Dono da Chilli Beans fica revoltado com Americanas e diz que sócios “deveriam por dinheiro”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Para Caito Maia, crise na Americanas pode impactar no resultado econômico do Brasil em 2023 e prejudicar outros varejistas no mercado

O empresário Caito Maia, dono da Chilli Beans, uma das maiores vendedoras de óculos de sol e relógios da América Latina, disse que o rombo na Americanos é fruto de “sujeira embaixo do carpete”, se disse revoltado com impacto da possível fraude sobre o mercado varejista e opinou que os sócios “deveriam por dinheiro” para contornar a crise financeira que se instalou desde que veio a público a dívida de mais de R$ 40 bilhões.

Em entrevista ao Flow Podcast, Maia disse que o “mais lamentável” da crise na Americanas é o impacto sobre a cadeia de fornecedores. Vários empresas devem quebrar “independentemente do que vier a acontecer com a Americanas”.

O dono da Chilli Beans também mostrou preocupação com o impacto do caso Americanas sobre a economia nacional. “Eu acredito até que essa história vai influenciar no resultado econômico do Brasil esse ano”, disse.

Além disso, afirmou que o caso Americanas atrai problemas para todo o setor de vareja perante investidores internacionais. “O que aconteceu me revolta”, disparou Maia.

“Tem uma coisa muito preocupante para todos nós, porque questiona [coloca em xeque] as empresas de varejo brasileiras. Tira nossa credibilidade para investimentos no exterior. (…) É muito mais que a Americanas. É uma credibilidade que temos com o mercado”, comentou.

Sócios devem injetar dinheiro na Americanas

Em janeiro, a Americanas revelou um rombo de R$ 20 bilhões e alegou que a somatória de dívidas ultrapassa os R$ 40 bilhões. A empresa conseguiu na Justiça do Rio de Janeiro aval para dar início ao processo de recuperação judicial.

Em nota pública, a Americanas sinalizou que os sócios representantes vão “injetar” dinheiro na sua recuperação. A agência de notícias Bloomberg apurou que o trio da 3G Capital – Marcel Telles, Carlos Alberto Sicupira e Jorge Paulo Lemann – estariam disposto a repassar um total de R$ 6 bilhões.

Lemann, segundo notícias da imprensa especializada em economia, teria viajado ao Brasil no primeiro final de semana de fevereiro para se juntar a Telles e Sicupira. Eles devem discutir pessoalmente uma saída para o escândalo.

A fraude na Americanas será investigada, assim como os ganhos de acionistas que venderam milhões em papéis da empresa dias antes do rombo ser revelado.

“Desculpa: falar que não sabia? (…) Isso foi sujeira para debaixo do carpete. Começou com [rombo de] 1 bilhão, e uma gestão passa o problema para outra. Mas o elefante está na sala. Tem uma hora que a consultoria pega”, comentou Caito Maia.

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23 Comentários

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  1. Não, todos os negócios que geram empregos são importantes. O que não é importante, são pessoas que não produzem nada e nem geram empregos, fazer ofensas ou comentários maldosos. São somente ignorantes ou palhaço de plantão.

  2. Asno dos comentários, por mais que seja uma banca de feira, a economia é composta por inúmeros pequenos e médios empreendedores que têm grande importância para a economia popular. Mas entendo que, pela lógica do terraplanista econômico nacional desenvolvimentista heterodoxo, só os campeões nacionais importam no “capitalismo” mafioso, que nada tem de livre mercado, que vocês defendem. Vá estudar mais um pouco de economia. Só que com gente séria dessa vez: procure algum livro de introdução à Economia do Mankiw antes de defecar pelo teclado.

  3. Concordo. Todos os negocios sao importantes. Uma correcao importante: os socios nao vao “injetar” recursos na empresa, vao DEVOLVER os recursos que ilegalmente tiraram da empresa a pretexto de um lucro inexistente. Esse dinheiro nunca foi deles.

  4. O dono da Chili Branca não deve estar muito atrás. Vende óculos de lente comum, e diz ao comprador que é polarizado. E na troca vc escolhe outro óculos que promete a mesma coisa e adivinhem, pura enganação.

  5. Em uma economia dinâmica como a nossa, ditada pela globalização de ativos, melhor estar com a banca de feira e as contas em ordem, do que se bancar de grande e ter sujeira debaixo do próprio tapete. Uma empresa do porte da Americanas, gera estresse financeiro em toda a cadeia produtiva, pois todos os seus fornecedores correm o risco de não receberem, o que além de desemprego a curto prazo, gera insegurança financeira até mesmo nos investimentos em empresas brasileiras. O que foi feito na Americanas deve sim ser investigado e seus “grandes sócios” devem injetar dinheiro sim, em demonstração de boa fé, para diminuir os prejuízos e também reduzir as demissões em massa. Vamos aguardar para ver o que será feito, e quais medidas serão tomadas, visto que os “3 mais poderosos” da bolsa brasileira, devem ter expertise o suficiente para fazer a Americanas dar a volta por cima. Fica um desafio.

  6. Fico estarrecido com depoimentos que defendem os acionistas das americanas.
    Serão milhares , é isso mesmo, milhares de famílias que perderão seus negócios e empregos,por conta desse golpe.
    Aos que defendem imaginem investir na matéria prima,transforma-la embalar,despachar,pagar salários,luz, aluguel,e depois disso tudo ficar sem receber.

  7. Por, não,repor. Quem cria a maioria dos empregos são pessoas como essa, que crítica com razão. O “Caso Americanas” está mais para a área criminal

  8. O triste dos comentários são que pessoas que não produzem nada criticam quem gira a economia só no Brasil mesmo.
    Não se pode esquecer que o prejuízo da americanas, começa quando você fica de 3 a 4 horas para coletar e não coleta.

  9. Infelizmente Caito Maia é mais um exemplo de criminoso,fraudador que engana e zomba da grande massa na cara dura e fica impune… Realmente um lixo de pessoa que ninguém deveria dar atenção.

  10. Aos que se doem pelo dono da chilli beans entendendo-o como “grande empresário”, sugere-se que se lhe perguntem como alguém pode se achar um milionário vendendo armação de óculos no varejo. O cara não fabrica nada, só distribui e faz banquinhas em shopping vendendo armações falsificadas. Como comparar seu negócio à grandeza histórica das lojas americanas. Se é para comprar óculos chineses, vamos comprar deles, nas suas pequenas lojas pela cidade, ou ainda a preços irrisórios na Rua Senador Queiroz no atacado, para redistribuir às óticas. O lucro de uma armação pode chegar a mais de 700%.

  11. Nossa,tanto especialista.Banca de feira? Mas ele gera emprego para varias famílias. Comentário um tanto quanto imbecil,mas vindo de um bastardo deve ter grandes apoiadores,como aquele”os idiotas vencerão, não pela inteligência e sim pela quantidade” Ja a Poliana, poderia nos mostrar alguma prova de que os óculos não são polarizados? Abriu processo? Ou está de amizado com o infeliz que fez comentário sobre banca de feira? Falar ate o atual presidente fala, só que a injuria é crime.

  12. Espero que sejam encarcerados nos USA, lá tem cadeia, tribunal e leis. Ou vão voltar pro Brasil, como estão fazendo, FUGIDOS dos USA e da Interpol futuramente. Lembrando dos dirigentes da Fifa que foram para os USA fazer sacanagem como faziam no Brasil e acharam presos e lá os bandidos não saem pelo portão da frente acenando pro Delegado, fica preso, encarcerado! Voltando pro Brasil… fugindo é o melhor termo! Kkkkkk

  13. Falam falam falam da Americanas e do trio e o elefante no sofá chamado PwC continua lá blindado e quase intocado pela mídia de esquerda, de centro e de direita!
    Gostaria de saber qual o motivo pra ninguém apertar a empresa de auditoria que deveria em tese evitar que esse tipo de rombo acontecesse. So um advogado dos acionistas minoritários é que tá indo atrás pra cobrar a postura da PwC. Que tem um histórico bacana de vista grossa em fraudes financeiras pelo mundo afora…

  14. Os sócios não tem patrimônio de 40 bi para cobrir as perdas operacionais. Ou a empresa consegue se estruturar e reeguer-se ou os fornecedores perderão boa parte do valor dos fornecimentos, se a empresa for a falencia e posteriormente liquidada…

  15. Se este gênio da economia, José Ozzio me dirige palavras deste cunho em um campo onde muitos vão ler, ele terá que mudar de planeta, ah vai sim.

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