Inquérito sobre interferência de Bolsonaro na Polícia Federal está parado há 8 meses

A indefinição do Supremo Tribunal Federal a respeito do depoimento de Bolsonaro suspendeu a investigação

Divulgação PR

Jornal GGN – O inquérito que apura se Jair Bolsonaro tentou mudanças na Polícia Federal com o intuito de proteger seus filhos de investigações está parado no Supremo Tribunal Federal há 8 meses por causa da indefinição sobre a modalidade do depoimento do presidente da República. Em meados de setembro de 2020, Bolsonaro pediu para depor por escrito e, dois meses depois, pediu para não depor. O STF, presidido por Luiz Fux, até hoje, não colocou o impasse em votação no plenário.

O inquérito foi instaurado a partir de acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, ao se demitir do governo Bolsonaro. Ele desembarcou do projeto extremista de direita alegando falta de autonomia na Pasta, porque Bolsonaro supostamente pressionava por mudanças em cargos estratégicos da Polícia Federal.

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“A investigação tramitou de maneira regular por 140 dias na corte e está paralisada há mais de 250 dias à espera de uma solução do plenário do STF (Supremo Tribunal Federal)”, escreveu a Folha desta segunda (31).

O caso estava nas mãos do ministro Celso de Mello, que se aposentou do STF. O novo relator é o ministro Alexandre de Moraes, que cuida de outros dois inquéritos sensíveis ao bolsonarismo: um que investiga o chamado gabinete do ódio, e outro sobre o financiamento de manifestações antidemocráticas contra o Supremo. Antes de Moraes assumir a relatoria, coube a Marco Aurélio de Mello despachar suspendendo o depoimento presidente de Bolsonaro

Fux deveria ter pautado a questão do depoimento no plenário em fevereiro passado, mas até hoje não o fez e não há previsão de quando fará.

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