Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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1 Comentário

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  1. Densas nuvens negras se aproximam na economia de Bolsonaro e da continuidade de seu governo.
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    Os meses de novembro e dezembro já mostraram a fragilidade da política econômica proposta por Guedes, pois vamos a elas.
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    A rifa do patrimônio nacional não é vista com a mesma alegria com que Guedes se refere a liquidação do patrimônio nacional, desde o último leilão do petróleo somente duas empresas chinesas, minoritariamente, aceitaram a participar do certame, as grandes irmãs do petróleo nem chegaram para fazer propostas.
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    A venda de outros ativos da Petrobras só agora por menos que preço de banana, para que surjam alguns capitais abutres que mesmo este estão ficando escassos, o coronavirus está chegando num mercado de valores deprimidos e nenhum administrador de fundos vai em sã consciência colocar o rico dinheirinho num pais que poderá sofrer uma desvalorização cambial que retire toda e qualquer chance de obtenção de lucros. .
    A campanha de Bernie Sanders que está se mostrando sólida, mesmo não sendo mais que um social democrata pode causar o primeiro tremor de terra que o mercado está esperando que não ocorra, pois se ocorrer atrás deste poderá vir um terremoto de maior intensidade. As perdas das exportações no setor de commodities não será compensada pela desvalorização cambial. Se o governo parar de torrar as reservas cambiais, coisa que caindo mais essas a classificação de risco piorará ainda mais, podendo se o inábil e burro ministro da economia levar a uma classificação de país de não investimento.
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    Todo este cenário catastrófico pode ser somado à perda de capacidade de consumo do mercado interno e agora não haverá mais milhares de motoristas de Uber comprando carros para poder sobreviver.
    Como os deputados e senadores estão começando a perceber o desespero do governo, que reforça o lado militar para até preparar um golpe maior, vão discretamente segurando os movimentos de venda do patrimônio público para que sobre algo para o futuro, com ou sem golpe militar.
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    No momento que o governo Bolsonaro se mostrar impotente para aprofundar a sua política de desmonte do Estado, provavelmente com o acordo dos próprios militares que dão apoio a ele, vão retirar da gaveta uma das dezenas de possibilidades de Impeachment que estão empilhadas nas gavetas, e o processo será cirúrgico e rápido.
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    Em resumo, a economia, como sempre é que ditará o político, e com Mourão teremos o governo militar puro que tenderá ainda mais a repressão, porém não solucionará o problema econômico, mesmo agravando-o.
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    Os próximos meses serão extremamente tensos e diferentemente que 1964 não haverá um consenso em todas as forças armadas, não estamos vendo Almirantes de Esquadra e Tenente-Brigadeiros assumindo qualquer posição de destaque nas últimas mudanças do governo, somente generais, com um agravante, as polícias militares com os estados falidos também não estão satisfeitas e com o seu mito caindo fora o governo não contará com a animação das mesmas, ficando o exército com seus oficiais e um bando de engajados para segurar o rojão.

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