Juízes federais ameaçam greve para impedir fim de auxílio-moradia

Ajufe iniciou referendo virtual entre 2 mil associados e pretende iniciar paralisação dia 15 de março; Votação no STF está marcada para 22 de março  
 
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(Juiz Roberto Veloso, Presidente da Ajufe Foto: ABr)
 
Jornal GGN – Em resposta a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, de agendar para o dia 22 de março o julgamento que pode acabar com o auxílio-moradia de magistrados, a Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe) decidiu convocar uma paralisação da categoria. As informações são da coluna painel da Folha de S.Paulo.
 
A proposta de greve está sendo referendada hoje (23) por votação virtual entre os 2 mil associados. Em princípio a ideia é iniciar a paralisação dia 15 de março e um encontro no dia 23 de março, logo após o julgamento no STF. 
 
Em 2010 o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux decidiu estender o auxílio-moradia para todos os juízes federais do país. A decisão foi questionada pela Advocacia Geral da União (AGU) que busca reverter a medida que aumentou em 20 vezes o gasto público com o auxílio-moradia, passando de R$ 96,5 milhões de janeiro de 2010 a setembro de 2014, para R$ 1,3 bilhão de outubro de 2014, quando o ministro amplio as regras do benefício até novembro de 2017. O valor pago por magistrado é de 4,3 mil reais. 
 
Mas pauta só ganhou força nos noticiários após publicação de reportagem da Folha de S.Paulo mostrando que o juiz da Lava Jato do Rio, Marcelo Bretas, recebe-auxílio moradia em dobro, porque é casado com uma juíza e os dois recebem o benefício, mesmo tendo casa própria. Em seguida, descobriu-se que outro juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, também recebe auxílio-moradia, mesmo com casa própria morando perto do fórum onde atua, elevando a dimensão de escândalo do tema o que obrigou a presidente do STF a retomar a discussão no plenário do STF. 
 
Atualmente 2,3 mil desembargadores, 14,8 mil juízes federais de primeira instância, 2,3 mil procuradores federais e 10,6 mil promotores dos Ministérios Públicos dos Estados recebem o auxílio-moradia, mesmo parte deles comprovando moradia fixa nas cidades onde atuam. 
 
Na decisão desta quarta-feira (21) de colocar em votação o tema, Cármen Lúcia foi criticada também pela Ajufe por mirar apenas na Justiça Federal, deixando de fora o pagamento de proventos aos magistrados dos tribunais estaduais. 
 
 
Redação

23 Comentários

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  1. Que beleza!

    Que beleza! 99% da população nem ficará sabendo dessa greve e todos veremos que são mais inúteis que cinzeiro de moto, como Ministério do Trabalho sem ministro nenhum. Serão afetados alguns advogados, mas, milhões de reais serão poupados dos cofres públicos, que normalmente são surrupiados do povo cada vez que bate um martelo de Juiz na mesa. Seria bom ficarem de greve, pelo menos por 1 ano e se fizesse um balanço da greve. Brasil enriqueceria muito por conta disso. Tomara essa onda pegue e todo o judiciário entre em greve, menos aqueles das pequenas causas. Mais de 1 milhão de advogados terão que disputar Uber “a tapa” com engenheiros desempregados. Que beleza!

  2. Será que assim como ocorre em

    Será que assim como ocorre em toda paralisação grevista de algum serviço público, algum juiz irá obrigar a categoria a ter um quadro de pelo menos 80% de juízes trabalhando?

     

    1. Não fará a mínima diferença a

      Não fará a mínima diferença a mínima falta. Que essa greve dure ” ad eternum ” o Brasil agradece. Estamos, a maioria do povo brasileiro,com o Ministério Público “por aqui”.

  3. O Moro recebe o auxílio-moradia para compensar falta de reajuste

    “O auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 1º de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente reajustados”. – $érgio Moro

     

    Antes de 2015, quando os vencimentos eram reajustados anualmente, o $érgio Moro porventura devolvia o dinheiro recebido a título de auxílio-moradia?

  4. A ganância dos juízes salta aos olhos

    “Quem me dera, ao menos uma vez

    Provar que quem tem mais do que precisa ter

    Quase sempre se convence de que não tem o bastante

    E fala demais por não ter nada a dizer”

     

    Legião Urbana, Índios

  5. Se não cortar o ponto destes

    Se não cortar o ponto destes vagabundos o STF permitirá uma verdadeira revolução da vagabundagem.

    Além de fazer uma greve abusiva por causa do penduricalho ilegal, os nóias da J querem criar o “auxílio cocaína” e o “vale puta”. Assim, eles poderão se drogar num puteiro com a conta paga pelos trouxas que se dizem cidadãos do Brasil.

     

    1. Prezado Fábio
       
      Ia fazer

      Prezado Fábio

       

      Ia fazer exatamente o mesmo comentário, mas acrescentando:

       

      1 – Apoio a greve destes otários. Todos, inclusive procuradores inúteis, devem entrar em greve

      2 – Esta greve deve ser por tempo indeterminado

      3 – devem descontar os dias parados, inclusives os auxílios indecentes e imorais que recebem (não é isso que fazerm quando metroviários, ferroviários e outros trabalhadores entram em greve? Em minutos saem liminares ameaçando desconto defolha e multa no sindicato)

      4 – que o dinheiro economizado na greve (salário que estes caras recebem é desperdício de dinheiro público) seja repassado para  o bolsa família; que é um gasto mais útil e eficiente do que jogar dinheiro público (NOSSO  DINHEIRO) com essa escumalha

  6. Os juízes pertencem à classe média

    Os estados médios – o pequeno industrial, o pequeno comerciante, o artesão, o camponês -, todos eles combatem a burguesia para assegurar, face ao declínio, a sua existência como estados médios. Não são, pois, revolucionários, mas conservadores. Mais ainda, são reacionários, procuram fazer andar para trás a roda da história. Se são revolucionários, são-no apenas à luz da sua iminente passagem para o proletariado, e assim não defendem os seus interesses presentes, mas os futuros, e assim abandonam a sua posição própria para se colocarem na do proletariado.” – Marx e Engels

     

    Enquanto os trabalhadores estão lutando para assegurar o presente, esses ratos estão lutando para assegurar que seus privilégios não acabarão.

    1. Celeridade processual seletiva

      Quando os réus são pretos, pobres, putas e petistas, a justiça é célere em condená-los. Quando é alguém da casa grande, a justiça é hiper-morosa. A prescrição beneficiou os mensaleiros tucanos.

  7. Quando funcionário público

    Quando funcionário público mal pago faz greve costuma escutar a seguinte pérola de um coxinha sem cérebro: “está insatisfeito? Então pede demissão”.

    Serve o mesmo para essas cavalgaduras togadas: estão insatisfeitos? Sumam, que a fila anda…

  8. Que parem, e daí.
    Só assim
    Que parem, e daí.

    Só assim vamos confirmar que essa raça parada ou trabalhando não faz diferença nenhuma.

    Quem sabe não se encontra uma fórmula de extinguir esses cargos.

    Poderia ter só uma casta de juízes. Para que juiz estadual, federal, militar, juiz da pqp.

    Cuidado togados com essa paralização. A sociedade pode descobrir que não fazem falta nenhuma.

    Ô raça arrogante, pqp !

  9. Greve Já

    Nassif: tô com eles, e não abro. Combinado é combinado (Pacta Sunt Servanda).

    Pô, desde 2003 a classe vem se esforçando para impedir o avança da povalha. Disfaçadamente, instruiram como destruir os direitos do trabalho e outros benefícios.

    Estão empenhados até a raiz dos cabelos em acabar com a previdência para os chamados desafortunados. Propuseram até que de “menos favorecidos” se chamassem “nada favorecido”. Condizente com a situação.

    Vêm, em sua quase totalidade, combatendo as inficazes da esquerda festiva, que mal nenhum causam aos poderosos.

    Protegem, o quanto podem (e podem muito), os ladrões de todas as facçoes políticas da situação, condenando exemplarmente os indicados por Washington, tipo Comodoro Othon.

    Nas vendas ao exterior, pre sal, energia, terras etc, a vista é grossa e lucrativa.

    E vem agora uns desaforados querendo tirar regalias deles, conseguidas com suor e lágrimas (dos outros). Onde estamos? É ou não é uma República Democrática e de Direito?

    Vão morar adonde? Em bairro de classe média? Horror! O padrão tem de ser o do Alto da Boa Vista, ou triplex em Ipanema.

    Porque quem tem Direito tem direito. Normalmente, da Direita. E quem não tem, que se melofrega…

  10. MInha contribuição:
    – Demita

    MInha contribuição:

    – Demita todos;

    – altere as tabelas salariais e acabe com todos os penduricalhos;

    – faça novo concurso público

    – não permita que concurseiros participem. Exija idade mínima de 40 anos e pelo menos 10 anos de atuação comprovada como advogado.

    1. 40 anos porque? Porventura, canalhas não envenlhecem?

      Não se deixe enganar pelos cabelos brancos, canalhas também envelhecem.

      O que mais tem por aí são juízes octogenários profundamente corruptos.

      O problema não é a idade desses ratos, é o alinhamento desses vermes com os parasitas sociais.

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