O ministro da Economia, Paulo Guedes, não só planeja congelar o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias, como também eliminar os descontos de gastos com saúde e educação da dedução do Imposto de Renda.
Tal estratégia foi defendida por escrito pelo próprio ministro, com a justificativa de que a economia gerada (cerca de R$ 30 bilhões) seria usada para compensar uma parte das benesses prometidas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) caso reeleito.
Os técnicos preveem uma economia de R$ 24,5 bilhões com a reversão da dedução de despesas médicas, e de R$ 5,5 bilhões com o corte da dedução em educação.
O documento, obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo, também prevê manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, correção da faixa de correção da tabela do IR e pagamento de 13º para as mulheres favorecidas pelo Auxílio Brasil, uma promessa feita por Bolsonaro logo após o primeiro turno.
Apenas essas três propostas gerariam um impacto de R$ 86 bilhões nas contas – e considerando a atual sistemática, não existe espaço disponível para tal no teto de gastos.
Logo após a revelação de que pretende acabar com as deduções no IR, Guedes desmentiu a publicação e considerou a medida “totalmente descabida de fundamento”.
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Impressionante como a classe média vem calada. Há sete anos que o Imposto de Renda parou pra quem teve salário congelado, ou disparou pra quem teve algum aumento de salário… E NINGUÉM DÁ UM PIO.
Em tempo: Guedes com a aplicação da “Doutrina do Choque” chilena.
eh uma medida socialmente justa. Continuar a financiar os privilégios dos ricos com dinheiro publico eh que eh um absurdo. Espero que Lula tb abrace essa proposta