
O pai de um dos três reféns israelenses assassinados em Gaza, Palestina, na semana passada, por soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF), exige acesso à documentação sobre o ocorrido, informa o principal jornal isarelense, o Haaretz.
Conforme o jornal, Avi Shamriz disse à estação de rádio Galei Tzahal que a morte do seu filho Alon e dos outros reféns “não foi um erro, mas uma execução, literalmente”.
O homem alegou que seu filho, um veterano da unidade militar de elite Yahalom, havia deixado pedidos de ajuda no prédio onde estavam detidos.
“Eles fizeram tudo certo: tiraram a camisa, penduraram uma bandeira branca e marcharam em plena luz do dia no meio da rua e gritaram por socorro, mas Israel não sabe seguir as regras de combate ”, denunciou Shamriz.
“Se ele era mesmo um terrorista, por que atirar nele assim?”, questionou, salientando que as vítimas estavam sem roupas nem armas e poderiam simplesmente ter levado um tiro nas pernas como última opção.
O que os militares israelenses fizeram, afirmou ele, “é contra todas as regras das FDI”.
Governo assume responsabilidade
No sábado (16), o ministro da Defesa Yoav Gallant assumiu a responsabilidade pelas mortes de três reféns israelenses detidos pelo movimento palestino Hamas, na sequência de disparos errados das FDI durante os combates em Gaza.
“Como ministro da Defesa, sou responsável por tudo o que acontece no sistema de segurança e por tudo o que acontece nesta guerra, pelas conquistas, pelos custos e pelos erros graves”, disse.
De acordo com um oficial superior do Comando Sul das FDI, citado pelo The Times of Israel, os três reféns agitavam uma bandeira branca antes de serem baleados.
Referindo-se à investigação inicial dos acontecimentos, sublinhou que os dois militares envolvidos nas mortes agiram contra os protocolos, mas que as IDF compreendem as razões do comportamento dos seus membros.
Protesto em Tel Aviv
No meio desta situação, familiares de outras pessoas detidas pelo Hamas marcharam no sábado à noite em Tel Aviv, instando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a regressar à mesa de negociações para chegar a um acordo que garanta a libertação dos reféns.
Netanyahu declarou que a morte dos reféns é comovente, mas justificou as mortes. “Com toda a profunda dor, quero esclarecer: a pressão militar é necessária tanto para devolver os sequestrados como para alcançar a vitória sobre os nossos inimigos”, disse.
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