Governo de São Paulo tenta conter bolsonarismo na Polícia Militar

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Pauta corporativista aproxima policiais e presidente; gestão Doria começa a mostrar preocupação com comportamento de agentes nas redes e em manifestações

Foto: Governo do Estado de São Paulo

Jornal GGN – O avanço do bolsonarismo dentro da estrutura da Polícia Militar de São Paulo acendeu o alerta dentro da gestão de João Doria (PSDB), que tenta manter a neutralidade e o caráter apartidário da instituição.

Reportagem do jornal O Estado de São Paulo mostra que as principais preocupações estão no comportamento dos policiais em manifestações, e nas postagens de agentes da ativa em aplicativos e em redes sociais.

A preocupação das autoridades é reforçada diante da presença de oficiais, praças da reserva e de familiares de policiais nas manifestações de apoio a Bolsonaro e contra Doria na Avenida Paulista.

Entre os mais aguerridos bolsonaristas da ativa policial, estão um major, sargentos e cabos que compartilham postagens de deputados da bancada da bala na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa.

Os textos disseminados contêm de ataques ao governador a teses defendidas pelo bolsonarismo, como o fim do isolamento social, ao mesmo tempo em que foram feitas diversas postagens chamando os manifestantes contra o governo Bolsonaro de “maconheiros”, “terroristas” e “arruaceiros”.

Uma das razões de adesão dos policiais ao bolsonarismo é a identificação com a pauta corporativista das polícias – como o que os policiais chamam de maior proteção jurídica, o que inclui a aprovação de uma lei orgânica das polícias, a possibilidade de a corporação registrar ocorrências com menor poder ofensivo e o aumento da participação das polícias militares na definição de políticas públicas.

 

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

15 Comentários

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    1. Larga de ser otario! O cara além de ser cidadão especial e ter muito mais deveres que um cidadão comum ainda não poderá votar? Cala a sua boca!

  1. Engana-se o agente repressivo que acha que Bolsonaro tem amigos. Ele era muito mais amigo do ex-capitão Adriano do que desses soldadinhos empolgados com ele. E olha o que aconteceu com o Adriano: queima de arquivo.

    1. Também desconfio em queima de arquivo , mas entenda o ex capitão foi morto ( com indícios de tortura pela perícia) pela policia militar da Bahia, comandada por um petista, subordinada a outro petista. talvez você ate saiba desse detalhe, mas deve ser sínico também.

  2. Não é privilégio de Bolsonaro esta fala positiva em relação aos militares, incluindo policiais.
    Afinal, não foi invenção dele essa história de permitir militares, incluindo ex-comandantes de polícias militares, no comando de pastas dentro de governos.
    Em São Paulo, capital, se não me falha a memória, ex-militares foram nomeados para subprefeituras, por exemplo.
    E o Congresso, na machadada contra o sistema previdenciário, ferrou o trabalhador, mas não os militares.
    Este comportamento das polícias já existia, apenas não tinha um elemento agregador. Demagógico, mas agregador.

    1. Vc fala sem saber nada, pare de assistir tv esquerdista, eu sou militar aposentado, continuo pagando 27,5% de imposto de renda, 16% de contribuição da previdência sem mesmo ter direito a essa modalidade, não tenho FGTS, e estou a 7 anos sem reajuste ou sem ao menos os índices de inflação, estou aposentado a dois anos e dediquei mais de 30 anos da minha vida pra ouvir pessoas desenformada falar besteira e pior por ouvir dizer.

  3. O bolsonarismo está bem ativo na PM do mais rico estado do país, quem dirá nos pobres. Dória pois em março um não bolsonarista e já derrubaram ele, pois as bases avisaram que não iriam respeitá-lo. Entrevista o Bruno Torturra (do Estúdio Fluxo e GregNews) pois ele estuda e é bem inteirado no assunto, além de acompanhar as manifestações na Paulista com regularidade, observando a proteção providencial que os soldados bolsonaristas dão aos manifestantes bolsonaristas.

    https://ponte.org/como-bolsonaristas-transformaram-homenagem-a-um-pm-morto-em-acao-partidaria/

    https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/05/27/secretario-troca-comandante-da-rota-critico-a-bolsonaro-e-alinhado-a-doria.htm

    https://www.bol.uol.com.br/noticias/2020/03/09/apos-desgaste-com-doria-pm-de-sao-paulo-tem-novo-comandante-geral.htm

    https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/03/09/doria-anuncia-ex-comandante-da-rota-como-novo-chefe-da-pm-em-sp.htm

    https://theintercept.com/2019/08/30/policia-violencia-joao-doria/

    1. Sou favorável ao voto facultativo e observo o voto de milicos e puliças com cuidado. Ao meu ver, deve ser proibida a candidatura, aos Poderes, de militares, policiais (ativa e reserva) e líderes religiosos e voto direto aos Ministérios Públicos Federal e Estaduais.

  4. Dória é forte, sagaz, oportunista mas está com medo. Se quiser sobreviver ao bolsonarismo vai ter que correr, imagine, para os braços do Lula.

    1. Kkkkk!!! Com o devido respeito. Falou tudo vai ter que ir pro lado da turma dele. A mentira tem perna curta o pessoal que votou nele sõ ouviu as promessas das quais nenhuma foi posta em prática o que se vê é a venda do estado de São Paulo. Será que foi só os Policiais que viram isso????

  5. Muito grave! Uma polícia que não obedece seu governador… simplesmente, estamos fudidos! Vamos ter que ir para manifestações de capacete e óculos a prova de bala de borracha… Putz é desanimador o que está rolando neste país!

  6. Governo de São Paulo tenta conter o bolsonarismo dentro da polícia militar? Logo o Estado de São Paulo, estado de uma polícia propriamente fascista há décadas, sob os aplausos do PSDB? O que eles podem estar tentando é impedir que o bolsonarismo ou o espírito do fascismo (este último foi, recentemente, completamente apropriado pelo primeiro) sejam usados pela polícia militar para fins políticos que não os do governo estadual. É mesmo razoável achar que um estado dominado por uma oligarquia reacionária (PSDB), tem alguma preocupação com o caráter democrático ou não democrático de uma instituição ordenada por eles para correr atrás e matar pretos e pobres? O espírito fascista das polícias militares e civis do país é largamente alimentado pelos diversos governos estaduais há mais de um século; pelas elites sócio-econômicas; e pelos próprios membros do corpo dessas instituições, que na realidade o que buscam com o ingresso nessas forças de segurança-repressão é tão somente o poder, o poder que lhe cabe em partilha ao optarem por este ingresso profissional, o poder de ser o baixíssimo clero da repressão política ( o braço armado do Estado). Ou há quem acredite que quem entra na polícia está preocupado e acredita piamente no lema servir e proteger? Tanto quanto para um policial que afirme que acredita em tais coisas, eu diria para qualquer outra pessoa que também acredita nisso, que ela sofre ou de um terrível cinismo ou estupidez.

    1. Olha, tem uma característica tolerada na PM paulista que pode muito bem servir de termômetro para vermos se é a sério o que falam, pois fazem-lhe vista grossa: são os policiais que vão de manhã tomar café de graça nas padarias do Estado inteiro, que vão depois almoçar , também de graça, nos restaurantes e churrascarias, depois vão às conveniências dos postos de gasolina fazer uma boquinha, etc, etc, etc.

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