Eleições municipais devem seguir lógica bolsonarista, diz Juliano Corbellini

Em entrevista, coordenador das campanhas de Flávio Dino diz que disputas devem ser aquecidas e radicais, e que esquerda negligencia pautas de segurança e corrupção

Foto: Reprodução

Jornal GGN – As eleições municipais de 2020 terão um cenário bastante característico: além de ser um teste para a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, esta será a volta do ex-presidente Lula na atuação política depois de passar boa parte de 2019 na prisão em Curitiba.

Diante disso, o consultor de marketing eleitoral Juliano Corbellini explica que será necessário avaliar a situação do governo e a popularidade de Bolsonaro, além de verificar a forma como Lula vai se mobilizar no período – e os impactos que isso causará. Corbellini foi responsável pela coordenação das duas campanhas vitoriosas de Flávio Dino (PC do B) ao Governo do Maranhão que tiraram o clã Sarney do poder.

Em entrevista ao jornal El Pais, Corbellini diz que o país está em processo de “transição” política, mas que existe uma “força residual” do antipetismo que não pode ser deixada de lado.

“É preciso ter em conta que este “partido da Lava Jato” continua sendo uma força social muito forte. Mas alguns dos acontecimentos deste ano, como os episódios revelados pelo The Intercept Brasil , e mesmo o Sergio Moro se alinhando politicamente ao Governo —inclusive assumindo sua defesa—, e as acusações envolvendo Flávio Bolsonaro, expuseram muito o clã. O próprio Moro, que continua sendo popular, é bem menos do que era quando juiz”, afirma o cientista político.

Além disso, ele ressaltou que o campo progressista pode aprender algumas coisas com o governo de Flávio Dino no Maranhão. Segundo Corbellini, o mandato é de esquerda, mas que se apropriou da pauta de segurança e anticorrupção – dois dos temas que fizeram a esquerda perder a disputa eleitoral de 2018 de uma forma geral.

Redação

3 Comentários

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  1. Do jeito que as esquerdas que moram em condomínios protegidos por guarda armados andam sendo estúpidas, talvez proponham tornar o estatuto do desarmamento ainda mais restritivo ao posse e porte de armas.

  2. A energia dos partidos progressistas deverá ser direcionada para estas eleições municipais que, certamente, funcionará como substrato para 2020.
    Partidos policialescos, como psl, ou ligados às seitas evangélicas, como psc e psl, que em sua maioria são integrados por individuos revestidos de uma falsa moral e uma falsa ética, precisam ser desnudados sem hesitação pois assim se iniciará um processo de arrefecimento deste clima de ódio e desinformação.
    Sobre o “crescimento” das religiões evangélicas no meio politico, vale destacar que em recente pesquisa efetuada no RJ, onde se comparou o capital politico de Lula e do Bozo em relação ao apoio (pifio em ambos os casos mas com o de Lula ligeiramente superior), nos dados de identificação da população entrevistada, quando consultados sobre o segmento religioso, a maioria se declararou “sem religião”, o que pode significar uma oportunidade para separar política e religião, uma mistura nociva que tanto mal tem feito ao Brasil que sempre se definiu laico.
    Por fim, e agora especificamente sobre minha cidade, o RJ, vale lembrar recente discurso de Lula no Recife onde, voltando a criticar a Lava-Jato, afirmou que Bolsonaro e o ministro Sergio Moro estão “fomentando as milícias em nome do que neste país?”.
    O Rio será o Brasil em 2020.

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