Jornal GGN – Há 797 dias sem saber quem mandou matar a vereadora Marielle Franco e por quê, a família e organizações do movimento negro pedem a suspensão do julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para federalização das investigações do assassinato da política e do seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. As informações são de Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo.
O pedido foi encaminhado pelo Instituto Marielle Franco e a Coalizão Negra por Direitos, formada por 150 coletivos. A família de Marielle, representada pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, também é contra o julgamento previsto para o dia 27 deste mês.
Para adiar o processo no STJ, as entidades argumentaram que o processo não deve ser julgado “enquanto tramita as investigações no Supremo Tribunal Federal sobre as interferências do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos à Polícia Federal”.
Em conjunto com a ação movida na Justiça, os coletivos também lançaram campanha para barrar a federalização do caso e estão colhendo assinaturas por meio de site.
A ex-PGR, Raquel Dodge, chegou aprovar a possibilidade de federalização das investigações “mas voltou atrás diante da pressão do Ministério Público estadual e do contexto de intervenção federal no Rio de Janeiro”, destacou Bergamo.
Após denúncias sobre interferências no caso, Dodge pediu em novembro de 2018 que a Polícia Federal fizesse uma “investigação da investigação” sobre falsos depoimentos para impedir a resolução do caso. Quase um ano depois, em setembro passado, antes de deixar o cargo, a procuradora denunciou cinco pessoas pelo crime contra as investigações e pediu novamente a federalização do caso.
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