Haddad ao GGN: Só Educação cria gerações mais resistentes a golpes na democracia

"Nós vivemos um hiato temporal na história do Brasil em que se acreditou que a democracia estaria consolidada". Não estava, diz Haddad

Jornal GGN – O Brasil viveu “um hiato temporal na história em que se acreditou que a democracia estaria consolidada”, mas não estava. A crise internacional do neoliberalismo e a onda de extrema-direita, o lavajatismo interno, entre outros elementos, abriram a porta para golpe em Dilma Rousseff e a ascensão de Jair Bolsonaro. A única saída para o ciclo de golpes nas instituições é a Educação do povo. É o que avalia o ex-ministro Fernando Haddad, em entrevista ao GGN.

“O que acho que temos de fazer é criar condições para que próximas gerações de brasileiros sejam mais resilientes e resistentes a possibilidades de golpes institucionais. (…) O remédio para isso é Educação na veia do povo, escancarar as portas das instituições de ensino para o preto, pobre, filho de pedreiro, porque aí você muda o País. Eu não consigo ver outro caminho”, diz. Assista ao vídeo acima.

Leia mais:

Bolsonaro não está passando por “domesticação” ou “conversão democrática”, diz Haddad ao GGN

Assista a entrevista completa aqui:

 

 

Redação

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “O que acho que temos de fazer é criar condições para que próximas gerações de brasileiros sejam mais resilientes e resistentes a possibilidades de golpes institucionais. (…) O remédio para isso é Educação na veia do povo, escancarar as portas das instituições de ensino para o preto, pobre, filho de pedreiro, porque aí você muda o País. Eu não consigo ver outro caminho”,

    Tú não consegue ver outro caminho companheiro? Então você acha que os alemães abraçaram o nazismo por falta de educação, falta de cultura? O que dizer dos italianos e seu Duce, tudo analfabetos? E os franceses recepcionando os alemães no arco do triunfo, um bando de idiotas?

    De que educação o professor está falando, dessa formal, normal, liberal que meus filhos aprenderam e aprende na escola? Meu caçula está fazendo o último ano do ensino médio numa escoa estadual. Ele não sabe o significado de democracia, de república, ele não sabe como se divide os poderes e quais as funções de cada um. Na década de 70 no interior da Bahia esse comunista fazia o primário e já sabia de tudo isso, graças a uma matéria que foi extirpada da escola que atendia por dois nomes: Educação Moral e Cívica e ou OSPB – Organização Social e Política do Brasil. Pode se dizer que era uma forma torta de se aprender sobre política, uma doutrinação pela direita, pela ditadura, mas isso é preferível do que educação nenhuma, pois com aquela é possível mudar de lado como eu e muitos mudaram, mas quando não se tem educação política nenhuma é muito mais complicado. E foram os educadores de esquerda quem primeiro se colocaram contra esses cursos, essa alienação é culpa deles e sua também.

    Não basta apenas abrir uma sala de aula um equipamento, a pessoa tem que saber pelo menos para que serve por que é público e o que isso significa. Por que Cuba nunca caiu no conto dos Yankes, reflita sobre esta pergunta e saberá que tipo de educação os alunos de toda a América Latina deve ter. Ou isso ou sujeição, a subserviência. Em 16 anos de mais acesso a educação podemos ter certeza que muitos dos jovens que teve esse acesso foram as ruas de verde e amarelo gritar Fora PT.

  2. A educação não impediu que a classe média altamente educada aderisse ao fasci-milcianismo-evangelico.
    Toda a turma da Lava-jato é altamente educada.
    O que faltou e continua faltando, é a disputa ideológica. A direita sempre manteve a disputa no meio das instituições e o PIG, com a campanha de criminalização da política, fez grande parte do trabalho anti-democratico.
    Por fim, os fascistas terraplanistas ocuparam as redes sociais ondem produziram milhões de bovinos.
    Sem estabelecer a disputa ideológica constante, a ameaça anti-democratica continuará.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador