Jornal GGN – O avanço do bolsonarismo dentro da estrutura da Polícia Militar de São Paulo acendeu o alerta dentro da gestão de João Doria (PSDB), que tenta manter a neutralidade e o caráter apartidário da instituição.
Reportagem do jornal O Estado de São Paulo mostra que as principais preocupações estão no comportamento dos policiais em manifestações, e nas postagens de agentes da ativa em aplicativos e em redes sociais.
A preocupação das autoridades é reforçada diante da presença de oficiais, praças da reserva e de familiares de policiais nas manifestações de apoio a Bolsonaro e contra Doria na Avenida Paulista.
Entre os mais aguerridos bolsonaristas da ativa policial, estão um major, sargentos e cabos que compartilham postagens de deputados da bancada da bala na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa.
Os textos disseminados contêm de ataques ao governador a teses defendidas pelo bolsonarismo, como o fim do isolamento social, ao mesmo tempo em que foram feitas diversas postagens chamando os manifestantes contra o governo Bolsonaro de “maconheiros”, “terroristas” e “arruaceiros”.
Uma das razões de adesão dos policiais ao bolsonarismo é a identificação com a pauta corporativista das polícias – como o que os policiais chamam de maior proteção jurídica, o que inclui a aprovação de uma lei orgânica das polícias, a possibilidade de a corporação registrar ocorrências com menor poder ofensivo e o aumento da participação das polícias militares na definição de políticas públicas.