Embaixador diz que China está pronta para aumentar cooperação com Brasil

Em primeira entrevista após polêmica com Eduardo Bolsonaro e Weintraub, Yang Wanming não deixou de passar recados à autoridades

Yang Wanming, embaixador da China no Brasil. Foto: Embaixada da República Popular da China no Brasil

Jornal GGN – Após os ataques racistas feitos pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, não deixou de passar alguns recados às autoridades do país.

Em entrevista à jornalista Patricia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo, afirmou que a China está pronta para trabalhar com o governo brasileiro para “tirar as interferências, diminuir as divergências e expandir as cooperações”.

“Apesar de alguns ruídos surgidos recentemente, o que conhecemos mais são histórias comoventes de solidariedade e de ajuda mútua entre os dois povos”, disse. Contudo, o embaixador não respondeu à pergunta sobre o fato de que nem Eduardo nem Weintraub se desculparam pelas declarações contra a China.

“As relações sino-brasileiras possuem amplos interesses comuns, estreitas cooperações e sólida base popular e têm mantido um desenvolvimento sadio e estável. A parte chinesa está pronta para trabalhar com o governo brasileiro e os diversos setores da sociedade a fim de tirar as interferências, diminuir as divergências, aumentar a confiança mútua e expandir as cooperações, para que as relações bilaterais possam ser aprofundadas e crescer de maneira contínua, trazendo benefícios aos dois povos”, disse Wanming.

Sobre a situação da Covid-19 na China, o embaixador afirma que o país superou o período mais difícil, de maneira que a epidemia está praticamente sob controle em todo o território. A retomada das atividades econômicas está avançando de forma ordenada, e a normalidade social está sendo restaurada.

“Mas, à medida que a pandemia se alastra por todo o mundo, a China ainda corre o risco de ter uma segunda onda e, portanto, não pode relaxar. É uma corrida de toda a humanidade contra o vírus, e essa prova só termina quando todos atravessarem a linha de chegada”.

 

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Redação

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