Lemann produz o maior rombo da história, por Luis Nassif

As Lojas Americanas esconderam passivos equivalentes à metade do seu patrimônio. É o maior escândalo do mercado de capitais brasileiro

Jorge Paulo Lemann primou sempre pelas práticas mais nocivas do capitalismo financeiro. Ele não é um semeador de empresas, não é o investidor que desbrava novos mercados.

Na primeira metade dos anos 90, escrevi uma coluna na Folha mostrando como o mercado de capitais poderia ser um grande fator de reciclagem da economia. Estava-se em um processo profundo de mudanças, com setores que desapareciam e outros que nasciam. Obviamente, é tarefa impossível a reciclagem ampla dos setores velhos para setores novos. Aí entra o capital financeiro ajudando a financiar a nova geração de empreendedores ou a reciclagem dos empresários tradicionais.

Na época, ele estava investindo na Companhia de Cervejas Brahma. Recebi um telefonema de Paulo Guedes, que me disse que Lemann tinha lhe telefonado, comentando o artigo. Pela primeira vez, sentia-se participando de algum projeto de construção.

Guedes aproveitou para contar que tinha dito a Lemann para deixar de lado cervejas, porque a rentabilidade da renda fixa era imbatível.

Nem sei se a conversa existiu ou não. Só sei que, logo depois, Lemann adquiriu a Antárctica, em uma das operações mais escandalosas do CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico). Havia um protocolo do CADE analisando a distribuição dos revendedores pelo país, como um dos indicadores de concentração. O então presidente do CADE, Gesner de Oliveira, deixou de lado o sistema e recorreu a um Guia 4 Rodas para aprovar a operação.

Pouco depois foi constituída a Ambev, a rede de distribuidores da Antárctica foi esmagada e Lemann contratou como diretor Milton Seligman, um dos assessores de confiança de Fernando Henrique Cardoso que, a partir daí, tornou-se lobista da empresa.

Pouco depois, o Banco Garantia, de Lemann, caiu em uma armadilha do destino. O Banco Central iria adquirir títulos da dívida externa brasileira – o que elevaria o preço do papel no mercado internacional. O Garantia foi informado antecipadamente (o pai de Gustavo Franco, do Banco Central, tinha participação no banco) se empanturrou de títulos, mas explodiu uma crise na Rússia, não prevista, que derrubou todos os títulos da dívida externa.

O Garantia quase quebrou, Lemann passou para frente e concentrou-se na Ambev e em outras empresas, usando as fórmulas mais deletérias do capitalismo.

Das empresas, queria apenas dividendos elevados. Escolheu setores tradicionais para não ter que investir em pesquisa, inovação e crescimento. Sua estratégia consistia em atuar em mercados cartelizados, valer-se do poder do cartel, cortar custos, não investir em inovação. Só interessava dividendos generosos. Como no caso na privatização da Telemar, em que seu grupo, mais outros três, adquiriram a Telemar e a depenaram.

Seu estilo começou a ser questionado quando adquiriu uma rede de alimentos e, por falta de pesquisas, não percebeu as mudanças trazidas pelo onda da comida natural.

No Brasil, sua atuação sempre foi deletéria. A forma como se apropriou da Eletrobras é indecente, fruto de lobby direto na veia do poder público. Entrou como minoritário, no golpe do impeachment passou a ter poder de indicação dos gestores. Estes reduziram investimentos – que eram relevantes para o país – para garantir dividendos polpudos. A 3G, controlada por ele, produziu uma avaliação do preço da Eletrobras indecente, tomando como base o valor contábil da empresa.

O golpe da privatização ocorreu com a empresa emitindo ações, que diluíram a participação estatal, e impuseram um acordo de acionistas pelo qual a União só tem direito a 10% dos votos, independentemente de sua participação acionária. Depois, com o dinheiro em caixa, proveniente do aumento de capital, a Eletrobrás recomprou suas ações.

A mídia comprou totalmente a tese de que a gestão privada seria mais eficiente.

Agora se tem o maior escândalo financeiro do mercado de capitais brasileiro, com a descoberta de que as Lojas Americanas esconderam passivos equivalentes a metade do seu patrimônio.

Não se trata de um rombo recente, mas construído ano a ano há mais de década. E por que isso? Porque o 3G só se interessava em conferir o balanço trimestral e pressionar a diretoria para melhorar os dividendos. São eles que passam a controlar a Eletrobras, e certamente irão impor o poder de cartel da geração de energia, na primeira crise hídrica.

Ontem, o mercado fechou com a AMER3, o papel das Lojas Americanas, quase virando pó: R$ 2,72, 97% a menos do que o pico de R$ 75,19 de 4 de janeiro de 2021.

Luis Nassif

76 Comentários

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  1. O que Lemann fez nas Americanas não é nada quando comparado ao que ele faz nas escolas administradas por seu conglomerado de educação. Ele destrói as escolas!

  2. Esse deveria ser o momento dos desenvolvimentistas, estatistas e que tais nadarem de braçadas, mas preferem adiar compromissos com os setores mais vulneráveis, como o novo salário mínimo o programa desenrola e os R$ 150,00 para crianças.

    Tá difici!

  3. Não há fraude no sistema financeiro; o sistema financeiro é, em si, uma fraude.
    A fraude começa no dinheiro, que não é valor, mas um símbolo de valor; valor é o valor de uso – o de troca é um símbolo, e símbolos são, em última análise, uma fraude: representar uma coisa por outra, cujo desfecho inevitável é tomar uma coisa pela outra. O dinheiro, em si, pelo valor. Eis o sistema financeiro. Já se chamou senhoriagem, hoje chama-se mercado financeiro.
    Paulo Guedes: “Deixe de lado as cervejas, porque a rentabilidade da renda fixa é imbatível.” Desenhou.
    O primeiro vírus que acomete esse admirável mundo novo das finanças: a inflação, que é um imposto que não ousa dizer o nome. O segundo: a guerra.
    Ernest Hemingway: “A primeira panaceia para um país mal governado é a inflação da moeda; a segunda é a guerra. Ambas trazem uma prosperidade temporária; ambas trazem uma destruição permanente. Mas ambas são o refúgio de oportunistas políticos e econômicos.”
    E tem sido assim desde que o mundo entrou no período D.D.: depois do dinheiro.
    Não é o que estamos vivendo hoje? A inflação americana, a guerra na Ucrânia, em metástase pelo mundo sob as roupagens habituais, ou seja, miséria, fome, pobreza, desemprego?…
    Não é isso que está acontecendo no mundo, nesse instante?
    Para os mais antigos (que reconhecerão a alusão), é como se Jorge Paulo Lemann estivesse dizendo: Quem, eu me preocupar?
    Como se sabe, o dinheiro do contribuinte não some nem desaparece; está sempre aí, para socorrer esses perpétuos fraudadores da economia. Economia popular, bem entendido; a outra segue em perfeito estado de saúde.
    Eu costumava citar uma outra frase, de Henry Ford: “É bem verdade que as pessoas não percebem o nosso sistema bancário e monetário, pois se percebessem acredito que teríamos uma revolução antes de amanhã de manhã”, mas creio que ela já terá perdido a validade. A anestesia do consumo, e, agora com as redes sociais transformando qualquer zé mané em astro e estrela de sua própria vida, não haverá mais nenhuma revolução. O pobre sempre quis ser rico, e não solidário, e o oprimido sempre quis ser opressor, e não libertador. E agora, não há mais alternativa. Seremos o que o sistema (principalmente o financeiro) nos impele a ser: zumbis. E como há uma crescente e inevitável escassez de cérebros por aí, logo estaremos todos morrendo de fome.
    Credo.

  4. Sobre a privatização da Eletrobrás, um dos pontos elencados por Gilberto Bervovici em:

    https://portalclubedeengenharia.org.br/2018/03/05/consideracoes-sobre-a-privatizacao-da-eletrobras-por-gilberto-bercovici/

    e no texto anexo:

    https://www.portalclubedeengenharia.org.br/arquivo/1520263864.pdf

    é justamente a respeito dos investimentos em pesquisa e tecnologia:

    “A ojeriza do Projeto de Lei nº 9.463/2018 ao planejamento é tanta que não preserva sequer o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), cuja manutenção por quem adquirir o controle da Eletrobrás só está garantida pelo prazo de 4 anos a partir da desestatização (artigo 3º, VII do Projeto). Ou seja, mais um núcleo de pesquisas estratégicas para o país será desestruturado e provavelmente extinto por
    puro preconceito ideológico dos idealizadores da privatização da Eletrobrás.”

    Além disso, Nassif poderia relembrar a forma como Lehman e associados assumiram o controle da própria empresa Lojas Americanas.

  5. Não é só a questão de sugarem até a última gota de sangue como predadores que só estão pensando na próxima presa. Nesse caso da Americanas, parece que o rombo oculto vinha crescendo há anos, enquanto os controladores vinham reduzindo sua participação societária. Pulverizar as ações na bolsa para ir saindo de fininho pode ser um novo modus operandi. Tem que ver ainda se a AME financeira não foi usada para manobras contábeis pela empresa mãe, como nas maracutaias de SBF entre a FTX exchange e seu fundo de investimento. CVM precisa apurar este caso minuciosamente, ou será atropelada pelas class actions dos acionistas americanos.

  6. Só queria alertar que a tese dos dividendos nas Americanas não próspera. A Americanas nos últimos anos não pagou um mísero real aos seus acionistas…

  7. A Auditoria independente deixou passar.
    No fim não dá em nada pois em 2157 o STF vai condenar, mas ainda cabendo recurso.
    Teremos um capitalismo de verdade no Brasil quando o inferno congelar.

  8. Já que é para e falar de negócios escândalosos, o colunista bem que poderia dedicar uma matéria para abordar o troca troca de ações entre Petroquisa (ressuscitada especialmente para essa operação) e a Odebrecht, resultando na concentração do mercado petroquímico brasileiro, transferindo praticamente todos os grandes grupos petroquímicos para a Brasken, e transformando-a num monstro dominante no mercado. E após executava toda essa operação, justificada como necessária para viabilizar a formação do polo petroquímico de Itaboraí, no Rio de Janeiro, que estava empacado pela falta de interesse de empresas em se instalarem, a Brasken direcionou seus investimentos para os EUA, em busca do gás barato após a descoberta das reservas de shake gas, e o plano de instalação de empresas de transformação em Itaboraí foi abandonado, concluindo-se ser inviável.
    Seria uma matéria interessante e mostraria como as estatais também são usadas por políticos inescrupulosos para a realização de negócios absurdos, e que tais práticas não são os exclusivas de empresários imperialistas, a diferença e que os políticos não deveriam fazer negócios, apenas política!

  9. No documentário ‘Inside Job’ (2010) sobre a crise financeira global de 2007/08, dirigido por Charles H. Ferguson, em certa altura o narrador Mat Dammon afirma que, entre os investidores de Wall Street, a maioria dos mais bem sucedidos sofre de algum transtorno de personalidade antissocial. Bingo!

    É essa gente que quer nos dizer como viver, o quê e como aprender, como organizar nações, como estruturar governos e sociedades.

  10. Espera ai, o Lemann é um abutre e tudo mais, agora os Batista que mamaram no BNDES, o Eike que quebrou tudo e mais um pouco com apoio mais uma vez do Lula e seus pupilos, assim como Odebrecht, Camargo, Gutierrez para nao abrir a lista INFINDAVEL de DILAPIDAFORES do pais, estes tudo bem?
    Nao adianta apontar para um e relembrar o passado sem contar os podres do resto….

  11. Sou ignorante no que me cabe e tentar ter alguma opinião! Mas muito triste um grande empresário, usar de formas tão baixas para ter o dinheiro e o poder!!!! Que Deus o ajude, e ponha um pouco de consciência nesse ser humano!!!

  12. Já apareceu um “comentarista” pra defender o larápio. Sempre acontece isso com “eles”, os escolhidos de Deus. Há pouco tempo caíram de pau no Nassif quando ele falou de um grupo mundial de banqueiros. Lembro ao “comentarista” que Eike quebrou e foi preso. Vamos ver se o mesmo acontece com o Lemann.

  13. Boa tarde Nassif!

    Primeiro parabéns por ser o profissional que é! Graças a você e outros canais da resistência o brasil não sucumbiu ao Bolsonarismo.
    Então, por quê ô ô mercado não desaba quando os farialimes fazem suas (desculpe o termo) cagadas!? Resgatar a população abandonada e faminta pode.
    Mais uma excelente reportagem, parabéns novamente.
    Grande abraço!

  14. Aqui é o Brasil. Se com uma boa situação financeira os malfeitores raríssimas são punidos com boas punições, o que se esperar de um mega afortunado que (quem sabe?) pode ter um exército de autoridades em seus luxuosos domínios?

  15. LUIS NASSIF está de parabéns! Excelente artigo, que expõe a faceta de um sujeito nocivo ao Mercado e ao País. Eu nunca fui com a cara desse tal JORGE PAULO LEMANN.

  16. Lembremos que a cervejaria BACKER foi dizimada, espionagem industrial e assassinatos. Outra cervejaria mineira foi vendida, a WALS, mas sabem as serras mineiras que a pressão foi grande. A concorrência da Ambev deve ficar de olhos abertos. Vale o lucro grotesco, ética nenhuma.

  17. “Os políticos não deveriam fazer negócios, apenas política!”… Mas o maior negócio dos “homens de negócio” não é exatamente a política?… Porque financiam as eleições políticas?… Corrupção política é compra de Poder político pelo Poder econômico!

  18. Na mesma linha do comentário do colega Fábio Ribeiro, acrescento que tenho conhecidos reaças que eram donos de franquias de serviços destinados à então badalada “classe C”, que se expandiram muito durante os governos petistas; no entanto, midiotas vejeiros como eram, tornaram-se antipetistas fervorosos e foram descendo a ladeira (aecistas, lavajatistas, bolsonaristas…) – e seu mercado encolhendo. No fim, tiveram de fechar. A culpa? É do Lula, do PT, da Dilma, claro…

    [Um registro adicional sobre outros comentários a este artigo do Nassif: que falacinha vagabunda essa esgrimida por alguns comentaristas prosélitos do lemanismo, de que se falar de A, também tem que falar de B, C, etc… Mas e o PT, hein?]

  19. Quanta bobagem, quanta maledicência! Esse “forfait” bilionário da Americanas é pura fofoca… A empresa é auditada pela estrangeira PwC (Price Waterhouse Coopers), aquela que também auditava (e ainda continua) a Petrobrás e tantas outras braZileiras. Portanto estes “supostos” problemas de balanço são pura intriga, ignorância ou má fé. Este fenômeno aconteceu com a Enron pela finada Arthur Andersen. São empresas ínclitas, cujo papel é assegurar que a contabilidade esteja pura, casta e transparente.
    …IRONIA OFF…

  20. Boa noite. Onde estão todos os que defendem as privatizacões? Privatizam grandes Estatais a preços de bananas de feira que dão lucros como queriam fazer com a Petrobras. Privatizaram a BR Distribuidora e outras mais apenas por pensarem em seus próprios bolsos e não no Brasil. Bando de MERCENÁRIOS.
    O CARTEL das telecomunicações é outro que, por manter no Mercado apenas um pequeno Grupo de Empresas, estão destruindo um mercado que deveria ser promissor. Destruiram a OI, estão destruindo a VIVO.

  21. Quando eu era criança, ficava intrigado com cobra de duas cabeças, que aliás nem mordiam, pois bem, essa turma manipulou a bolsa, comprou concorrentes, quiçá com essa fraude, porém havia um energúmeno que se dizia liberal no poder, mas não era nada, senão um tremendo apedeuta. O que se deu com idiotas com várias empresas dos mesmos donos, brigando entre si, não faturaram o esperado, pandemia, falta de governabilidade e atenção aos consumidores, ficaram presos na ambição e na educação predadora empresarial. Só tem uma coisa, não bestas, isso pode ser um golpe financeiro empresarial para algo maior e com estratégia que não estamos vendo. Essa história precisa ser mais investigada, em terra de cegos quem tem um olho é rei, e esses tem muitos olhos.

  22. Materia tendenciosa. Nenhuma estatal é bem verida. Aqui no Brasil cada uma tem um dono. Se a telefonia não tivesse sido privatizada, ainda estaríamos usando orelhão e comprando linha de telefone fixo como investimento. Falar que a Eletrobras estaria melhor na mão do governo só pode ser piada.

  23. A quem querem enganar esses ‘privatistas’ quando citam a ‘farra do boi’ ocorrida com as telecomunicações???. Os orelhões e os telefones fixos (analógicos) daquela época exigiam quebrar todas as cidades para se espalhar caros cabos, etc.. Neste Horizonte tecnológico o capital privado não se interessava pelo business. Ao se desenhar a nova tecnologia dos celulares, a coisa muda radicalmente, pois cai veriginosamente o custo do investimento em redes analógicas. Bastava a construção de antenas e o esparramamento de celulares (digitais para os consumidores. Convenhamos que assacar o argumento favorável às privatizações com base na comparação entre a telefonia analógica e a digital é no mínimo desonesto. Mas como o exposto pelo Nassif no ‘case’ das AMERICANAS, pouco importa que a vaca morra desde que produza quantidades crescentes de ‘leite’ para os acionistas. Os dividendos são o novo ‘bezerro de ouro’ do capitalismo em sua fase financeira. O resto é apenas…. o resto.

  24. Cada vez mais fica evidente que no Brasil, os sistemas mais improdutivo,ou seja, o mercado financeiro, os especuladores…, são os que ganham dinheiro, em detrimento aos que produzem!
    Quando isto terá um fim? Acho que nunca…!

  25. É também dentro do escopo dessa lógica que se deve entender os problemas vivenciados pela empresa privatizada Instituto de Resseguros do Brasil (IRBR). De queridinha do mercado financeiro e tida como um dos paradigmas das virtudes do privatismo, apresentou na Bolsa uma trajetória semelhante a da LAME tão logo a Squadra descobriu seus malabarismos contábeis. Tornou-se uma Penny stock sendo excluída do índice da bolsa (Ibovespa) e somente na semana passada ultrapassou a incrível barreira de R$ 1,00 por ação. Lembrando que sua queda partiu de patamares superiores a R$ 50,00 por ação. Convém também lembrar que seus principais acionistas são os bancos Bradesco e Itaú. Hoje, talvez o único entusiasta da IRBR é o Luís Brasil, embora HOJE ele pareça ter razão sobre essa Penny stock. Este é mais um dos muitos exemplos das virtudes não só das privatizações mas da forma geral de de satisfazer unicamente a lei de ouro do suicida capitalismo financeiro: As empresas podem morrer, mas os dividendos não.
    No andar dessa carruagem, ‘no longo prazo estaremos todos mortos’…

  26. Esse caso das Americanas segue como diz meu pai bilhete corrido igual aos casos da Mesbla, Mappin, Jumbo Eletro etc principalmente o Mappin que até hoje muitos dizem que foi um golpe

  27. Pois é…enquanto uns comem dinheiro,outros passam fome! Quando é que o golpe de 2008 servira de base, para uma nova economia? Continuaremos a produzir Lehamn Brothers? Enquanto o capital for concentrado no mercado de capitais, produziremos bolhas e bolhas econômica. Alguem teve o trabalho de entrar em uma loja da Americanas e verificar como ela se desestruturou ao longo dos anos? O que ela vendia eram porcarias baratas para produzir relatórios fraudulentos ao acionistas! Quem como eu conheceu essa rede qdo criança, viu paulatinamente ela ser depenada! Parabéns ao mercado finaceiro! Reduz as economias do planeta a papéis pidres!

  28. Acho bem legalzinho esses empresários bilionários predatores e desonestos no fim de tudo ,deixarem esse legado de pura sacanagem estampado na sua face e biografia…

  29. Só um comentário, a privatização da Eletrobrás foi excelente, uma empresa a menos para esse governo quebrar, com cargos políticos e desvios de dinheiro, pena que os políticos do congresso não quiseram privatizar Petrobrás e Correios, pois sabiam que a gangue voltaria e assim tirariam proveito.

  30. Lemann, ao contrário do que dizem, não é uma “piranha do mercado financeiro”, como os demais bilionários desenvolvimentistas,; Ele é somente uma PARASITA, como Paulo Guedes e a maioria dos “farialimers”….

  31. Os três G comandados por lehman q se diz um filantropo de alto nível que na verdade é só de fachada vai quebrar milhares de pequenos fornecedores q venderam acreditando nas americanas e com isso vai quebrar juntos enquanto isso os multibilionários vai continuar andando de aviões a jato de última geração e procurando novas vítimas para rapinar. Devem responder com o próprio patrimônio e ser proibidos de operar nos mercados brasileiros e americanos. Canalhas do mercado financeiro. Coitados dos pequenos fornecedores

  32. Excelente análise! Enquanto isso, funcionários preocupados criam uma “corrente do bem” para engajar pessoas com o drama atual que todos eles vivem, só ocorre que no background temos predadores financeiros à postos para ceifar qualquer tostão

  33. Marco Antonio (2023-01-13 15:19:19), ele controla o grupo Salta, anteriormente conhecido como Eleva. Eu não posso contar o que sei aqui; mas, se você quiser ter um vislumbre do que ocorre, vá no Reclame Aqui e veja as reclamações sobre o Colégio Elite.

  34. Ao final dos anos 2000, atuando como importante fornecedor do grupo B2W, presenciei toda sorte de artimanhas e práticas de gestão fraudulenta ostensivamente aplicadas àquela que, embora não fosse sua principal linha de negócios, situava-se entre as mais promissoras pelo enorme potencial de rentabilidade. Ao elaborar projetos de incremento na parceria e investimentos que, para entrar em vigor precisavam antes ser apreciados e validados pela casa matriz europeia que à época eu representava, chamava atenção a eloquência da escala e dos números do grupo B2W que rapidamente se consolidava como uma das maiores marcas do varejo online mundial e o maior conglomerado desse segmento no sul global. Para minha sorte, em razão de rígidas políticas internas do meu empregador e um severo compliance a que empresas do mesmo segmento estavam submetidas e constantemente monitoradas, não havia espaço para favorecimento ilícito ou investidas para conluios. Mas de lá pra cá, nunca mais tive coragem de prestigiar empresas do grupo como consumidor e desestimulava sempre que possível familiares e amigos a fazerem o mesmo. E pensava, embora desacreditado, se algum dia aquele tipo de conduta ignóbil e festejada abertamente por lideranças da B2W como uma espécie de esperteza corporativa num segmento então parcamente regulado, viria à tona e seus agentes seriam finalmente desmascarados e responsabilizados. Como diriam os antigos, o tempo é mesmo o senhor de toda razão.

  35. Não sei quantos zeros tem R$20 bilhões.E não saberei pois como aposentado que sou recebendo a cada 30 dias somente um mísero salário mínimo,só tenho tempo para – como diria Joelmir, o Betting – administrar um horizonte onde sempre falta mês no salário…
    Mas sempre me perguntei como a Lojas Americanas consegue ter lucro diante dos incontáveis furtos em suas unidades.Já presenciei várias vezes inclusive com consentimento vista grossa da segurança.
    Talvez seja hora tardia de se refletir sobre o desaparecimento de R$20 bilhões (sabe Deus quantos zeros tenha) mas a rapinagem vem de cima,de baixo ou dos dois?

  36. Parabéns pela materia Nassif. A investigação precisa ser séria e apontar culpados. Jorge Lehmann precisa ser compelido a indenizar (repor o equivalente aos prejuízos que provocou de forma direta ou por inação). É suficiente bilionário para pagar essa conta. Responsabilidades precisam ser apuradas SEMPRE, sob pena de ficar desacreditada a CVM.

  37. Durante a criminosa lava-jato, muitos petistas e a totalidade da militância afirmavam com razão que deveriam ser punidos os dirigentes e manter as empresas envolvidas.

    Hoje, vivenciamos o maior roubo já praticado no mercado brasileiro pelos gestores das Lojas Americanas

    O governo deve imediatamente estatizar a empresa e mudar a governança para favorecer a população e os empregados.
    Bloquear todas as contas dos 3 porquinhos, digo proprietários, incluindo valores na Suíça e outros locais.

    E para finalizar, retirar imediatamente o controle da Eletrobrás das mãos destes 3 criminosos

  38. Nossa, ele fez tudo isso pelas estatais? Espero que ele faça o mesmo com a Petrobrás, que deixe menos de 10% na mão do governo, antes que está quadrilha recentemente eleita depene ela de vez e não sobre mais nada, como já fez nos primeiros mandatos, graças a Deus, a vale já era privatizada na época e escapou do PT a tempo, infelizmente a Petrobrás não teve essa sorte e quase foi a falência.
    Com um supremo recheado de comparsar, infelizmente estamos caminhando para o fim..

  39. Lemann.
    Um gigante “mal caráter. Infelizmente nasceu brasileiro com nenhuma afetividade com sua pátria. É visto com iguais sempre “preparando nova investida em desfavor ao Brasil”.

  40. A fundaçao Lemann vem extorquindo o orçamento do Mec, Estados e Municipios. Juntamente com a FGV , Lemann vem abocanhando todo recurso público da educação pública. Isso precisa ser investiga, e estancado.

  41. Parei de ler quando li golpe. Daí não tem como levar a sério. Outra, graças a ele, hoje a AmBev é a maior cervejaria do mundo, mas ele está errado, vc que está “sertão”

  42. Na privataria da extinta Rede Ferroviária Federal, o 3G Capital criou a América Latina Logística. Foram expulsos da Argentina, mas no Brasil ganharam 20 bi. Predadores do patrimônio público.

  43. Como um investidor do porte da 3G mesmo olhando só balancete trimestre (o que é um erro primário) não viu um absurdo desse ???? Ou é muito incompetente ou conivente.

  44. O marcado de capitais Brasileiro eh muito injusto com os acionistas minoritários: por exemplo, no caso do Eike Batista, fomos enganados – quem investiu sabe o que estou falando – e o Eike continua na boa, curtindo a vida e dando palestras. No caso do roubo da Petrobrás, investidores Americanos foram reembolsados pelos prejuízos das ADRs da Petrobrás. Os minoritários Brasileiros ficaram com todo o prejuízo do roubo. O mesmo acontecerá agora com as Americanas. Por isso agora foco no mercado Americano, cansei de ser o bobo da corte.

  45. Desconfie dos “santos”, dos “perfeitos”, dos “corretos”. Gente sem alma que não se salva no mundo real. Eu prefiro aqueles que desagradam: Isabela Boscovi, Regis Tadeu, Pepe Escobar, e do idealista Amaral Gurgel, um completo maluco que tentou fazer uma montadora brasileira!!!! E pra encerrar dedico ao Sr. Mercado: “Malandro é malandro, Mané é Mané, pode crer que é”

  46. Excepcional a sua análise!!!

    Luiz, isso pode ser bem maior do que os rombos da Petrobras. Tem tudo haver com o mercado de ações e empresas de auditoria de balanços contábeis-fiscais.

    Lembra do caso Enron(a empresa faliu), que levou Arthur Andersen (uma big five contábil mundial) a encerrar suas atividades como auditora contábil/fiscal.
    Como a KPMG e PWC, não viram esse “lançamentos errados” das Americanas?

    Outra coisa, tb o caso da SEC (CVM do USA) contra a HEINZ.
    Quem controla a HEINZ? Quem era o CEO na época da intimação da SEC?
    Puxe esse fio…será que é o mesmo novelo(modus operandis)?

  47. Estes elementos deveriam, além de restituir todo o prejuizo, deveriam ir par cadeia. Como faz falta um processo como a Sox americano para botar esta CVM nos eixos.

  48. Concordo com a sua análise,mas esses caras continuam fazendo lobby no governo atual. O problema que temos; é como tornar esse tipo de capitaliso menos cruel quando eles investem sobre as empresas públicas. O filé agora é a sabesp. No capitalismo inprodutivo esse jogo e normal entre esses magnatas dos negocios.

  49. Pobres funcionários, nunca irão receber um centavo de rescisão trabalhista. Enquanto isso esse senhor desfrutará o resto de sua velhice em algum castelo na Suiça ou em Mônaco, paraíso dos safras e sonegadores.

  50. Algo que não vejo na mídia: e a aplicação de multa nos proprietários da empresa??? E o sequestro de bens dos mesmos para salvaguardar o ganho desonesto com os dividendos durante anos?? O povo não percebe ou é ignorância mesmo?? A mídia bate no ponto de empregos para que o público esqueça a punição cabível à esses proprietários descarados e continuem a usufruir da bonanças de suas atividades ilícitas/??

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