Jornal GGN – Depois de sete meses de pandemia e quase 140 mil mortes por Covid-19, o governo Bolsonaro decidiu planejar um “Dia D” de conscientização e enfrentamento à doença pelo SUS. Mas a maior ação em vista é a distribuição da cloroquina doada pelos Estados Unidos que está parada nos estoques, diz reportagem do Estadão.
Segundo o jornal, a cloroquina produzida pelo Exército já acabou, mas ainda existem 2 milhões de comprimidos doados pelos Estados Unidos em embalagens de 100 unidades, que precisam ser fracionados com ajuda dos governos estaduais e municipais.
O “Dia D” visa promover o “tratamento precoce” contra o novo coronavírus e “medicar pacientes”, anotou o Estadão. O Ministério da Saúde “planeja uma série de ações, entre elas levantar estoques e turbinar a distribuição de medicamentos do chamado kit covid-19 no País, que reúne cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. Não há eficácia científica comprovada sobre o uso dessas drogas contra a doença”, pontuou.
Segundo o novo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, “as pessoas estão sendo iludidas” por aqueles que dizem que só é preciso procurar ajuda médica quando há sintomas mais sérios de Covid, como falta de ar.
Segundo o Estadão, “o Ministério da Saúde e gestores de Estados e municípios concordam que o diagnóstico e tratamento célere podem reduzir chances de que o quadro da covid-19 se agrave. Mas o governo Bolsonaro defende que a base do tratamento seja o uso do chamado kit covid, opinião distinta a de diversos secretários locais, que se utilizam de informações científicas para a tomada de decisão.”