma, Cardoso, Lula e cia nada entendem de Ministério Público e de Judiciário

    A pior qualidade que um presidente da república pode ter é ter alma de burocrata. Dilma a tem a enésima potência, até a medula.

    Afinal de contas. Dilma é competente em que área ?   Seria no carisma ? rs.

    O governo e a Dilma não entendem nada do jogo de poder.

    Chego a conclusão de que até 2018 0 governo Dilma terá destruído o país e e as esperanças do povo brasileiro.

     

    Francamente debatedores é muito pessimismo em busca de otimismo.

    A pergunta que me ocorre agora é a seguinte:

    Esse  pessimimo todo trará resultados otimistas? Se sim, ótimo.

    Mas, eu penso que não.

    Se o ótimo é inimigo do bom, deve ser também inimigo do péssimo.

    ___________

    Penso que a tal  “crise”,  terrível por sinal,  ameaçadora de nossas respectivas vidas no planeta terra ( salve-se que puder, “Ele está voltando”… e agora pecadores!?) é “desejada” também. Melhor ainda. Muitos a amam.

    E, vale dizer, com esta “crise” mundial e agora “nacional” o CAPITAL( tanto o dos meios de produção como o dinheiro mesmo, sumiu!) 

    Vi, dia desses,  várias “máquinas e equipamentos” partindo não para China, mas para outro corpo celeste. Uns iam para a Lua. Outros com  passagens compradas para Marte, já que a água também  quis mudar pra lá.

    Enfim, os  recursos naturais também desejam mudar de planeta. 

    Enfim, só estava ficando aqui no planeta terra, especificamente no Brasi,  o TRABALHO, flexibilizado e com remuneração baixa, não raro,  sem emprego e com suas “famílias” famintas.

    Em síntese, a “crise” afugentou o CAPITAL e a TERRA para outro planeta. Só nós, humanos, mortais, trabalhadores brasileiros  estamos aqui sem emprego a espera da “habilidade política” da Dilma.

    Francamente.

    É querer ver o circo pegar fogo com os bombeiros em greve. E a Dilma? Ora, a Dilma é a culpada-mor pela “crise”. Como dito, Dilma é o mesmo que Crise. Dilma=Crise.

    Dilma, ame-a ou deixe-a!

    Ora, diante de tanta inabilidade política assim, diante deste “maquiavel” ao contrário, por que não pensar então no impiti-man? Ou seria  impiti-woman? 

     Ora, vamos logo ir para rua, bater panela, pedir “impitiwoman” e bola pra frente que atrás vem gente. É pragmatismo na veia ,meu!

    Precisamos de um (isso mesmo, um homem) sério , político e que sabe jogar o jogo do poder no Brasil, para, exatamente, fazer todos as reformas que o Brasil necessita e atrair o CAPITAL e os RECURSOS NATURAIS que agoram foram morar na LUA( ou em marte). 

    E para isso, a Dilma precisa ter habilidade política para convencê-los deste retorno.

    Volta, vem viver outra vez ao meu lado, não consigo dormir… pois meu corpo está acostumado…

     

    Saudações 

     

     

  42. O MIX DE PUBLICO E PRIVADO DO PT

    Prezado Nassif,  com relação ao texto gostaria somente de observar que em sua frase “José Dirceu, que se perdeu deixando disseminar uma imagem de superpoderoso que o tornou presa fácil no “mensalão”” me desculpe não foi o fato da imagem de superpoderoso foi pelos atos cometidos de se apossar de dinheiro publico que o motivou a estar no xadrez alias é pura questão de carater ou falta de haja vista que o dito foi condenado tanto na ditadura quanto na democracia. Nassif você há de convir comigo quando se tem um ex-presidente sendo investigado na Suíça, EUA, Brasil, Protugal etc não é questão de perseguição política e sem perseguição ao corrupto mor.

    1. Com assim, mano?!?!

      Você está dizendo que Lula está sendo investigado na Suíça, EUA e Portugal?!?!?!

      Você bebeu água da Cantareira, cara?! Presta atenção no que você fala!

      Onde você viu que Lula está sendo investigado fora do Brasil?!?!

      Vou além: Dá o número do processo que está investigando o Lula no Brasil.

      Para de falar o que  não sabe!

      1. Taxista

        Peguei um taxi hoje no hipercentro de BH,  condutor devia ter uns 50 anos, com leve sotaque espanhol e aparência típica de um indígena boliviano, ou peruano. Reclamei do calor insuportável, mas ele não deu muita atenção, e logo começou a vociferar contra Lula, Lulinha, Zé Dirceu, Dilma. Disse de forma colérica, que esse “vagabundo”, o Lula, estava sendo processado até em Portugal. E me mostrou a prova, a edição provavelmente de hoje( não conferi a data), do jornal O Tempo, de MG. A manchete da página 3 dizia que pessoas ligadas a Lula estavam sendo investigadas em Portugal. Uma foto em cores de Lula com o ex Primeiro Ministro socialista lusitano, José Sócrates, que está em prisão provisória sob acusações de todo tipo da mídia lusa. E uma imagem da capa do jornal português Público, cuja manchete dizia que presidente da PT estava sob investigação por maracutaias ligadas à brasileira Oi. O inca esbugalhou os olhos e disse:”olha aí, não falei, é o PT, é o safado do Lula!” .Mas era “A” PT, e não “O” PT. A empresa Portugal Telecom. Pelo estado do irmão sul-americano, julguei melhor não entrar nesse pequeno detalhe. Me deixou na porta de casa, e se despediu: vamos prender o larápio!

         

        1. Mentira! Como é que um estrangeiro vai vociferando!

          Mentira absurda! Inventa outra!  Como é que um estrangeiro vem vociferando contra um ex-presidente de outro país que nem conhece e fica indignado dessa maneira?! Isso é coisa de brasileiro que só sabe odiar e inventa rmentiras. Não existe nada contra Lula em Portugal. Quem está enrolado com a Oi pelo que li é o banqueiro Daniel Dantas!

    2. Mô fio

      Me desculpe mas você não esta a altura desse debate. Vá procurar sua turma esquizofrenica que só sabe cantar o samba de uma nota só …

  43. Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder

    TUDO É VERDADE MAS…

     Em tudo que foi escrito, tem um pouco de verdade e a verdade mesmo, aquela que poderíamos chamar de emunah, veritas ou até mesmo alétheia , é que estamos numa grande crise de pessoas competentes em uma classe chamada política. Seja lá quem for o político eleito atualmente para algum mandato, nada irá fazer porque não existe conhecimento básico de administração e ética e sem essas condições fica impossível fazer alguma coisa em beneficio de alguém. É um salve-se quem puder. A máxima de que política serve para dividir o muito de poucos para os muitos com pouco (o justo embora covarde) se torna cada vez mais utópico. A continuar nessa balada, vamos torcer para que esses falsos administradores lembre-se de que as revoluções tendem a engolir os revolucionários e que tem alguém que realmente não concorda com o que vem acontecendo(nós) e como nós, nos expressamos como a única forma no momento de dizer que não concordamos com essa mal interpretada democracia e que não somos dessa forma, cúmplices dessa hipocrisia. Quem sabe na próxima eleição, deixemos de ser iludidos por essa maravilhosa invenção chamada “URNA ELETRONICA” que aos olhos dos ignorantes virtuais é inatingível em termos de fraude (os hackers estão morrendo de rir), passemos a escolher nossos representantes como um país de primeiro mundo e ter a sensação de que realmente escolhemos corretamente nossos administradores.

  44. …Jose Dirceu tinha um
    …Jose Dirceu tinha um contingente apreciável….
    E deu em que?

    Operadores?

    Os do PT deram, todos, errados.

    Dirceu, Palloci,…

    O problema ê outro, é outro.

    1. Problema tem nome

      É, o problema é a Dilma, sempre foi e vai ser até 2018, infelizmente essa ultima eleição deixou o brasileiro sem muitas opções, então tivemos q reconduzir ela a presidência.

  45.  “quem é chefe manda, quem é

     “quem é chefe manda, quem é subordinado obedece. E se queixar de assédio moral é comportamento de frouxos.”

    Poxa, ela foi chamada de valentona quando era Ministra de de Minas e Energias.

    O ódio disseminado, talvez tenha feito o governo pisar em ovos para evitar o conflito social, e então, realizar o sonho dos fascistas. E o exercicio do poder dela é infinitamente menor do que o exercicio do FAZER.

    Entendo, que essa situação em que parte da direita, a intolerante à esquerda geral, a melhor coisa a fazer além de debater, é trabalhar. Deixa rolar…

     

    1. Quando o time SÓ PERDE, no

      Quando o time SÓ PERDE, no mínimo é obrigatória a troca de alguém da diretoria ou até mesmo do técnico. Mesmo que o problema não seja eles. E, claro, “arrumar a casa”.

      “Não basta ser a mulher do César; tem QUE PARECER.”

  46. O problema da Dilma

    Arrogância, cuja consequência é a falta de humildade para reconhecer os próprios erros, o quem sabe até renunciar.

    Falta-lhe capacidade para articular-se politicamente, pois não consegue faze-lo e nem tem ninguém para delegar essa missão. Coitado do Cardozo. Resultado: isolamento político, mesmo possuindo no papel a maior base de sustentação que um governo pós-redemocratização teve até agora.

    Sem liderança e humildade (característica básica para qualquer líder) os deputados, os senadores e os governadores de sua base, bem como seus ministros não representam os interesses de seu governo, representam apenas seus próprios interesses.

    A caneta presidencial tem bastante tinta, porém não mão de uma pessoa que não possui aptidão nenhuma para liderar, pouco serve aos interesses de seu governo, consequentemente aos interesses do país.

    O pior é que ficaremos à deriva pelos próximos três anos, sem nenhuma perspectiva de melhora nos indicadores econômicos e sociais, apenas andando para trás, até que um “FIAT Elba” seja encontrado.

     

  47. Eu não consigo ler nas entrelinhas …

    A analise esta correta. Mas o que NÃO  foi dito nesse texto, é o que importa. Como deter a atuação partidária  de setores de Estado como MPF, PGR, PF, Judiciário, etc? Como se faz isso? Que há um desequilibrio isso ninguem tem dúvida.  Mas isso esta acontecendo somente por irreponsabilidade da Presidencia? Que Zé Cardoso é um pavão inoperante isso niguem duvida? Mas que tipo de operação seria necessária para barrar esse desequilibrio que esta solapando o governo, destruindo o PT e sua pricipal liderança? Acho que o buraco é mais embaixo, é mais profundo. Até Zé Dirceu acreditou na imparcilaidade dos tribunais. Acreditou que não seria condenado devido a ausencia de provas. Até ele, com toda experiencia e traquejo politico, acreditou na nobreza das instituições. E deu no que deu. A sua analise esta correta Nassif. Mas  falta alguma coisa mais. O ferimento é mais profundo a patologia é  mais grave … Como resolver a questão e aplicar o remedio? Esta nas entrelinhas do seu texto? Talvez, apenas talvez, Dilma não esteja mesmo a altura de ministrar esse remedio. Não sei … Tô delirando?

    1. Getúlio Vargas não soube o

      Getúlio Vargas não soube o que fazer. Achou melhor tirar a pròpria vida. As circunstâncias são parecidas mas a Dilma é uma mulher forte Saberá o que fazer. Confio nela.

    2. Getúlio Vargas não soube o

      Getúlio Vargas não soube o que fazer. Achou melhor tirar a pròpria vida. As circunstâncias são parecidas mas a Dilma é uma mulher forte Saberá o que fazer. Confio nela.

  48. De fato, Dilma tem

    De fato, Dilma tem dificuldade em jogar o jogo político. E já demonstrou também que, mesmo sendo centralizadora, não sabe ou tem medo de usar os instrumentos de poder à sua disposição. A postura em relação a PF, MPF e Receita Federal, por exemplo, é inacreditável. Praticamente é a mídia, que é claramente porta-voz da oposição golpista, que pauta estes órgãos. E esta mídia não recebeu um voto de qualquer cidadão para ter este poder. Pelo contrário. No caso de rádio e TV se trata de concessão pública, o que deveria ser lembrado a todo instante, inclusive como forma de cobrar maior seriedade e isonomia no trato das questões.

    O Brasil vive hoje uma crise de governo, por culpa do governo, em parte, que não é governo, mas parece querer sobreviver dizendo que nada pode interferir nos processo, o que é ridículo. A PF está zombando do povo brasileiro ao blindar aquilo que não interessa à oposição golpista e ao carregar nas investigações seletivas contra Lula, seus filhos, Gilberto Carvalho, entre outros. Já pensaram se fizessem uma devassa na vida de FHC, Serra, Aécio, seus assessores e filhos, desde a época da privataria tucana, dos mensalões tucanos, das mesadas de Furnas e tudo mais? Aí sim, não sobraria pedra sobre pedra. Mas, ao que parece, só as paredes do PT é que estão sendo demolidas, graças em grande parte a esta postura não republicana do governo, de se omitir perante suas atribuições. Mercadante, Cardozo, são ministros covardes, e incompetentes, até, porque estas coisas estão juntas. Não têm coragem de enfrentar os inimigos porque não têm capacidade, então seria melhor que tivessem o mínimo de humildade e entregassem seus cargos para pessoas mais preparadas e corajosas. O Brasil precisa disso, principalmente neste momento que vivemos o horror das chantagens midiáticas, do caos plantado e anunciado a cada instante.

    1. Tecnocratas

      Que nunca mais um tecnocrata, gerente, como Dilma e Anastasia seja eleito para a Presidência da República. Com um verdadeiro líder político, tarimbado e com instinto político aguçado, essa Crise Política, que turbinou a crise econômica e paralisou totalmente o país, não existiria, ou seria uma piada perto do que é. Hoje, Lula, além de ser político e instintivo, é um cobra no manuseio dos cordéis do poder. Mesmo ele aprendeu muito errando muito. O que o salvou e fez terminar o mandato de forma apoteótica foi ter a Política correndo velozmente em suas veias.

    2. Quer dizer (2)

      Quer dizer que o primeiro mandado da Dilma foi um fracasso e por isto ela não se reelegeu?

      Tem mais abutres neste céu… e o principal deles chama-se “golpe”.

  49. Ah, coitada

    Coitada da Dilma. Estou com pena dela. Nao sabe fazer o jogo politico, sempre mal assessorada por ministros fracos em seus cargos (Diga com quem andas que lhe direi quem tu es), parece que comecou a governar ha alguns dias. Este politicos do governo e da oposicao sao tao inocentes, mas ate o Lula ja admitiu que mentiram na campanha da eleicao.

  50. Ontem, na TV Brasil, Ciro

    Ontem, na TV Brasil, Ciro Gomes bateu tanto em Cunha quanto em Lula com a mesma intesidade e absolveu Dilma.

    Assim como FHC no Roda Viva apenas em relação a Lula e Dilma.

    Alckmin chama Dilma de Presidenta.

    O que eu mais gostaria de saber, não é a relação de Dilma com os setores do seu governo, mas com a oposição.

    Se não existisse o tresloucado do Aécio Neves o segundo mandato da Dilma já teria começado. É apenas ele quem sustenta toda a balburdia política, incluindo o Cunha.

    As vezes sinto que Dilma se sente mais a vontade ao lado dos tucanos que dos petistas.

  51. E vocês realmente acham que
    E vocês realmente acham que em um pais subdesenvolvido, neófito em democracia, o poder pode ser exercido fora do ” sistema”.?

    Quem perdeu a oportunidade de fazer um governo ideológico, com as reformas estruturantes, fiscal, tributária e a política, além da regulamentação da mídia foi Lula, e não Dilma.

    A PF e o MP republicanos não foram criações de Dilma.

    A atuação do Congresso, da CPF, do MP no maior escândalo ”republicano”a AP 470 não foi no governo Dilma.

    Lembram de Paulo Lacerda?

  52. Dilma é deficiente em política, mas a deficiência não é tudo

     

     

    Luis Nassif,

    Eu acho que você tergiversa um pouco. Há uma crítica ao ministro da Justiça a se fazer, embora eu não vejo motivo para essa crítica, e você aproveita para falar mal da presidenta Dilma Rousseff. Já comentei sobre o timing das acusações que você faz a presidenta Dilma Rousseff. Há um comentário meu junto ao post “A paralisia de Dilma para enfrentar a crise” de terça-feira, 27/10/2015 às 19:32, aqui no seu blog e de sua autoria em que eu digo o seguinte sobre o timing de suas acusações:

    “Acusações que se diga de passagem em sua defesa não são feitas quando a presidenta Dilma Rousseff está presa às cordas. Você espera ela se recuperar para então descer o sarrafo”.

    E deixo a seguir o link para o post “A paralisia de Dilma para enfrentar a crise” que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-paralisia-de-dilma-para-enfrentar-a-crise

    Aqui eu diria que a presidenta Dilma Rousseff deve ter dado orientação ao seu ministro da Justiça para ajudar a revista Isto É porque ela deve ter o bom senso de compreender que, para o debate democrático, duas Vejas ruins é melhor do que uma Veja ruim, mesmo sabendo que a revista Isto É é pior do que a Veja, caso isso seja possível.

    Digo que você tergiversa, entretanto, por motivo diferente. Você conclui um texto para o qual eu não tenho reparo, salvo a implicância com o ministro da Justiça e salvo atribuir responsabilidade à presidenta da República pela autonomia do Ministério Público, com a seguinte frase:

    “Inegavelmente, foi essa incapacidade de entender o poder de forma ampla que acabou sendo o ponto fatal no enfraquecimento do partido e do governo”.

    Para quem como a mim que embora sendo leigo dá muita importância a economia, esta afirmação final chega às raias do devaneio despropositado, do desvario destrambelhado, do desatino disparatado. É preciso ler mais o sociólogo Marcos Coimbra. Há mais tempo ele deixou claro como a economia pesou na péssima avaliação do governo, sem esquecer é claro o julgamento da Ação Penal 470 e o escândalo da Petrobras, quando da eleição de 2014. Nesse sentido vale deixar o link para o post “Incompetência, corrupção, economia ruim? O que pegou em Dilma em 2014” de quinta-feira, 29/01/2015 às 16:57, aqui no seu blog transcrevendo após curta introdução o artigo de Marcos Coimbra “Dilma, um e dois”, publicado na Carta Capital. O endereço do post “Incompetência, corrupção, economia ruim? O que pegou em Dilma em 2014” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/incompetencia-corrupcao-economia-ruim-o-que-pegou-em-dilma-em-2014

    E hoje, quarta-feira, 04/11/2015 às 11:42, saiu publicado o post “Custo da crise é alto, mas Dilma não sai antes da hora, por Marcos Coimbra”, reproduzindo o artigo “Ano perdido” publicado originalmente na Carta Capital em que o Marcos Coimbra analisa a idéia de que é a crise política que gera a crise econômica. O endereço do post “Custo da crise é alto, mas Dilma não sai antes da hora, por Marcos Coimbra” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/custo-da-crise-e-alto-mas-dilma-nao-sai-antes-da-hora-por-marcos-coimbra

    De todo modo, eu penso que quando se faz a análise política da presidenta Dilma Rousseff não há porque sair tergiversando e buscando aqui e ali características da personalidade da presidenta Dilma Rousseff que explicariam a situação econômica atual. Nesse sentido vale reproduzir aqui trecho do meu comentário enviado segunda-feira, 02/11/2015 às 15:20, junto ao post “A paralisia de Dilma para enfrentar a crise”. Disse eu lá:

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    “Então o erro político da presidenta Dilma Rousseff é um erro continuado e decorre da falta de compreensão da atividade política. A presidenta Dilma Rousseff não aceita a política como ela é. Ela não considera o fisiologismo como um instrumento inerente ao processo político democrático representativo. Ela é uma técnica que acredita na superioridade da técnica sobre a política.

    Quem disse isso de modo preciso e ao que parece ninguém aqui do blog introjetou o conhecimento repassado foi Marco Antonio Castello Branco em comentário que ele enviou quinta-feira, 26/06/2014 às 02:45, para junto do post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 17:47, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/para-entender-o-desgaste-do-governo-dilma

    Já mencionei este comentário mais de vinte vezes, reproduzindo muito provavelmente a metade, sempre deixando o link para o post “Para entender o desgaste do governo Dilma”. Já são mais de 12 meses que o comentário foi publicado no post e fiz menção a ele logo em seguida, mas nunca vi um comentário junto ao comentário de Marco Antonio Castello Branco. Faço menção a este comentário desde o meu comentário de quinta-feira, 26/06/2014 às 22:56, que eu enviei para você junto ao post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” de quinta-feira, 26/06/2014 às 12:51 e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/pequeno-manual-de-como-discutir-politica-nas-redes-sociais

    É de se observar que Marco Antonio Castello Branco enviou o comentário para o post “Para entender o desgaste do governo Dilma” praticamente dez dias depois que o post fora publicado e eu não só o transcrevi como também o comentei no mesmo dia com umas vinte horas de diferença.”

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    Não transcrevi o comentário de Marco Antonio Castello Branco, mas avalio que já é hora de voltar a o transcrever. Disse ele lá:

    “Penso que a origem primeira das dificuldades do governo da Presidente Dilma reside na ideologia que ela abraçou e que propaga a supremacia da racionalidade técnica sobre a política como instrumento de construção de um projeto coletivo. Em torno dessa ideologia construiu-se a crença ingênua de que um dia a administração das coisas poderá substituir o governo dos homens.

    Isso contribui para que mesmo num país jovem como o Brasil, no qual o exercício da representatividade democrática ainda se encontra na adolescência, surjam sinais de esgotamento da democracia representativa e de tentativas de democracia direta. Dilma sanciona o desencanto dos brasileiros com a política ao demonstrar seu desprezo pelos políticos. Não está a seu alcance fazer o novo ordenamento legal das instituições políticas e o sistema eleitoral. Mas nada impede a Presidente de se cercar de deputados, senadores e homens de partido que melhor representam a prática da política no nosso país. Eles existem tanto na base do governo como na oposição. Ao não reconhecê-los e ao desprezá-los Dilma se alinha e sanciona o jogo maniqueísta e moralizante da mídia, que, afinal, fará dela e de seu governo sua derradeira vítima.

    São provavelmente sintomas desse fenômeno de crise da representatividade, a celebridade mediática alcançada pelos desvios de conduta de parlamentares, e os debates entre a moral e a política que não cessam de surgir na opinião pública, o que, vale aqui salientar, não é nenhum privilégio da sociedade brasileira.

    Faço aqui recurso ao pensador francês Julien Freund, cujas decepções íntimas causadas pela realidade da prática política o levaram a estudar o que é a essência da política, ou seja, a descobrir o que se esconde atrás do véu hipócrita de certas concepções moralizantes. Não se tratava para ele de subtrair a política do julgamento moral, nem de isolar esses dois conceitos um do outro, mas simplesmente de reconhecer que eles não são idênticos, pois a moral e a política não visam os mesmos objetivos.

    Apesar de ser desejável que o homem político seja também um homem de bem, ele pode também não o ser, pois tem a seu encargo a comunidade política, independentemente da sua qualidade moral. Julien Freund chama a atenção de que reside na identificação da moral com a política uma das fontes primárias da intolerância, do despotismo, das ditaduras, e dos tribunais populares.

    Apesar de estar consciente que não existe uma política moral, mas que se pode construir uma moral política, Julien Freund nos recomenda apelar para a vigilância e para a lucidez. Uma lucidez que sabe que ela não será jamais capaz de eliminar a morte, a violência, a maldade e a corrupção dos homens; uma vigilância que conclama a construir muralhas sólidas, um regime de governo e um conjunto de leis que evitem os exageros.

    Dilma parece ter assumido no íntimo de suas convicções o julgamento moral da política e por isso despreza todos políticos. Tem faltado a ela a lucidez de que governar os homens é mais valioso do que gerenciar planos, programas e obras.”

    Enfim é isso, seus textos sobre a personalidade da presidenta Dilma Rousseff dizem alguma coisa sobre ela no aspecto político, mas nesse aspecto político longe de ser tudo e têm o inconveniente de transformar todo o problema da falta de compreensão da atividade política pela presidenta Dilma como a origem de todo o problema que a presidenta Dilma Rousseff atualmente enfrenta.

    E ia terminar meu comentário sem uma referência ao terceiro trimestre de 2013. Não vou deixar escapulir essa oportunidade. Fosse outro o terceiro trimestre de 2013 e muito provavelmente a presidenta Dilma Rousseff não precisaria fazer tantas mudanças econômicas como acabou tendo de realizar para enfrentar uma realidade de enfraquecimento da moeda dos países de periferia que já era prevista desde 2010, até por leigos como a mim.

    Em outras condições econômicas, a situação política seria outra. A dificuldade para enfrentar a desvalorização da moeda seria também menor. Sem a explicação correta do que teria ocorrido no terceiro trimestre de 2013, o entendimento tanto da realidade econômica atual como da nossa realidade política fica bastante deficitário.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 04/11/2015

    1. Gog and Magog

      Você escreveu:

      ‘E ia terminar meu comentário sem uma referência ao terceiro trimestre de 2013. Não vou deixar escapulir essa oportunidade. Fosse outro o terceiro trimestre de 2013 e muito provavelmente a presidenta Dilma Rousseff não precisaria fazer tantas mudanças econômicas como acabou tendo de realizar para enfrentar uma realidade de enfraquecimento da moeda dos países de periferia que já era prevista desde 2010, até por leigos como a mim.

      Em outras condições econômicas, a situação política seria outra. A dificuldade para enfrentar a desvalorização da moeda seria também menor. Sem a explicação correta do que teria ocorrido no terceiro trimestre de 2013, o entendimento tanto da realidade econômica atual como da nossa realidade política fica bastante deficitário.”

      Gog e Magog?

       

  53. Ainda vamos precisar de

    Ainda vamos precisar de distanciamento para entedermos realmente o governo Dilma Rousseff. O primeiro governo em um tom, o segundo, praticamente o seu oposto – mesmo levando em conta a catastrofe do Congresso e a crise politica provocada pelo playboy profissional Aécio Neves. 

    Eu ja o disse em outro comentario. O que mantem um ministro com o ja conhecido perfil de José Eduardo Cardozo durante tanto tempo num governo petista?

    Por que o Ministro da Justiça deixa muito confortavelmente a sua PF agir, como tem agido? O que quer dizer essa nova investida contra Dirceu? Eu vejo um longo acerto de contas nessa historia toda, com o beneplacito de Cardozo. E como disse em outro comentario ainda ontem não ficaria surpresa se Lula ou alguém de sua familia terminassem presos, ainda que seja apenas para escandalização. Eh tudo que eles (alguém) quer muito.

    PS: Até hoje não vi nem um cidadão/cidadã se dirigir a Lula enquanto tio, Collor como tio, FHC como tio, Itamar como tio etc. Tia Dilma é mais uma vez a falta de respeito para com as mulheres.

  54. 100% única, de honestidade sem igual…

    e nada funciona

    que tristeza

    que será que queriam os que em junho/2013 ocuparam as avenidas revoltados com a política,

    queriam uma governabilidade perfeita, estável e sem atritos, ou um líder ideal, honesto?

    se dilma não serviu, como apontado, ninguém mais servirá

     

  55. Mas será que não tem um

    Mas será que não tem um cidadão qualquer que consiga fazer Dilma perceber estas coisas? Onde já se viu PF, MPF e Justiça fazendo o que bem entende, adotando o método pau que bate em Chico também em Francisco, desde que este também seja do PT?

  56. Acho que essa teoria ainda

    Acho que essa teoria ainda não tem substância…parece desculpa de perdedor. Ser for deposta, já tem uma desculpa para a história. Acho que o PT, como disse o lula, são muitos PTs. E muitas lideranças petistas estão ou ajudando a afundar o barco, ou abandonando o barco. Um partido com quase dois milhões de militantes, onde a candidata à presidente é uma mulher que veio do PDT? A negociação da governabilidade, sabe deus o preço ético disso, que efeitos isso causou na base? O problema, nesse sentido, é que a base está eticamente confusa com a atuação do PT, das lideranças do PT e da própria Dilma.

    O que justifica o José Eduardo Cardoso como ministro e o Delcídio como líder no senado? Simples, a escolha moral do PT. Suas escolhas internas, sua busca pelo poder e pela perpetuação. Mesmo que o outro candidato seja horrível, as lideranças do PT ajudaram a macular e enfraquecer o que o próprio PT representa. 

    A Dilma deveria ter sido apenas um projeto de transição para um terceiro mandato do Lula. Os motivos todos reconhecem. Sua falta de carisma e representatidade moral. Suas promessas de campanha descumpridas no dia seguinte à eleição. Ela e o PT, com sua estratégia de marketing, pagaram as balas de quem agora os fuzilam. Por que optar pela reeleição? Apenas para garantir mais quatro anos no poder? O lula sempre foi mais coerente e carismático. Ele ia comer com farinha esse cenário de desesperança ética que vivemos. Talvez fosse ele a solução para a crise política e econômica. Agora já era. Um senhor idoso, cansado e perseguido. Ele não vai suportar. A esquerda vai demonstrar que não serve para nada, por quê enquanto promoveu 12 anos de progressos, isso vai nos custar uns 25 anos de retrocesso. Tudo isso por quê as lideranças do PT foram moralistas sem moral também.

     

  57. O ponto que se nos apresenta
    O ponto que se nos apresenta é a preparação da ideia de república, que tal como é existe, o problema é saber de quem ela é. A República no mundo é da direita, pois, sem o poder direto de decidir, coaptou a política, a justiça e a economia para o mercado. Não há, portanto, situação da vida para presidir a formação de representatividade na república. É ridículo exigir ganhos de gestão da produção com essas entidades subjetivas, quando os objetos das atividades também não fazem parte das instituições do mundo real. Dilma, em primeiro lugar, subordina seu cargo a uma unidade de dividas em que ninguém conseguirá conciliar nação e Estado, porque o Banco Central e empresários que possuem rede monetária paralela – coordenados por emissões do FED nos EUA – detém para si conversibilidade e grandeza do meio de processamento social; e a definição e rigor da degeneração que se arrasta é a república.  O segundo ponto é a fixação da ideia do que é o objeto que necessita de definição e rigor firmemente estabelecidos, por meios de existência do trabalho das categorias da ciência e tecnologia, para extrair do seu conceito de valor demandado pela conversão da sociedade. Podemos repercutir a representação de valor que há nas obras e que antecede por começar a encontrar perante nós, como conteúdo introdutório à emissão de moeda; de forma que esta pertença ao resultado de uma outra ciência (da razão) concebendo um círculo regressando a si mesmo.

  58. Dilma esta sendo no mínimo

    Dilma esta sendo no mínimo muito ingênua  e dando munição à oposição ao continuar financiando por meio de publicidade

    a grande imprensa.

  59. Seguir cegamente líderes populistas dá nisso…

    … o líder populista te manda votar em um poste, e a população elege um poste sem fazer qualquer juízo crítico. Aliás, até poucos meses atrás qualquer um que tivesse qualquer senso-crítico no país era chamado de direitista-golpista-que-não-gosta-de-pobre. E foi assim que a ideia de haver um “monopólio das boas intenções” nas mãos do PT resultou em um desastre para nós.

  60. Verdade?

    Fernando Rodrigues – UOL

    http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2015/11/04/desoneracoes-sob-dilma-ja-somam-r-342-bilhoes/

    “Um levantamento da Receita Federal mostra que nos quase 5 anos da administração da presidente Dilma Rousseff foram concedidas reduções de impostos que somam R$ 342 bilhões.

    Esse valor seria suficiente para cobrir com muita sobra os cerca de R$ 50 bilhões do rombo no Orçamento de 2015. Mesmo que o déficit ultrapasse os R$ 100 bilhões (para cobrir as “pedaladas fiscais”), haveria muita folga.”

    http://imguol.com/blogs/52/files/2015/11/Desoneracoes-2014-2018.pdf

  61. Quanto ao ZZZZzzzzzzz..  

    Quanto ao ZZZZzzzzzzz..    Zé, não precisava mandar parar as investigações contra petistas mas exigir que, para cada petista e seu devido peso político, houvesse investigação igual, com tratamento igual, à tucanos, pois indícios e até provas não faltam.

    São helicópteros cheios de pó que somem, processos milionários que somem de dentro de repartições federais, é processo esquecido em gaveta “errada”, é processo parado a anos, é disvirtuamento de investigação (tudo pró tucano) e etc  e etc.

    Nada é apurado. Ninguém é punido. Ninguém é “promovido” ou transferido. Pode ter escuta ilegal e não se dão ao trabalho de divulgar o que foi escutado. É vazamento dia sim outo também, contra o PT.

    Tá tudo dominado. Mas Deus atu certo em linhas tortas. De vez em quando, aparece uma lista do HpSdBC aqui, uma condenaçãozinha da CBF ali, umas continhas secretas do cunha acolá!

    Os tucanos e assemelhados e endinheirados devem estar com uma raiva dos “swiçanos!”

  62. Será a Dilma (tão) ingênua?

    O texto do Nassif é perfeito!

    Mas temos que considerar outra hipótese para explicar esse excesso de “republicanismo” do Zé.

    Acho que diante desse bombardeio midiático contra o PT e o governo não consigo admitir tanto amadorismo por parte do governo, digo governo porque não é possível a Dilma centralizar tantas decisões importantes de governo e estado.

    De fato, essa entrevista do Zé na IstoÉ é para deixar qualquer petista ou simpatizante p. da vida.

    É inexplicável conceder uma entrevista dessa! Porém…

    Pode haver alguma estratégia do governo em deixar o Zé dar entrevista alegando “justiça é para todos”, para depois ensaiar alguma reação contra os desmandos da PF.

    O objetivo talvez seja apresentar “imparcialidade” diante de medidas mais duras constra os “facistas” integrantes da PF.

    Ou estou também bancando o ingênuo.

    1. O “governinho” covarde…..

      Será que o zé deu a entrevista para se garantir no cargo? Se a dilma for ingênua, é tanta que já virou burrice. Acorda dilma (o minusculo é proposital)

  63. Pensamento de um militante…

    “Não seria melhor termos perdido as eleições? Dilma teria saído em 2014 com relativa aprovação, bons indicadores econômicos e sociais. Voltaríamos a ser oposição de fato (que saudade…), poderíamos criticar à vontade o Ajuste Fiscal, sem dor de consciencia, ou incoerência. Poderíamos “meter o pau” na recessão e no desemprego, que aconteceria só por causa do arrocho, e não pela gastança e descontrole fiscal do nosso Governo. A Dilma não teria ficado como mentirosa aos olhos do povo, que estaria do nosso lado aguardando o retorno triunfal de Lula em 2018, depois de 4 anos difíceis de ajustes, reformas estruturais, e o país pronto pra crescer novamente, entregue de mão beijada pra gente… Ah, com certeza seria melhor ter perdido as eleições, pelo menos eu não teria perdido a razão…”

    Obs: Este texto não reflete a opinião de ninguém em especial, qualquer semelhança é mera coincidência.

    1. Cristiano, já imaginei essa

      Cristiano, já imaginei essa hipótese, e fico imaginando o pais que Lula receberia em 2018 caso aécio implementasse a sanha entreguista e danosa ao povo brasileiro.

       

      1. Giusepe, não precisa

        Giusepe, não precisa imaginar, estamos vendo bem o resultado de uma gestão danosa ao povo brasileiro, e se segure porque está só começando, vem muito mais por aí…

  64. Falando em complexidade de jogos de poder, um grande muro

    Build a Great, Great Wall

     What ancient myth can teach us about demonization, xenophobia, and the comforting fiction of a wall. 16th-century Persian miniature of genies ("jinn"), helping Alexander build the Iron Wall. (Image: Wikimedia Commons)16th-century Persian miniature of genies (“jinn”), helping Alexander build the Iron Wall. (Image: Wikimedia Commons)

    The scene looks like a Technicolor Mordor. Red and yellow beasts, hunched like men but sporting leopards’ spots and feline tails are baking jet-black bricks. Human masons are working with tools, expressions of worry and focus under their work hats. At the center is something that looks like an albino armadillo, but with horns the color of fire, wearing jewelry of gold and a look of complete exhaustion.

    Our scaly white friend is making a black brick wall between two mountains. A kingly man looks on, explaining the scene to two other men whose heads are wreathed in flames. The three are in a tent, enjoying a plate of pomegranates while they discuss the black wall, the white armadillo-ish creature, and the other laborers. The royal is Alexander the Great, as depicted by a Persian miniaturist in the 1500s: The conqueror of Asia, boy genius, and presumed pansexual is overseeing the construction of a magic wall.

    Alexander the Great was a historical figure, but just barely. When he died in 323 B.C.E., at the age of 32 and as king of an empire that stretched from modern-day Greece to Pakistan, he was considered by many of his contemporaries as something of a god. In just over three decades of life, Alexander sowed the seeds of a vast legend. The Alexander Romance, a fabulist chronicle of acts both heroic and magical, includes one particularly outlandish bit of history. Alexander, the legend goes, built a wall to keep all of the evil out of the Middle East. This magical wall, built with the help of magical beings, was meant to save man’s order from unspeakable death at the hands of malevolent demons.

    If only.

     

    “The Alexander of the Persian romances is much more colorful than his Western counterpart,” explains Minoo Southgate, a professor of English at Baruch College, in a 1977 article. Southgate analyzes the Iskandarnameh (book of Alexander), an 1194 tract that describes the historical king in superhero terms: a peerless warrior and ardent lover of travel and of women. The Persian Alexander visits the Land of Gold, fighting off enormous bees. He marries a pious hermitess, reasoning that it will have him “made in both worlds,” and later adds a fairy princess to his harem. It is all riveting stuff, and as ridiculous as it may read today, one can empathize a bit with the Romance’s pre-modern audience.

    Most important for the credibility of the Romance, it had the backing of God. The Qu’ran tells the story of one Dhul-Qarnaynin Sura 18: Dhul-Qarnayn, “the two-horned one,” comes across people in a valley with whom he can barely communicate but who beg him to protect them from Gog and Magog, who are “spoiling the land.” Dhul-Qarnayn builds an iron wall that will keep out Gog and Magog until the end of times—a noble deed attributed by contemporaneous Jewish and Christian sources to Alexander.

    The Persian Alexander visits the Land of Gold, fighting off enormous bees. He marries a pious hermitess, reasoning that it will have him “made in both worlds,” and later adds a fairy princess to his harem.

    This mysterious horned man who comes into the Qu’ran with moral force is, according to most scholars, Alexander the Great. Muslim Persian writers of the Alexander Romance could point to their hero’s appearance—the equivalent of a guest track—in the holy book.

    What’s more, it is difficult even today to comprehend the extent of Alexander’s impact on history. Historians confirm that Alexander defeated Darius III and burned Persepolis to ashes, a ruin that can still be seen today. Silver coins bearing Alexander’s face and cities named in his honor crop up in the most unexpected of places. It seems petty to stand in awe of Alexander’s historical accomplishments but then to scoff at the myths that came in their wake. Alexander’s conquest of Persia came nearly a thousand years before the advent of Islam. That leaves a long time for history, legend, and pure fabrication to mix. The task of trying to sort out which is which deserves no small degree of imagination.

     

    But all this discussion of Alexander’s legendary derring-do prompts the question: Who were Gog and Magog that they could terrify a man as bold as Alexander? What could make a world conqueror go on the defensive? Most keepers of the Romance identify Gog and Magog with a basic inhumanity. A source from the 800s states that they are cannibals; even worse, the two eat puppies and kittens. A modern historian, Adam Silverstein, connects Muslim descriptions of Gog and Magog to the Epic of Gilgamesh, which reminds this reader of Lovecraft’s “Great Old Ones,” who harbored an unfathomable evil.

    Think back to that Persian miniature, with its jaguar-people and its shiny armadillo, those flaming heads, and, yes, those ripe pomegranates. Those are the good guys. They are so terrified they are prepared to bunker down until the end of days, to build a wall of iron and coat it with lead, rather than face Gog and Magog. Who are the devils that terrify even Alexander’s own demons and genies?

    The Iskandarnameh, which imagines all manner of beings whom Alexander either wooed or pillaged, is uncharacteristically bland in describing the creatures excluded by the wall. The text says they are Russians. This may be a result of what counted for geographical rigor in the 1100s. The Iskandarnameh’s author hailed from a city in what is now Azerbaijan, a few hundred miles southwest of the fortress of Derbent. Sitting high in the Caucasus Mountains, the fortress sealed the Persian-speaking world behind the Caucasus from the vast plains to the north. The Romance attributes the fortress to Alexander (in fact it was built by Persian kings in the sixth century C.E.). Beyond the wall lay the Mongols, who seemed properly chastened. But beyond these horsemen were people who could reputedly defeat Mongols in a land war. In this case it was Russians, but the Iskandarnameh would develop a more universal trope for its iconic terrors: Gog and Magog were the people that the scariest people were afraid of. The pair constituted a sort of eschatological Keyser Soze.

     

    In the centuries that followed, Gog and Magog became political bogeymen. Persian shahs would tell their people that they must keep out the rival Ottomans or scheming Romanovs, lest the old demons return. Gog and Magog had a star turn in the 1970s: As governor of California, Ronald Reagan used these harbingers of the end-times as avatars for Communism. One could argue that once Reagan became president, Star Wars was his wall and the crumbling U.S.S.R. his demon.

    Today, of course, there is no shortage of candidates for comparison to Gog and Magog. “Gog and Magog was used in history to describe the forces that have usually caused mass migration,” according to Ali Karjoo-Ravary, a scholar of religious studies at the University of Pennsylvania. “The wall was thus usually identified with something that kept steppe peoples outside of the urban centers” that marked medieval Persia. Karjoo-Ravary’s “steppe peoples” were the nomadic Turkic communities that gradually converted to Islam but continued to flood south into Persia (and later, Anatolia). Karjoo-Ravary admits that most Persians saw these horsemen as the evil itself, but some onlookers were more sympathetic: “another perspective would have seen them as refugees from turmoil on the steppe.”

    Gog and Magog could be interpreted as refugees from social strife in a faraway land. In this understanding, it’s not their eating habits or military superiority that gives Alexander reason to fear, but their threatening inertia. Alexander and the medieval Persians who studied him feared Gog and Magog as one domino fears its teetering neighbor. In that way, the wall is more of a physical than political solution. It’s a way to keep the bad things over there from becoming bad things over here.

    It is this same threat—in this case, the specter of refugees of the Middle East—that Hungary’s prime minister is seeking to stave off by building a wall, arguing that his country has “no option but to defend our borders” from the refugees and migrants pouring into Europe. For millennia, politicians have built walls to keep out a cresting mass of foreign bodies; once the walls are built, it is easy to hide behind them and avoid asking difficult questions about that cresting mass.

    Demons and monsters—or, rather, the creatures that we call demons and monsters—are most frightening when we construe them as a horde, a headless mass with no individual appeal to empathy. Syrians became difficult to demonize only after the body of Aylan Kurdi, a child, was photographed on an otherwise idyllic beach. A politician can’t portray Mexican Americans as monsters if he must rely on their votes. But the forces that push immigrants into Europe or the United States are complex, and all the more terrifying for it. Alexander the Great, who had the ingenuity to cut the Gordian Knot and the temerity to convince an Afghan warlord that Macedonian soldiers could fly, is famous in Persian sources for taking one look at the problem of massive population displacement and saying, essentially, “not today.”

    Which is to say that, in Alexander’s time and today, a wall remains a cop-out. If legend is to be believed, Alexander’s wall will one day be defeated by a common fox. That fox will ally with Gog and Magog, then send the armies of darkness through the gates. Alexander had an army of demons at his disposal, yet even his wall is doomed to failure. It is difficult to imagine the somewhat less-ingenious, somewhat less-temeritous politicians of today succeeding where he will not.

    Ali Karjoo-Ravary, whose work focuses on Sufism (mystical Islam), also points out that Gog and Magog can be interpreted as analogs for human tendencies. That is, the bottomless depths of evil may not be kitten-eating armies or even Communists but rather a lack of belief or empathy. One could tease this reasoning out historically and argue that the fear of Mongol hordes or Syrian refugees is not the dread of political evil, but an unwillingness to confront a social problem.

    This is, perhaps, an argument better left to theologians than to journalists. But it is interesting to imagine that Alexander was most terrified not of an invincible army, but of a polity that didn’t believe the legend with which he had surrounded himself. Maybe the grotesque demons that come out around Halloween aren’t humanity’s worst fears realized, but rather our allies in deception in trying to protect us from confronting social realities that we really fear the most
    .

     

  65. Nassif, seu comentário sobre

    Nassif, seu comentário sobre a atitude política de Dilma, de que sua “posição cômoda – ‘isso não é comigo’- é de uma auto-ilusão comovedora” não é nem um pouco comovedora.

    Muito pelo contrário: é lamantável, é deprimente, é revoltante.

    Ela se esquece que tem uma imensa responsabilidade com os 54 milhões de brasileiros que lhe deram seu voto na reeleição.

    Não acredito que esse movimento pelo impeahment tenha resultado.

    Mas isso não é o mais importante. Importante, fundamental, é que a presidente chegará ao fim do mandato descreditada e desmoralizada.

    E a culpa será unicamente dela e de mais ninguém.

     

     

  66. Entre a 100% honesta que tá

    Entre a 100% honesta que tá colocando em risco tudo que foi conquistado por milhões de miseráveis e deixando-os em risco de pra lá retornar e o CARA que faz pacto até com o capeta e da uma grana pra safados pra conseguir o que interessa ao povo, fico com o CARA. Dane-se a 100% honesta que tá olhando apenas pro próprio umbigo. Exercício do poder é pra gênios, profetas e criminosos e não vestais.

  67. Pouco me preocupa entender esta esfinge,

    O que me preocupa é o que fazer num caso como este. O barco está afundando e com ele o PT e os movimentos sociais. Precisamos ter coragem de abandonar o barco e deixar a capitã suicidar-se sozinha. Penso que o movimento sindical tem que às ruas e dizer um basta. Os petroleiros e sua direção, a FUP, estão mostrando o caminho. Infelizmente o próprio Boulos, do MST, foi cooptado e vejo que o PSOL também está sendo. Para não serem confundidos com a direita e com os fascistas estão deixando de enfrentar Dilma e com isto ela se sente apoiada para continuar a fazer cagadas. Dima só vai mudar, se isto é possível, quando sentir a corda no pescoço. Isto aconteceu nas eleições ela só mudou quando viu que ia perder, enganando a todos nós. Precisamos de ter coragem de virar a página desta novela. 

    1. Caro Mula:
      Se você gosta de

      Caro Mula:

      Se você gosta de novela, escreve uma para a TV Globo.

      Eles estão precisando para levantar a audiência do Jornal Nacional.

  68. Rumo, Norte e Estrela

    Tivesse a Dilma me escutado e pelo menos tentado por em prática um plano para dar Rumo, Norte e Estrela para seu governo e com certeza teriamos muitos corações e mentes que hoje sufragam sua desilusão com o atual governo, defendendo-o com unhas e dentes, nas trincheiras democráticas e republicanas que tanto prezamos aqui no blog.

    Dilma, acorda!

  69. Dilma vinha muito bem em

    Dilma vinha muito bem em 2011, 2012 e nos 4 primeitos meses de 2013.

    Dilma não mudou.

    Algo mudou.

    E até hoje ninguém expicou.

     

     

     

     

     

    1. Jamais houve preparo e capacidade do PT para governar.
      Houve um período de bonança extraordinária na primeira década deste seculo.

      O país cresceu, distribuiu renda (principalmente nos aumentos reais do salário minimo), melhorou as condições de bem-estar econômico de milhões de pessoas.

      Parte de se deve ao PT e aos líderes daquela ocasiao.

      Eh a tal centralidade do consumo no “desenvolvimento”

      A outra parte, composta justamente de fatores externos: crescimento da economia mundial, elevaçao do preço dos principais produtos da cesta exportadora.

      Os ufanistas messianicos rufaram fortemente os tambores sem perceber as limitações do modelo, as limitações do governo, a falta de competência do Messias e seus parceirinhos.

      Seria o caso de, hoje, fazer uma avaliação crítica sobre este passado recente.

      A fixação deles, entretanto, é com os equívocos da Dilma.

      Como se nota neste e noutros muitos textos com teor semelhante: a culpa é da Dilma que enterrou o sonho vivido.

      Não entendo os motivos de tanta condescendencia.

  70. Agora
    Que comentário mais fora de hora. Agora que ela derrota a poderisissima quadrilha do impedimento, vocês descobrem que ela está errada?
    Economista gosta e de falar bobagem.
    Nassif, o sabe tudo, para presidente.

  71. Os três patetas

    Quer dizer então, que toda esta crise econômica, poderia parar hoje mesmo, se dilma quisesse apenas parar de brincar de republicanista?

    Sempre pensei que Dilma deixava o Cardozo no ministério da Justiça, porque foi obrigada, chantageada  ou ameaçada pelo mercado, e pela direita, ou pelo PiG. Nunca pensei que ela prejudicasse o Brasil por pura burrice, e ainda custo muito a crer nesta teoria.

    Mas uma coisa faz sentido, Dirceu realmente era o cabeça dos Governos petistas, e está preso.

    O que impediria de Lula, ao ganhar a eleição em 2018, continuar o estilo republicanista que tem destruido o país?

    Então, provavelmente,  a crise continuaria, Cardozo continuaria ministro, a Policia Federal continuaria com suas operações anti PT, e o Ministério Publico também continuaria republicanamente fora de controle.

     

    “Por mais nobre e honesto que seja um governante, e por mais que realmente queira o bem do povo, chega uma hora que ele tem de ter um pouco de noção do que está fazendo. Boa vontade sem conhecimento não dá resultados.”

  72. É inútil tentar julgar a

    É inútil tentar julgar a pessoa da Dilma ou seu governo, nesse momento em que o país está em guerra contra uma agressão externa com apoio interno da maior virulência. Sobre o governo, debaixo de tamanha agressão, só se pode dizer que ele está conseguindo passar pelo fogo inimigo. Nesse momento, tentar avaliar qualquer situação dentro de uma errada avaliação da realidade, de que qualquer outra figura política pudesse ter mais resultados positivos, só faz aceitar o estado de guerra como sendo uma situação normal. Com toda a sinceridade, acredito que a presidente Dilma, mesmo com todos os erros apontados por quem tem e por quem não tem consciência da dimensão da agressão que o país está vivendo,principalmente pela mídia americano-elitista, está conseguindo passar pelos golpista de uma maneira menos traumática do que qualquer outra figura política. 

    1. Parabéns pela análise,

      Parabéns pela análise, Severino. Com seu jeito que todos criticam, de não responder a muitas coisas, de “fazer que não é com ela”, ela está passando por uma tempestade sem igual, situação em que outros governantes renunciariam ou cometeriam suicídio, como já sugeriram a ela várias vezes. Ela não tem mesmo o jogo de cintura de velhas raposas políticas, nunca foi nem vereadora, todos sabem disto, mesmo assim a elegeram a primeira vez porque a acharam capaz, honesta e,,, não era política. Penso até que se a Dilma se enfiasse nas brigas políticas, se estivesse a toda hora com a cara nas TVs só para ouvir panelaços, talvez o país já tivesse pegado fogo e ela já estivesse fora. Só o tempo vai dizer se ela está certa ou errada de ser como é, agora no meio da tempestade qualquer avaliação pode não refletir as coisas como elas realmente são.

      1. Exato !!

        Por situações semelhantes, Getúlio foi-se, Jango foi-se e Collor foi-se.

        E, mesmo com alguns erros políticos e administrativos, Dilma fica !! Ela conhece a história e sabe bem com quais inimigos está lidando. Está no corner, sangrando, e vai sair dele nos rounds finais. No mínimo vai arrancar um empate contra tudo e contra todos.

        Dilma fica e entrará para a história como uma das maiores lutas de resistência política que já se viu ao sul do Equador !!

  73. Um dia, talvez num futuro não

    Um dia, talvez num futuro não tão distante, possamos chegar a uma triste conclusão que ora teimamos em escantear: a presidente Dilma não foi a melhor escolha para suceder Lula. Talvez nem fosse a mais razoável.  Foi uma falta de tino político incompreensível para um ás da práxis como o ex-presidente. 

    Por que o fez? Acredito que por duas razões; 1ª) Vislumbrar a necessidade de um sucessor(ou sucessora) com perfil mais de “executor(a)”, com expertise na gestão pública a fim de dar solução de continuidade aos projetos inacabados ou projetados nos seus oito anos. A ele, Lula, caberia, como eminência parda, a concertação política. 2 ª) Uma complementação da anterior: mexer no imaginário do eleitor no que se refere ao inusitado de, pela primeira vez, uma mulher ascender à presidência da República.

    O erro de Lula foi não prever o mais previsível: que todo apadrinhado busca se distanciar do padrinho. Uma verdade mais verdade ainda quanto mais alto e vistoso for o objeto do apadrinhamento. Como sempre por culpa do ego. Dilma nunca afrontou Lula de forma acintosa, mas desde o primeiro mandato sempre agiu para dar a impressão que não era aquilo que todos pensavam que era: um fantoche para preencher um espaço temporal até o retorno de Dom Sebastião, digo, Lula da Silva.  

    E tome voluntarismos, teimosias, autossuficiência, miopia política, culminando numa sequência de erros(alguns desastrosos, a exemplo da má gestão da política fiscal) que se potencializaram: a) Pela deterioração da economia mundial; b) A total, absoluta carência da presidente em termos de habilidade política. Nessa dimensão não era, não é, um elefante numa loja de louças, mas dez elefantes. 

    E no caminho ainda surge uma pedra; e surge uma pedra no meio do caminho: o escândalo da Petrobras. Uma pedra que a inabilidade da nossa “terna” presidente transforma em pedreira. 

     

    1. Que mané às da prática o quê,
      Que mané às da prática o quê, ufanista, acorda.

      A maré chinesa salvou o Lula de considerações mais causticas.

      A incapacidade suas de avaliar o cara é um desatino patético.

      Ele se aproximou de um tal de Sanchez para aumentar as chances do Haddad.

      Esse mafioso é um boneco de recados da Globo.

      Olhe as indicações dele para o Supremo.

      O Helio Costa de ministro das comunicações, outro mafioso boneco da Globo.

      Olha a indicação do PP para o Ministério das Cidades.

      Quando estas cidades já estavam entupidas até a tampa com carros, aí foi a vez de se encantar com o Trem Bala que por sorte não saiu do papel.

      O blog acabou me fazendo lembrar de mais um: o exilio do Paulo Lacerda depois que o coronel gilmar o “chamou as falas”

      Tem infindaveis erros de avaliação, abundantes, demasiados, ridiculos.

      Mas o cara é um as. Putz.

      Enfim, quando alguns diziam aqui ou eram acusados de troll ou se sacava a muleta da “governabilidade”, repetida até a exaustao.

      Ocorre que hoje, devido a completa falência desse sisteminha mediocre, os custos ficaram maiores que os benefícios.

      Daqui a pouco será uma verdadeira vitória de Pirro.

      Acordem, messianicos!

    2. Só alcandoro no seu comentário, se finco é por vício

       

      JB Costa (quarta-feira, 04/11/2015 às 21:02),

      Não é que eu discorde do seu comentário. Talvez se eu tomasse a nota que o seu comentário ganhou como a nota dada por um comentarista que pense como a mim eu diria que discordo da nota. Considero o seu comentário chocho, vazio.

      No primeiro parágrafo você diz que Lula é um “ás da práxis”. Um “ás da práxis” em quê? Lula é um negociador, ajudou a fundar um grande partido, fixou-se no imaginário popular com as circunstâncias de sua luta sindical, partidária e eleitoral cheias de derrotas e vitórias, e é um mascote e mascate do Brasil no exterior, tudo isso e mais o jeito simples e o falar fácil deram-lhe um grande carisma com camada expressiva da população brasileira. Nada disso pode ser um indicativo de que ele que tenha grande capacidade de escolha de liderança política. Ele tem é grande poder de transferência de votos, que no momento atual, está evidentemente em latência.

      A escolha da candidata Dilma Rousseff teve razões circunstanciais e duas delas você apontou, mas evidentemente elas não são tudo. E um dos motivos para referir-se ao seu comentário de fraco é que as duas razões que você apontou foram já repetidas inúmeras vezes. Dou duas outras que são como as suas complementares e que são pouco divulgadas. Lula representa o Nordeste e São Paulo, Dilma representa Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, a estratégia política eleitoral foi deixar o José Serra vinculado a São Paulo enquanto o PT estaria na disputa vinculado aos demais estados brasileiros além de ter Lula e Michel Temer com vínculo com São Paulo. Além disso, Lula, com a candidatura de Dilma Rousseff, fazia uma homenagem a Leonel Brizola, o que permitia que a candidata Dilma Rousseff pudesse também ganhar o Rio de Janeiro, e reconciliava o PT com o getulismo. A candidatura de Aécio Neves foi muito boa para o PSDB porque não só afastou o partido do estigma de paulista como também permitiu uma maior aproximação com o Rio Grande do Sul e assim trazer votos getulistas.

      Acho também que no fundo Lula sofre do mesmo mal da presidenta Dilma Rousseff, qual seja, ver a negociação política diferentemente da negociação sindical. Na negociação sindical os dois lados seriam de pessoas sérias. Na negociação política o que imperaria para Lula é o fisiologismo. O fisiologismo para ele e para a presidenta Dilma Rousseff é como Luis Nassif descreveu lá no post “FHC combate o fisiologismo que praticou” de quarta-feira, 16/11/2011 às 10:59, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/fhc-combate-o-fisiologismo-que-praticou

      Transcrevo a seguir a primeira frase do post “FHC combate o fisiologismo que praticou”. e que expressa bem como Luis Nassif avalia o fisiologismo. Disse lá Luis Nassif:

      “O fisiologismo é uma praga do modelo político brasileiro. Ontem, FHC se posicionou contra essa prática”.

      Esse é o grande mal de nossa academia: não ter conseguido instruir os seus universitários a perceber que o fisiologismo, desde que não se trata de ato ilícito como corrupção, peculato, apropriação indébita, é da essência da democracia representativa e é necessária para que se possa ter a composição de interesses conflitantes de forma democrática e não autoritária. Ele só é visto como ruim por quem teima em idealizar a democracia representativa em um modelo que nunca existiu ou existirá.

      Observe que ao chamar o fisiologismo de uma praga, Luis Nassif não estava se referindo a prática de ato ilícito. Tanto assim que antes de apresentar exemplos de práticas fisiológicas de Fernando Henrique Cardoso ele diz o seguinte:

      “O difícil é colocar o guizo no pescoço do gato. Como garantir a governabilidade sem sistemas de cooptação política?”

      Então talvez lá no recôndito, com a indicação de Dilma Rousseff, Lula quisesse que os 300 picaretas que ele um dia acusou de existir no Congresso tivessem que enfrentar uma guerrilheira.

      O terceiro parágrafo do seu comentário em que você fala do apadrinhado buscar afastar do padrinho é um lugar comum. E o distanciamento ocorreria pelas próprias características distintivas que há entre eles. Lembro que já na eleição de 2010, eu dizia que a candidata Dilma Rousseff é um general Lott de saias. E a capacidade negocial dela é realmente pequena. O distanciamento então é verdadeiro, mas como um distanciamento intencional ele é só uma possibilidade.

      Quanto ao quarto parágrafo você primeiro tem que explicar se o que aconteceu na economia brasileira no terceiro trimestre de 2013 foi culpa do governo ou não para poder falar em má gestão fiscal e outras críticas que se fazem ao primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff.

      E quanto ao quinto e último parágrafo, eu avalio que ele ficou meio contido. Você não mencionou o julgamento da Ação Penal 470 nem a dificuldade econômica que enfrentamos em 2014 quando da eleição e que pode ter sido em muito decorrente do que aconteceu no terceiro trimestre de 2013, e como essa dificuldade gerou a facilidade para a direita eleger um grande bloco e fazer o Congresso mais de direita que tivemos desde o fim da ditadura. A direita só não é maior porque no Senado Federal há 2/3 dos eleitos que são da eleição de 2010, o que faz o Senado um órgão eminentemente conservador ser muito menos conservador do que a Câmara dos Deputados. E é claro, também pesou na dificuldade eleitoral da presidenta Dilma Rousseff a falta de carisma dela.

      Bom, mas eu não vi tanto aqui para criticar o seu comentário que na minha avaliação não faz nenhum mal. Eu vim aqui no seu comentário por três razões. Primeiro eu queria deixar aqui na primeira página uma referência ao comentário que eu enviei quarta-feira, 04/11/2015 às 14:09, para Luis Nassif aqui neste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” de quarta-feira, 04/11/2015 às 00:01, e de autoria dele. Principalmente porque lá eu faço uma das muitas transcrições que tenho feito do comentário de Marco Antonio Castello Branco que ele enviou quinta-feira, 26/06/2014 às 02:45, para junto do post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 17:47. Lá há tanto o link para o post “Para entender o desgaste do governo Dilma” como para os vários links que considerei pertinentes.

      Vale então a pena ir na segunda página deste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” principalmente para avaliar se o comentário de Marco Antonio Castello Branco não é muito mais profundo e pertinente sobre a personalidade da presidenta Dilma Rousseff e a carência política que ela sofre do que o que eu, lá em meu comentário, chamo de tergiversações de Luis Nassif.

      Uma segunda razão foi que ao ver seu comentário, eu lembrei de uma crítica que fiz a você junto a comentário que enviei segunda-feira, 02/11/2015 às 15:20, para Luis Nassif lá no post “A paralisia de Dilma para enfrentar a crise” de terça-feira, 27/10/2015 às 19:32. O endereço do post “A paralisia de Dilma para enfrentar a crise” já consta do meu comentário na segunda página e por isso eu evito de o repetir aqui. Na parte que interessa o que eu disse lá a respeito de um comentário seu que ainda está na primeira página foi o seguinte:

      – – – – – – – – – – – – – – – – – — – – – –

      “De todo modo procurei checar antes como a sua opinião era acompanhada pelos comentaristas. Assim, dei uma folheada nas páginas que agora com 125 comentários são três. Felizmente poucos o acompanharam na acusação feita ao governo da presidenta Dilma Rousseff. Na primeira página, houve os acompanhamentos de praxe que não chegam a surpreender, salvo talvez o comentário de JB Costa, enviado terça-feira, 27/10/2015 às 21:03, que não bastasse concordar com você introduziu o comentário dele com a seguinte frase:

      “Desconhecer ou desdenhar da paralisia do atual governo ultrapassa eventual falha de análise para já adentrar na desonestidade intelectual”.

      Existem frases que podem acompanhar qualquer crítica que se faça a qualquer governo no mundo e não há como a refutar. São frases, entretanto, que quem pretende apresentar argumentos centrados na racionalidade, como parece ser o caso de JB Costa, deveria evitar. Até porque esquecendo do caráter retórico da frase que a torna por consequência na maioria das vezes desprovida de racionalidade, ela traz uma acusação direta a quem não vê a presidenta Dilma Rousseff como paralítica, pois considera que quem pensa assim é ou incompetente na análise ou age de má-fé.

      De todo modo, na página dois há um comentário bem ao meu gosto. É o comentário de Wong enviado terça-feira, 27/10/2015 às 10:44. Raramente eu divirjo das afirmações de Wong, embora já tenha criticado algum comentário dele. O que eu gosto em demasia nos comentários de Wong é a precisão e concisão das idéias que ele apresenta. Eu jamais conseguiria referir a tantos assuntos como ele e de modo tão sucinto e na minha avaliação correto. E a seguir o que disse JB Costa no comentário enviado terça-feira, 27/10/2015 às 21:03, Wong teria feito ou uma análise falha ou uma análise de má-fé.”

      – – – – – – – – – – – – – – – – – — – – – –

      E a terceira razão decorre de que se eu tivesse mais tempo eu deixaria aqui junto ao seu comentário uma observação crítica a essa discussão sobre a transformação das fraquezas políticas da presidenta Dilma Rousseff como causa de todos os males. Na verdade era fazer essa observação que também me motivava vir aqui na primeira página, mas ela seria destinada a Juliano Santos cujo comentário que encabeça os comentários deste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” se encontra na segunda-pagina.

      Minha intenção era reportar a uma discussão que Juliano Santos suscitou e que acabou dando motivos para muitos posts e que era afirmar que os equívocos políticos da presidenta Dilma Rousseff decorrem de sua formação de guerrilheira. Não que não decorram, isto é, eu não tenho informações suficientes para analisar isso e teria que fazer análise de equívoco por equívoco, para saber a origem dele, mas de novo acho bem miúda essa discussão, principalmente quando se tenta relacionar a formação dela de guerrilheira com a realidade política atual que vivenciamos. Talvez depois eu volte para deixar os links de alguns dos posts onde a essa discussão sobre o caráter de guerrilheira da presidenta Dilma Rousseff. Deixo isso, entretanto, para outro comentário.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 05/11/2015

      1. Mais alguma coisa ainda que pareça mais do mesmo

         

        JB Costa (quarta-feira, 04/11/2015 às 21:02),

        Originalmente eu escrevi este post na quinta-feira e cheguei a o enviar mas ele acabou sendo eliminado por algum filtro ou por um problema qualquer no envio. Vou o reenviar e talvez se sobrar tempo eu faça alguns acréscimos junto a este comentário para completar ou esclarecer algumas ponderações que eu fiz neste e em meus comentários anteriores e mesmos nos posteriores.

        Fui a procura dos posts aqui no blog de Luis Nassif com a caracterização da personalidade da presidenta Dilma Rousseff ser decorrente do período dela como guerrilheira e que eu lembrava ter sido idéia original de Juliano Santos. Entrei no Google com as seguintes palavras: Luis nassif juliano santos clever mendes. Avaliei que já na primeira página apareciam os posts que eu queria, e todos originados do blog de Luis Nassif. O último da lista da primeira página era o post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” de quinta-feira, 26/06/2014 às 11:51, e de autoria de Luis Nassif. Fui lá porque me espantou que já aquela época eu tivesse feito alguma referência crítica a ideia de Juliano Santos sobre os efeitos da formação de guerrilheira da presidenta Dilma Rousseff na prática política.

        Na verdade, eu evitei colocar o termo guerrilheira e Dilma na busca do Google porque ontem (Na verdade quinta-feira, 05/11/2015 na semana passada) ao fazer isso veio posts sem interesse. Assim, não apareceu no post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” nenhuma referência à idéia que eu estava procurando. Havia um comentário meu lá enviado quinta-feira, 26/06/2014 às 22:56, para Luis Nassif, em que eu faço as minhas críticas de Luis Nassif e transcrevo pela primeira vez o comentário de Marco Antonio Castello Branco que ele enviou quinta-feira, 26/06/2014 às 02:45, para junto do post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 17:47, e ao qual eu fiz referência no meu comentário anterior para você, enviado quinta-feira, 05/11/2015 às 22:01, observando que eu já havia feito uma transcrição do comentário de Antonio Castello Branco no comentário que eu enviei quarta-feira, 04/11/2015 às 14:09, para Luis Nassif aqui neste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” de autoria dele e que se encontra na segunda página.

        Vou deixar o endereço do post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” porque em meu comentário enviado quinta-feira, 26/06/2014 às 22:56, eu embora faça elogios ao comentário de Antonio Castello Branco apresento também minha discordância com parte do que ele diz. O endereço do post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/pequeno-manual-de-como-discutir-politica-nas-redes-sociais

        Voltei e fui ao segundo post de baixo para cima. O título do post é: “A inaptidão para o usufruto pleno do poder” de quarta-feira, 24/06/2015 às 10:38. Pelo título imaginei que fosse de Juliano Santos. Fui ver o conteúdo e o transcrevo a seguir:

        “Vivenciamos um verdadeiro estado de anarquia. Vamos deixar de pudores: o governo simplesmente PERDEU O CONTROLE. Não só dos órgãos de segurança, mas de todas as estruturas que o suportam. Deve existir a mesma animosidade em forma de indisciplina na Receita Federal, no Itamaraty, na PRF, no ABIN etc etc etc. Só nas forças armadas, suponho, ainda se preza a disciplina e a hierarquia. Não fossem elas talvez já tivessem apeado a presidente na marra.

        O que sempre deplorei nos governos do PT, nos quais sempre votei, foi a inaptidão para o usufruto pleno do Poder via-à-vis a seu apanágio maior, o exercício da autoridade.

        Mas, há quantos “séculos” se denuncia, alerta, deplora isso? Quantas demonstrações de fraquezas, amareladas, titubeios, serão necessárias para esse ministro da Justiça ser defenestrado?

        A propósito, a culpa final não é dele, mas da presidente da República. Só dela e mais ninguém.

        Nada pior que um estado de exceção na “normalidade”. Numa ditadura se age às claras. O arbítrio é assumido e os excessos admitidos.

        Nossa democracia está aleijada. Se acha suprida apenas com eleições periódicas. O equilíbrio dos Poderes inexiste. A imprensa, que deveria ser livre, desvinculada de compromissos políticos, nunca este tão mancomunada com a política e a ideologia. Se tornou, não de direito, mas de fato, a grande e incontestável super estrutura que se impõe pela chantagem, consequentemente pelo medo. Igual a uma víbora, mesmo ferida de morte ainda continua picando e espalhando seu veneno.”

        Na apresentação do post há a informação que ele se originara de comentário no post “Advogados da Odebrecht poderão renunciar coletivamente”. E para minha surpresa a autoria dele não era creditada a Juliano Santos, mas a você. E o incrível que esse seu post parece ser mesmo a origem deste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” de Luis Nassif. Ele pode ter até burilado as idéias, mas tinha que constar algum crédito a você.

        Fui atrás de algum comentário meu e lá encontrei um enviado quarta-feira, 24/06/2015 às 20:53, para você e em que eu digo o seguinte:

        – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

        “JB Costa,

        Se fosse outro o autor eu até passava batido. Agora ver você aprontar um comentário como este que virou este post “A inaptidão para o usufruto pleno do poder” de quarta-feira, 24/06/2015 às 09:38, deixa-me estupefato. E me admirou mais ainda ver que seu post está sendo aplaudido por comentaristas que eu tenho em alta conta.

        E [hoje] não é só o seu comentário junto ao post “Advogados da Odebrecht poderão renunciar coletivamente” de terça-feira, 23/06/2015 às 23:08, aqui no blog de Luis Nassif que me pareceu ter perdido a cabeça. Há lá também um comentário do Rogério Maestri que também me parece um despautério e que também foi transformado em post aqui no blog de Luis Nassif recebendo o título “Os desvios da legislação na Lava Jato” de quarta-feira, 24/06/2015 às 10:40. O endereço do post “Os desvios da legislação na Lava Jato” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/os-desvios-da-legislacao-na-lava-jato

        Talvez haja algo a mais no ar além de aviões de carreira que justificariam tanto disparate, pois hoje saiu também um post com dose aguda de irracionalidade e que recebeu o título “Sobre a revolução iminente” de quarta-feira, 24/06/2015 às 12:09, aqui no blog de Luis Nassif e com texto de Gustavo Gollo, até então um ilustre desconhecido. O endereço do post “Sobre a revolução iminente” é:

        https://jornalggn.com.br/fora-pauta/sobre-a-revolucao-iminente

        Você pega um texto quase apócrifo que nem é assinado ficando só com o nome JornalGGN, com palavras de advogados que não se identificam e que mais parecem serviçais da ditadura e me faz comentário sem o menor sentido. Algum delírio por causa de febre comum no inverno?

        Quanto é que a União vai arrecadar no mês de junho de 2015? Não é preciso saber o valor exato, a pergunta é só para lembrar a você que em uma anarquia não há arrecadação.

        O post “Advogados da Odebrecht poderão renunciar coletivamente” que traz a assinatura apenas do Jornal GGN é um convite a ilegalidade. O seu comentário é de um disparate sem tamanho.

        Um partido que é minoria em uma sociedade e que consegue manter-se no poder por já quase treze anos é considerado como um partido que tem inaptidão para o usufruto pleno do Poder, não me parece argumento com resquícios de racionalidade. É imaginar que após os quase treze anos nada mudou. Para pensar assim é necessário esquecer que nos quase treze anos o partido impôs um bolsa família e aumento do salário mínimo acima da inflação.

        Esse seu texto é uma tolice e me parece que deveria vir como um acréscimo ao post “Sobre a revolução iminente”. O autor, Gustavo Gollo, não me parece conhecido e você não, mas desconhecido ou não, o texto dele não fica a dever nada ao seu.”

        – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

        No meu comentário não há referência a Juliano Santos, mas ele aparece em comentário próprio que ele enviou para você na quarta-feira, 26/06/2015 às 13:04, e que vale transcrever a seguir:

        “Caro Costa,

        Dilma e sua equipe de “homens meigos”, como ela disse ao Jô, vestem essa carapuça. Ela é uma tecnocrata de esquerda. Não sabe ser presidente, que deveria ser a autoridade máxima da república. O que não tem nada a ver com autoritarismo.

        Lula não veste essa carapuça. Soube escolher as pessoas certas para seu minstério (quase todas). E exercer liderança democraticamente. Só não soube escolher sua sucessora.”

        Eu resolvi separar por parágrafo o Caro Costa da Dilma que no original estavam separados só pela vírgula. Lendo e relendo o comentário de Juliano Santos, o seu comentário e o seu post e os posts de Luis Nassif, eu observo que fica parecendo que vocês estão em simbiose.

        Bem o seu post “A inaptidão para o usufruto pleno do poder” pode ser visto no seguinte endereço:

        https://jornalggn.com.br/noticia/a-inaptidao-para-o-usufruto-pleno-do-poder

        Ainda na primeira página e ainda de baixo para cima os três posts seguintes não me fizeram ter a expectativa de que encontraria alguma coisa que dissesse respeito à idéia de Juliano Santos de ver no comportamento político da Presidenta Dilma Rousseff mais que traços da personalidade forjada na guerrilha. Menciono-os pelo nome apenas para constar como referência. São eles: o oitavo “Raciocinação ideológica, por Leda Paulani” de quarta-feira, 13/05/2015 às 09:55, contendo texto de Leda Paulani, o sétimo “As perspectivas dos investimentos brasileiros” de quarta-feira, 03/12/2014 às 06:00, de autoria do próprio Luis Nassif em que ele fala da possibilidade dos investimentos terem sido maiores que os informados segundo análise do economista Fernando Nogueira da Costa, e o sexto “Dirceu, como o maior amigo e o maior inimigo de Fidel celebraram a paz, por André Araújo” de sábado, 21/03/2015 às 20:38, de autoria de Andre Araujo.

        Da relação dos dez posts que apareceram na pesquisa falta eu me referir aos cinco primeiros. O quinto é “O pacote e o golpe, por André Singer” de sábado, 19/09/2015 às 19:49, contendo artigo de André Singer “O pacote e o golpe” publicado na Folha de S. Paulo. O endereço do post “O pacote e o golpe, por André Singer” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/o-pacote-e-o-golpe-por-andre-singer

        Fui ao post “O pacote e o golpe, por André Singer” porque lembrava que eu havia escrito, ou pelo menos tencionara escrever, um comentário para Juliano Santos. De fato há lá um comentário meu enviado sábado, 19/09/2015 às 23:24, para Juliano Santos junto do comentário dele enviado sábado, 19/09/2015 às 13:07. Para encurtar caminho vou transcrever a parte inicial do meu comentário para Juliano Santos. Disse eu lá:

        – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

        “Juliano Santos (sábado, 19/09/2015 às 13:07),

        Eu me prometi fazer um comentário para você junto ao post “As características do modelo Dilma de gestão” de quinta-feira, 20/08/2015 às 01:00, [aqui no blog de Luis Nassif e de Luis Nassif] onde há um comentário seu que se encontra ainda na primeira página e fora enviado quinta-feira, 20/08/2015 às 10:39. No comentário você parece um pouco constrangido em apoiar o Luis Nassif naquela barafunda em que ele se meteu em propor entender a capacidade gerencial da presidenta Dilma Rousseff como se a capacidade dela fosse herança da conduta dela de guerrilheira. E eu sabia porque do seu constrangimento, afinal você fora quem deu a senha para Luis Nassif ainda escarafunchar mais na guerrilheira Dilma Rousseff os comportamentos que ele censura hoje nela.

        Não tive tempo antes, nem vou fazer a crítica a você aqui, até porque já a fizera antes, em comentário que enviei domingo, 15/03/2015 às 12:12, para você junto ao post “Lula e Dilma foram moldados em realidades distintas” de sábado, 14/03/2015 às 15:31, aqui no blog de Luis Nassif e de sua autoria, pois consistia de um comentário que você fizera junto ao post “A crise política brasileira: uma novela em 6 atos” de sábado, 14/03/2015 às 08:38, de autoria de Luis Nassif.

        O endereço do post “As características do modelo Dilma de gestão” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/as-caracteristicas-do-modelo-dilma-de-gestao

        O endereço do post “Lula e Dilma foram moldados em realidades distintas” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/lula-e-dilma-foram-moldados-em-realidades-distintas

        E o endereço do post “A crise política brasileira: uma novela em 6 atos” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/a-crise-politica-brasileira-uma-novela-em-6-atos

        . . . .”

        – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

        Bem, talvez eu volte para buscar o comentário original de Juliano Santos que fez Luis Nassif enveredar pela seara da vinculação da atuação política da presidenta Dilma Rousseff com a formação de guerrilheira que ela teve. [Nessa segunda tentativa de enviar esse comentário eu vou transcrever o comentário original de Juliano Santos e a resposta de Luis Nassif] Muito provavelmente está em um dos posts para os quais eu deixei o link no meu comentário para Juliano Santos. E no comentário que eu tencionava escrever para Juliano Santos e que eu não me lembro de ter escrito eu pretendia mencionar a frase do Pequeno Príncipe de Antoine de Saint Exupéry “tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas” para responsabilizar Juliano Santos pelas diatribes de Luis Nassif contra a presidenta Dilma Rousseff. É frase que também cabe a você.

        Quanto aos quatro primeiros endereços da pesquisa no Google, eles dizem respeito aos seguintes posts, de novo tomados de baixo para cima: o quarto “O raio X da política e o fator Temer” de sexta-feira, 07/08/2015 às 20:45, e de autoria de Luis Nassif, o terceiro, “Os riscos da estratégia de Dilma” de quarta-feira, 30/09/2015 às 18:55, e também de autoria de Luis Nassif, o segundo “Lula e Dilma foram moldados em realidades distintas” de sábado, 14/03/2015 às 16:31, e de autoria de Juliano Santos e o primeiro “Os desafios da política econômica de Dilma” de segunda-feira, 01/12/2015 às 06:47, e de autoria de Luis Nassif.

        Como se vê apenas o segundo post “Lula e Dilma foram moldados em realidades distintas” atenderia as minhas pesquisas. Lá há um comentário meu enviado domingo, 15/03/2015 às 13:12, em que eu faço um apanhado de todo o imbróglio da tentativa de fazer a análise do exercício da presidência pela presidenta Dilma Rousseff a partir da falta de experiência política dela e daí chegar à atual dificuldade política do Brasil e também a dificuldade que a presidenta Dilma Rousseff tem em se relacionar com os subordinados e com os demais Poderes da República.

        Não penso assim. Há resquícios da guerrilheira no comportamento político da presidenta Dilma Rousseff, há falta de experiência de executiva e de negociadora política na presidente Dilma Rousseff, mas não é só isso que molda o comportamento político dela. E nem a modelagem do que seja a capacidade política da presidenta Dilma Rousseff, que não é propriamente o verdadeiro molde da capacidade política da presidenta Dilma Rousseff, pois se trata apenas do molde que é apresentado na mídia, explicariam o que se passa no campo político e no campo econômico.

        A visão tecnocrata é de toda uma cultura que não foi instruída corretamente sobre o funcionamento do processo democrático em uma democracia representativa. A falta de experiência política dela e a formação técnica favoreceram ela não aceitar o fisiologismo como uma prática natural da democracia e assim, essa não aceitação dificulta que ela realize a atividade política com uma visão mais estratégica.

        Bem e junto ao post “Lula e Dilma foram moldados em realidades distintas” não há apenas um comentário meu para Juliano Santos. Além do comentário enviado domingo, 15/03/2015 às 13:12, eu enviei outro na segunda-feira, 16/03/2015 às 15:29, que apenas deixava os links para os inúmeros posts aos quais eu fiz referência e posteriormente, junto a uma resposta de Juliano em comentário enviado segunda-feira, 16/03/2015 às 01:53, portanto, anterior ao segundo comentário meu, eu fiz um terceiro enviado terça-feira, 17/03/2015 às 22:16, em que eu volto a transcrever o comentário de Marco Antonio Castello Branco que ele enviou quinta-feira 26/06/2014 às 02:45, para junto do post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 17:47.

        O comentário que interessa aqui dos três que enviei para Juliano Santos junto ao post “Lula e Dilma foram moldados em realidades distintas” é o primeiro de onde eu retiro a seguinte passagem que lá aparece como uma passagem reproduzida de comentário que eu enviara para Juliano Santos junto ao post: “Os desafios da política econômica de Dilma” de segunda-feira, 01/12/2014 às 05:47. Disse eu lá:

        – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

        “Penso que Luis Nassif deu uma esfriada na cabeça e fez um post mais consequente. Na semana passada havia uns seis posts entre os dez[oito] que compõem a relação “As mais lidas da semana” que diziam respeito ao impeachment de Dilma Rousseff articulado pelo ministro Gilmar Ferreira Mendes e o Ministro José Antonio Dias Toffoli. Parecia que o blog do Luis Nassif estava sendo pautado pelo Lobão (O músico).

        Lendo seu comentário eu voltei ao texto de Luis Nassif para ver onde fora que ele se referiu aos “auxiliares “não muito competentes”” da presidenta Dilma Rousseff. A minha curiosidade decorreu de não ter lembrado de ter lido aqueles rompantes críticos de Luis Nassif em relação a equipe do governo de Dilma Rousseff e que repousam apenas na autoridade dele. Você, entretanto, está certo. É, havia algo parecido ao que você disse na frase de Luis Nassif que transcrevo a seguir:

        “No primeiro governo, Dilma tentou trazer a Selic para níveis civilizados. Mas não contava com operadores de fôlego para a empreitada”.

        É uma crítica que repousa na autoridade, mas é um pouco mais leve que o que ele disse praticamente durante todo o governo de Dilma Rousseff em especial em relação a Guido Mantega e Arno Augustin. Além disso, eu havia acabado de ler o post “As boas e más notícias sobre os novos Ministros” de sábado, 22/11/2014 às 08:58, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele, e havia lido o comentário muito bom que ele enviou sábado, 22/11/2014 às 11:08, para junto do seu comentário enviado sábado, 22/11/2014 às 11:01.

        E pela qualidade e quantidade de informação pertinente aqui reproduzo a seguir os dois comentários, o seu e o dele. Reproduzo primeiro o seu comentário:

        “Uma curiosidade sobre algo que você disse “en passant” (é assim que se escreve?), meu caro Nassif. Ela analisou o golpe planejado em quatro mãos pela nova dupla do Supremo, o Tofolli e o Gilmar? E qual foi a conclusão?

        Outra dúvida minha é sobre se você já parou para pensar que esse estilo Dilma, centralizadora, não pode ter a ver também com o fato do PT estar muito mal de quadros? Tiraram os melhores de circulação, e agora o único que parece ser um político de mão cheia é o Jaques Wagner. Mas me parece que pode vir um conflito de egos com o Mercadante por aí. Tomara que não.”

        E agora a resposta dele que não demorou 7 minutos para ser escrita e, mesmo desconsiderando o tempo exíguo, foi muito bem escrita. Disse então lá Luis Nassif:

        “Juliano

        vou escrever sobre isso.

        O problema é que Dilma não fez carreira política. É no transcurso da carreira que vai conhecendo quadros (do partido ou não), formando lealdades, ganhando confiança.

        Ela caiu de paraquedas, não quis meramente continuar Lula e teve que confiar nas suas lealdades – quadros que ela conheceu no Rio Grande do Sul, ou que teve conhecimento superficial no governo. E daí que nascem os Arnos, Gleises, Paulos Bernardos, Marias dos Rosários.

        Se tivesse conhecimento de causa, além do PT ela teria o país para selecionar quadros.”

        Muito bom o que o Luis Nassif disse e bastante coerente com o que ele pensa. De certo modo, Luis Nassif não aceita a condição de mediocridade do ser humano. Assim, ele quer em um ministério figurões de imensa grandeza. Como a vivência de Dilma Rousseff mais próxima dos poderosos se circunscreveu aos oito anos de ministra de Lula ela realmente não conseguiria atender este desiderato de Luis Nassif. E tudo ficou mais fácil para as críticas dele frutificarem pela falta de resultado da equipe econômica”.

        – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

        Então é isso, há um pouco de verdade na descrição que Luis Nassif, você e o Juliano Santos traçam da presidenta Dilma Rousseff, mas nem essas descrições explicam a situação política atual nem a realidade política é que molda na integridade o problema econômico que enfrentamos. Se o PT sozinho fosse maioria no Congresso Nacional, nós não teríamos a crise política e provavelmente estaríamos em uma crise econômica. E a crise econômica seria suficiente para criar a pressão política dos eleitores para se ajuntarem em grandes manifestações como a de março de 2015.

        Com uma maioria no Congresso Nacional muitas medidas econômicas teriam sido aprovadas e facilitaria a recuperação econômico. Essa vai vir, mas mesmo com a recuperação econômica, o grupo anti PT e anti Dilma, insuflado um tanto pelo problema do julgamento da Ação Penal 470 e pelo escândalo da Petrobras, ainda permanecerá expressivo na sociedade brasileira.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 06/11/2015

  74. Análise mais centrada que a própria analisada

    Dizer que Dilma não é política o suficiente para lidar com parlamentares que trocam de partido(ideologia??)como trocam de camisa ou que montaram na garupa do elefante branco(PMDB)e estão confortáveis, obrigado, todos sabemos.  Mas ficou de fora a conjuntura. O País é outro e o mundo um rebuliço. Partidos de viés socialistas estão em dificuldades na maioria dos países. Dizer que Dilma é só republicana, e eu já acho o máximo, que lhe falta treino para lidar com a pilantragem, a meu ver não resume o enredo que vivemos. Penso que só mais tarde, lá por 2025 alguém poderá olhar para trás e dizer: foi isso, foi aquilo….

  75. As vezes eu penso que a

    As vezes eu penso que a presidente é vítima de alguma chantagem. Não é possível essa falta de coragem, esse arreglo todo. Está no segundo mandato, não pode mais ser candidata. Então tenha mais coragem para o enfrentamento. Será que ela tem medo de algo que digam ou revelem sobre ela?

  76. Perfeito Nassif.

    Por que a Dilma se candidatou a reeleição? Se não gosta do jogo não joga. O mesmo para o Cardozo se não quer cumprir suas funções, por quê não pede para sair? Alguém explica? 

  77. “(…) quem é chefe manda,

    “(…) quem é chefe manda, quem é subordinado obedece. E se queixar de assédio moral é comportamento de frouxos.”

     

    Será que algum assessor teve coragem de comentar com a Presidenta sobre esta análise do Nassif?

     

  78. Pra variar…

    “Inegavelmente, foi essa incapacidade de entender o poder de forma ampla que acabou sendo o ponto fatal no enfraquecimento do partido e do governo.”

    Pra variar nenhuma, nem uma única palavara sobre a roubalheira gigante. Pasadena, Abreu e Lima, SETE BRASIL (!!!!!), etc. 

    O pior governo da história, o mais incompetente e preguiçoso.

     

     

     

     

  79. Muito boa a montagem das

    Muito boa a montagem das imagens das capas em suas edições sucessivas!

    É sistemática…

    Essa amostragem ai já serve!

    Basta perguntar, faz oposição ou não ao governo?

     

  80. E quando vaza documentos e

    E quando vaza documentos e vídeos relativos às denúncias contra Eduardo Cunha?

    Nassif, você está simplificando o jogo político, tal como é jogado nesse momento. Ela está com as cordas no pescoço, qualquer jogada tem que ser bem calculada. O temor de qualquer ação ser lida como uma intervenção na PF é fundamentado, e pode alimentar mais ainda a crise política. Afinal, diriam os aliados de Cunha, porque a interferência só agora em que o Lula é alvo de investigação? 

    No fundo o grande problema é que o PT se transformou num partido como outro qualquer, e não quer arcas com os riscos e custos políticos para construir as mudanças pelas quais o país tem que passar. Teme perder cargos e poder, e faz o jogo mediano da política pela política

  81. E quando vaza documentos e

    E quando vaza documentos e vídeos relativos às denúncias contra Eduardo Cunha?

    Nassif, você está simplificando o jogo político, tal como é jogado nesse momento. Ela está com as cordas no pescoço, qualquer jogada tem que ser bem calculada. O temor de qualquer ação ser lida como uma intervenção na PF é fundamentado, e pode alimentar mais ainda a crise política. Afinal, diriam os aliados de Cunha, porque a interferência só agora em que o Lula é alvo de investigação? 

    No fundo o grande problema é que o PT se transformou num partido como outro qualquer, e não quer arcas com os riscos e custos políticos para construir as mudanças pelas quais o país tem que passar. Teme perder cargos e poder, e faz o jogo mediano da política pela política

  82. Altamente irritante

    “A posição cômoda de Dilma – “isso não é comigo” – é de uma auto-ilusão comovedora.”

    Não, Nassif.

    A posição cômoda de Dilma – “isso não é comigo” – é de uma auto-ilusão altamente irritante, para não dizer outra coisa.

    Vou dizer.

    A posição cômoda de Dilma – “isso não é comigo” – é de uma insensatez altamente irritante.

    Agora sim, para não dizer outra coisa no lugar de insensatez.

  83. Pois o “republicano-mor” foi Lula

    A culpa é dele. Ele acreditou no Lulinha Paz-e-Amor que deveria ter sido só enganação eleitoral e resolveu fazer um governo sem revanchismo, olhando apenas pro futuro.

    Devia ter posto a PF atrás de umas três duzias de safados que hoje estão aí caçando o PT.

    1. Desde os 40 anos dele não valia perder tempo com FHC

       

      Nickname (quinta-feira, 05/11/2015 às 01:15),

      Imaginei comentar os cinco a dez primeiros comentários desses posts independentemente da qualidade do comentário ou da qualidade do que eu tivesse a dizer em acréscimo ou em crítica ou em elogio se fosse o caso.

      Ia até saltar o seu comentário porque não me interessaria muito em ir lá em outro post para ver o que haveria de importante. Além disso, já percebi que na maioria das vezes tenho opinião parecida com as suas e assim não preciso ir muito a fundo no que você diz. Como fiquei mais tempo por conta deste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” de quarta-feira, 04/11/2015 às 00:01, resolvi ir até o post indicado e resolvi também reler o seu curto comentário aqui e me pareceu que talvez eu devesse acrescentar algo nele.

      Assim, antes de comentar o conteúdo do link que você deixou, faço um destaque para este seu comentário aqui. Você tira como conclusão que o período eleitoral de 2018 já começou. Uma conclusão a que você parece dar ares de surpresa. Não se deveria dar. Do que eu tenho observado na política nos últimos quarenta anos, em geral, a antecipação do período eleitoral se dá em todo o lugar do mundo democrático.

      Nos Estados Unidos os dois últimos anos de um presidente que não pode se candidatar é chamado de período do pato manco. Estão todos voltados para a próxima eleição que o presidente é esquecido. O Obama é que conseguiu deixar para os dois últimos anos tudo de importante que ele podia fazer ao mesmo tempo que a economia se encontra em plena recuperação ainda que a passos lentos, mas o suficiente para o levar de volta ao pedestal de onde esteve no discurso da vitória e os ossos do ofício haviam de lá o expulsado. Seja lá quem escreveu “Se alguém aí ainda dúvida de que os Estados Unidos são um lugar onde tudo é possível, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores continua vivo em nossos tempos, que ainda questiona a força de nossa democracia, esta noite é sua resposta” imortalizou para sempre Barack Obama.

      Então não é novidade falar de antecipação da campanha eleitoral de 2018. O que há de estranho na democracia brasileira é que nos últimos 20 anos a disputa tem dado-se com muito antecipação entre o PT e o PSDB. E o que é pior, salvo Aécio e Lula, sendo que no caso de Lula pela facilidade de interlocução com uma classe muito numerosa de brasileiros, a disputa entre os dois partidos vem sendo feita por candidaturas sem carisma. Isso é estranho porque a democracia, principalmente a presidencialista, tem por base candidaturas carismáticas. E no caso de Aécio Neves, o carisma dele é até espantoso, pois até o início da década de 90, ele era uma candidatura sem nenhum carisma, sendo que o acompanhava até uma gagueira. Essa apropriação da política brasileira pelo PT e o PSDB é que precisa ser mais debatida, principalmente no efeito de afastar da disputa as principais lideranças carismáticas do país.

      Assim, no meu modo de entender, a antecipação da campanha eleitoral de 2018 não é assunto relevante por se tratar de acontecimento comum. Aliás mesmo que você estivesse prevendo que a campanha de 2018 se dará entre PT e o PSDB tal previsão nada teria de excepcional nem de relevante. Não é relevante nem excepcional porque todos sabem que essa disputa só não vai ocorrer se não houver recuperação econômica e o PT permanecer envolvido com a operação Lava Jato.

      E não é uma previsão relevante mesmo se sabendo que se trata de fato inusitado a disputa ocorrer durante quase vinte cinco anos entre dois partidos que não representam juntos 30% do eleitorado e que se tivessem unidos representando a esquerda como parecia para alguns em determinado momento que iria ocorrer ou como era o desejo de alguns (O Renato Janine Ribeiro sempre alimentou essa hipótese) provavelmente nunca teriam ganhado a presidência da República. Pode-se dizer que PT e o PSDB se dividiram para reinar.

      Antes de comentar o link que você deixou no seu comentário, faço uma breve referência ao post “Como Aécio implodiu com o PSDB” de quinta-feira, 05/11/2015 às 20:39, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele em que ele trata de uma possível saída de Geraldo Alckmin que iria para o PSB e de José Serra que iria para o PMDB, para evitar ser rotulado de radical como a administração do partido por Aécio Neves estaria dando a entender. O endereço do post “Como Aécio implodiu com o PSDB” é:

      http://www.jornalggn.com.br/noticia/como-aecio-implodiu-com-o-psdb

      A implosão do PSDB, feita de dentro, só acontece se o partido perceber que na atual divisão PT e PSDB, o PSDB não teria condições de assumir o poder ou então se o partido avaliar que o PT com a Lava Jato vai desaparecer e o PSDB precisaria tomar as rédeas da próxima campanha de tal modo a evitar que um aventureiro meta-se à frente. Se o PT e PSDB se dividiram para reinar, caso o PT morra, o PSDB vai tentar se dividir para reinar. Do mesmo modo que caso o PSDB desapareça o PT teria que inventar um novo PSDB para que a disputa entre os dois permanecesse.

      A disputa PT e PSDB foi importante para o Brasil porque ela evitou que um aventureiro invadisse o terreno de um e de outro e conquistasse o cetro presidencial. As duas previsões requerem muito poder premonitório ou requerem uma total incapacidade de compreensão da atividade política, e ambas, o excesso ou a carência, não me parecem plausível ao PSDB. Assim, salvo se o PSDB e Luis Nassif disponham de muito mais informação do que a que a mídia apresenta, o texto de Luis Nassif sobre a implosão do PSDB parece para mim como bastante irrealista.

      O PSDB é na sua cúpula mais um partido de centro do que um partido de direita. Os eleitores do partido são de direita e no longo prazo o PSDB vai se tornar um partido de direita e pode aparecer lá um aventureiro de direita com chances de ganhar a eleição. Não dá para no momento atual lutar contra essa possibilidade futura. Quando chegarmos lá é que o problema pode ser enfrentado. Até lá o problema maior do PSDB no poder é o fato do partido ser mentiroso e o fato que o partido é elitista. Aécio Neves não administraria o país se ele ganhasse a eleição, mas ele escolheria pessoas da nossa elite para fazer esse trabalho. Não creio que esse modelo de governança valoriza a democracia. E vale aqui, já que atrasei um pouco o envio desse comentário, aproveitar um post recente sobre esse assunto aparecido no blog “Stumbling and Mumbling An extremista, not a fanatic”, de Chris Dillow, intitulado “Elites vs Representation” de terça-feira, 10/11/2015, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://stumblingandmumbling.typepad.com/stumbling_and_mumbling/2015/11/elites-vs-representation.html

      Lá no post “Elites vs Representation” há também o link para um post no blog “Mainly Macro” de Simon Wren-Lewis, que merece também uma leitura. Encurtando o caminho trata-se do post “Fayx meruticracy” de domingo, 08/11/2015, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://mainlymacro.blogspot.com.br/2015/11/faux-meritocracy.html

      Agora vou analisar o que você e a Anna Dutra disseram lá no post “Multimídia do dia” de quarta-feira, 04/11/2015 às19:58, aqui no blog de Luis Nassif conforme o link que você deixou. Em comentário de quarta-feira, 04/11/2015 às 11:33, Anna Dutra sugere o destaque de uma entrevista de Ciro Gomes no Espaço Público de terça-feira, 03/11/2015, e cujo endereço é o que se segue:

      http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/nacional/noticia/2015/11/04/ciro-gomes-diz-que-governo-deve-alterar-politica-economica-para-recuperar-apoio-206507.php

      Você acrescenta em comentário enviado quarta-feira, 04/11/2015 às 16:22, se pondo a discorrer sobre vídeo de entrevista de Ciro Gomes à TV cearense, em que Ciro Gomes elogia Severino Cavalcanti por ter arquivados pedidos de impeachment contra Lula e se refere a um primo distante. Você não esclarece se o vídeo é o mesmo de que trata Anna Dutra nem também deixa claro quem é seu primo distante. E depois você menciona um artigo saído no Jornal Comércio de Recife do ex-preso político José Nivaldo Junior, que homenageava o que ele chamava de “Conservador progressista” e criticava o simplismos das análises que se fazem sobre os coronéis.

      Em comentário de quarta-feira, 04/11/2015 às 19:55, Anna Dutra agradece os acréscimos de informação do seu comentário, afirma a necessidade do blog de Luis Nassif manter o pluralismo e reforça a sugestão da entrevista de Ciro Gomes. Em sua resposta você alega que por ser partidarizado, o GGN dificilmente dará abertura para o vídeo de Ciro Gomes. E abre para uma discussão um tanto confusa da postura partidarizada do Jornal GGN. Do que você disse restou para mim a entrevista de FHC que teria alertado antes da eleição que a situação estava ruim, a referência de Fernando Henrique ao Pacto de Mancloa e, na sua visão, a resistência do Jornal GGN a pessoas como Eduardo Giannetti da Fonseca, Marina Silva e José Arthur Giannotti.

      José Arthur Giannotti é um dos intelectuais sem voto do PSDB e com formação marxista e deve ser um dos expoentes da esquerda, amigo de Fernando Henrique Cardoso e José Serra e que instrui até o próprio Luis Nassif nesses últimos 40 anos. Se ele não fosse do PSDB eu ainda assim diria que ele tem mais defeitos que qualidades à parte do grande conhecimento do marxismo que ele possui. Já o Eduardo Giannetti da Fonseca é de uma cultura impressionante, mas é vazio.

      A Marina Silva tem uma posição política equivocada. Em comentário que enviei quinta-feira, 05/11/23015 às 22:01, para JB Costa junto ao comentário dele de quarta-feira, 04/11/2015 às 21:02, eu faço menção e deixo o endereço do post “FHC combate o fisiologismo que praticou” de quarta-feira, 16/11/2011 às 10:59, aparecido aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele, para o criticar pela seguinte frase:

      “O fisiologismo é uma praga do modelo político brasileiro. Ontem, FHC se posicionou contra essa prática”.

      A minha crítica é a seguinte. Fisiologismo se refere ou a um ato ilícito ou a uma prática natural e essencial ao processo de composição de interesses conflitantes que se dá na democracia representativa. Se se refere a um ato ilícito, o fisiologismo não deve ser denominado como tal, isto é, de fisiologismo porque já existe uma denominação própria para o ato ilícito, como por exemplo: corrupção, apropriação indébita, peculato, etc.

      Se, entretanto, o fisiologismo se refere à prática natural e essencial ao processo de composição de interesses conflitantes que se dá na democracia representativa, ou seja, se o fisiologismo se refere ao “toma-lá-dá-cá”, ao “é dando que se recebe”, aos acordos, barganhas e ajustes que ocorrem no processo de composição de interesses conflitantes realizados pelos representantes dos donos dos interesses representados, ele deve ser aceito como um mecanismo natural, essencial e imprescindível à democracia representativa e como um avanço da modernidade uma vez que ele é utilizado basicamente pelos grupos minoritários para não serem excluídos pelas vontades majoritárias. Entendido assim, o fisiologismo jamais pode ser considerado como uma praga.

      Relembrei dessa crítica que frequentemente faço a Luis Nassif porque esta crítica é também válida a Marina Silva. Há que se entender uma diferença entre Marina Silva e Fernando Henrique Cardoso no tocante ao combate que eles fazem ao fisiologismo. Fernando Henrique Cardoso faz a crítica ao fisiologismo mas sabe que o fisiologismo não merece a crítica que ele faz. Ele sabe que a crítica que ele faz é só para angariar votos. A Marina Silva acredita piamente no que ela diz.

      De modo geral, as pessoas que tratam o fisiologismo como uma praga, assim procedem ou por oportunismo quando não se trata de má-fé, ou por ignorância ou ingenuidade, ou por idealismo que muitas vezes esconde ou a ignorância ou a ingenuidade. Para mim, Luis Nassif trata o fisiologismo como uma praga por um idealismo oportunista. Como empresário de comunicação, jornalista e alguém com vínculos profundos com intelectuais de esquerda, como o José Arthur Giannotti, um marxista, Luis Nassif sabe que se ele não tratar o fisiologismo como uma praga ele não terá ouvintes ou leitores. É um misto de idealismo com o oportunismo que é qualidade no político, mas é um defeito no analista.

      Eu critico a Marina Silva porque considero que ela trata o fisiologismo como uma praga por estar imbuída de um idealismo ingênuo. Prefiro a Marina Silva ao político oportunista que trata o fisiologismo como uma praga, embora considero para a prática democrática o político oportunista superior ao idealista ingênuo.

      Agora, a turma de intelectuais do PSDB deve ser repudiada porque a concepção política desse grupo é anti democrática. Eles têm pleno conhecimento do funcionamento da democracia e da importância do fisiologismo para que a democracia possa desenvolver por completo a composição de interesses conflitantes. Eles sabem que uma democracia é mais democrática quanto mais fisiológica ela for. No entanto, eles se põem contra o fisiologismo porque isso dá voto, isto é, eles são contra o fisiologismo por oportunismo. O oportunismo é uma qualidade no político sob o aspecto eleitoral porque o oportunismo angaria voto e político sem voto nada vale, mas para quem percebe a posição do oportunista eleitoral, o oportunismo é uma chaga. E esse oportunismo merece todo o repúdio quando ele feito mais do que para enganar o eleitor, mas por desdém ao eleitor. O oportunismo do PSDB é anti democrático porque o grupo de intelectuais do PSDB despreza a massa ignara e rude.

      Os políticos alcançam o poder porque têm carisma. O carisma em si não dá nenhuma competência, mas se cedo a custa do carisma você alcança cargos de liderança você pode ir desenvolvendo qualidades gerenciais. O grande problema do líder carismático é que o carisma permite enganar o povo. O PSDB por ser um partido de intelectuais tinha aversão ao político carismático. A tendência do PSDB era desaparecer porque intelectuais só tem carismas para seus alunos. Mas todos foram embalados nos planos, primeiro o Plano Cruzado e depois o Plano Real e assim conseguiram não só ganhar eleições como ganhar capacidade gerencial. Hoje já aparecem mais políticos carismáticos no PSDB, mas na origem só o Ciro Gomes era carismático. Embora não fosse no início, hoje também é carismático o Aécio Neves. No início, Aécio Neves só tinha o nome do avó e pose de galã, mas era gago. Depois ele desenvolveu a verve carismática dele e tem bom domínio do público não importando muito com o que ele diz, mas sim com a capacidade que ele tem de convencer.

      De todo modo, Ciro Gomes e Aécio Neves trouxeram da origem PSDBista deles o viés de desprezo ao povo e não importam em fazer um discurso que eles saibam de antemão que está errado, mas que eles fazem porque sabem que o povo acredita no discurso deles. No caso de Ciro Gomes e Aécio Neves, o povo acredita no discurso deles porque eles têm carisma para convencer o povo. O discurso de Ciro Gomes evoluiu bastante e hoje ele fala mais coisas que ele acredita. Mas como na origem o discurso era falso eu fico um pouco ressabiado com o que ele diz. Era tão falso o discurso dele que José Serra que sabia que o discurso de Ciro Gomes era falso não teve muita dificuldade de desmascarar o discurso de Ciro Gomes na eleição de 2002. Aliás, muito provavelmente Lula deve a José Serra a destruição dos dois adversários de Lula na eleição de 2002 e que tinham carisma e que eram Ciro Gomes de Antony Garotinho.

      Já no caso dos demais intelectuais do PSDB, o povo acredita no discurso deles porque é um discurso adrede preparado para o povo acreditar. Desde que eles fundaram o PSDB, eles têm feito um discurso enganador. A pesquisa informa qual a crença popular e a partir da crença popular eles elaboram o discurso. Na época da defesa do parlamentarismo eles alegaram em defesa do parlamentarismo que no presidencialismo o presidente da República é muito forte. Esse discurso não atingia a população menos instruída. Era mais um discurso para a elite dos eleitores. Só que como todos os discursos do PSDB é um discurso falso de quem despreza o eleitor independentemente da classe social ou intelectual desse eleitor. Tanto era falso que eles não tiveram nenhum pudor em trazer o instituto da reeleição que fortalece o presidencialismo.

      Também era para enganar o povão o discurso em favor do parlamentarismo em que se afirmava que governo bom o povo põe e governo ruim o povo tira. Eles sabem que essa frase é falsa. Sabem também que essa frase tem grande aceitação popular. E quase pelo prazer doentio de enganar o povo eles repetiram essa frase durante toda a campanha do parlamentarismo e também durante todo o processo de aprovação da emenda da reeleição e da própria campanha da reeleição. A reeleição de Lula que eles acusavam de incompetente e da presidenta Dilma Rousseff que também recebe essas acusações foi quase um tiro no pé no ditado deles. Eles ficaram proibidos de usar o discurso. Assim apelam para a ideia de desqualificar a reeleição.

      E o pior no discurso que o PSDB fazia em defesa do parlamentarismo é que o PSDB não só tem desprezo pelo povo como teme que seja concedido ao povo o poder que o sistema presidencialista concede ao povo de os fazer todos iguais. Tanto o jovem pobre e ignorante como o velho rico e sábio, todos os dois valem o mesmo na urna eleitoral na escolha do Presidente da República que para o PSDB deveria ser escolhido entre eles, como é no regime parlamentarista e não pelo povo.

      A eleição do Plano Cruzado e a eleição do Plano Real, parodiando Joaquim Nabuco, foi o roubo cívico da alma política de um povo. O povo vota não propriamente convencido com argumentos oportunistas ou racionais, mas vota prisioneiro do plano que lhes dá a sensação de felicidade concedida e em retribuição o povo dá o voto. Só faz esse roubo quem não tem respeito pelo eleitor. Como o PMDB ficou um pouco enfraquecido com o fracasso do Plano Cruzado, o pessoal do PSDB que foi eleito no Plano Cruzado tratou de sair do PMDB e fundar um novo partido sem vínculo com o Plano Cruzado, muito embora os teóricos do Plano Cruzado fossem todos para o PSDB. Só que eles utilizaram como justificativa para sair PMDB a existência do fisiologismo no PMDB. Era um discurso falso, falso não pelo fato de o fisiologismo ser bom, mas falso porque o pessoal do PSDB sabia que o fisiologismo era natural, essencial e imprescindível à democracia.

      Um outro discurso falso do PSDB e que eles sabem que é falso é o de que a inflação é o pior tributo, pois incide sobre o pobre. Se a inflação estiver associada com o pleno emprego, o maior beneficiário da inflação é a camada mais pobre que obtém trabalho com facilidade e pode exigir melhor salário e assim os maiores perdedores são os ricos.

      Após a segunda grande Guerra até o final da década de 70, quando as taxas de desempregos eram baixas e a taxa de inflação aproximava de 6% a desigualdade não piorou nos países desenvolvidos. Ela só veio a piorar após 1980, quando a inflação nos países desenvolvidos ficou menor do que 5% e a taxa de desemprego ficou mais alta. E como eu insisto em dizer dispondo de bons intelectuais com amplo conhecimento sobre o sistema econômico, o PSDB sabia que a frase era falsa.

      E como sempre mesmo sabendo que uma frase é falsa, mas demonstrado que a frase rende dividendos eleitorais, o PSDB a repetia a exaustão pelo completo desprezo que sentem pelo eleitor. E o eleitor que o PSDB engana nesse caso é o eleitor de classe média alta que até fica satisfeito em escutar essa cantilena e catilinária. Pois do discurso se depreendia um espírito de solidariedade da camada mais rica para com os mais necessitados. Ao ouvir o discurso do PSDB, os mais ricos pensavam: somos contra a inflação não porque ela reduz a nossa poupança e os nossos rendimentos e os valores reais dos nossos bens e por isso ela nos incomoda, mas porque ela atinge o mais pobre, ou seja, somos contra a inflação apenas para demonstrar espírito de solidariedade.

      E vale notar que o povão nem chega a entender o discurso do PSDB sobre a inflação. O povão entende é o discurso de Lula que em uma inauguração de uma Casa Bahia disse: “a inflação, essa desgraça!”. Discurso até mesmo mais efetivo do que o discurso de Jânio Quadros ao sugerir que Antonio Delfim Netto mudasse o discurso dele em que o economista dizia: “A origem do processo inflacionário é o déficit orçamentário”. Para Janio Quadros o povo não sabia o que era origem, o que é processo inflacionário e o que é déficit orçamentário e sugeriu como correção a seguinte frase: “A causa da carestia é a roubalheira do governo”.

      Quando certos ou quando errados, Ciro Gomes, Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso carregam sempre essa chaga de desprezar o eleitor. E Fernando Henrique Cardoso não alertou o governo antes da eleição por verificar que a situação do governo estava ruim. Se você observar os dados do Comércio Exterior você vai verificar que os dados efetivamente pioraram a partir de outubro de 2014. Recentemente eu fiz um prognóstico que as exportações só começariam a ficar melhor do que em 2014 em dólar a partir de outubro. Até então, as exportações de 2015 em dólares eram 20% menores do que as do ano anterior. No mês de outubro elas ficaram só 4% menor (Um tanto influenciadas pela terceira semana de outubro onde parece ter ocorrido algum problema). E é bom lembrar que esses percentuais são decorrentes de comparação em dólar. Quando a comparação é em real há crescimento efetivo e é esse que pesa no cálculo do PIB.

      Então o alerta de Fernando Henrique Cardoso é fruto de duas características de Fernando Henrique Cardoso. Primeiro ele gosta de transparecer superioridade e assim está sempre pronto a dar conselhos. E segundo, Fernando Henrique Cardoso, por não ter carisma junto a população (Ele tem carisma como professor junto a seus alunos), utiliza da demagogia para dizer que ele presta serviço ao governo alertando para os problemas do país. Tive sorte de perceber essas características em Fernando Henrique Cardoso já na década de 70 e nunca tive ilusões em relação a ele.

      Uma das grandes demagogias de Fernando Henrique Cardoso é a defesa do imposto sobre grandes fortunas. O imposto sobre grandes fortunas de quem é agraciado pela sorte (inteligente, culto, de família de posses, agraciado com aposentadoria precoce, senador por ser suplente, ainda que com eleição em sublegenda, de Franco Montoro, eleito Senador com o voto do Plano Cruzado, etc) é pura demagogia ou pouco conhecimento da realidade política ou econômica.

      Demagogia no sentido que todo mundo vai falar bem de quem defende o imposto sobre grandes fortunas e falta de conhecimento porque com um pouco de experiência política se sabe que este imposto, mesmo constando na Constituição, nunca será instituído, se instituído nunca será cobrado, se cobrado nunca será pago, se pago o valor nunca será expressivo, se expressivo o valor será repassado, se não for possível o repassar, o dono da grande fortuna vai procurar fugir com sua grande fortuna para o exterior. É claro que é um imposto que vale como um símbolo de uma política econômica com viés social e por menor que seja o retorno que ele dá, não se deve jogar dinheiro fora. Só que Fernando Henrique Cardoso nunca vai ter coragem de dizer que a finalidade do Imposto sobre Grandes Fortunas é mais de simbolizar que o pais se preocupa com a justiça social, mas que ele sabe que o efeito de distribuição de riqueza deste imposto é pequeno e que também é pequeno o potencial arrecadador deste imposto.

      Outro exemplo de demagogia de Fernando Henrique Cardoso é a defesa do pacto. O pacto é um grande mito. Na origem a ideia de pacto é fascista. O pacto não fascista é uma Constituição. Cumprir as leis faz parte deste pacto não fascista. Agora quando se fala de pacto, união nacional o que se está propondo é fazer o interesse do Estado prevalecer sobre os demais interesses. É nesse sentido de por os interesses do Estado acima dos interesses do grupo e dos indivíduos que eu digo que os pactos são na sua origem fascista.

      É claro há sempre aqueles que por motivos oportunistas apoiam o pacto ao perceberem que o pacto requer que os envolvidos abram mãos de seus interesses. Então, para se sair lucrando com um pacto basta diz-se desprovido de interesses para não correr risco de ter os interesses contrariados e assim ir agarrando à aqueles interesses de que alguns abriram mão e que fossem úteis para desses interesses se apoderarem.

      Os três pactos que mais foram comentados na década de 70, e que de certo modo não tiveram motivação fascista sendo mesmo de esquerda foi o do Reino Unido com James Callagham do partido Trabalhista que o propôs para baixar a inflação de 27 para 7% e quase teve êxito, mas foi antes derrotado pela Margaret Thatcher, o Pacto de Mancloa que foi mais de direita, pois quem o propôs foi Adolfo Suárez, mas acabou sendo aproveitado pela esquerda de Felipe González e que por coincidência tivera como fito fazer recuar a inflação que estava acima de 27% e na Áustria com Bruno Kreisky que era de esquerda e judeu o que talvez tirava muito da conotação fascista que o pacto pudesse ter e deve ser visto dentro da especificidade da Áustria: um país pequeno, pouco populoso e sem muita desigualdade.

      O problema da década de 70 foi a inflação. Até então não se queria usar a força do juro. Paul Volcker acabou com esse mito elevando a taxa de juro para cerca de 22% quando a inflação alcançou 12% nos Estados Unidos. No endereço indicado a seguir pode-se observar que o pico do Prime Rate foi em 19/12/1980 (menos de um ano e seis meses depois que Paul Volcker havia assumido a presidência do FED):

      http://www.fedprimerate.com/wall_street_journal_prime_rate_history.htm

      Não que eu acho errado usar um pacto (evitando dar a conotação fascista que o pacto tem) para combater a inflação como fez James Callaghan na Inglaterra. E teve êxito, embora fosse derrotado por Margaret Thatcher que preferiu liberar os preços e aumentar o juro, e com a liberação no imediato a inflação voltou, mas mais à frente caiu. O que eu recrimino em Fernando Henrique Cardoso é que o discurso dele é o mesmo da época da ditadura em que ele também defendia um pacto como o de Mancloa que tinha também o lado político de sair do regime franquista. E ele sabe que esses pactos são de difícil implementação, trazem o risco de fortalecer os resquícios de fascismo que os pactos carregam ao dizer que se fazem no interesse maior da nação (Que fora o cumprimento da lei não se sabe a priori de que se trata) e de permitirem o uso oportunista dele. E com o poder que os Bancos Central possuem hoje em dia, usar um pacto para combater a inflação é anacrônico. E a aplicação do pacto para resolver problemas políticos é de certo modo, uma forma da elite eliminar o povo da solução do problema. E ficando bem na fita porque todos gostam de ouvir falar em pacto.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 11/11/2015

      1. Alguns links que eu não tive tempo para indicar

         

        Nickname (quinta-feira, 05/11/2015 às 01:15),

        Deixei de mencionar alguns posts ou links que poderiam mais bem esclarecer alguns pontos que eu abordei em meu comentário para você.

        Sem ser na ordem do assunto deixo referência ao Pacto de Moncloa celebrado em 25/10/1977, na sede da Presidência do governo da Espanha, conforme consta na Wikipédia:

        https://es.wikipedia.org/wiki/Pactos_de_la_Moncloa

        E deixo também o link na Wikipédia para Adolfo Suárez, líder da coligação União de Centro Democrático que presidia o governo quando do Pacto de Moncloa:

        https://es.wikipedia.org/wiki/Adolfo_Su%C3%A1rez

        Outra figura de destaque no Pacto de Moncloa foi Felipe González, secretário geral do Partido Socialista Operário Espanhol cujo link na Wikipédia é o que se segue:

        https://es.wikipedia.org/wiki/Felipe_Gonz%C3%A1lez

        Embora com destaque menor, também participou do Pacto de Moncloa Santiago José Carrillo Solares, falecido em 2012, que foi Secretário do Partido Comunista da Espanha de 1960 a 1982 e tem página na Wikipédia no seguinte endereço:

        https://es.wikipedia.org/wiki/Santiago_Carrillo

        Também deixo link que expressam minha opinião sobre Ciro Gomes. Há o post “Ciro Gomes” de quarta-feira, 28/04/2010, publicado no blog de Na Prática a Teoria é Outra (NPTO) e que pode ser visto no seguinte endereço:

        http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=5991

        E aqui vale deixar indicado um post recente no blog de Luis Nassif e de autoria de Celso Rocha de Barros, o nome de NPTO. Trata-se do post “Um convite para que o PSDB volte às suas origens de centro-esquerda” de domingo, 13/09/2015 às 20:28, e que pode ser visto no seguinte endereço:

        https://jornalggn.com.br/noticia/um-convite-para-que-o-psdb-volte-as-suas-origens-de-centro-esquerda

        E deixo ainda um link para um post no blog de Alexandre Schwartsman, “A mão Visível” em que eu faço a defesa de Ciro Gomes. Trata-se do post “Domingo deprimente” de segunda-feira, 28/10/2013, de autoria de um colaborador de Alexandre Schwartsman e que se intitula “O” Anonimo. No post há referência ao artigo “A serviço de quem?” publicado na Carta Capital de domingo, 27/10/2013, e de autoria de Ciro Gomes em que ele censurava a Petrobras por defender mais o interesse próprio do que o interesse do Brasil. O endereço do post “Domingo deprimente” é:

        http://maovisivel.blogspot.com.br/2013/10/domingo-deprimente.html

        E o endereço do artigo de Crio Gomes “A serviço de quem?” é:

        http://www.cartacapital.com.br/revista/772/a-servico-de-quem-5112.html

        A respeito de Eduardo Giannetti eu deixo o link para o post “Eduardo Giannetti e a intolerância de um liberal” de quarta-feira, 20/08/2014 às 10:33, que pode ser visto no seguinte endereço.

        https://jornalggn.com.br/blog/brasil-debate/eduardo-giannetti-e-a-intolerancia-de-um-liberal?page=1

        Deixei o link para a segunda página porque lá há um comentário meu enviado quarta-feira, 20/08/2014 às 22:01, para LC, junto ao comentário dele de quarta-feira, 20/08/2014 às 10:43 (11:43 quando lido em mês de horário de verão). Na verdade o meu comentário não é sobre Eduardo Giannetti, mas mais sobre os a distinção entre neoliberais e liberais, onde os neoliberais seriam economistas ortodoxos e os liberais seriam os economistas austríacos.

        E eu não disse nada sobre Eduardo Giannetti também no post “Uma entrevista-bomba de Eduardo Gianetti” de terça-feira, 09/09/2014 às 01:15, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele, mas se fosse dizer talvez concordasse muito com o que disse Luis Nassif. O endereço do post “Uma entrevista-bomba de Eduardo Gianetti” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/uma-entrevista-bomba-de-eduardo-gianetti

        Já li livros de Eduardo Giannetti e fiquei impressionado com o conhecimento que ele tem, mas a ideologia dele é pouco funcional por isso eu disse que ele é vazio. E não há muito que eu possa dizer sobre ele. Talvez eu devesse acrescentar que ele sonha sobre o funcionamento da economia de modo semelhante ao sonho de Marina Silva sobre a atividade política. E sobre Marina Silva vale dar uma leitura em meu comentário de segunda-feira, 25/08/2014 às 19:42, enviado para Luis Nassif junto ao post “É preferível um Aécio na mão que duas Marinas voando” de sexta-feira, 22/08/2014 às 07:54, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele. O endereço do post “É preferível um Aécio na mão que duas Marinas voando” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/e-preferivel-um-aecio-na-mao-que-duas-marinas-voando

        Quanto a José Arthur Giannotti, deixo o link para o post “Giannotti e Dallari falam sobre a corrupção no Brasil” de quinta-feira, 01/12/2011 às 11:49, aqui no blog de Luis Nassif e apresentado no seguinte endereço:

        https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/giannotti-e-dallari-falam-sobre-a-corrupcao-no-brasil

        O post “Giannotti e Dallari falam sobre a corrupção no Brasil” consiste da transcrição da entrevista de José Arthur Giannotti e Dalmo Dallari à BBC Brasil abordando a questão da corrupção no país. O título da entrevista é “Duas visões: o Brasil é hoje um país mais corrupto?” e nela há a seguinte pergunta para José Arthur Giannotti:

        “BBC Brasil: Em um artigo publicado na Folha de S.Paulo em 2001, o senhor afirmava que era necessária ao jogo democrático uma “zona cinzenta de amoralidade”, na qual os atores políticos articulam manobras em meio a falhas do sistema. O senhor não acha que, em termos práticos, a linha que separa a amoralidade da imoralidade é muito tênue?”

        É preciso ler a resposta de José Arthur Giannotti para pode entender um pouco da crítica que eu faço a ele junto ao comentário de Ivan Moraes, enviado quinta-feira, 01/12/2011 às 11:53, lá para o post “Giannotti e Dallari falam sobre a corrupção no Brasil” em meu comentário enviado quinta-feira, 01/12/2011 às 14:01. Antes entretanto de ler minha crítica vale ler o artigo a que o entrevistador da BBC Brasil se refere. Trata-se do artigo “Acusar o inimigo de imoral é arma política, instrumento para anular o ser político do adversário” publicado originalmente na Folha de São Paulo de quinta-feira, 17/05/2001, e que pode ser visto no seguinte endereço:

        http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1705200109.htm

        Na Folha de S. Paulo o título do artigo é “O dedo em riste do jornalismo moral”. A observar que nem sempre o texto na Folha de S. Paulo é disponível na internet, assim deixo também o link para o artigo “Acusar o inimigo de imoral é arma política, instrumento para anular o ser político do adversário” publicado com este título no seguinte endereço:

        http://www.cefetsp.br/edu/eso/filosofia/artigogiannottigerapolemica.html

        Com o mesmo título da Folha de S. Paulo, o artigo “O dedo em riste do jornalismo moral” está disponível no site Migalhas tendo sido publicado mais de quatro anos depois, isto é, segunda-feira, 21/11/2005, há quase dez anos, trazendo junto um texto contrário de Marilena Chaui, intitulado “Acerca da moralidade pública” e que, na época, saíra na Folha de S. Paulo, para rebater o artigo de José Arthur Giannotti. No site “Migalhas”, os dois artigos receberam o nome de “José Arthur Giannotti x Marilena Chaui, confira o debate” e pode ser visto no seguinte endereço:

        http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI18523,41046-Jose+Arthur+Giannotti+x+Marilena+Chaui+confira+o+debate

        E no meu comentário enviado quinta-feira, 01/12/2011 às 14:01, lá no post “Giannotti e Dallari falam sobre a corrupção no Brasil” eu deixo mais dois links que são úteis para compreender um pouco mais de José Arthur Giannotti. O primeiro post é “Chauí e Giannotti” de quarta-feira, 24/08/2005 no blog de Na Prática a Teoria é Outra a que eu referi acima. O blog de NPTO está hibernado, mas aceita comentários. Eu fiquei de comentar o artigo de José Arthur Giannotti “Acusar o inimigo de imoral é arma política, instrumento para anular o ser político do adversário”, mas ainda não cumpri o prometido. O endereço do post “Chauí e Giannotti” é:

        http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=300

        E o segundo link é para o post “Mais Política Pós-Ética” de sábado, 31/07/2010, também no blog de Na Prática a Teoria é Outra e que se encontra no seguinte endereço:

        http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=6586

        Lá no post “Mais Política Pós-Ética”, um antigo comentarista aqui no blog de Luis Nassif, colega de José Arthur Giannotti, pois é filósofo e leciona na USP, mas que infelizmente anda sumido, o João Vergílio Gallerani Cuter faz a análise crítica tanto ao texto de José Arthur Giannotti como ao artigo de Marilena Chaui. No post “Chauí e Giannotti” eu já fiz a crítica ao artigo de Marilena Chaui, embora eu não tenha abordado a questão da defesa da igualdade que faz a Marilena Chaui e que de certo modo dá razão a Marilena Chaui, pois a defesa da igualdade em uma democracia constitui um princípio fundamental a nortear a atividade política, pois sem a igualdade não há como realizar a democracia.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 12/11/2015

  84. Não é com ela, uma ova! Se

    Não é com ela, uma ova! Se fizessem com a filha dela um milionessimo do que fazem com os filhos Lula, o pavão dos sonhos dela já teria voado e o aprendizado político viria rapidinho. Se não tinha coragem e disposiçao para encarar a rebordosa, deveria ter entregado o bastão para outro antes da eleiçao e se deslumbrar nos salões de beleza, não na Presidência da Republica.

    Vence uma eleição com um Congresso desgraçado desses e entra em retiro por 02 meses e chega toda recauchutada como uma Maria Antonieta frívola e  somos obrigados a engolir 05 anos do MJ entregue a um brioche, com a infeliz certeza que será ele até a destruição de todos os petistas e o PT. Claro que sobrará intacta a família dela. Quem anda armando essa destruičão do Pt, dos petistas, da Petrobras e das empresas brasileiras, não tem nada de besta, soube manipular direitinho essa DONA DO MUNDO alienada.

     

    1. Melhor do que ser manipulador é ser invisível, sendo os dois

       

      Neideg (quinta-feira, 05/11/2015 às 02:28),

      Atualmente com 149 comentários, há na segunda página deste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” de quarta-feira, 04/11/2015 às 00:01, e de autoria de Luis Nassif, um comentário que eu enviei quarta-feira, 04/11/2015 às 14:09, para Luis Nassif em que eu faço uma crítica a qualidade deste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder”. O post não é ruim pela qualidade dos argumentos que Luis Nassif lança mão, mas, em meu entendimento, o post é ruim por explicar toda a dificuldade atual do governo da presidenta Dilma Rousseff na fragilidade política dela, e toda a fragilidade política da presidenta Dilma Rousseff decorrente da “incapacidade de entender o poder de forma ampla”, sendo que esta incapacidade “acabou sendo o ponto fatal no enfraquecimento do partido e do governo.”

      Como eu disse lá no meu comentário que está na segunda página deste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder”, felizmente, no mesmo dia que saiu este post, foi publicado também o post “Custo da crise é alto, mas Dilma não sai antes da hora, por Marcos Coimbra”, de, portanto, quarta-feira, 04/11/2015 às 11:42, reproduzindo o artigo “Ano perdido” publicado originalmente na Carta Capital em que o Marcos Coimbra analisa a idéia de que é a crise política que gera a crise econômica. Marcos Coimbra, como bom sociólogo, que conhece a importância da economia para a avaliação do governante, sabe que não é isso, mas prefere, para efeito de argumentação, concordar com essa idéia quase infantil da crise política preceder a crise econômica, exatamente para mostrar o quanto ela é irracional.

      Como rapidamente todo o longo texto que eu escrevi foi para segunda página, e eu avalio que há muita informação útil lá no meu texto, eu imaginei de enviar para a primeira página um comentário que desse destaque para o que estava lá na segunda página. Já me desincumbi dessa tarefa, ao alcandorar um comentário junto ao comentário de JB Costa enviado quarta-feira, 04/11/2015 às 21:02, e que está aproximadamente na metade desta primeira página deste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder”.

      Sem nada para fazer resolvi dar uma olhada nos comentários que estão nesta primeira página. A maioria está no nível do post de Luis Nassif. Nenhum a apresentar uma informação nova, algo que pudesse enriquecer o leitor. A bem da verdade, parece que essa crítica não seria bem o seu caso. O seu comentário apresenta uma ideia que só aquelas mentes mais inspiradas por um torpor inebriante acometido em sonífero e frugal nirvana engendram. Apenas assim é possível entender que alguém possa imaginar que uma pessoa muito competente armou “essa destruição do PT, dos petistas, da Petrobras e das empresas brasileiras” manipulando direitinho a alienada presidenta Dilma Rousseff”.

      De todo modo, foi uma pena que o estupor alucinógeno tenha sido tão instantâneo que não tenha permitido indicar o nome do assaz astuto e hábil manipulador que se constitui efetivamente quem domina a República no seu Poder Executivo e que por meios de atos de exímio prestidigitador tenha iludido toda a nação a ponto dela não saber quem ele é.

      Não é fazendo desfeita de sua ideia tão estupefaciente, mas não creio de boa cepa os frutos de devaneios delirantes em momento de embriagante desatino.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 06/11/2015

  85. Incrível Lula escolheu mal o
    Incrível Lula escolheu mal o PGR Gurgel, escolheu mal Barbosa, Ayres , escolheu mal Palloci, Dirceu, Mantega, Paulo Bernardo e outros.

    E agora Dilma?

    Lula o mais safo político brasileiro

    Há algo errado nessas análises.

    1. Ainda bem que você reconhece de pronto o erro de suas análises

       

      AR (quinta-feira, 05/11/2015 às 10:18),

      Não entendi a interrogação na frase “E agora Dilma?”. Parece que você propõe uma questão à presidenta Dilma Rousseff. É como se você quisesse saber o que a presidenta Dilma pode fazer diante da situação, isto é, diante das, na sua opinião, más escolhas de Lula. Ao mesmo tempo há a idéia de que você queria referir à escolha da candidata Dilma Rousseff por Lula como sendo também uma má escolha. Parece-me que essa alternativa é a mais provável.

      Bem, mas a minha dúvida é outra. Ao retirar a sua frase “Lula o mais safo político brasileiro” o seu comentário fica assim:

      “Incrível Lula escolheu mal o PGR Gurgel, escolheu mal Barbosa, Ayres , escolheu mal Palloci, Dirceu, Mantega, Paulo Bernardo e outros.

      E agora Dilma?

      Há algo errado nessas análises.”

      O meu questionamento é que de certo modo a análise de que Lula escolheu mal os auxiliares dele é sua. Quer dizer, eu não gosto do Ayres e do Paulo Bernardo e também se o nome tivesse relacionado eu diria que não gosto do Henrique Meirelles, mas não vejo mal as escolhas feitas. Todas essas indicações tiveram as suas funcionalidades e devem ter atingido o objetivo pretendido. Se a análise é sua caberia a você apontar o erro que você vê na sua análise.

      Bem, você pode dizer: “eu queria dizer que as análises acima seriam contraditórias quando considerada também a análise de que “Lula [seria] o mais safo político brasileiro””. Essas são, entretanto, análises suas e, mais uma vez, cabe a você a explicação.

      O que eu penso sobre Lula pode ser resumidamente na frase que transcrevo a seguir e retirado do comentário que eu enviei quinta-feira, 05/11/2015 às 22:01, para JB Costa, junto ao comentário dele enviado quarta-feira, 04/11/2015 às 21:02, aqui neste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” e que se encontra ainda na primeira página um tanto mais abaixo. Disse eu lá:

      “Lula é um negociador, ajudou a fundar um grande partido, fixou-se no imaginário popular com as circunstâncias de sua luta sindical, partidária e eleitoral cheias de derrotas e vitórias, e é um mascote e mascate do Brasil no exterior, tudo isso e mais o jeito simples e o falar fácil deram-lhe um grande carisma com camada expressiva da população brasileira. Nada disso pode ser um indicativo de que ele que tenha grande capacidade de escolha de liderança política. Ele tem é grande poder de transferência de votos, que no momento atual, está evidentemente em latência.”

      Enfim você faz umas análises bem superficial em que o único mérito é reconhecer de pronto que há algo de errado nelas.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 06/11/2015

  86. Eu só não entendo uma

    Eu só não entendo uma coisa. 

    Hoje minha namorada foi demitida por contenção de gastos devido a crise. Muitos são os desempegados dia a dia.  Os impostos estão em alta, inflação em alta, o preço da gasolina, as contas… 

    E o povo simplesmente não faz nada?   Não vai as ruas?  Não protesta?  Não PARA o país? Está todo mundo satisfeito?  Vão esperar piorar?  Está ficando insustentável E NÃO VEMOS NENHUM SINAL DE MELHORA. 

    Pelo jeito só terá alguma movimentação quando afetar os órgãos públicos, servidores e etc….  E isso não está longe de acontecer, o dinheiro para pagá-los está acabando.  As reservas econômicas estão esgotando.   Espero sobreviver até lá.

    Talvez quando faltar dinheiro para pagar os salários dos que “administram” esse país, tenhamos alguma movimentação.  Ou talvez quando faltar dinheiro para pagar o bolsa família (o que está mais perto do que longe), ganhemos um belo e ignorante aliado nesse combate. Seria cômico, se não fosse trágico.
     

    1. Não seria mais valoroso de sua parte juntar-se a eles

       

      Raphael Dantas (sexta-feira, 06/11/2015 às 05:38),

      Talvez fosse o caso de ser mais proativo e, em vez de esperar “faltar dinheiro para pagar o bolsa família” para só assim ganhar “um belo e ignorante aliado” juntar-se a eles e ter esse “belo e ignorante aliado” com você desde já.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 06/11/2015

  87. Espero que me perdoem pela matança indiscriminada de coelhos

     

    Luis Nassif,

    Eu precisava de uma justificativa, ainda que esfarrapada para mandar um comentário para você, mas que ele fosse colocado aqui na primeira página e não na segunda página onde já há um comentário meu para você. Digo que precisava porque era meu desejo fazer aqui na primeira página uma referência direta ao comentário que eu enviei para você na quarta-feira, 04/11/2015 às 14:09, aqui neste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” de quarta-feira, 04/11/2015 às 00:01, e que se encontra na segunda página. Há muita informação no meu comentário que vale ser observada e apreendida e ficando lá na segunda página a tendência de isso acontecer é cada vez menor.

    Só que tenho por hábito ou vício manter o meu contato com o dono do post junto ao primeiro comentário que eu tenha enviado para ele. Assim não via motivo para trazer essa informação em comentário direto para você. Optei então em escolher um comentário na primeira página para o qual eu tivesse algum conteúdo para repassar e aproveitaria para falar do comentário meu na segunda página.

    Há muitos comentários que serviram a esse pretexto, mas o comentário que eu escolhi para fazer essa ponte foi o de JB Costa enviado quarta-feira, 04/11/2015 às 21:02, e que ainda se encontra na primeira página deste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” com mais de 150 comentários, mais ou menos no meio da primeira página. Na quinta-feira, 05/11/2015 às 22:01, eu mandei um comentário para ele. Depois voltei a enviar outro comentário. Não sei exatamente quando, mas imagino que ele deve ter recebido o número 776650. Infelizmente ele não apareceu até agora. Pelos meus cálculos, (vi um comentário de número 777412, enviado umas duas horas atrás e são feitos uns 700 comentários por dia) enviei o comentário quase dois dias atrás.

    Bem já matei dois coelhos com este comentário: fiz referência ao meu comentário aqui neste post “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder” e que se encontra na segunda página e já mencionei o comentário que enviei para o JB Costa, mas que não fora publicado. Há ainda outros coelhos a serem mortos. Preferiria que o comentário que não fora publicado não o seja mais, pois assim, eu faço alguns acréscimos no comentário, principalmente transcrevendo um comentário seu para Juliano Santos prometendo falar sobre a personalidade de Dilma Rousseff que deitaria raízes no período em que ela fora guerrilheira.

    Também seria um coelho morto dizer que este post já possui 3 comentário na quarta página e ele insiste em informar que só há 149 comentários. E no mais espero que a Sociedade Protetora dos Animais entenda o caráter ficcional dos coelhos de que eu fui causa da morte.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 07/11/2015

  88. Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder

    Título) A entrevista do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo à revista Isto É tem duas explicações simples.

    Análise do Titulo 1) No jogo do poder nada é simples, se assim fosse seria desnecessário explicar.

     

    Parágrafo 1º) A primeira é que apenas seguiu uma das máximas do político temeroso: as maiores ameaças vêm dos inimigos. Dos amigos, no máximo críticas políticas. Foi por isso que escolheu uma das revistas mais implacáveis contra o governo Dilma Rousseff e o PT para mandar seu recado.

    Análise do parágrafo 1º) Na verdade a revista mais implacável é a Veja, a Revista Isto É, faz parte do coro com algumas oitavas abaixo, o recado foi que uma voz pode dissonar e que novos cantos tomam a pauta musical, trocando em miúdos, a revista Isto É, resolveu dar voz ao governo, por diversos motivos, até mesmo para tentar aprofundar uma eventual  crise na área da Justiça, para tentar compreender ou prospectar o que está acontecendo, o Ministro aceitou sob suas condições e prerrogativas,  a revistas e seus articulistas deram com os burros n’agua.

     

    Parágrafo 2º ) A segunda explicação é que Cardozo jamais foi de tomar decisão. Ele se tornou um especialista em fundamentações jurídicas como álibi para a não ação.

    Análise do parágrafo 2º) Um especialista em fundamentações jurídicas tem por obrigação fazer duas coisas, umas delas é acionar, fazer o processo andar, a outra é neutralizar o ataque, fazer prevalecer suas teses dentro do direito, do permitido por lei, a não ação é uma impossibilidade ministerial, caso contrário a Presidenta Dilma não teria dito que – Não sobrará pedra sobre pedra, esta frase dela já indicava que o Ministro da Justiça estava alinhado com ela e atuando conforme os seus ditames.

     

    Parágrafo 3º) Nenhuma pessoa minimamente informada acredita que Cardozo acredita que esteja imbuído, na falta de ação, de excelsas virtudes republicanas.

    Análise do parágrafo 3º) Acredito que a Presidenta Dilma seja bem informada, é parte inerente de quem ocupa o cargo,  excelsas virtudes republicanas, são obrigações do Ministro da Justiça, não pode haver jeitinho, os atos devem ser feitos em virtude da lei, e qualquer pessoa minimamente informada tem argumentação, e pode discordar desta generalização, que soa como verdade absoluta, da primeira oração deste seu parágrafo.

     

    Parágrafo 4º) Mas Dilma acredita.

    Análise do parágrafo 4º) Exato, correto, é um direito dela, ela esta convencida disto, por inúmeras razões,entre as quais, por necessidade do momento, por eficiência, por eficácia, e outras qualidades que ele têm, que mantêm a coerência do conjunto.

     

    Parágrafo 5º) Reside aí o busílis, a chave da questão: Dilma não tem a menor noção sobre os jogos do poder, as estratégias e subterfúgios utilizados nas guerras permanentes entre governo e oposição, comuns a qualquer país democrático.

    Análise do parágrafo 5º) Vejamos bem: Como é que uma pessoa sem a menor noção sobre os jogos do poder, consegue sobreviver no centro do poder durante oito anos, em meio as mais renomadas cabeças políticas do país e ser indicada para ser Presidente, terminar uma mandato em que foi dizimada pela grande mídia, pela oposição, por ataque de diversas áreas dos três poderes e ainda assim resistir, é óbvio que ela tem muita  noção de onde está e como exercer o poder,  e o Ministro José Eduardo é uma personalidade importante para que ela se mantenha no jogo, tem a serenidade para não ser de um voluntarismo obsequioso que pode gerar crises desnecessárias no jogo do poder, pois se aprendeu que o voluntarismo no governo anterior a ela, sempre deram  maus resultados, erros simples derrubaram ministros e fragilizaram o Governo Lula, vide o caso de da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, ou de atos de outros aloprados, dos quais a mídia e a oposição se aproveitaram muito bem e desgastam os Governos do PT até hoje,diga-se de passagem que  a utilização de caixa 2 levou á Ação Penal 470, não pode haver subterfúgios, as ações tem de estarem de acordo com a lei, e mesmo assim, parcelas do judiciário, distorcem práticas que são comuns a todos os governos em todas as esferas e em todos os tempos, passaram a ser criminalizadas com o claro objetivo de derruba-la (caso das pedaladas fiscais), o que mantém este governo, é que ele tenta ser uma República Democrática e que utiliza os instrumentos do poder, de forma republicana.  Há um exemplo recente do olhar da Presidenta dilma Roussef: Durante a greve nacional dos Bancários foi percebido que os negociadores de Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal esta travando as negociações e transformando uma negociação salarial em uma crise política, gerando suspeita que houvesse a orientação de fora do Ministério da Fazenda para que isto acontecesse. Atenta a isto foi dada orientação do Planalto para que subscrevessem o acordo proposto pela Febraban, os negociadores do BB e da CEF cederam. e imediatamente os negociadores do HSBC (comprado pelo Bradesco), tentaram sem sucesso, travar as negociações. Esta ação colocou novamente as negociações no campo privado, mostrando que o planalto está atento a manobras que possam gerar ou aprofundar crises. A isto chama-se, noção de poder, que ela tem e usa com sabedoria, chama-se Política.

     

    Parágrafo 6º) Ela sempre demonstrou enorme acatamento  às normas hierárquicas que regem as estruturas burocráticas, nas quais as regras de comando são simples de assimilar: quem é chefe manda, quem é subordinado obedece. E se queixar de assédio moral é comportamento de frouxos.

    Análise do parágrafo 6º) A regra é clara, a Presidente é ela e os ministros são nomeados por ela, ela estabelece objetivos, os ministros tem liberdade de estabelecer politicas para alcança-los, quando não conseguem sofrem criticas, como em qualquer organização em que se quer acertar e tem uma políyica definida.

     Acredito que a ultima frase deste parágrafo é um julgamento moral seu, nunca soube que ela tivesse feito assédio moral ou dito isto sobre qualquer ministro, caso tenha imputado a ela esta critica, acho que você foi além dos sapatos, o que é um direito seu e responsabilidade também.

     

    Parágrafo 7º) A complexidade dos jogos de poder

     

    Parágrafo 8º) Nos jogos de poder, no entanto, o cenário é outro.

     

    Parágrafo 9º) A presidência da República é o cargo mais poderoso do país. Dentro do sistema de freios e contrapesos da democracia, o Presidente não comanda os demais poderes de forma direta. Tem que comandar negociando e manobrando de forma competente suas prerrogativas.

     

    Parágrafo 10º) O Presidente assina demissões e promoções no governo central, elabora, promulga ou veta projetos de lei, define os rumos do orçamento, arbitra os ganhos do mercado financeiro, de setores sociais e econômicos, indica Ministros do Supremo e dos demais tribunais superiores, escolhe o Procurador Geral da República. Através de seus Ministros nomeia o delegado-geral da Polícia Federal e uma infinidade de cargos federais, define o rumo das verbas para estados, municípios.

    Análise dos parágrafos 7º a 10º) Descrição genérica e teórica das atribuições do cargo e que servem de subsidio para o autor justificar o  paragrafo 11º.

     

    Parágrafo 11) Em cima dessa miríade de formas de relacionamentos e de comandos indiretos, há uma infinidade de possibilidades para costurar pactos, alianças.

    Análise do parágrafo 11º) É isto que está sendo feito, sabendo que estamos atravessando uma crise econômica, o Governo tenta dialogar com os diversos setores da sociedade sobre as medidas que esta tomando para a retomada do crescimento e a estabilização das contas, mesmo encontrando um Congresso adverso, não por falta de dialogo, mas por falta de interlocutores responsáveis e que cumpram acordos, até mesmo alguns grupos de mídia que são contra o Governo de Dilma Roussef, taxaram, muitas leis aprovadas pelo congresso, de irresponsáveis. O próprio GGN repercutiu em 29 de setembro de 2015, uma matéria de José Casado que refletia sobre o isolamente do oposicionista Eduardo Cunha dentro do próprio partido,  – Depois, a presidente conversou com Leonardo Picciani, líder do PMDB no Câmara, que aceitou negociar com os demais deputados do partido e que teria dito a Cunha: “Você é oposição; eu, não. Você quer o impeachment; eu, não”. Isto se chama costurar pactos, alianças, significa também saber usar dentro da normalidade de atos que lhe são concernentes, garantir a estabilidade necessária ao executivo, para dar continuidade nas suas políticas, o mesmo se dá quando ela se encontra com a sociedade civil organizada e pactua a manutenção de politicas sociais com restrições mínimas,  isto significa que o governo utiliza-se dessa miríade de formas de relacionamentos e de comandos indiretos, embora  todos sabem que a  infinidade de possibilidades para costurar pactos, alianças, seja uma expressão limitada pela lei. Cabe aqui lembrar Maquiavel em seu livro O Principe:… Um príncipe deve ser extremamente cuidadoso em só pronunciar palavras bem repassadas das cinco qualidades referidas, para que todos, ouvindo-o e vendo-o, o creiam a personificação da clemência, da lealdade, da brandura, da retidão e da religiosidade. Coisas que a presidenta Dilma já deu provas inúmeras vezes, tanto é assim que a Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB) se posicionou conta o pedido de impeachment, e muitos outros setores fizeram o mesmo, portanto acusar a presidenta de não fazer isto ou ignorar estas alianças é estar minimamente informado, ou por qualquer outro motivo, no artigo não revelado, fazer esta afirmação; 

     

    Parágrafo 12º) Todo governante tem seus operadores pessoais, pessoas de extrema confiança que os alimentam de feedback, enviam recados, tornam-se extensões de seu poder.

     

    Parágrafo 13º) Fernando Henrique Cardoso tinha o genro David Zilberstein, Jovelino Mineiro e Andrea Matarazzo. José Serra tinha Ricardo Sérgio, Valdimir Riolli e a própria filha Verônica, além de procuradores, delegados e jornalistas. Lula tinha Roberto Teixeira, Paulo Okamoto e Luiz Marinho. Itamar Franco tinha José de Castro, Djalma Morais. Assim como Serra, Jose Dirceu tinha um contingente apreciável em todos os escaninhos do poder, muito mais, aliás, do que recomendaria a prudência.

    Análise do parágrafos 12º e 13º)  Descrição genérica e teórica preceitos (12º) e de exemplos (13º) que servem de subsidio para o autor justificar o  paragrafo 14º.

     

    Parágrafo 14º) Tratam-se de preceitos básicos para o exercício do poder, mas que não fizeram parte do aprendizado de Dilma.

    Análise do parágrafo 14º) A primeira parte do parágrafo é plausível e é seguida na íntegra pela governante, tanto é assim que o Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, colocou seu cargo a disposição no final do primeiro mandato da Governante e ela não aceitou, ele está no ministério porque goza da confiança dela, mesmo tendo contra ele partidos setores que a apoiam, mas a segunda parte deste parágrafo é mais que um ataque ao Ministro, é um desprezo pela capacidade da Presidenta, o que ela mais faz é aplicar estes conhecimentos, que nem sempre mostram efeitos imediatos e acabados, alguns dão, como no caso do Eduardo Piciani, outros levam um tempo maior para serem percebidos e surtam seus efeitos, vide o caso da CNBB e de representantes do empresariado nacional que saem em sua defesa, e até mesmo políticos da oposição que não estão coesos no quesito do impeachment, ora se ela não tivesse conhecimento das técnicas de se manter no poder e de manter aliados, já teria caído, como caiu o Presidente do Paraguai Fernando Lugo, ou como o Presidente Fernando Collor de Melo. Este parágrafo atacou todo os ministros da república, em especial aqueles que a Presidenta Dilma fez questão de indicar e nomear, são os ministros chamados “da cota pessoal dela” , na minha opinião foi uma extrapolação que fere qualquer análise crítica, não subsiste, é infundado, pior que este ataque só o do próximo parágrafo.

     

    Parágrafo 15º) Sua saída, então, foi proclamar-se republicana e se escudar na falta de atuação de Cardozo.

    Análise do parágrafo 15º) Antes de ser eleita, ao que se saiba o único blog que fez a afirmação que Dilma apoiaria o parlamentarismo, foi o GGN,  a partir de uma afirmação de Roberto Freire e sem confirmação do outro lado – Jornal GGN 15 de fevereiro de 2015,  – Quando o assunto é o impeachment de Dilma Rousseff (PT), Eduardo Cunha (PMDB) é categórico ao posicionar-se publicamente contrário à iniciativa. Mas quando o que está em pauta é a derrubada do regime presidencialista e o nascimento do parlamentarismo brasileiro a partir de 2018, o presidente da Câmara dá sinal verde. Pelo menos é o que diz o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire.

    Esta noticia foi plantada sem o mínimo de verificação quanto a autenticidade desta afirmação por parte da Presidenta, e agora o mesmo jornal que fez esta afirmação sem verificar sua autenticidade a utiliza como verdade, e mesmo que fosse verdade, não significa que deixaríamos de ser uma república, portanto dizer que a Chefe de Estado não era republicana, não tem nenhum sentido, foge a lógica, o parlamentarismo sempre foi um desejo da oposição, colocar isto na conta dela não é correto e nem jornalismo, dizer que ela foi se esconder atrás de uma inação como meio de defesa é algo místico, algo como a pedra no lago, que mesmo assim faz ondas, fico imaginando alguém sob intenso ataque que vai se esconder atrás de alguém que não a defende e fica ali parado, sofrendo as consequências do ataque. Este tipo de afirmação foi, é é propagado pela mídia golpista e pela oposição, escrever este tipo de frase faz mais estragos quando vem de pessoas que se dizem amigos ou aliados, do que quando vem da oposição, simplesmente tem um cheiro de coisa podre, de falsos amigos e de todos este tipo de coisa.

     

    Parágrafo 16º) O poder à deriva

    Análise do parágrafo 16º) Considerei o subtítulo como parágrafo, apenas para dar continuidade na numeração.

    Esta subtítulo  tem o condão de estar em acordo com o discurso da oposição, diz que ela é Presidenta, mas não governa, vamos então ver como ele tenta justificar isto.

     

    Parágrafo 17º) Para Dilma, o conceito de republicanismo tem a mesma profundidade com que é percebido pelo leitor médio de jornal: governo honesto nada tem a esconder e em nada pode interferir. Por esse conceito, toda negociação tem que ser pública, nenhuma delas pode envolver interesses políticos ou pessoais. E, no final, os caçadores acabam matando o lobo e salvando Chapeuzinho.

    Análise do parágrafo 17º) Luis Nassif, faz um diagnóstico nada científico sobre como pensa a Presidenta, ao colocar como verdade o que ele diz, ele trata o seu leitor como se este não tivesse a capacidade de pensar e raciocinar, que se abstivesse do que é o conhecimento, a partir dai ele tenta impor o seu raciocínio, dizendo que a implantadora do PAC 1, do PAC 2, de uma série de obras de infraestrutura e sociais tem um conhecimento apenas moralista do que é ser republicano e que a forma com que vem tratando seus adversários reflete isto, ora é óbvio que ela tem uma moral republicana que a sua política é republicana, legalmente também republicana, se alguém pretende impor uma política de transparência e de repressão a corrupção, não pode ter outra atitude, ou seja, a política republicana tem de ser coerente com suas propostas e atitudes, exigir ao contrário seria ir contra os princípios que a levaram a ter esta ou aquela atitude. A gritaria foi geral quando o PT utilizou métodos semelhantes aos já praticados por outros partidos, agora ele diz que a moral republicana é um conto de fadas.  

     

    Parágrafo 18º) Há duas evidências nas ações de governo em relação a operações criminais:

    1.     Acobertar crimes é crime.

    2.     Não administrar repercussões políticas é falta de responsabilidade institucional.

    Analise do parágrafo 18º itens 1 e 2) Embora ele não apresente provas destas evidências, acredito serem parcialmente corretas as afirmações.

     

     

    Parágrafo 19º) O que se cobra de Cardozo e Dilma não é a interrupção de inquéritos, mas a administração das implicações políticas dessas operações.

    Análise do parágrafo 19º) A administração das implicações políticas dessas operações é feita de acordo com a avaliação pertinente, não cabe aqui o jornalista decidir como esta avaliação esta sendo feita, a Presidenta Dilma decide na área do executivo, na área do judiciário ela não pode interferir.

     

    Parágrafo 20º) Se uma operação fixa exclusivamente em membros de um partido, poupando os de outros partidos, provoca um desequilíbrio político no país.

    Análise do parágrafo 20º) Esta é uma a afirmação do óbvio, mas  qual a garantia de que não esta sendo feita? O fato das operações estarem em andamento e seus vazamentos serem totalmente seletivos, não permite dizer que outros partidos não sejam objetos de investigação, principalmente após a firmação de que não ficaria pedra sobre pedra.

     

    Parágrafo 20º) É o caso da blindagem do senador Aécio Neves. Ao não avançar nas investigações sobre sua conduta – tanto nas mesadas de Furnas como na conta em Liechtenstein – o Procurador Geral da República desequilibrou o jogo político em favor da oposição, contribuindo para a crise de governabilidade.

    Análise do parágrafo 21º) O Procurador Geral da República é um funcionário do Estado e não um agente de governo, ele foi indicado pela maioria de seus pares e a Presidenta o indicou e o senado o referendou, mas isto não o transforma em pau mandado, ele não é funcionário dela, ele tem uma independência que lhe é dada pela lei assim como limites do cargo, se o PGR não se convenceu ou achou frágil a denúncia, esta é uma função dele e não do Ministro da justiça ou da Presidenta do Executivo, é uma subjetividade do cargo dele e não dela.

     

    Parágrafo 21º) Quando investe contra a família de Gilberto Carvalho, com base em indícios frágeis de e-mails, a Zelotes atua politicamente.

    Análise do parágrafo 21º) Embora a afirmação tenha do ponto de vista real muito de político, as ações que se seguiram a este fato foram rápidas e dentro dos limites da lei, a juíza foi afastada de forma legal e se houver alguma ilegalidade na ação dela isto se dará dentro dos limites do judiciário que esta fora do controle do executivo, é uma questão de política do judiciário e não executivo;

     

    Parágrafo 22º) Quando procura incriminar Lula por sua atuação diplomática na África, em favor de empresas brasileiras, ou por financiamentos à exportação de serviços, o Ministério Público atua politicamente.

    Análise do parágrafo 22º) Se Ministério Público age de maneira política a resposta tem de ser política, no entanto, esta afirmação ela se concretiza ou não no judiciário, quando existe exacerbação do MPF, o Ministério da Justiça tem agido rapidamente, e estas ações levam o tempo que é necessário a sua resolução.

     

    Parágrafo 23º) Quando vazam seletivamente depoimentos de prisioneiros, delegados e procuradores atuam politicamente.

    Análise do parágrafo 23º) tanto na Operação Zelotes quanto na Operação Lava Jato os vazamentos tem sido investigados, estas investigações se dão dentro do sigilo próprio e assim são feitas para proteger o Estado, pois não se trata de bandidos comuns, são pessoas altamente qualificadas e que conhecem caminhos e formas de fazerem o malfeito do qual grupos políticos e a mídia se beneficiam.

     

    Parágrafo 24º) A posição cômoda de Dilma – “isso não é comigo” – é de uma auto-ilusão comovedora. É evidente que é com ela, na medida em que a soma de factoides amplia a crise política e de governabilidade.

    Análise do parágrafo 24º) Em nenhum momento a Presidenta Dilma Roussef disse isto, quem diz é o autor, é uma premissa dele, uma verdade criada por ele, ela não encontra respaldo na realidade, é uma teoria não respaldada em fatos, uma teoria linear e pobre porque faltam elementos objetivos que a sustentem.

     

    Parágrafo 25º) Nem se pense que o PT saiba manejar os carreteis do poder. O único quadro que tinha essa visão de poder sistêmico era José Dirceu, que se perdeu deixando disseminar uma imagem de superpoderoso que o tornou presa fácil no “mensalão”.

    Análise do parágrafo 25º) Uma afirmação um tanto dessarroada, o PT administrou e administra o governo Federal a mais de 13 anos, administras centenas de cidade e muitos governos estaduais, ao longo de sua trajetória formou quadros em todas as áreas da administração pública e só se mantém no poder devido a este fato, José Dirceu não era o único quadro que tinha ou que tem uma visão sistêmica do poder, as rodas da administração e do poder político continuaram e continuarão a rodar com ou sem ele e também não é verdade que ele foi uma presa fácil, na verdade ele se tornou presa tão difícil que tiveram de mudar a lei, tiveram de inovar para prende-lo, vide a utilização da Teoria do Domínio do Fato e  as justificativa da ministra Rosa Weber, duas inovações escandalosas que colocaram o judiciário e nossa Constituição em confronto ainda não resolvido.

     

    Parágrafo 26º) No campo político-jurídico, hoje em dia o PT depende do trabalho solitário de poucos deputados: Wadih Damous, Paulo Teixeira e Paulo Pimenta.

    Análise do parágrafo 26º) Estranho este diagnóstico, pois se são 3 neste campo político-juridico, não são solitários, mesmo porque, vários outros deputados do PT participam das discussões e atuam com eles, por razões de ordem do próprio partido, eles acima citados, encaminham as soluções dadas, quem conhece o PT, sabe que estas discussões são as que dão vitalidade e uma linha de ação do partido.

     

    Parágrafo 7º) Inegavelmente, foi essa incapacidade de entender o poder de forma ampla que acabou sendo o ponto fatal no enfraquecimento do partido e do governo.

    Análise do parágrafo 27º) O enfraquecimento do PT se deu justamente por entender de forma ampla o poder e fazer as reformas necessárias para sua mantença,  recebeu um troco fenomenal das forças contrárias a nova ascensão do trabalhismo, através da mídia, de setores conservadores da sociedade e das suas elites mais reacionárias e podres do nosso país. É necessário lembrar que o Partido dos Trabalhadores está sob ataque da mídia desde seu surgimento, não houve uma única vez em que não se imputaram a ele, falsos crimes, não houve uma única vez que um infeliz, que fizesse um malfeito qualquer numa cidadezinha ou comunidade desconhecida, que se estivesse com uma camiseta de um candidato a vereador que fosse do PT, iria fatalmente para a primeira pagina dos jornais, e se não estivesse usando eles colocavam, assim como fizeram no caso do sequestro do Abilio Diniz. È verdade que o PT tem sofrido revezes, mas também é verdade que ele compreende e se renova, pois é feito por gente sem medo de ser feliz

     

    Conclusão:

    Luis Nassif, muitas vezes leio sua coluna e acho suas análises interessantes, mas esta perseguição ao Ministro José Eduardo Cardoso, parece uma questão pessoal, parece que há algo que você não perdoa, há uma espécie de ressentimento no ar, ou algo que se escuda revelar, que é o que interessa no jogo do poder. Espero que seja apenas uma impressão.

     

    1. Importante, muito bom, necessário e exaustivo comentário

       

      Esmael Leite da Silva (terça-feira, 10/11/2015 às 01:40),

      Fiquei muito satisfeito de ver um comentário como o seu aqui no blog de Luis Nassif. Fui até fazer pesquisa sobre você pois não lembrava de comentários anteriores seus. Só não fiquei extravasado de satisfação por considerar um pouco confuso o início do seu comentário. Pode ser até que esse início tenha desestimulado outros a uma leitura mais atenta. Posso estar errado, mas pareceu-me que o início deveria ser algo como:

      Título: “Dilma e a falta de conhecimento sobre o exercício do poder”

      Análise do título: Como eu acho que Luis Nassif está razoavelmente correto no título eu não teria críticas a fazer, mas imagino que você poderia dizer: “Não há ninguém com conhecimento completo e o seu título (isto é, o título de Luis Nassif) apenas diz uma obviedade ou um truísmo”.

      Parágrafo de abertura (ou de introdução): “A entrevista do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo à revista Isto É tem duas explicações simples”.

      Análise do parágrafo de abertura (ou de introdução): “No jogo do poder nada é simples, se assim fosse seria desnecessário explicar”.

      E daí em diante eu não teria o que questionar salvo no que você diz a respeito do parágrafo 18, que transcrevo a seguir:

      Parágrafo 18º) “Há duas evidências nas ações de governo em relação a operações criminais:

      1.     Acobertar crimes é crime.

      2.     Não administrar repercussões políticas é falta de responsabilidade institucional.”

      E então você faz sua análise do parágrafo 18.

      Análise do parágrafo 18, itens 1 e 2) “Embora ele não apresente provas destas evidências, acredito serem parcialmente corretas as afirmações”.

      Do jeito que você analisou fica parecendo que você estaria acusando Luis Nassif de acusar o governo de acobertar crimes. Não creio que tenha sido essa a intenção do Luis Nassif. A menos que ele estivesse implicitamente acusando o governo de não abrir inquérito administrativo no âmbito da Polícia Federal para esclarecer os vazamentos e você esteja acusando de ele não fazer explicitamente esta acusação. No meu entendimento o que Luis Nassif quis dizer foi: “o governo está correto em não permitir o acobertamento de crime, pois acobertar crime é crime”. Onde haveria erro do governo seria em “Não administrar repercussões políticas”, pois isso significaria “falta de responsabilidade institucional”. confesso que tive dificuldade em entender o que Luis Nassif quis dizer. Se fosse fazer a crítica diria: defina o que significa “não administrar repercussões políticas” e dê exemplo, e defina “falta de responsabilidade institucional” e dê exemplo.

      De todo modo gostei tanto do seu comentário que ia mesmo fazer uma referência qualquer sobre ele no comentário que eu enviei terça-feira, 10/11/2015 às 14:13, para junto do curto comentário de George de Souza enviado terça-feira, 10/11/2015 às 10:17, lá no post “A aposta de Toffoli e Gilmar no Registro Nacional Civil” de segunda-feira, 09/11/2015 às 20:20 e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-insistencia-nebulosa-de-toffoli-e-gilmar-no-rnc

      Eu iniciei o meu comentário para George de Souza dizendo o seguinte:

      “Às vezes Luis Nassif faz textos muito rápidos que ficam fáceis de serem desconstruídos. São fáceis de serem desconstruídos, mas exigem muita paciência e trabalho. Nem sempre há o tempo disponível para realizar a tarefa de desconstrução e assim a gente fica satisfeito quando alguém faz esse trabalho com esmero.

      Há textos dele que não chegam a ser de elaboração precipitada, mas que se perdem em alguma birra pessoal que ele carrega. Às vezes a birra é justificada, mas em geral ela obnubila o pensamento dele. Ele tem birra com o ministro do STF Gilmar Mendes, tem birra com o Toffoli, tem birra com o ministro da Justiça José Eduardo Martins Cardozo. Como eu disse para Antonio Francisco junto ao comentário dele de segunda-feira, 09/11/2015 às 17:34, em comentário que enviei segunda-feira, 09/112015 às 19:11, este post “A aposta de Toffoli e Gilmar no Registro Nacional Civil” de segunda-feira, 09/11/2015 às 20:20, é evidentemente mais elaborado do que o anterior tratando do mesmo assunto e intitulado “Toffoli, de Lula a Gilmar Mendes” e enviado no sábado, 24/10/2015 às 19:23”.

      Tentava abrir espaço para mencionar para George de Souza o seu comentário aqui que tinha mostrado possível realizar uma análise desconstrutiva de um texto de Luis Nassif que não me parecera ter sido escrito no afogadilho pois aboradava assunto que Luis Nassif vem discutindo há muito tempo. Como considerei que eu ia desviar um tanto se eu insistisse em fazer referência ao seu comentário no que eu escrevia para George de Souza, eu acabei desistindo de mencionar lá o seu comentário aqui.

      Imagino o seu esforço em fazer a crítica exaustiva de ponto por ponto das alegações de Luis Nassif. Espero que você faça mais este tipo de trabalho. Sei que ele é cansativo e muitas vezes sem o resultado desejado. No seu caso, por exemplo, a demora acabou levando o comentário a só aparecer após as pessoas terem desaparecido do post. O atraso, entretanto, trouxe o benefício de não deixar o seu comentário escondido nas últimas páginas deste post. No longo prazo, um comentário escondido lá atrás é ruim, mas no curto prazo ele tem a vantagem de o comentário ser muito lido pelos primeiros comentaristas. De todo modo, a demora permitiu que o seu comentário ficasse praticamente encabeçando a primeira página do post.

      O grande esforço que uma crítica como a sua exige tem uma recompensa importante que é poder ser frequentemente mencionado como fonte de pesquisa e permitir que outros possam vir a ter um conhecimento mais amplo sobre as dificuldades do exercício do poder e da análise que nós fazemos sobre esse exercício e assim passam a ser mais resistentes às análises perfunctórias que com um ou outro atrativo mais reluzente conduzem os que as apreendem a caminhos da escuridão.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 12/11/2015

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