EUA vão gastar em testes contra COVID-19 o que o Brasil gasta com Saúde em 2020

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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EUA devem aprovar nesta semana um aporte de mais 500 bilhões de dólares para enfrentar o coronavírus, com 25 bilhões para testagem em massa

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O Congresso dos Estados Unidos deve finalizar nesta semana a aprovação de um pacote com mais 500 bilhões de dólares para enfrentar o coronavírus. Nele consta a previsão de gastos com testagem em massa na ordem de 25 bilhões de dólares. O valor equivale ao orçamento da Saúde no Brasil para 2020. No final de 2019, o repasse aprovado pelo Congresso brasileiro foi de 125 bilhões de reais.

Além da verba para aquisição de testes, os EUA também estimam destinar mais 75 bilhões de dólares aos hospitais, segundo informações da Reuters. O restante seria para amparar pequenas empresas.

Os EUA são atualmente o país mais atingido pela pandemia de coronavírus, de acordo com o monitoramento do site Worldometer.com. Dos 2,58 milhões de casos confirmados no mundo na manhã desta quarta (22), 819 mil estão nos EUA, que já registram mais de 45 mil vítimas fatais.

Preocupada com o impacto sobre a economia, parte do empresariado norte-americano tem pressionado pela execução de um novo plano de testagem em massa que envolveria 30 milhões de cidadãos por semana, ao custo de 100 bilhões de dólares. Hoje, os EUA realizam cerca de 1 milhão de testes por semana.

A Fundação Rockefeller defendeu que é “um investimento modesto [os 100 bilhões de dólares em testes], dada a quantidade de perdas econômicas mensais para o país [até 400 bilhões de dólares], bem como os custos sociais relacionados ao surto.” A própria fundação colocou 15 bilhões de dólares à disposição para começar, primeiro, a triplicar o volume de testes e, no intervalo de 6 semanas, multiplicar isso por 10.

Apesar dos planos, estados norte-americanos, assim como diversos outros países, enfrentam escassez de suprimentos que inviabilizam o processo de testagem em massa. A dependência de importação de testes da China é outro entrave. E a eventual produção nacional em larga escala passa por mais uma questão, que é o índice de confiabilidade de testes rápidos, vistos com desconfiança pela OMS.

No Brasil, o Ministério da Saúde, já sob a batuta do oncologista Nelson Teich, prometeu a distribuição 46,2 milhões de testes, mas só entregou 2,5 milhões até agora, segundo levantamento do Estadão.

O GGN mostrou na terça (21) que o Brasil ocupa o 12º lugar na lista de países com mais casos confirmados de coronavírus no mundo, embora realize poucos testes na população. O país faz hoje cerca de 1,3 mil testes para 1 milhão de habitantes.

“Todos os países que estão na frente do Brasil fizeram, no mínimo, 4 vezes mais testes. O País que mais aplicou testes, proporcional à sua população, é a Itália (23,1 mil/milhão), seguida pela Alemanha, com mais de 20 mil testes por milhão de habitantes.” Os EUA fazem pouco mais de 12 mil testes por milhão.

Nesta quarta (22), o Brasil passou a Bélgica e agora está em 11º lugar na lista de países com mais casos confirmados, com 43,5 mil, e mais de 2,7 mil mortes.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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